domingo, 15 de junho de 2008

Resposta mais do que adequada

Bastante curioso e engraçado este vídeo com a entrevista como uma senhora polaca. A repórter pergunta: Para o que a senhora veio até aqui hoje? Assista como inicia a resposta para enfim também perguntar se foi muito:

Proposta mudança na Lei de Cidadania Polaca

Foto: Agência AFP
As informações já circularam no mundo inteiro, mas creio que cabe repercuti-las aqui, por dar uma noção da animosidade que ainda existe entre alemães e polacos. Embora estes se manifestem, mesmo, mais radicalmente contra os russos. Afinal o comunismo terminou há bem menos tempo do que os horrores que Hitler, Von Bismarck e os Cruzados Teutônicos perpetraram contra a Polônia ao longo da história.
No último domingo, parte da torcida alemã que invadiu a Áustria foi pega entoando gritos nazistas contra a Polônia, em Klagenfurt, cidade austríaca onde aconteceu o jogo entre Polônia e Alemanha. Ao redor das 20h30min horas, 157 alemães foram presos pela polícia, após ataques e alguma confusão.
Um fotógrafo da agência AFP denunciou que foi mantido entre 60 homens alemães que gritavam "Todos os polacos deveriam ter a estrela amarela", em referência ao símbolo que os judeus polacos foram obrigados a usar durante o regime nazista.
Horas depois, era o polaco naturalizado alemão Łukas Podolski que dava a vitória ao time de Berlim, após tabela com Klose, também nascido na Polônia. E os alemães neonazistas que não foram detidos ainda foram obrigados a ver em campo, Mario Gomez, neto de imigrantes espanhóis, Kuranyi que é carioca, filho de pai húngaro e mãe panamenha.
A resposta polaca para estes incidentes não tardou. O ex-deputado ultra-conservador e atual presidente do PLR Partido da Liga da Família Polaca, Mirosław Orzechowski, além de falar numa emissora de rádio apresentou uma moção no parlamento e enviou uma carta diretamente ao Presidente Lech Kaczyński, para que este retire a cidadania polaca do jogador Łukas Podolski. Na seqüência deu entrevista ao jornal Dziennik, onde afirmou que: "Se alguém fizer alguma performance para as cores de um Estado estrangeiro, já há nisto um desejo para renunciar cidadania. Você não pode dizer isto mais claramente. E o presidente deveria interpretar aquele fato assim: que é intencional.". Embora Podolski tivesse comemorado de forma discreta seus dois gols contra a Polônia e depois ter dito que, "não celebrei porque a Polônia é parte de meu coração. Eu parti quando tinha dois anos, mas meu pai, tio e outros parentes continuam na Polônia. Tenho que ter um pouco de respeito pelo país.", Orzechowski não se deixou convencer. Em seu blog na Internet o político de extrema-direita, escreveu que “após a derrota da seleção na Euro2008 alastrou-se uma onda de excitação pela Polônia. Nossas casas ostentando bandeiras branco-vermelhas nos fez sentirmos bem, mais importantes. De repente se ouve que a administração da equipe alemã, proibiu a seus jogadores de origem polaca de dar de entrevistas em idioma polaco. Condoeram-se. Condoeram-se. Após a derrota polaca, desordeiros alemães se bateram contra os torcedores polacos. Portaram-se na Áustria, como se estivessem em suas próprias casas”. Em outro trecho diz que, “no dia que atraí a atenção presidencial para decidir sobre o de problema de cidadãos polacos que representam um Estado estrangeiro em assuntos internacionais. A imprensa e a mídia imediatamente gritaram - Orzechowski quer tirar a cidadania polaca de Podolski e Klose - Ninguém teve o cuidado de me escutar.”
Antes de apresentar um projeto de mudança no Estatuto de Concessão de Cidadania, ainda escreveu que, “deixe-me lembrar, porém! Ninguém respeita a nós polacos na Europa e no mundo, se antes não nos respeitemos a nós mesmo.” Orzechowski propõe: “Sem consideração a jogadores de futebol que joguem na representação alemã, ou Em qualquer outra seleção de outro país que possua cidadania polaca, proponho as seguintes mudanças no Estatuto da Cidadania Polaca.” Em seu projeto de lei sobre mudança no Estatuto sobre cidadania polonesa do dia 15 de fevereiro de 1962, e texto do dia 03 de abril de 2000 (Dz.U. Nr 28, poz. 353), quer alterar os artigos, 1 em seu parágrafo 2ª. ; 2 parágrafo; Alega que de acordo com o art. 82 da Constituição é dever do cidadão polaco fidelidade a República da Polônia. Pessoas que pelos seus próprios desempenhos públicos se identifiquem a si mesmo com outros Estados, por exemplo, representando estes países em conversações diplomáticas, competições esportivas, infrinjam este dever civil básico. O Presidente da República da Polônia possa declarar nula a cidadania polaca a esta pessoa".

sábado, 14 de junho de 2008

Ali Agca quer ser polaco

Foto: AFP

Ali Agca
, de 50 anos de idade, não perde tempo na prisão. Pelo menos foi o que deixou entrever a rede de emissora de rádio da Polônia RMF FM, nesta quinta-feira, quando informou que o plenipotenciário turco teria entrado com pedido de cidadania polaca para Agca, no Consulado da República da Polônia em Ancara.

Para o prof. Zbigniew Hołda da Fundação Helsinski de Direitos Humanos, em Varsóvia, reagiu que "tal pedido só pode ser uma piada".
Esta idéia de cidadania polaca foi colhida alguns meses atrás e divulgada pelo mundo todo. Em meados de maio, houve a entrega de um primeiro pedido junto ao consulado. Contudo, faltaram alguns documentos exigidos. Nesta quinta-feira o representante de Agca voltou ao consulado com o pedido e todos os documentos exigidos. Dentro de alguns dias para completar o processo deverá pagar taxas. O pedido agora será analisado pelo MSWiA - Ministério das Relações Exteriores e Administração da Polônia. Se não nenhum senão no pedido e documentos apresentados será enviado ao Gabinete da Presidência da República. A decisão presidencial é final e não cabe recurso.
Para Zbigniew Hołda, o requerimento de Agca é completamente sem fundamento. "Ele não obterá a cidadania polaca, pois não possui as condições legais para tal. O procedimento no caso da concessão de cidadania para estrangeiros é bastante complicado". Segundo Hołda de acordo com o art. 8 do Estatuto sobre Cidadania Polaca, o estrangeiro poderá ter decisão positiva em seu requerimento se reside permanentemente no território da Polônia pelo menos há cinco anos. Em situações especiais, o Presidente da República pode, contudo, não observar este fundamento, tal qual ocorreu no processo do jogador de futebol brasileiro Roger Guerreiro. "Embora, a cidadania de Roger, pedida pelo treinador Leo Beenhakker, sofra grande controvérsia, é completamente diferente de uma para Agca." avalia Hołda.
O representante da Fundação Helsinki analisa que "Roger mora e trabalha na Polônia há dois anos. Agca nunca esteve na Polônia. Surpreende que ele pense que possa pedir isto e que seja levado a sério". Entretanto, Hołda, salienta que se realmente durante o encontro de Agca com o Papa João Paulo II, conforme o turco sustenta, Sua santidade mencionou que poderia tratar da cidadania polaca para seu agressor, "então a Polônia teria agora mais de 200 milhões de cidadão," acrescenta.
A pergunta que se fazem os polacos agora é, por que Agca teve esta idéia? Hołda, responde: "Ele é uma pessoa inteligente, que sabe, como atrair a atenção da mídia para si. Mas para mim isto não é estranho, porque ele já conseguiu ter em sua cela uma televisão de 14 polegadas e não satisfeito solicitou uma de maior tamanho. Tal processo foi julgado em duas instâncias e ao final ele nada conseguiu, além de atrair a atenção para sua pessoa".

