domingo, 1 de maio de 2011

Karol foi ordenado padre após a II Guerra Mundial

O jovem padre Karol diante da Catedral e Castelo de Wawel, em Cracóvia
À medida que o pequeno Karol Józef Wojtyła crescia, aumentavam as tensões na Europa. O nazismo e o stalinismo soviético queriam dominar o mundo.
Na família Wojtyła, que já tinha perdido a mãe Emylia, a escarlatina levou o filho mais velho, Edmund, em 1931.
A segunda guerra mundial vai encontrar o jovem estudante Karol em Cracóvia.
A liberdade tão cara à sua nação estava sendo ultrajada. Karol ao ver tantos amigos judeus assassinados pelos alemães de Hitler, engajou-se na luta clandestina. Fazia teatro na escuridão para iluminar o coração de seus compatriotas da resistência polaca contra o nazismo.
A guerra acabou deixando profundas marcas no jovem Karol, que além de amigos, perdeu seu pai. Wojtyła estava só no mundo.
Mas a solidão iria acabar em 1 de Novembro de 1946, quando ele foi ordenado padre pelo então cardeal-arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan Sapieha.
O futuro Papa João Paulo II sobrevivia assim lutando pela liberdade, o signo supremo da humanidade.

Karol Wojtyła, guerreiro da Liberdade

A mãe Emilia, o pequeno Karol e o pai Karol
O Papa João Paulo II, nasceu em 18 de maio de 1920, na Wadowice, pequena cidade ao Sul da Polônia, a 50 km de Cracóvia.
O pequeno Karol Józef Wojtyła vinha ao mundo, no momento, em que Varsóvia recebia o herói nacional, Marechal Józef Pilsudski.
A Polônia do pequeno Karol tinha reconquistado sua liberdade dois anos antes, encerrando 127 anos de ocupação russa, austríaca e alemã.
Mas os russos voltaram a atacar a Polônia, em 1920 e Marechal Pilsudski não permitiu que apagassem mais uma vez seu país do mapa do mundo.
Nessa atmosfera, de grandes significados para sua terra, o futuro Papa João Paulo II nascia sob o signo da liberdade, como bem supremo da humanidade.
O pequeno Karol Józef nasceu como segundo filho de Karol Wojtyła e Emilia Kaczorowska (sobrenome de solteira). Os Wojtyła são originários de Czańca, próximo a Kęty e Lipnika (distritos de Bielsko-Biała). Os Kaczorowski são de Michalów, proximidades de Szczebrzeszyn.

Morre polaco criador da Internet

Paweł (Paul) Baran, 84 anos, faleceu no último dia 25 de Março de 2011, na Califórnia - EUA, onde lutava contra um câncer no pulmão.
Polaco, Baran nasceu em 29 de abril de 1926, na Polônia. Seus pais se mudaram para os Estados Unidos em 1928. Ele cresceu na Filadélfia onde seu pai tinha um mercado e ele fazia entregas em domicílio. Baran Formou-se em Engenharia e dedicou-se em criar uma forma segura de compartilhar dados sem interrupções, especialmente em casos de cataclismas e acidentes nucleares.
Baran nem sabia que ao criar a transmissão de dados por pacotes segmentados, estava dando um passo primordial para o que hoje chamamos de internet. O pesquisador desenvolvia a Arpanet, uma rede de comunicação entre cientistas que resultou no que hoje interliga a Aldeia Global profetizada por Marshal McLuhan.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Conservadores da Lituânia desistem do ativista antipolacos.

