segunda-feira, 10 de junho de 2024

Resultados das eleições para eurodeputados na Polônia

O primeiro-ministro Donald Tusk e o prefeito de Varsóvia, Rafał Trzaskowski, no comitê eleitoral da Coalizão Cívica, em Varsóvia. Foto – Leszek Szymański / PAP

Estes são resultados oficiais das eleições para o Parlamento Europeu, em 2024, ocorridas neste final de semana, na Polônia e nos consulados polacos ao redor do mundo.
 
A Coalizão Cívica do primeiro-ministro Donald Tusk venceu o Partido Direito e Justiça de extrema-direita por pouca margem de votos. Foram seguidos pela ordem pela Confederação, Terceira Via e Esquerda.
 
A Coalizão Cívica ganhou com 37,06%, Direito e Justiça com 36,16%, Confederação com12,08%, A Terceira Via com 6,91%, Esquerda com 6,3%, Governo local não-partidário com 0,93%, Outras agremiações partidárias com 0,56%. A participação do eleitorado nestas eleições foi apenas de 40,65%.
 
Em Vermelho, as voivodias que votaram nos partidos de Centro para a Esquerda. Em Azul, as voivodias que votaram do centro-direita para a extrema-direita.


Resultados por Distritos eleitorais
 
Distrito 1 — Voivodia da Pomerânia – frequência de eleitores = 29,6%
Coalização Cívica - 51,06%; PiS - Partido Direito e Justiça - 28,07%; Confederação - 9,37%; Terceira Via - 5,40%; Esquerda - 4,65%.
Eleitos: Magdalena Adamowicz (Coalização Cívica), Janusz Lewandowski (Coalização Cívica), Waldemar Buda (Partido Direito e Justiça).
 
Distrito 2 — Voivodia de Cuiavia-Pomerânia - frequência de eleitores = 25,8%
Coalização Cívica - 44,38%; Partido Direito e Justiça - 31,30%; Confederação - 10,24%; Terceiro Via - 7,98 por cento; Esquerda - 4,71 por cento.
Eleitos: Krzysztof Brejza (Coalização Cívica), Kosma Tadeusz Złotowski (Partido Direito e Justiça).
 
Distrito 3 — Warmia-Mazúria - frequência de eleitores = 24,8% -Podlaskie - frequência de eleitores = 27,5%
Coalização Cívica teve 37,36% dos votos, Partido Direito e Justiça ganhou 36,75%; em terceiro a Confederação, ganhou 12,71%. (87,388 votos), Terceira Via ganhou 7,87 por cento. (54.087 votos) e a Esquerda (3,6%) (24.776 votos). A participação no Distrito 3 foi de 35,32%. Eleitos: Jacek Protas (Coalização Cívica), Maciej Roman Wąsik (Partido Direito e Justiça).
 
Distrito 4 — Varsóvia e região metropolitana 
No Distrito 4, que inclui Varsóvia e cidades vizinhas.
Coalização Cívica ganhou 44,46% dos votos, Partido Direito e Justiça teve 24,82%, Confederação seus 11,9%, Esquerda fez 10,41%, Terceira Via fez 7,06% . - A participação aqui foi de 56,30%.
Eleitos: Marcin Kierwisski (Coalização Cívica), Kamila Gasiuk-Pihowicz (Coalização Cívica), Michał Szczerba (Coalização Cívica), Małgorzata Gosiewska (Partido Direito e Justiça), Tobiasz Bocheński (Partido Direito e Justiça), Ewa Zajczkska-Hernik (Confederação), Michał Kobosko (Terceira Via), Robert Biedroń (Esquerda)
 
Distrito 5 — Voivodia da Mazóvia sem Varsóvia - frequência de eleitores = 31,7%
No Distrito 5, Partido Direito e Justiça ganhou com 49,17%, Coalização Cívica com 23,8%, a Confederação fez 12,94%, a Terceira Via fez 9,11%, e a Esquerda apenas 3,25% de todos os comitês deste distrito. Havia 718.391 eleitores e a participação nas urnas foi 37,91%.
Eleitos: Andrzej Halicki (Coalização Cívica), Adam Bielan (Partido Direito e Justiça), Jacek Ozdoba (Partido Direito e Justiça).
 