Senado da Polônia reúne polacos do mundo


A Braspol, organização que reúne associações sociais e culturais de descendentes de polacos estará se reunindo nos dias 23 e 24 de junho próximo em Varsóvia, numa promoção do Senado da República da Polônia.
No encontro, "Posiedzenie Komisji Spraw Emigracji i Łączności z Polakami za Granicą", na sala 217, do Senado, serão abordados alguns temas de interesse da comunidade de origem polaca no Brasil, como reflexão sobre a busca de efetivas formas de parceria entre localidades brasileiras com forte presença da etnia polaca e a Polônia; popularização da língua e cultura polaca; ensino do polaco como segunda língua estrangeira; possibilidades de promoção da Polônia nos meios políticos, comerciais e culturais da localidade brasileira, perspectivas regionais de parceria entre organizações polacas, com aprovação especial do Conselho "Polônico" Mundial.
Segundo a agenda do Senado, o "Encontro com o Comitê de Representantes das Colônias Polacas no Mundo" terá como pauta: informações do Ministério da Relações Exteriores da Polônia sobre a liquidação das agências diplomático-consulares, análise de moções sobre encargos do Estado no âmbito dos cuidados com a Polônia e os polacos no exterior e assuntos gerais.
Segundo André Harmerski, de Nova Prata-RS, "Essa promoção e convite a um representante do Brasil, evidencia que o Senado da Polônia, responsável por assuntos da etnia polaca no mundo, lembra-se de nós. Você, líder da Braspol e da polonidade, o que tem a dizer sobre os temas para enriquecer a defesa de nossa causa? Agradecemos muito a sua ajuda até o dia 17 de junho." Hamerski estará representando o Brasil, na reunião do Senado da Polônia , como vice-presidente nacional da Braspol.

Maiores informações através do e-mail: andrehamerski@terra.com.br

Capoeira na Polônia - I

Foto: Ulisses Iarochinski

Neste fim de semana, em Cracóvia, está acontecendo um grande encontro de capoeiristas de toda a Polônia. Além do tradicional "batizado" com Mestres brasileiros, que vieram especialmente para esta cerimônia, estão sendo realizadas rodas de capoeira, cursos rápidos de samba e até um concurso da mais bela capoeirista. Na noite desta sexta-feira, uma das organizações que promovem a capoeira na Polônia, a Unicar, que segue o legado dos mestres Baianos, promoveu o concurso da mais bela capoeirista da Unicar, no Club Rotunda. Participaram 13 jovens representado suas cidades. A Unicar está presente em 34 cidades da Polônia e conta com 1000 alunos do sexo masculino e 2000 do sexo feminino. A Unicar tem como mestre o polaco Adam Faba, também chamado Mestre Sem Memória.
A outra organização que mantém seguidores na Polônia é a Arte das Gerais, capitaneada pelo mineiro Wellington Leandro de Freitas, ou Mestre Nem como é chamado, e desenvolve a capoeira denominada Regional. Seguem os ensinamentos da Arte das Gerais, cerca de 20 grupos com cerca de 1000 alunos em toda Polônia. Mestre Nem está sediado, em Hamburgo, na Alemanha, e vem regularmente a Polônia para os "batizados". Já a Unicar de Sem Memória está sediada em Katowice, Cracóvia e Łódź. Na Polônia, inclusive, foi criada há cerca de dois anos a Federação Polaca de Capoeira, organização que não tem similar nem mesmo no Brasil, onde não existe associação de grupos, federações, ou confederação de capoeira.
Neste sábado, no Rynek (praça central de Cracóvia), alunos de ambas organizações realizam um um desfile de capoeira com seus alunos e passistas (mulatas) brasileiras vindas do Brasil especialmente para o evento. O encontro encerra-se com uma grande festa de carnaval no Club Rotunda, neste sábado á noite.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Fenomenal Artur Boruc

Foto: AFP
No jogo de ontem contra a Áustria, Artur Boruc demonstrou uma grande classe como jogador de futebol. E embora não tenha conseguido defender o pênalti nos minutos de descontos da partida, não há a menor dúvida, de que ele foi a grande estrela do estádio de Viena. Artur, é a grande esperança da complicada situação em que o árbitro inglês Howard Webb colocou a Polônia nesta primeira fase da Euro 2008. O Sr. Webb simplesmente inventou uma penalidade máxima para que os anfitriões não saissem derrotados da partida. Uma vergonha, que merece punição drástica da FIFA e UEFA.
Roger Guerreiro por pouco não ficou ao lado do goleiro Boruc na constelação das estrelas do jogo para a imensa torcida na Polônia. Não fosse o juíz, o brasileiro nascido em São Paulo teria tido sua maior noite de glória. Ainda assim ficou sendo apenas aquele que marcou o primeiro gol da Polônia na história da Eurocopa de Seleções Européias. Por este feito já está na história do futebol polaco. E também por isso saiu com o prêmio de melhor da partida. "Tinha esperança, que meu gol pudesse ter sido o da vitória. Estivémos tão perto... Estamos muito desapontados com o que aconteceu no final, porque nada ocorreu para que pudéssemos perder por aquele penalti. Sem pensar eu trocaria o prêmio da partida pelos três pontos." disse o jogador que nasceu em São Paulo. Para finalizar, Roger ainda acrescentou que: "Dediquei o gol ao meu pai que morreu um ano atrás. Fico feliz que tenham se escadalizado com meu nome. Isto significa que reconheceram minha ambição e meu conhecimento. De mais a mais toda a equipe esteve maravilhosa. Prometo que sempre darei tudo de mim. Para os torcedores e para a Polônia."

Foto: AFP

A imprensa polaca, apesar de reconhecer o fato de Roger ter sido escolhido o melhor pela comissão da UEFA que assistiu ao jogo elegeu o goleiro Boruc como o herói da partida e só teve críticas para o árbitro inglês Howard Webb. Para os jornalistas polacos, a Polônia foi roubada pelo árbitro e qualificaram sua decisão de marcar o pênalti como idiota:

Manchete do jornal Gazeta Wyborcza: E Boruc não nos salvou.
Comentário: gol polaco se esfumaçou pelo duvidoso pênalti austríaco.

Manchete do jornal Dziennik: Perdemos para o inglês que nos roubou a vitória
Comentário: Depois de 90 minutos de jogo contra a Áustria no céu do futebol. Mas antes do final do encontro fomos jogados ao inferno por Howard Webb, o qual ordenou um pênalti de sua cabeça. E assim, o que seria nossa primeira vitória na Euro, os polacos empataram em 1:1.