Foto: Mindaugas Kulbis
Gintaras Songaila, conhecido por suas declarações e ações anti-polaca foi expulso do partido União Pátria Lituana, os democratas-cristãos da Lituânia por flagrante violação do Estatuto deste grupo político. Decisão foi tomada pelo juízo do partido. A decisão é praticamente irrevogável.
Uma das principais razões para um recurso foi torpedeado por um membro da coligação local entre os conservadores e da Ação Eleitoral de Polacos na Lituânia (EAPL), em Vilno.
Songaila, algumas semanas atrás, pediu ao tribunal para anular a decisão da seção Vilno do Partido Conservador, de criar uma coalizão com o partido polaco da capital lituana. Essa coalizão defende o primeiro-ministro Andrius Kubilius, explicando que o partido está próximo dos conservadores polacos "por suas crenças católico-cristã, e as questões económicas e financeiras".
"O desligamento de Sogaily do Partido dos Conservadores pode melhorar as relações Lituano-Polacas", diz Jacek Komar, que viveu 18 anos em Vilno, onde era um jornalista polaco, e agora é comentarista da mídia lituana. "Ao longo dos anos, Sogaily mobilizou a ala direita do seu partido sobre diversas iniciativas anti-Polacas", acrescenta.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Bigos, chrzań e mustarda

"A Polônia comeria a Bielorrússia como bigos. Até em raiz-forte e mostarda". Comentários do maior jornal da Bielorrússia, "Sowietskaja Biełorussija", sobre os vizinhos do país comandado desde a queda do comunismo pelo presidente Alaksandr Łukaszenko.
Segundo a reportagem publicada, ontem, em Mińsk, os vizinhos da Bielorrússia olham para Minsk com olhar de superioridade, e cada um deles faz isso por razões pragmáticas. O jornal não poupa os políticos polacos.
O jornal declaradamente pró-presidencial alerta que entre os polacos "dói e não se acalma um coração nobre," porque o ferro encravado pela União Europeia diz o que é para semear e o que é para cortar. Enquanto isso, os bielorrussos, "onde alguns camponeses das margens do rio Bug, não se curvam para ninguém."
O editor-chefe do jornal, Paweł Jakubowicz, diz que Varsóvia com suas iniciativas tem o único propósito de provocar Mińsk, como por exemplo oferecer bolsas de estudo para a juventude bielorrussa e a cidadania polaca para cidadãos bielorrussos de origem polaca. "O documento - como afirma - é de uma dupla lealdade" e é incessantemente criticada na mídia da Bielorrússia. "Mas tudo isso dá em nada. Mińsk sob cintada não se curva. Isto com certeza nos leva à um estado de loucura estatal".
Os comentários do editor foram a propósito das declarações do presidente Łukaszenko criticando o governo da Ucrânia e o chefe da Comissão Europeia, o português Durão Barrozo.
O ditador de Mińsk também deu a entender que as autoridades ucranianas não foram justas com ele sobre o aniversário do desastre de Chernobyl. Ele disse que foi realizada recentemente em Kiev, a Conferência sobre Chernobyl, e como o chefe da Comissão Europeia disse que,   não iria para a conferência onde estivesse o presidente da Bielorrússia, ele acabou não sendo convidado. Afinal Chernobyl fica muito próxima da fronteira com seu país e também foi afetado.

P.S. Bigos, para os desavisados, é um guisado de repolho azedo e cru com vários tipos de carnes e linguiças. Muito saboroso!!!!
P.S.2. Chrzań (pronuncia-se rrrrhhhjahn) é conhecido no Brasil pelos descendentes de polacos com Krem, ou raiz forte. (e krem é creme)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Piada de alemã com Małysz


No programa de Tv "Dzień Dobry TVN", Agnieszka Jastrzębska traiu-se, sobre como as mulheres reagem na presença do herói do esporte polaco, o saltador de esqui, Adam Małysz. Todas as polacas caem de amor pelo bigodinho do esportista. Mas algumas mulheres ficam decepcionadas com sua estatura.
Quando o saltador polaco estava na praia, e isso não foi revelado na imprensa polaca, as moças alemãs não esconderam sua decepção dizendo assim: "Oh Deus! Ele tem um baú muito pequeno!