Distrito 6 — Voivodia de Łódź e cidade de Łódź - frequência de eleitores = 28,6%
Partido Direito e Justiça fez 38,6%; Coalização Cívica fez 33,29%; Confederação com10,96%; Esquerda - 9,93%; Terceira via fez - 5,91 por.
Eleitos: Dariusz Joński (Coalização Cívica), Waldemar Buda (Partido Direito e Justiça).
 
Distrito 7 — Voivodia da Wielkopolska (Grande Polônia) - frequência de eleitores = 26,8%
Coalização Cívica fez 38,85%, conquistando o maior apoio nestas eleições parlamentares europeias na Polônia. 28,92% dos votos foram para o Partido Direito e Justiça, a Confederação fez 13,18%, a Terceira Via fez 9,24% e a Esquerda fez 8,06%.
Eleitos: Ewa Kopacz (Coalização Cívica), Michał Wawrykiewicz (Coalização Cívica), Marlena Maląg (Partido Direito e Justiça), Anna Bryłka (Confederação), Krzysztof Hetman (Terceira Via), Joanna Scheuring-Wielgus (Esquerda).
 
Distrito 8 — Voivodia de Lublin - frequência de eleitores = 26,98%
O Partido Direito e Justiça ganhou 47,16% dos votos, Coalização Cívica fez 26%, a Confederação fez 15,11% e a Terceira Via ganhou 6,95%, Esquerda fez 3,29%, agremiação governos locais não-partidária fez 1,19 % e Polexit (Sair da União Europeia) fez 0,3%.
Eleitos: Marta Wcisło (Coalização Cívica), Mariusz Kamiński (Partido Direito e Justiça).
 
Distrito 9 — Voivodia Podkarpackie - frequência de eleitores = 27,2% O Partido Direito e Justiça obteve 52,87%, configurando-se no maior reduto da extrema-direita da Polônia; seguida pela Coalização Cívica com 23,73%, Confederação com 15,23%, Terceiro Via fez 1,71%, Esquerda fez 2,07%. De acordo com dados oficiais de todos os comitês deste distrito 642 626 eleitores compareceram às urnas.
Eleitos: Daniel Obajtek (Partido Direito e Justiça), Bodan Rzońca (Partido Direito e Justiça), Elżbieta Łukacijewska (Coalizão Cívica), Tomasz Buczek (Confederação).
 
Distrito 10 – Voivodia da Małopolska (Pequena Polônia) - frequência de eleitores = 29,87%, Świętokrzyskie (Santa Cruz) - frequência de eleitores = 26,3%
Segundo maior reduto da extrema-direita polaca, o Partido Direito e Justiça conquistou 44,05% dos votos. A Coalização Cívica do primeiro-ministro fez 26,96%, a Confederação fez 14,1%, Terceira Via fez 8,81% e a Esquerda apenas 4,73%. Obtiveram votos as seguintes agremiações partidárias: Governos Locais Não Partidários fez 0,72%, País Normal fez 0,27%, Polexit (Saída da União Europeia) fez 0,25%, Polônia Liberal Greve dos Empresários fez 0,08% dos votos. 
Eleitos: Beata Szydło (Partido Direito e Justiça), Dominik Tarczyński (Partido Direito e Justiça), Arkadiusz Mularczyk (Partido Direito e Justiça), Bartłomiej Sienkiewicz (Coalizão Cívica), Jagna Marczułajtis-Walczak (Coalizão Cívica), Grzegorz Braun (Confederação), Adam Jarubas (Terceira Via).
 
Se, após as eleições parlamentares do ano passado, alguém pensou que os habitantes das Montanhas Sulistas estariam passando por uma mudança de visão de mundo, porque eles não votaram tanto no Partido Direito e Justiça quanto antes, eles aparentemente estavam cometendo em um grande erro. As eleições para o Parlamento Europeu mostraram que a região ainda se encontra em uma zona muito direita e conservadora. Os Montanheses apoiaram maciçamente a Confederação. Em muitos municípios, o partido obteve o segundo melhor resultado da votação e deixou a Coligação Cívica para trás.
 