Manchete do jornal Polska: árbitro Webb roubou a vitória dos Polacos.
Comentário: O juiz inglês Howard Webb fez de tudo, descarado para imprimir nas costas o número 11. Caso contrário como se pode qualificar isto que aconteceu ontem no estadio Ernst Happel. O fato é que Mariusz Lewandowski foi empurrado por Sebastian Proedle, mas a caída do austríaco foi apenas teatral.

Manchete do Jornal Rzeczpospolita: Aos polacos restou crença e milagre
Comentário: Temos direito de nos sentir desapontados: Austríacos empataram apenas no último minuto com pênalti duvidoso.

Manchete do jornal Życie Warszawy: Boruc - Áustria 1:1
Comentário: Aos 93 minutos o juiz deu pênalti e o empate para os rivais. Pouco antes marcou a penalidade contra nós. Agora só com milagre a Polônia pode sonhar com as quartas-de-final.

Manchete do jornal Trybuna: galocha inglesa
Comentário: É dramático e para o sucesso bastou um minuto. Os jogadores da representação polaca em seu segundo jogo no campeonato europeu empataram em Viena por 1:1 com a Á Austria e agora só teoricamente têm chances de avançar para as quartas-de-final. O inglês "tipógrafo-galocha" tirou a vitória da equipe de Leo Beenhakker e de nós tudo.

E trouxeram ainda a ficha do gato inglês:

Foto: Christian Hartmann/Reuters

Em 2007 Webb dirigiu o jogo Copa do Mundo Sub-20 entre Polônia e Brasil, ganho pelos polacos com com supreendente 1 X 0. Dois anos antes o inglês apitou a partida em que o Légia Warszawa perdeu por 4 X 1 para o FC Zurich pela Copa da UEFA.

Perfil do árbitro Webb:

Howard Webb (assistentes na partida Áustria X Polônia: Darren Cann e Mike Mullarkey)
País: Inglaterra
data de nascimento: 14.07.1971
local de nascimento: Rotherham
altura/peso: 184 cm/92 kg
Árbitro desde 1989
Árbitro internacional desde 2005
Profissão: policial
Idioma: Inglês
outro esporte: tenis
hobby: correr
Torneios: Campeonato Europeu sub-21 (2006-Portugal)
Copa do Mundo sub-20 (2007-Canadá)

Kaminskas paranaenses visitam Wawel

Foto: Ulisses Iarochinski

Semanas atrás publiquei aqui neste blog, a existência de uma placa na muralha de entrada do Castelo de Wawel, em Cracóvia, de um doador na reconstrução do principal castelo real da Polônia. De Guarapuava, o imigrante polaco de Białystok, havia enviado uma soma em dinheiro na década de 20 para que o destruído simbolo da união nacional polaca pudesse reviver seus melhores dias de poder e beleza. O colunista do jornal O Estado do Paraná, Dante Mendonça repercutiu em sua coluna e imediatamente descendentes de Władzysław Kamiński souberam lá no interior do Paraná. Logo o esposo de uma neta do "Sr. Ladislau" (o equivalente em português de Władzysław) me telefonou para saber se os poderia atender numa visita a Cracóvia. Mais rápido do que a àguia branca a família chegou aqui.
No centro da foto acima, Leonorin, a neta e no lado direito Kristie, a bisneta com Luiz (marido e pai das Kaminski). Este logo após esta foto quis comprar ingressos para visita ao Castelo. Impedi que ele fizesse isso. "Primeiro vamos conversar com alguém do museu de Wawel e apresentá-los.", disse e fomos até o vice-diretor, que mesmo não podendo nos atender naquele momento, destacou a funcionária Katarzyna para que nos levasse até a guia oficial, Marzena (majena - Sonho em português), para fazer a visita a todas as instalações do Castelo. Não mais apropriado, o nome da guia, para um momento de sonho.

As Kaminskas e ao fundo a Catedral e Castelo de Wawel. Foto: Ulisses Iarochinski.

Enquanto visitávamos o Castelo, Luiz recebeu um telefonema do prefeito de Guarapuava Fernando Ribas Carli manifestando interesse em contatar a direção do Museu de Wawel com o fim de estabelecer um acordo de cooperação cultural entre a Casa da Cultura de Guarapuava (antiga residência de Władzysław Kamiński) e o Wawel. O prefeito Ribas Carli deseja que uma sala da Casa da Cultura possa abrigar uma exposição permanente do Castelo de Wawel.

Casa da Cultura de Guarapuava, antiga residência de Władzysław Kamiński

"Não sei como agradecer Ulisses. Parece um sonho. Fui tratada aqui como uma autoridade. As duas pessoas que nos atenderam, principalmente a guia Marzena foram espetaculares. Senti como se ela estivesse prestando contas de uma contribuição que meu avô fez há mais de 80 anos. E tudo isto começou no teu blog." agradeceu Leonorin.


Na foto de Luiz Küster, ao lado da muralha com as placas dos contribuintes da restauração do Castelo de Wawel, em Cracóvia, Kristie, Ulisses e Leonorin Kamiński, bisneta e neta de Władzysław Kamiński, respectivamente. Para saber como começou a história desta visita acesse:
Guarapuava no Wawel,
O polaco da pedra ,
E tem mais sobre Guarapuava...,
,
Guarapuava é tema de...

Curso de graduação Letras-Polaco na UFPR


Reitora Márcia Helena Mendonça /Foto: Isabel Liviski



A Universidade Federal do Paraná através do REUNI – Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Públicas Federais divulgou o Edital 04/2008 que traz as regras do Processo Seletivo 2009. E nele aparace pela primeira vez a existência de um curso de graduação em Letras-Polonês, com duração de quatro anos e a possibilidade do diploma de bacharel. Portanto não é apenas um curso de idioma, mas um curso de licenciatura longa. E é o primeiro a ser criado na América Latina.
O vestibular da UFPR ofecerá 5.273 vagas em 88 cursos de graduação, das quais 1.174 são vagas novas e 21 novos cursos de expansão, desta forma a universidade começa a formalizar para a sociedade o compromisso assumido com o Ministério da Educação. E em relação ao curso de polaco, compromisso assinado com a Universidade Jagiellonski de Cracóvia em maio de 2007.
Ano passado, a UFPR havia ofertado 4.099 vagas. “Somos a primeira instituição pública federal a divulgar edital de concurso vestibular com as vagas e cursos de expansão do REUNI constantes no projeto enviado ao MEC. A comunidade acadêmica tem trabalhado de forma dedicada e cumprimos o primeiro compromisso de divulgar com dois meses de antecedência o edital do Processo Seletivo 2009”, esclarece a reitora em exercício, Márcia Helena Mendonça.
O curso de "Letras-Polonês" com 10 vagas e funcionará no período noturno.
As inscrições ao Vestibular serão abertas às 8 horas do dia 17 de agosto (último dia do “UFPR: Cursos e profissões”) e permanecerão abertas até às 16 horas do dia 15 de setembro. A inscrição deverá ser feita pela Internet, no site do Núcleo de Concursos, e a taxa poderá ser paga na rede bancária ou nas casas lotéricas, no valor de R$ 72,00 (setenta e dois reais). Os alunos treineiros podem fazer sua inscrição ao valor de R$ 70,00 (setenta reais). Novamente a UFPR diminui sua taxa de inscrição, que em 2007 foi de R$ 73,00 (setenta e três reais).
O Vestibular será em duas fases, sendo a primeira no dia 16 de novembro e a segunda, dias 07 e 08 de dezembro. Este ano as provas serão aplicadas em Curitiba – para os cursos dos "campi" de Curitiba, Pontal do Paraná e Palotina – para os cursos deste campus, sempre no período da tarde.
P.S. Link para fazer a inscrição ao vestibular a partir do dia 17 de agosto: núcleo de concursos