P.S. A imprensa polaca está divulgando a informação acima como piada de alemã. Vai entender o humor alemão... ou o polaco. Essa Agnieszka pode ser bem informada e bonita, mas tratar o "instrumento" do Adam como baú é no mínimo de mau gosto num programa da manhã dedicado as senhoras donas de casa. ou fui eu que não entendi mesmo a piada alemã

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Preparativos para a 10ª. Polfest de Guarani das Missões



Vestidos foram produzidos por Marlei Dorneles, o modelo remete aos trajes usados pela nobreza polaca da Idade Média.
Há menos de dois meses para o ínicio da maior festa polaca dos países do MERCOSUL, os preparativos para a 10° POLFEST INTERNACIONAL estão a todo o vapor. São contatos, orçamentos, confecções de artesanato, obras de reparação, comercialização de espaços internos e externos, bailes, grupos folclórico, entre outros. Além disso, desde a escolha das Soberanas do Evento, a comissão social tem trabalhado na elaboração dos trajes das representantes, as quais tem a importante função de divulgar a 10° edição do evento, nacional e internacionalmente.
As princesas Karine Kotlewski e Patrícia Rolland, da mesma forma que a rainha Patrícia Gurski conheceram o traje de gala no inicio do mês de abril, quando os mesmos foram concluídos. As Soberanas vestem vestido longo, o qual, conforme a presidente, da Comissão Social da 10° Polfet, Joseane Nascimento, tem por base o modelo dos trajes utilizados na Polônia e Lituania pela nobreza, em meados do século XVII, na Idade Média.
O modelo dos vestidos chama-se "Strój Szlachci". O termo polaco "Szlachta", de acordo com Joseane, designava as "classes gentis" ou a "classe nobre". Abrangia ideia de nobreza de sangue: "um nobre específico era chamado um - szlachcic - uma nobre - szlachcianka -", explica a preseidente da Comissão Social.
Todo o desenho foi feito com base em pesquisa cultural. Joseane ressalta a beleza e os cuidados na confecção dos vestidos: "Os vestidos longos são distinguidos pela beleza dos trajes inteiramente por exatidão, com mangas, pregueado na cintura e detalhes finalizado em renda ou pele de carneiro. Costurado com lençóis e tecidos leves para o verão, mas também de seda, cetim, veludo e tecido de ouro, acolchoados com botões decorativos, para o inverno. Era de uso comum o manto,sobre os vestidos", comenta.
A escolha dos calçados também retrata a cultura de uma época remota. Joseane explica que na época, os sapatos em couro eram apenas da nobreza, "os mais pobres usavam sapatos na cor preta, os ricos podiam comprar na cor vermelha ou dourada", explicou. Além dos vestidos, as soberanas usarão uma capa, sendo a da rainha, bordada com a Águia Branca, tradicional símbolo polaco.
Os vestidos são de um tecido denominado de "Brocado", encontrado na fábrica Italitex, São Paulo. A confecção dos mesmos foi realizada por Marlei Dorneles em seu ateliê localizado em Guarani das Missões. Já a aplicação/bordado foi feita por Helena Hamerski, também em Guarani.

10° POLFEST
Nesta edição, a POLFEST irá comemorar os "120 Anos da Imigração e Colonização Polaca e Sueca na Colônia Guarani". Assim, a programação será incrementada com manifestações culturais da cultura sueca.
Conforme o presidente da 10° Polfest, Moisés Marczewski, o evento contará com a exposição de artesanato polaco, exposição gastronômica, grupos folclóricos e religiosidade. Além disso será realizada a 1ª Maratona Imigrante, o 2° Encontro Show de Bandonistas e Violinistas, Escolha do Par Polskie Dzieci, Casamento Típico Polaco, e, o 2° Festival do "Pierogi" (prato da culinária polaca). Palestras, oficinas de artesanato e bailes também fazem parte da programação.
O evento acontece entre os dias 26 a 29 de maio, no Parque Municipal de Eventos Clemente Vicente Binkowski. De acordo com Moisés, é esperado um público maior que das edições anteriores, superando o número de 35 mil pessoas, visitantes e turistas do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Polônia e Suécia.

