sexta-feira, 13 de junho de 2008

Kaminskas paranaenses visitam Wawel

Foto: Ulisses Iarochinski

Semanas atrás publiquei aqui neste blog, a existência de uma placa na muralha de entrada do Castelo de Wawel, em Cracóvia, de um doador na reconstrução do principal castelo real da Polônia. De Guarapuava, o imigrante polaco de Białystok, havia enviado uma soma em dinheiro na década de 20 para que o destruído simbolo da união nacional polaca pudesse reviver seus melhores dias de poder e beleza. O colunista do jornal O Estado do Paraná, Dante Mendonça repercutiu em sua coluna e imediatamente descendentes de Władzysław Kamiński souberam lá no interior do Paraná. Logo o esposo de uma neta do "Sr. Ladislau" (o equivalente em português de Władzysław) me telefonou para saber se os poderia atender numa visita a Cracóvia. Mais rápido do que a àguia branca a família chegou aqui.
No centro da foto acima, Leonorin, a neta e no lado direito Kristie, a bisneta com Luiz (marido e pai das Kaminski). Este logo após esta foto quis comprar ingressos para visita ao Castelo. Impedi que ele fizesse isso. "Primeiro vamos conversar com alguém do museu de Wawel e apresentá-los.", disse e fomos até o vice-diretor, que mesmo não podendo nos atender naquele momento, destacou a funcionária Katarzyna para que nos levasse até a guia oficial, Marzena (majena - Sonho em português), para fazer a visita a todas as instalações do Castelo. Não mais apropriado, o nome da guia, para um momento de sonho.

As Kaminskas e ao fundo a Catedral e Castelo de Wawel. Foto: Ulisses Iarochinski.

Enquanto visitávamos o Castelo, Luiz recebeu um telefonema do prefeito de Guarapuava Fernando Ribas Carli manifestando interesse em contatar a direção do Museu de Wawel com o fim de estabelecer um acordo de cooperação cultural entre a Casa da Cultura de Guarapuava (antiga residência de Władzysław Kamiński) e o Wawel. O prefeito Ribas Carli deseja que uma sala da Casa da Cultura possa abrigar uma exposição permanente do Castelo de Wawel.

Casa da Cultura de Guarapuava, antiga residência de Władzysław Kamiński

"Não sei como agradecer Ulisses. Parece um sonho. Fui tratada aqui como uma autoridade. As duas pessoas que nos atenderam, principalmente a guia Marzena foram espetaculares. Senti como se ela estivesse prestando contas de uma contribuição que meu avô fez há mais de 80 anos. E tudo isto começou no teu blog." agradeceu Leonorin.


Na foto de Luiz Küster, ao lado da muralha com as placas dos contribuintes da restauração do Castelo de Wawel, em Cracóvia, Kristie, Ulisses e Leonorin Kamiński, bisneta e neta de Władzysław Kamiński, respectivamente. Para saber como começou a história desta visita acesse:
Guarapuava no Wawel,
O polaco da pedra ,
E tem mais sobre Guarapuava...,
,
Guarapuava é tema de...

4 comentários:

Anônimo disse...

JPPalinski Grande Ulisses gostaria que você me enviasse se possivel mais informações sobre o Hotel Kaminski de Guarapuava obrigado!

Otacilio/João Vitor/Gabriel disse...

parabéns Ulisses...
parece até a porta da esperança!
São os polacos do Paraná marcando presença e esses Kaminskis não são fracos, igual eles sóos Gelinskis tbém de Gorpa City.

Anônimo disse...

Ulisses, voltamos completamente mudados em nossos conceitos, tanto em relação ao país, quanto em relação ao povo.
O povo polaco sempre foi inovador, criativo, e tenho a convicção – se fosse vizinho da França, EUA e Inglaterra, teria compartilhado os ideais de liberdade destes povos, e seria hoje uma potencia mundial.
Levou azar na geografia, vizinha dos impérios militaristas da Prussia dos Hohenzollern, da Austria dos Habsburgos e da Russia dos Romanov.
O Polaco, criativo, com idéias de liberdade, assustou estes vizinhos, principalmente a sua oligarquia, apavorada com os eventos ocorridos na França. Veio então a primeira partilha da Polônia, para arrasar de vez com as idéias e convicções libertárias. O povo polonês, tal qual o palestino, ficou mais de cem anos tendo como pátria apenas a sua língua.
Após a recriação da Polônia, que durou apenas 19 anos, o pacto entre Hitler e Stalin mais uma vez acaba com o país, ainda entrando em idade adulta.
Mais uma vez, agora, o País se reergue, se reconstroe. Será uma grande economia, refletindo a grandeza de seu povo.
Sentimos, eu e Leonorin, que você é um arauto do orgulho polaco. Continue nesta bela luta. Esqueça e igonore aqueles que discordam. Um dia eles também ficarão orgulhosos de serem POLACOS. Você tem sido ponto de inflexão na auto estima polaca, mais que merecida. A dourada Cracóvia e sua história é a prova mais evidente.
Um abraço brasileiro de alma polaca.
Luiz Küster e Leonorin Kaminski Küster

Anônimo disse...

Ola Ulysses,
Fico feliz em ver meus tios e prima visitando um pedaco de nossa historia. E um orgulho tremendo para nossa familia.
Sou tambem uma das bisnetas de "Ladislau" que Dante cita em uma de suas materias.
Obrigada pela grande contribuicao que nos fez..
Abracos..
Maressa Kaminski Garcez