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Bêbê nasce bêbado

A agência de notícias FrancePress distribuiu para o mundo uma notícia publicada hoje nos jornais internacionais. Na Polônia, a informação já tinha chegado ás páginas de jornal na segunda-feira. A nota foi sobre uma polaca, Monika K. de 38 anos, que deu à luz luz uma menina, a qual nasceu com 2,9 gramas de álcool por litro de sangue. Os médicos do hospital de Otwock, localidade na região metropolitana de Varsóvia, alertaram a polícia na segunda-feira sobre uma grávida bastante alcoolizada, que havia dado entrada no hospital. "Exame de sangue revelou que a mãe tinha 1,2 gramas de álcool em seu sangue no momento do parto", declarou a porta-voz da polícia de Varsóvia, Dorota Tietz.
A mãe pode ser condenada a até 5 anos de prisão por ter colocado em risco a vida e a saúde de sua filha, segundo a porta-voz. Alguns jornais brasileiros publicaram fotos junto com a notícia, mas percebe-se claramente que na foto estão japoneses e convenhamos, polaco não tem nenhuma semelhança com japonês, a não ser o fato que são seres humanos que pensam, como diria a célebre frase: penso logo existo. Mas parece que a polaca só existe, não pensa.

As maçãs da Polônia

Foto: Ulisses Iarochinski

Não querendo fazer propaganda, afinal não recebo nenhuma publicidade em meu blog, mas a foto das maçãzinhas foi feita com um celular LG KU990 Viewty... o celular que é uma câmara fotográfica, não só no aspecto, mas por que que possui excelente qualidade com 5.1 megapixel, zoom de 16x etc.
Mas seja como for, a Polônia para quem equivocado pensa que o fruto é coisa só de alemão está muito enganado. Se alguém sai por aí dizendo que a torta de maça, o famoso appel strudel tem origens nos reinos germânicos também não está sendo sincero. A torta na verdade chama-se Szarlotka e tem origem na Polônia. Tem este nome em homanagem a Charlotte (nome de mulher francesa). O Rei polaco fez vir da França mestres confeiteiros e cozinheiros para que desse uma "melhorada" na apresentação das iguarias do palácio real. Os mestres da culinária francesa que pensavam encontrar nesta Europa Central, um bando de bárbaros se surpreenderam com a confeitaria polaca. Deram um toque francês ao que já existia e que mais tarde invasores prussos e germânicos levariam para o mundo e o fariam deles.
A Polônia produz muita maça e em grande variedade. A produção anual das Gala, Golden Delicious, Jonagored, Gloster, Elise, Ligol, Szampion e outras ultrapassa os 3 milhões de toneladas.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Vôos de preço baixo estão mais caros

Foto: Bartosz Siedlik

Passageiros que esperam pelo verão europeu para viajar terão uma péssima surpresa. Os vôs de baixos preços que fizeram sucesso nos últimos três anos estão mais caros, entre 10 a 20 por cento em relação há um mês atrás. E os preços de hoje devem subir ainda mais a partir de primeiro de julho. A culpa segundo as companhias aéreas é do combustível que subiu o preço em 44 por cento.
Mas não é só o barril de petróleo o vilão. A empresa GermanWings anunciou que a bagagem também será cobrada, a partir de agora. Para os voôs que partem da Polônia, cada passageiro pagará entre 5 a 10 Euros a mais, além de 100 zł pelo aumento dos preços dos combustíveis.
Em 2007, viajaram aproximadamente 17, 2 milhões de pessoas nestas linhas de baixo preço, um aumento de 30% em relação a 2006.

Imigrantes no porto

Foto do Porto de Bremen, na Alemanha, em 1909. No pátio, imigrantes polacos esperavam a hora de embarcar para "fazer a América". Muitos deles tinham como destino as colônias federais no Sul e nos Campos Gerais do Estado do Paraná.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Podolski: meu coração é polaco

Foto:Marek Biczyk / Agencja Przegląd Sportowy

"Estes foram os mais tristes gols da minha carreira" - declarou o artilheiro dos dois gols da Alemanha no jogo contra a Polônia, Łukas Podolski. "Afinal eu sempre digo, que tenho coração polaco. Mas que o destino nos arrasta assim, e não ao contrário e eu jogo para a Alemanha". acrescentou o jogador.
Podolski tem certeza, que a Polônia lhe sempre será importante e por isto foi difícil para ele ficar alegre, ao marcar os gols contra sua pátria. "Ainda antes do jogo pensei comigo mesmo, se acontece de eu marcar, não farei nenhum gesto de alegria. Fiz os gols, mas de verdade com muita dor no coração. Senti-me um tanto triste, quando marquei" - declarou o atacante polaco nascido em Gliwice ao jornal "Super Express".

Elogios para Lewandowski e Roger

Łukas elogiou os jogadores da seleção polaca. "A Polônia não jogou assim tão mal. Afinal tiveram uma situação muito difícil, e eu não sei, como teria sido o fim deste jogo, quando Maciej Żurawski quase acertou no primeiro tempo. Dos polacos gostei muito de Lewandowski. Joga com certeza muito bem. E Roger no segundo tempo também. Sua entrada foi muito boa e nos intranquilizou, foi preciso ter muita atenção para com ele, pois transformou o modo de jogar da Polônia". Ao final, buscou justamente a camisa alvirubra número 18 de Lewandowski. Além da troca de camisas dentro de campo, no túnel de acesso ainda conseguiu as camisas do goleiro Boruc e do atacante Żurawski. "Conversei com os rapazes, principalmente com Maciej e Jacek Krzynówek. desejo que a Polônia tenha sorte nos próximos jogos. Vou cruzar os dedos por vitórias da Polônia contra Áustria e Croácia. Também posso fazer mais gols contra os próximos rivais dos polacos, assim que sabe ainda possa ajudar na classificação da Polônia. Gostaria muito de poder!"

Enviou sms para Kubica

Podolski ficou extramamente feliz com a vitória de Robert Kubica (cubitssa) no Grande Prêmio do Canadá. "Quando soube do resultado, enviei a ele um sms SMS com meus parabéns. Torco por ele. Gostaria muito de me encontrar com ele e conversar, como quanbdo conversei com Adam Małysz. Acredito, que Kubica ainda será campeão do mundo. e por que não nesta temporada? Afinal está em primeiro lugar!", concluiu Podolski.

Maluch faz 35 anos

Foto: Fiat Polska

Naquele início dos anos 70, as maiores autoridades da República Popular da Polônia que haviam decidido comprar a licença dos italianos estouraram suas garrafas de champagne. O anúncio da assinatura do acordo havia sido feito 29 de outubro de 1971, com o primeiro-ministro Edward Gierek declarando que na Polônia finalmente seria fabricado o "samochód dla Kowalskiego", ou seja, o "carro para o Kowalski". Este carro popular seria o Fiat 126p, um veículo à gasolina, com motor de 2 cilindros e 594 cm cúbicos, torque de 23 KM, para quatro passageiros e em duas versões, um deles, do tipo Berlina. A licença seria paga com a exportação dos próprios automóveis.