“Não é fácil para as pessoas mudarem”, dizem os “Góralu”. “Em parte, a região tem alguém a quem votar. Foi conosco que Grzegorz Braun começou”, eles acrescentam.
 
Aqui, a Confederação definitivamente venceu mesmo com a festa de Donald Tusk. “Sempre fomos dominados por visões conservadoras e de direita”, diz Dominik, morador de Jabonka.
 
“As pessoas votam no partido dos Kaczyński há anos. E muitos ainda o fazem. Mas também muitos, especialmente, os eleitores mais jovens, veem que o Partido Direito e Justiça é formado por perdedores e como isso acontece com o quê, eles irão para Bruxelas, onde concordarão com tudo. Afinal, foi Morawiecki quem assinou o consentimento para o “Acordo Verde”, ou a retirada de carros de combustão em poucos anos. É por isso que as pessoas mudaram para a Confederação. Há alguns anos, dava pena votar neles. Esse não é o caso agora. Daí um resultado tão bom para eles em nossa região", segundo este homem que não quis se identificar, acredita.
 
Outros entrevistados argumentam que desta vez a Confederação fez um resultado tão bom nas montanhas porque colocou um "grande nome". O próprio Grzegorz Braun começou na lista deste partido no distrito de Małopolska-Świętokrzyskie. O líder das facções mais conservadoras que formam a Confederação, tornou-se famoso por muitos escândalos, entre outros, colocou fogo na lata de lixo na Câmara dos Deputados e rasgou a bandeira ucraniana do Monte Kosciuszko, em Cracóvia.
 
"Os vales das montanhas sulistas polacas é uma bacia da direita", dizem os especialistas.
 
“Eu vou dizer feio, mas não encontro palavras melhores”, diz Władysław, um agricultor de 70 anos de Lack.
 
“Eu votei na Confederação pela primeira vez na minha vida, mas se quisermos enviar alguém para essa estúpida Bruxelas que nos defenderá lá, deve haver alguém que... não na dança! O Braun é assim! Ele não vai beliscar se algo está ou não, ele só vai gritar alto que as coisas estão indo mal”, que completou.
 
Já a Terceira Via ganhou apenas três assentos, que serão de Michał Kobosko, Krzysztof Hetman e Adam Jarubas. Os líderes do grupo não estão satisfeitos com o resultado. “Em uma campanha agressiva e polarizada, na qual o partido que ganharia, não havia espaço para falar sobre pessoas, sobre soluções para o desenvolvimento da Polônia. É por isso que metade dos eleitores em outubro ficou em casa”, escreveu o atual presidente da Câmara dos Deputados, Szymon Hołownia na plataforma X.
 
Votaram polacos eleitores nos Estados Unidos, Canadá, México, Cuba, Colômbia, Venezuela, Brasil, Peru, Chile e Argentina, além de outros países do mundo.
 
BRASIL
Nos Comitês Eleitorais no Brasil, os resultados foram os seguintes: Comitê 28, em Curitiba, participaram 21 eleitores e apenas 19 dos votos foram válidos. Terceira Via fez 2 votos, Confederação 4 votos, Governos locais não partidários 1 voto, Coalizão Cívica 1 voto, Esquerda 4 votos, Partido Direito e Justiça 6 Votos.
 
Com a soma dos votos do Comitê de Brasília, os votos no Brasil tiveram estes percentuais: Partido Direito e Justiça fez 33,33%, Coalização Cívica fez 28,57%, Confederação 16,67%, Esquerda fez 9,52%, Terceira Via fez 7,14%, Governos locais não partidários fez 2,38%, Saída da União Europeia fez também 2,38% dos votos válidos. de Brasília e Curitiba, nas eleições de 8 de junho, agora
 
Texto Ulisses Iarochinski
com fontes diversas da Polônia