Foto: Vick Almeida
Fonte/Crédito: Moisés Marczewski

terça-feira, 19 de abril de 2011

Gugała multado por não depor


Ex-embaixador polaco no Uruguai, o jornalista da TV Polsat, Jarosław Gugała foi penalizado em 500 złotych de multa por ausência injustificada no tribunal, que analisa ação impetrada pelo multimilionário Jan Kobylański contra o ministro das relações exteriores Radosław Sikorski.
Nesta terça-feira, Gugała teria que depor perante o Tribunal Distrital de Varsóvia como testemunha do ministro Sikorski. Embora tenha que pagar a multa, o jornalista foi convocado para a próxima audiência, em 27 de setembro.
O Chefe do Ministério das Relações Exteriores da Polônia chamou o presidente da Usopal, organização criada pelo ex-colaborador do ditador paraguaio Alfredo Stroessner de "Anti-semita e um tipo de estrela negra". O IPN - Instituto da Memória Nacional estava investigando o passado de Kobylański durante a Segunda Guerra Mundial, quando muitos afirmam ele dedurava polacos católicos que ajudavam polacos judeus para os nazistas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Padre Rydzyk concorda com Kobylański

Foto: Kuba Atys
Sobre os 30% de polacos que se preocupam a pátria, o padre Tadeusz Rydzyk afirmou que isto não significa nacionalidade ou raça. O comentário foi feito pelo padre em sua rede de emissoras de rádio "Maryja", a propósito dos "verdadeiros" polacos no governo e no parlamento.
Tal assunto tem a ver com o depoimento do Padre ao promotor que investiga o multimilionário Jan Kobylański, polaco de 88 anos radicado no Uruguai, e presidente da União das Associações e Organizações Polacas na América Latina (USOPAL).
Kobylański é investigado pelo tribunal regional de Varsóvia sobre vultosos investimentos no crescimento da rede de comunicações de Rydzyk (rede de rádio, canais de TV a cabo, jornal e um Faculdade de jornalismo).
Numa tentativa de mostrar o lado de Kobylański, Rydzyk ordenou que um funcionário da Rádio Maryja o entrevistasse. O destacado para a entrevista foi o padre Jacek Cydzików que ouviu da boca do homem que enriqueceu no Paraguai, à sombra do ditador Alfredo Stroessner:
"Nós não estamos contra ninguém. Mas nós queremos que haja democracia na nossa Polônia. Permitam que os representantes do catolicismo polaco nos representem. E não como a caricatura polacos que, hoje, temos no governo ou no parlamento. Ali nem 30% são polacos de verdade."

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Hoollywood grava em Cracóvia

Foto: Adam Golec
A primeira produção de cinema americano está sendo realizada perto de Cracóvia pela "Alverne Studios". O diretor Amy Heckerling está terminando seu mais recente filme "Vamps", aqui.
A "Alverne Studios está localizada na na auto-estrada para Katowice. Foi criada por Stanislaw Tyczyński, fundador e ex-proprietário da rádio RMF FM. No final de 2006, ele vendeu sua emissora. Com o dinheiro investiu em silêncio na produção do filme. Ele está convidando cineastas polacos e do exterior que desejem rodar seus filmes em Cracóvia.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sikorski convoca Wałęsa para missão na Tunísia

Foto: Peter Morrison
O ministro das Relações Exteriores, Radosław Sikorski, determinou o envio de uma missão diplomática a Tunísia para os próximos dias 28 a 30 de abril. Sikorski convidou o ex-presidente e prêmio Nobel da Paz, Lech Wałęsa.
A imprensa polaca já está chamando a visita a Tunísia como a missão do pai da democracia. Já o vice-ministro Krzysztof Stanowski disse aos jornalistas que a missão será um "grupo de 4 a 5 pessoas pelo líder do Solidariedade"
Por sua vez, Wałęsa afirmou que, "Eu estou indo como um revolucionário. Neste grupo há pessoas de diferentes profissões e especialidades como advogado, economista e um parlamentar. Vou tentar me familiarizar com a situação no local. Depois darei minha opinião - sobre o que eu faria - e eles vão escolher um conceito."

terça-feira, 12 de abril de 2011

Heidfeld para Kubica: "o 3º lugar é também teu"