Um ano depois, em novembro de 1972, o pequeno automóvel foi a principal estrela da exposição na Praça Defilad em Varsóvia. A imprensa escreveu que, "Protótipo polaco do Fiat 126p, que iniciava uma era de massificação de motorização individual em nosso país foi realmente uma sensação”.

Finalmente o Fiat 126p veio ao mundo, em 6 de junho de 1973, montado em Bielsko Biała com componentes italianos, mas motorizado na Polônia. Quando começou a sair da linha de produção, os polacos tinham que trabalhar dois anos, ou a totalidade dos salários de 24 meses, para conseguir comprar um daqueles veículos populares. Além disso, era preciso pagar antecipadamente e esperar uma longa fila de compradores. O preço era de 69 mil zł para o modelo básico. Contudo, no mercado o Fiat 126p chegava a alcançar 120 mil zł. A garantia de fábrica era de apenas seis meses. No final de 1975, uma segunda unidade da “FSM - Fabryka Samochodów Małolitrażowych” (fábrica de automóveis de pequena cilindrada) foi instalada na cidade de Tych. A produção atingiu seu máximo. De 1976, o Fiat 126p ("p" significando polaco) já era montado com 100 por cento de componentes fabricados na Polônia. Também em 1976, começaram a ser produzidos na versão com motor 650.

Em 1980, os italianos encerraram a produção do Fiat 126 na fábrica de Cassino. Desde então a FSM da Polônia, passou a ser a única produtora e comercializadora do veículo na rede Fiat em todo o mundo. O carro de número 1 milhão saiu da linha de montagem em 1981. Quatro anos mais tarde saiu o número 2 milhões. O terceiro milhão foi produzido em 1993.

O nome Maluch, contudo, só apareceu em dezembro de 1996. Quanto foi introduzido catalisador (euro1) aquele pequeno veículo oficialmente recebeu o nome de Fiat 126 elx Maluch (de o menor dos menores).

Mas como nem tudo são problemas mecânicos, a notícia que definitivamente entristeceria a todos os aficionados chegaria em 22 de setembro de 2000. Era então, anunciado o encerramento da produção do sonho de muitos polacos da década de 70. O último Fiat 126 Maluch de série limitada de mil unidades com o nome de Happy End na cor amarela saiu da linha de produção de Bielsko naquela mesma tarda. Esta última unidade está atualmente no Museu Fiat em Turim, na Itália. Uma outra unidade destas mil está no Muzeum Techniki de Varsóvia.

Entre os anos 1973 a 2000, as linhas de montagem de Bielsko-Biała e Tych produziram exatamente 3.318.674 unidades do Fiat 126p Maluch. Entre 1975 a 1992 foram exportadas 897.316 unidades. Na Itália, entre 1972 a 1980, foram produzidos mais 1.352. 912 Fiat 126.

Entretanto, o “menor dos menores” continua a rodar pela Polônia e muitos países ao redor do mundo, infelizmente não no Brasil. Digo infelizmente, porque desde que cheguei na Polônia vivo repetindo para todos e para mim mesmo: ainda vou comprar um Maluch alaranjado e levar para Curitiba. Lá farei sucesso, foi deixar todos os taxistas com “raiva” e “inveja”, pois tenho certeza de que todos os passageiros vão preferir o “meu Maluch” aos potentes Volvo, BMW, Mercedes e Vectra. Mas isso ainda não aconteceu, não comprei o Maluch Laranja pela simples razão que o governo brasileiro impede a importação de produto usado e terminantemente veículo automotor que não seja através das próprias montadoras instaladas no país. E olha que é fácil comprar um aqui, em Cracóvia, simplesmente porque muitos polacos o detestam, alegam que é uma herança do período comunista. Por outro lado, há aquelas pessoas que chegam a dizer que o Maluch tem alma e por isso não se desfazem dele, ao contrário vivem aumentando suas frotas... Fazem coleção! Apesar destes fanáticos, ainda assim aqueles que odeiam vendem o simpático automóvel por até 500 zł, ou seja, algo em torno de 350 reais... E olha que ele faz 25 km com um litro de gasolina.


Maluch e Iarochinski. Foto tirada por um transeunte, na Ulica Grodzka, logo em minha primeira semana de Cracóvia, há seis anos atrás.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Entrevista com o polaco Kubica

Foto: Agência AFP

A vitória do polaco Kubica (kubitssa) pode ter surpreendido a muitos, inclusive para aqueles que vivem seguindo o circo da Fórmula 1 pelos quatro cantos do mundo. Geralmente estes jornalistas e comentaristas só têm olhos e atenção para as grandes equipes. E estas há alguns anos se resumem a duas apenas: Ferrari e Mclaren. Com uma breve exceção causada pela Renault. Assim não importa muito quem são os pilotos. Pois senão vejamos, David Couthard que chegou neste Grande Prêmio do Canadá em terceiro, fazia muito tempo que não ganhava espaço na imprensa mundial. E isto não se deve ao fato de que seja bom, ou mal piloto, afinal já foi vice-campeão mundial. Ocorre que desde 2000 e tantos não é piloto da gigante Mclaren. Dessa forma seria exigir muito de colunistas e do público que semanalmente acompanha o campeonato através dos textos e reportagens destes "especialistas" que fazem uma cobertura quase sempre tendenciosa e equivocada do que ocorre nos bastidores, nos treinos, classificações e provas. Basta fazer uma leitura dos principais jornais do mundo e dos comentários dos leitores para perceber que tanto uns quanto outros não conseguem entender aquilo que a tela da televisão está mostrando e de forma quase automática, deixam-se guiar pelos que falam ou escrevem estes "especialistas" em Fórmula 1. Mas nem tudo está perdido! Prova disto é que o jornal El País, da Espanha, que patrioticamente incessa o asturiano Fernando Alonso destacou Manel Torres para entrevistar às vésperas do Grande Prêmio do Canadá o piloto da Polônia, ROBERT KUBICA. A seguir a tradução (informal) desta entrevista publicada em idioma espanhol na edição desta segunda-feira, 09 de junho. Reproduzo esta, por que não encontrei nenhuma outra nos jornais brasileiros pela Internet e tampouco em ornais de outros países.
Inicialmente o jornal traz um texto de apresentação da entrevista exclusiva dizendo que, "A vida mudou para Robert Kubica. Após uma brilhante carreira nos Karts, em que frequentemente superava Lewis Hamilton e Nico Rosberg, e logo em em seguida ser recuperado para o automobilismo por Joan Villadelprat, que lhe deu um volante para a World Series em Epsilon Euskadi, o polaco, de 23 anos (Cracóvia, 7 de dezembro de 1984), se converteu em um dos personagens mais carismáticos do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 e ontem, no Grande Prêmio do Canadá, conquistou sua primeira vitória. Em sua terceira temporada com a BMW, a qual também ganhou sua primeira corrida desde que estreou em 2006, Kubica subiu quatro vezes ao pódio e já é o líder, com 42 pontos, á frente do britânico Lewis Hamilton (McLaren Mercedes) e do brasileiro Felipe Massa (Ferrari), ambos com 38. Esta entrevista foi realizada antes de sua vitoriosa corrida de ontem."

Foto: Agência AFP


Torres - O que mudou tanto para que você consiga estes resultados? O carro, ou você?

Kubica - O carro é o mesmo do anos passado. Meu problema era que não conseguia colocá-lo no ponto e não podia tirar o máximo dele. Esta temporada mudei de engenheiro (o espanhol Antonio Cuquerella assumiu o posto), fizemos algumas modificações e tudo acabou funcionando muito melhor.

T - Você já se sente o primeiro piloto da equipe?

R - Não creio que o seja, nem tenho necessidade de o ser. O único que me importa é fazer bem meu trabalho, correr tudo o que possa e tratar de melhorar a cada dia. No final, isso é o que conta: mantener-se concentrado em seu trabalho para poder ganhar corridas.

T - Fernando Alonso sempre te elogia. Assegura que, da nova generação, você é o melhor. E ainda acrescenta que você já ganhava de Hamilton e Rosberg quando vocês competiam com karts.

K - Sou muito amigo do Fernando e gosto que ele diga isso. Eu o aprecio muito como piloto e também como pessoa. E sei que quando ele diz algo é porque pensa realmente nisso. Não é alguém que se prenda a imagem, a mercadotécnica, ou simplemente, para ficar bem. Se um bicampeão mundial afirma isso sobre mim, é para sentir-me satisfeito.

T - Vocês mantém uma boa relação, não é mesmo?

K - Sim. Jogamos baralho muitas vezes e ele é o único piloto do paddock com quem me encontro, inclusive fora das corridas para ir jantar ou para conversar. Embora, quase nunca falamos sobre Fórmula 1 em si mesma.

T - Pode-se ter amigos no paddock?

K - É difícil porque cruzas com muita gente que dá muito mais valor a competição do que ao aspecto humano. Sinto-me bem com Fernando e o considero um amigo. Evidentemente, cumprimento e trato de me dar bem com todo mundo. Mas só com ele mantenho contato fora dos circuitos.

T - Na pista, a rivalidade é notória.

K - Não só com ele, mas com todos os demais. Contudo acredito que ele é um destes pilotos que pode fazer diferença. Tenho muito respeito e creio que ele também tem em relação a mim. Quando vejo vir por trás, tanto nos treinos de classificação como nas provas, tento estar muito atento porque sei que, se me descuido, ele me ultrapassará.

T - Você gostaria de ter Alonso em 2009 como companheiro na equipe BMW?

K - Para mim, não haveria nenhum problema. Gostaria. Não sei o que nos oferece o futuro. Mas se viermos a compartilhar a mesma equipe BMW, poderemos nosdivertir muito.

T - Atualmente, a Renault anda atrás da BMW e tua escuderia não consegue alcançar a Ferrari.

K - Começamos muito bem a temporada e em Barcelona parecia que tinhamos um ritmo muito semelhante ao da McLaren. Contudo na Turquia algo falhou e a McLaren se distanciou de nós e se aproximou bastante da Ferrari. Acredito que recuperamos o terreno com algumas modificações na embreagem. Mas o que não se pode mover é que a Ferrari sempre está três ou quatro décimos à frente de todos.

T - Você acredita que a Renault pode prejudicarlhes depois da melhoria de Barcelona?

K - É uma escuderia que ganhou dois títulos mundias com o Alonso. Melhoraram muito no que diz respeito ao início da temporada e penso que mais tarde, ou mais cedo vão conseguir chegar.

T - A mudança de pneus Michelin para os da Bridgestone costou tanto para você como para o Alonso. Os dois tiveram que mudar a forma de conduzir. Também te afetou a perda do controle de tração?

K - Não tanto. A mudança maior fiz ano passado com a exigência de apenas um jogo de pneus Bridgestone. Estava acostumado a pilotar com Michelin. Ao Fernando acontecia o mesmo. Éramos rápidos na trajetória. Buscávamos o ângulo e logo girávamos e com Bridgestone isso era impossível. Tivemos que nos acostumar a fazer a manobra de modo mais suave. Agora, sem o controle de tração, a diferença é mínima: mas é necessário ser ainda mais suave.

T - De volta ao Canadá, como você se lembra do acidente que sofreu em Montreal (o bólido foi atirado vários metros virado de cabeça pra baixo e com o cock-pit roçando o muro de proteção indo se chocar a 230 km/h) ano passado?

K - Lembro-me de tudo. E constato que quando alguém entra num monobloco já se sabe que está correndo riscos. Em Montreal foi comigo. Mas, felizmente, a segurança dos pilotos melhorou de forma substancial nos últimos dez anos. Em momento algum tive a sensação de que havia sido tão impactante. De fora, visto pela televisão, pareceu impresionante. Mas eu não vivi da mesma forma. Enquanto ocorria o acidente, eu não podia facer nada. E depois, quando o carro parou, mexi todas as pontas do corpo para comprovar que não tinha quebrado nada e fiquei trânqüilo. Recuperei a calma e pensei que, apesar de tudo, não tinha acontecido nada comigo.

T - Voltar a Montreal te refrescou a memória?

K - Não. Em todo caso, o acidente voltou a minha cabeça quando voltei a competir duas corridas depois daquilo. E não me afetou em nada. Em Magny Cours, inclusive, fiquei surpreso porque não pensei nele em nenhum momento. Sou consciente do que me aconteceu, mas não teve nenhuma repercussão no meu modo de dirigir.

T - Sua chegada a Fórmula 1 produziu uma grande explosão na Polônia?

K - Sim. Há apenas quatro anos, a Fórmula 1 era totalmente desconhecida em meu país. Nem se podia ver os grandes prêmios pela televisaõ. Este ano o interesse cresceu ainda mais em função dos meus resultados. E tudo isto despertou um movimento em direção a este esporte. Existem muitas crianças agora querendo pilotar. Mas são poucos os recursos e mínimas possibilidades de dessenvolvimento. Nos falta ainda muita cultura automobilística.

T - Como se vive com fama?

K - É difícil. Gostaria de ter mais tempo para mim mesmo, não sofrer o assédio das pessoas que me perseguem pedindo coisas. Mas entendo que ser um piloto de Fórmula 1 também significa tudo isto.