Foto: Mark Baker
O piloto alemão Nick Heidfeld, que na Grande Prêmio de Fórmula 1 disputado na Malásia, subiu ao pódio pelo terceiro lugar na corrida enviou carta ao piloto polaco Robert Kubica.
A carta começa com as palavras: "Querido Robert, você viu, coloquei teu logotipo e da bandeira polaca no meu capacete. Pois, eu queria que você soubesse que eu ainda penso em você ...?".
E o alemão prossegue dizendo que "eu também queria mostrar a teus fãs que você ainda é parte da Fórmula 1, assim como da nossa equipe. Este terceiro lugar também é teu!"
Em outro trecho o companheiro de escuderia escreveu que, "Durante a corrida, o meu pensamento vagueou até você. Quando você cruzei a bandeirada final, uma onda de alegria me encheu até transbordar."
E encerra a carta com as seguintes palavras:
"Agora eu sei o que você pensa consigo mesmo: a Lotus/Renault preparou um grande carro para a temporada deste ano e eu quero voltar o mais rapidamente possível a correr e pegar o volante.!
Com certeza você terá sucesso. Desejo-lhe sucesso na reabilitação. Saúde!
Seu Nick"

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Direita protesta na celebração da tragédia



Centenas de pessoas, de várias partes da Polônia fizeram, ontem à noite, diante do Palácio Presidencial, em Varsóvia, um misto de homenagem e protestos.
Convocados pelo PiS - Partido Lei e Justiça, comandado pelo candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, Jarosław Kaczyński (pronuncia-se iaróssuaf  catchínhsqui), os manifestantes portando cartazes, "banners" e  cantando, gritando palavras de ordem e  outras vezes rezando escancararam a indignação pela tragédia de Smoleński, ocorrida há um ano .
Muitos dos manifestantes, além das placas ostentavam números nas costas. Questionados diziam que era identificação para não se perderem de seus grupos.
Alguns deles, identificados como montanheses, cantavam "altivez e olhando para cima, nosso presidente", quando o gêmeo do Presidente falecido, depositou flores diante do Palácio. Podiam ser lidos cartazes contra o aborto, "Komorowski e Tusk traidores" "EUA, por favor, nos ajude".
Outros cartazes diziam:"POLAND; PO-LAND, PUTIN-LAND" "Filhas da puta, Komorowski bolchevique". "Komorowski, Você sabe que o presidente do movimento Solidariedade foi Kaczyński, e não Wałęsa? Mas os judeus foram enganados", "Haverá a Líbia aqui, pois o sangue vai fluir!", "Silésia é a segunda Iugoslávia".
Um manifestante de Poznań assim se explicava, "Estou aqui para mostrar que os polacos não têm vergonha. Viemos porque eu queria ver por mim mesmo se essa multidão não seriam apenas boinas vermelhas, como descrito por alguns meios de comunicação. Há também muitos jovens como nós."

P.S. Nem parece que a Polônia quase foi destruída 70 anos atrás pelo fascismo nazista. A direita polaca com uma manifestação que deveria ser recordações dolorosas, reza e orações, transformou-se numa demonstração absurda de ignorância e rancor.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Polônia flutua sobre gás natural