Polaco - 2 X 0 - Polônia

Foto: Piotr Nowak
O polaco Podolski fez dois, a Polônia não fez nenhum gol. Resultado: Polaco dois Polônia zero. O goleiro da Polônia, Artur Boruc cumprimentou o jogador da Alemanha que fez os gols. Podolski, alegria dos alemães, entretanto, não comemorou seus tentos. No segundo, ainda esboçou um sorriso quando envolvido pelo abraço do outro polaco, Klose, companheiro de equipe. Encerrada a partida, Podolski estava com a camisa branco-vermelha com o número 18 de Lewandowski, outro polaco, mas jogador da seleção da Polônia. Ao lado, por outras razões evidentemente, um carioca e um paulista também trocavam as camisas. O controvertido passaporte polaco Roger Guerreiro, há dois anos em Varsóvia, dava sua camisa branco-vermelha número 20 para Kuranyi. Este apesar de nascido no Rio de Janeiro, portanto cidadão brasileiro é filho de pai alemão (mas com origens húngaras) e de mãe panamenha. Embora torcedor do Flamengo e dono de um RG de carteira de identidade brasileira será mesmo brasileiro? E Roger? Este parece ser mesmo brasileiro, pois as suas origens são as mesmas de todos os cidadãos da República Federativa do Brasil: uma mistura de raças e etnias, a começar pela portuguesa. O que está por detrás destas confraternizações, infelizmente, o "analfabeto funcional" não percebe. A questão subliminar é que enquanto alguns dão valor ao que está escrito em Malaquias "...recordai-vos dos feitos que vossos antepassados realizaram em seu tempo e merecereis uma grande glória e um nome eterno" ( 1 Mac.2:51), ou que conseguem se guiar pelo que escreveu o filósofo-psicólogo Carl Jung quando disse que "Pensar que o homem nasceu sem uma história dentro de si próprio é uma doença. É absolutamente anormal, porque o homem não nasceu da noite para o dia. Nasceu num contexto histórico específico, com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas. Se um indivíduo cresce sem ligação com o passado, é como se tivesse nascido sem olhos nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo que mutilá-lo.", outros, sem consciência de suas origens, acham normal e absolutamente plausível que a cidadania de alguém possa ser vendida, ou usada, para defender a sua pátria, ou a de outros. E a FIFA, organização, que está por cima dos canônes da ONU, dos Estados, das leis nacionais e internacionais e principalmente dos indivíduos reconhece que tanto faz se alguém nasceu, ou etnicamente pertence a uma nação ou outra. O campeonato europeu, sul-americano, mundial de seleções de países passa por cima das cores e brasões dos estandartes das nacionalidades. Assim, um jogador de futebol só não pode jogar por duas seleções diferentes, como fez o brasileiro Mazola e depois Altafini para os italianos nas décadas de 50 e 60, o resto pode tudo. Afinal, o que importa são os cifrões advindos dos espetáculos. Etnia, nacionalidade, origem, paixão, patriotismo são meros adereços para aqueles que embalados pelo neo-liberalismo só pensam em lucro e riqueza. Para resolver a questão basta vender uma certidão de cidadania e um passaporte e está resolvida a questão. Controle de imigração, deportação de ilegais... isto tudo é coisa para Bruxelas e Strasburgo, não para Zurique. Pena daqueles que mesmo tendo avôs europeus precisam provar e esperar por funcionários de provincias, departamentos, regiões e voivodas decidirem se têm direito a cidadania ou não. Perdoem a divagação, pois o assunto aqui é futebol, mas é que na leitura dos jornais polacos desta manhã pós derrota na Euro2008, as entrelinhas não são tão obscuras, ao contrário estão bem nas linhas.
A imprensa polaca, desta segunda-feira faz menção ao fato de que jogar numa seleção de futebol européia, há algum tempo, não significa estar jogando pela pátria. Não discordam daquela expressão bem brasileira, a seleção canarinho do Brasil é a pátria de chuteiras, ao contrário, parece que a endoçam. O jornal Rzeczpospolita, um dos dois maiores da Polônia, traz escrito o texto: "no primeiro jogo na Euro nos venceu o nascido em Gliwice, Łukas Podolski, o qual marcou dois gols. Podolski emigrou da Polônia quando crianças. Nunca quis jogar para a Polônia, mas sempre falou calorosamente sobre seu país natal. Em Klagenfurt até depois de seu segundo gol, o qual significou o fim das esperanças polacas, não demonstrou nada além de um tímido sorriso. Seus colegas também não demonstraram qualquer euforia. Os polacos não quiseram pensar sobre o fato de que a Polônia poderia perder. Os jogadores, por alguns momentos até que jogaram bem. Dois anos atrás, houve um outro encontro bastante diferente em Dortmund. A equipe de Leo Beenhakker quis vencer e não só se defender. [...] Depois do segundo gol ficou claro, que não ajudaria aos polacos, nem Roger, o qual começou como reserva e entrou no lugar do capitão Maciej Żurawski, e os branco-vermelho das arquibancadas."
No Gazeta Wyborcza, o outro grande jornal da Polônia, não foi diferente. Uma das manchetes foi: "Łukas Podolski: Desejo que a Polônia se classifique conosco no grupo" . No texto está escrito que o atacante da representação alemã de origem polaca fez dois gols contra nós no primeiro jogo dos polacos na Copa Européia. "Ganhei depois do jogo muitas camisas da seleção polaca, pois tenho uma numerosa família também na Polônia. E claro, uma até vesti". Disse Łukas Podolski ao repórter da TV Polsat Sport e completou dizendo: "Vi que ía ser duro, mas ganhamos muito bem. Poderíamos fazer mais gols. Jogamos apenas no contra-ataque. Agora desejo que a Polônia junto com a gente passe para a próxima fase, embora os próximos jogos devam ser muito mais duros. A Áustria é forte e vai jogar em casa."

No mais, falam que de repente, no estádio de Klagenfurt, os 70 mil torcedores polacos trocaram o refrão de "Jogamos com vocês, Polacos, jogamos com vocês", por "Kubica, Kubica!”. Numa evidente demonstração de que o grande orgulho da Polônia, no momento atende pelo nome de Robert Kubica (pronuncia-se cubitssa) e estava bem longe daquele estádio, subindo no lugar mais alto do pódium do autódromo de Montreal, no Canadá. Este sim, se não pôs o coração no bico da chuteira, botou as mãos no volante do BMW (curiosamente um carro alemão), com sangue frio, regularidade, mas nem por isso com menos paixão. Paixão pela pátria polaca, que Podolski também demonstrou ter.
O polaco voador enviou imeditamente após a vitória uma menssagem a Mario Theissen, diretor da equipe BMW: “Estou em primeiro agora, o que é fantástico para nossa equipe, para mim, meu país (a primeira vitória na Fórmula 1), os fãs. Espero contar com 100% de apoio de nosso time até o final.”

Foto: Jim Young /Reuters

E no terceiro jornal, o Dziennik, a manchete não poderia ser mais explicita como a deste texto do meu blog: "Perdemos para Podolski 0:2. Leo, por que ?" A resposta parece ser óbvia, o treinador holandês da seleção polaca deveria ao invés de pressionar pelo passaporte polaco para o paulista Roger, ter solicitado às autoridades polacas e a FIFA que permitissem o polaco Podolski de Gliwice jogar com a camisa alvi-rubra e não alvinegra. Talvez aí, o resultado seria o contrário.

O Jogo

Local: Estádio Wörthersee, em Klagenfurt (Áustria)
Data: 8 de junho de 2008, domingo
Horário: 20h45
Árbitro: Tom Henning Ovrebo (Noruega)
Assistentes: Geir Age Holen e Jan Petter Randen (ambos da Noruega)
Cartões amarelos: Schweinsteiger (Alemanha); Smolarek e Lewandowski (Polônia)
Gols: Podolski, aos 19 minutos do primeiro tempo e aos 27 minutos do segundo tempo.

ALEMANHA: Lehmann; Lahm, Metzelder, Mertesacker e Jansen; Frings, Ballack, Fritz (Schweinsteiger) e Podolski; Gómez (Hitzlsperger) e Klose (Kuranyi).
Técnico: Joachim Low

POLÔNIA: Boruc; Wasilewski, Zewlakow, Bak e Golanski (Zaganowski); Dudka, Lewandowski, Krzynowek, Lobodzinski (Piszczek) e Zurawski (Roger Guerreiro); Smolarek.
Técnico: Leo Beenhakker

Na outra partida do grupo B, a Croácia venceu a co-anfitriã Áustria por 1 a 0. O gol foi anotado aos quatro minutos do primeiro tempo por Luka Modricque. A próxima rodada do grupo será disputada na quinta-feira (dia 12) com os seguintes jogos: Alemanha x Croácia e Áustria x Polônia.

domingo, 8 de junho de 2008

O polaco Kubica é líder

Foto: Chris Wattie/Reuters

Sim senhor! Contra todos aqueles comentários dos que pensam entender de Fórmula 1, no Brasil, a Polônia pela primeira vez sobe no pódium mais alto de um Grande Prêmio. ROBERT KUBICA (pronuncia-se cubitssa, viu?) vence sua primeira prova e assume a liderança do campeonato 2008. Aos "entendidos" só têm olhos para Lewis, Alonso, Massa, Barrichelo, Piquet Junior, Kimi e todos estes "grandes" pilotos da atualidade... atenção: A Polônia mesmo sem possuir um autódromo apresenta ao mundo mais poderoso do automobilismo mundial ROBERT KUBICA. Que "pole-positions" que nada! Que Ferrari, que Maclaren, que nada! O melhor piloto da atualidade é o polaco Kubica... e a pronúncia repito é: CUBITSSA. Viu? Senhor "locutor" da "Globo". Atente para o fato de que nem tudo no mundo tem pronúncia inglesa. Atenção!!!!

Na mesma pista onde sofreu o pior acidente da sua carreira, no ano passado, ROBERT KUBICA venceu sua primeira vitória na Fórmula 1. O polaco da BMW-Sauber venceu o GP do Canadá, disputado neste domingo, em Montreal, e assumiu a liderança do campeonato, com 42 pontos. E por que assumiu????... Porque há dois anos é o piloto mais regular do circo!!!! Atenção Livio Oricchio, Galvão Bueno, Flávio e etc abram seus olhos.

Pois parece que não entendem nada do que pensam estar falando como prova a manchete do site das Organizações Marinho:


Surpresa, Kubica se mostra feliz com segunda colocação em Montreal


Surpresa????? Mas que supresa?????? Ele foi primeiro e não segundo...atenção atenção tem editor chefe de plantão????

É preciso dizer para os ignorantes que "Bons" foram Pace, Wilson, Emerson, Airton e Nelson... Jornalista que assiste pela televisão só pode se surpreender mesmo. Mas veja só, outra manchete que prova a ignorância e preconceito daqueles que pensam entender. Esta é uma das manchete das organizações Mesquita:

Kubica aproveita GP confuso e ganha pela primeira vez na F-1.

Aproveita? Confuso pode até ser, mas o polaco não tem nada a ver com a incompetência dos demais "incensados".

Esta foto é para não se esquecerem deste rosto cracoviano...Sim, eu sei, o campeonato não terminou... Mas só tenho a pedir humildade nos julgamentos e melhor conhecimento do mundo das rodas velozes àqueles que pensam entender de corrida de carros!
Ah! e tem mais uma... para os comentaristas polacos, KUBICA é o segundo piloto polaco na história da Fórmula 1... o primeiro atende pelo nome de Emerson Fittipaldi, nasceu no Brasil mas é filho de uma polaca de nascimento e etnia.

Todos com a biało-czerwoni!

Foto: Bartosz Jankowski
Neste domingo, num estádio no Sul da Áustria começa a Euro2008 para a seleção polaca de futebol. O jogo é contra a poderosa Alemanha. A torcida biało-czerwoni está em polvorosa em todo país e mais ainda em Klagenfurt local da partida. Na televisão alemã uma propaganda mostra polacos roubando o carro dos torcedores alemães que estão viajando para o grande confronto:



Estes são os jogadores polacos na Euro2008:


Goleiros

1. Artur Boruc (Celtic Glasgow) nascido em 20.02.1980

12. Tomasz Kuszczak (Manchester United) nascido em 20.03.1982

22. Łukasz Fabiański (Arsenal Londyn) nascido em 18.04.1985

Zagueiros

2. Mariusz Jop (FK Moskwa) nascido em 03.08.1978

4. Paweł Golański (Steaua Bukareszt) nascido em 12.10.1982

3. Jakub Wawrzyniak (Legia Warszawa) nascido em 07.07.1983

6. Jacek Bąk (Austria Wiedeń) nascido em 24.03.1973

13. Marcin Wasilewski (Anderlecht Bruksela) nascido em 09.06.1980

14. Michał Żewłakow (Olympiakos Pireus) nascido em 22.04.1976

23. Adam Kokoszka (Wisła Kraków) nascido em 06.10.1986

Meias

5. Dariusz Dudka (Wisła Kraków) nascido em 09.12.1983

8. Jacek Krzynówek (VfL Wolfsburg) nascido em 15.05.1976

10. Łukasz Garguła (PGE GKS Bełchatów) nascido em 25.02.1981

15. Michał Pazdan (Górnik Zabrze) nascido em 21.09.1987

16. Jakub Błaszczykowski (Borussia Dortmund) nascido em 14.12.1985

18. Mariusz Lewandowski (Szachtar Donieck) nascido em 18.05.1979

19. Rafał Murawski (Lech Poznań) nascido em 09.10.1981

20. Roger Guerreiro (Legia Warszawa) nascido em 25.05.1982

Atacantes

7. Euzebiusz Smolarek (Racing Santander) nascido em 09.01.1981

9. Maciej Żurawski (AE Larisa) nascido em 12.09.1976

11. Marek Saganowski (Southampton FC) nascido em 31.10.1978

19. Wojciech Łobodziński (Wisła Kraków) nascido em 20.10.1982

21. Tomasz Zahorski (Górnik Zabrze) nascido em 22.11.1984

Festa do Dragão do Wawel

Foto: Ulisses Iarochinski

O Teatr Groteska de Cracóvia promoveu, neste sábado, pelas ruas centrais da cidade e com destino à Caverna do Dragão, sob o Castelo de Wawel, o VIII Grande Desfile do Dragão e o finalíssima do Concurso do Cavaleiro e Dama do Castelo. No desfile participaram mais de 50 figuras alegórias e monstros de toda Polônia, alguns com mais de 4 metros de comprimento. As figuram foram conduzidas por quase mil crianças.
Foto: Ulisses Iarochinski

sábado, 7 de junho de 2008

Nysa - o minibus polaco

Foto: Ulisses Iarochinski

Passeando pelas ruas de Cracóvia, de repente vejo este minibus "engraçadinho". Será Polaco? Tentei perguntar, mas não encontrei o dono. Dia seguinte encontro o mesmo minibus em outro local...e era o mesmo pois guardei a placa. Enfim consegui apenas saber que se trata de um Nysa, um minibus do período comunista que é baseado no motor e caixa de marchas no FSO Warszawa, o qual tem licença de construção da GAZ Pobieda, que segundo diz foi copiado de um design Ford, montado na fábrica de Gorki. Não tenho certeza, mas deve ser para 10 passageiros.

Foto: Ulisses Iarochinski