Foto: Rafał Michałowski
O carvão e os mineiros estão intimamente ligados à história da Polônia. Não só porque a principal fonte de energia do país é o carvão, mas também porque sem o mineiros polacos a queda da União Soviética poderia ter retardado muitos anos. Não fosse a marcha de 70 mil mineiros de Katowice até Gdańsk a pé (mais de 700 km), Lech Wałęsa e os trabalhadores dos estaleiros do Norte, do Sindicato "Solidariedade", não teriam naquele 1989 derrubado o regime soviético das Europa Central e do Leste.
Mais recentemente, quando da entrada da Polônia, na União Europeia e o perigo do fechamento das usinas termoelétricas movidas à carvão, os mineiros temeram pela sua sorte. E mais, o país como um todo começou a se perguntar: como vamos sobreviver sem carvão. Afinal, os rios de planície não têm potencial hidrelétricos para substituir o carvão e a os ventos não sopram o suficiente para rodar as hélices dos modernos moinhos.
Quando a Ucrânia fechou as torneiras dos gazodutos russos que passam por seu território e levaram italianos e alemães ao desespero, descobriu que a Rússia - uma das maiores reservas mundiais de gás natural estava construindo em parceria com a Alemanha um gasoduto sob o mar Báltico, justamente para não contemplar a Polônia. A Gazprom, binacional russo-alemã do gás era presidida pelo ex-chanceler alemão Gebhard Schroeder.
Tudo isso é passado!
A U. S. Energy Information Agency (EIA) acaba de anunciar que a Polônia pode ter 5.300.000 bilhões de metros cúbicos de gás sob a camada de xisto. Tal quantidade é 2,5 vezes mais do que os depósitos da Noruega.
O Relatório sobre os recursos de gás de xisto em 32 países ao redor do mundo foi publicado ontem pela EIA. É um gás disperso em rochas de xisto. Sua exploração começou apenas nos últimos anos graças às inovadoras tecnologias da American Gas Industry.
Com a exploração do xisto, os EUA se tornaram o maior produtor de gás do mundo, e assim, os preços da matéria-prima nos Estados Unidos estão caindo nos últimos três anos. Agora, o gás está custando 150 dólares mil metros cúbicos. Isso é mais de 2,5 vezes mais barato do que Gazprom cobra pela mesma quantidade de gás vendido.
De acordo com as previsões da EIA do xisto polaco podem ser extraídos 22.400.000 bilhões de metros cúbicos de gás. Com o consumo atual na Polônia, esta perspectiva anunciada permitirá gás suficiente por 380 anos.
"Isso para nós é uma notícia muito boa. Garante-nos os investidores que já estão conosco, e outros que queiram trabalhar na prospecção de gás de xisto.", disse Henryk Jacek Jezierski, vice-ministro do meio-ambiente, o geólogo-chefe do país.

P.S. Apresenta-se aí, mais uma oportunidade para o Brasil estreitar seus laços comerciais com a Polônia. A Petrobrás em São Mateus do Sul é uma exploração pioneira do óleo, nafta, enxofre e gás combustível, a partir do xisto betuminoso, no Brasil. E o responsável por esse ineditismo foi um polaco-paranaense, Roberto Angewitz, que em 1935 numa pequena usina construída por ele, naquela cidade do Sul do Estado do Paraná, chegou a produzir 318 litros de óleo de xisto por dia. Há quem diga que o polaco era alemão. Mentem! Era polaco da nhanhã méessmooo!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Partituras de gênios alemães em Cracóvia




Fotos: Michał Łepecki

Partituras de Haydn, Beethoven, Schubert e também a primeira edição do "Fausto", de Antoni Radziwill estão na exposição de manuscritos da Biblioteca Iaguielônica de Cracóvia. A exposição foi inaugurada, nesta terça-feira, durante O XV Festival de Páscoa de Ludwig van Beethoven.
Embora, há de oito anos, o Festival Beethoven, seja realizado em Varsóvia, parte dele ainda é possível acompanhar em Cracóvia. Seguindo a tradição, a inauguração solene do festival foi realizada na Biblioteca Iaguielônica, onde foi aberta esta exposição de manuscritos e partituras de grandes compositores. Entre as peças expostas estão obras-primas da coleção da antiga Biblioteca da Prússia, em Berlim, como esboços de composições de Ludwig van Beethoven, Joseph Haydn e manuscritos de canções de Robert Schumann e Johannes Brahms. Um deleite para os amantes da história da música clássica também é mostrado ali, como a primeira edição do "Fausto" de Antoni Radziwill de 1835. A exposição vai até 22 de abril. A entrada é gratuita.

P.S. Os alemães tentam em vão reaver estes originais, que são propriedade da Polônia. O governo polaco todas, às vezes, em que é instado a isso, responde dizendo: "Se vocês nos devolverem tudo o que vocês pilharam, roubaram do patrimônio cultural, histórico e nacional da Polônia durante a II Guerra Mundial... podemos começar a conversar.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Livros mais vendidos na Polônia

O que os polacos estão lendo? A lista dos livros mais vendidos nos últimos dois meses refletem as vendas reais nas maiores cadeias de livrarias, lojas e redes de supermecados da Polônia.




segunda-feira, 4 de abril de 2011

Torres gêmeas em Cracóvia?





Cracóvia entrou na corrida para se construir os maiores arranha-céus da Europa. Pelo menos é o que se vislumbra após a última Grande Feira Imobiliária de Cannes (França), quando foi apresentado projeto para construção de duas torres gêmeas de 311 metros de altura.
Os dois edifícios seriam construídos na ulica (rua - proncuncia-se: ulitssa) Skotnicki, numa área contígua ao contorno rodoviário da cidade.
Os edifícios terão nos pisos inferiores, instalações comerciais e escritórios, salas de conferências e no topo apartamentos residências para valorizar o panorama deslumbrante. O custo da construção é de 2,5 bilhões de złotych. A Firma Capital High que quer levantar as duas torres confirma que já comprou terreno de 10 hectares.

domingo, 3 de abril de 2011

Duppa no Festival de Teatro de Curitiba


A impressão desta ilustração pode ser apresentada na bilheteria do teatro para ter um desconto de 50% no preço do ingresso. Duppa é garantia de risadas.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mentira polaca de mil anos

Bolesław Chrobry  - Quadro de Jan Matejko
Há exatos mil anos, o então príncipe Bolesław - Chrobry (Boleslau - o Bravo) foi acusado de fiasco político pelo líder da oposição, o príncipe Jaromir. Era 1º de abril de 1011.
A "Kłamstwo czerwieńskie" (mentira vermelha) de Boleslau foi tão criticada por Jaromir que este chegou a bradar que a política polaca era um fiasco internacional.
Pois a mentira do príncipe, que seria coroado o primeiro Rei da Polônia, em 1025, fez o preço das coisas aumentarem bastante, em mais de 55 dinares (dinar - moeda da época e atualmente, moeda nacional de vários países árabes).

quinta-feira, 31 de março de 2011

Cracóvia: como proteger a Velha Cidade

Foto: Krzysztof Karolczyk
Os conselheiros municipais de Cracóvia, preocupados com o patrimônio da Stare Miasto (Cidade Velha)  têm um plano para protegê-la. Na legislatura anterior, tal plano foi aprovado com alterações tão graves que a sua introdução exigirá a reutilização do documento para discussão pública. "O plano foi encaminhado ao Voivoda da Małopolska, e este orientou re-arranjos e preservação ambiental", afirma Grzegorz Stawowy, presidente da Comissão de Planejamento e Meio Ambiente - RMK.
Algumas semanas atrás, o documento voltou para a magistratura, e na quarta-feira, mais uma vez o caso foi apresentado em sessão. "O presidente depende da provação do plano o mais rapidamente possível, porque sem ele, a Cidade Velha não tem nenhuma proteção." explica Jan Janczykowski, da Conservadoria de Monumentos da Voivodia.
No entanto, está em curso a construção das casas na Cidade Velha e de estacionamentos subterrâneros nas praças św. Ducha e Szczepański. Tais ações podem danificar os porões de casas históricas. Na praça Szczepanski estão os restos mortais de um cemitério e na praça św. Ducha relíquias da Ordem do Espírito Santo. Como deter isto é o que preocupa Janczykowski.

P.S. A Velha Cidade (Stare Miasto) de Cracóvia é o conjunto arquitetônico mais original e preservado de toda a Europa. Nem mesmo as loucuras nazistas conseguiu destruir este patrimônio da humanidade. Não será, portanto, esta geração de autoridades regionais e municipais a por tudo a perder. O que ficou dentro do Planty (um bosque que circunda a velha cidade e onde um dia foram as muralhas e o fosso) é um tesouro dos mais importantes do mundo. Permitir estas intervenções é um crime de lesa-humanidade. E estes conselheiros, construtores, arquitetos não podem ter tanto poder assim, ou seja, o de decidir através de plano, ou não. Os cidadãos não só da cidade, mas de todo o país com certeza não permitem tal poder decisório a uns poucos "gatos pingados" de plantão.