domingo, 19 de agosto de 2007

Manhã de Domingo

Foto Ulisses Iarochinski

Passeio de coche no Rynek (praça central) de Cracóvia numa manhã de domingo de verão


A vala comum

Fotografia do exército nazista em seu avanço a Moscou
Fosso onde foram enterrados quase 40 mil soldados polacos assassinados pelo exército russo durante a segunda guerra mundial na cidadezinha de Katyń. Este massacre é o tema do filme que o cineasta polaco Andrej Wajda, lança no próximo dia 17 de setembro, no Festival de Cinema de Gydnia.

Remédio para cansaço

Para cansaço não há melhor remédio que deitar, descansar e dormir. Quando acordarem já descansados, então, podem fazer algo de bom para si e para seus semelhantes. Pois cansados só gritam e se irritam. E qualquer especialista de coisa nenhuma sabe que a irritação imobiliza e que irritados não sabem o que fazem, o que gritam ...E o que dizem.

Mensagem à cansada Ivete

"Merece destaque o comentário de um dos parentes das vítimas do acidente, quando se dirigia ao local do acidente: "este é um momento nosso!". Em outras palavras, era o momento de intimidade. Com este pequeno comentário, desmontou todo o esquema discursivo dos cansados, que se baseia no que há de mais característico da nossa cultura brasileira: a falta de limites bem definidos entre a esfera pública e a privada. Toda a resmungação cansadista era baseada nesse empastelamento entre o público e o que é particular. Os cansados queriam mais que manifestar solidariedade com a dor dessas famílias, eles pretendiam que 190 milhões de brasileiros a sentisse como sua. Esse artifício retórico é velho. Maquiavel já aconselhava ao príncipe que, ao defender seus próprios interesses, desse ao povo a impressão (quando não a certeza) de que está defendendo o bem geral. Mas aquele comentário do familiar desmonta todo esse discurso de insatisfação pseudo-geral. Alguém que perdeu um familiar há pouco tempo não se sente amparado, acolhido, representado por toda essa onda de "insatisfação cansada" que está por aí."
Trecho do artigo do prof. Ignácio Dotto Neto, de Curitiba, a propósito da missa de 7° dia dos familiares das vítimas do avião da TAM e da manifestação dos cansados liderados pelo presidente da OAB-SP, de Hebe Camargo e da Ivete Sangalo. Doutto Neto também perdeu o pai em um acidente.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Mensagem a meu irmão

Na foto de Celso Honorato Pereira, Eunice ladeada de seus filhos Ulisses e Cicero (à direita)

Meu irmão
Sim, estou acompanhando as notícias do Brasil e por isso mesmo é que acho que a mais importante notícia do ano é esta mesmo:

Em Curitiba, neste sábado, 18 de agosto, Eunice Pereira Iarochinski, completa 70 anos. Sete décadas de luta com muitas perdas, mas também com algumas das mais importantes vitórias das famílias Pereira da Silva e Hazelski Jarosinski. Entre estas vitórias, duas delas foram ter você e eu como filhos.
Eunice, que nasceu em Palmeiral, no Estado de Minas Gerais, jovem ainda imigrou com sua família para o Norte do Paraná. Dali, alguns anos mais tarde, chegou a Monte Alegre, onde viria encontrar o companheiro fugidio de poucos anos, Cassemiro, que assassinado morreu pouco mais de três anos após o casamento.
Eunice, não desanimou, apesar das tragédias, sempre se manteve firme e convicta de que sua vida estava entregue aos filhos. Mas as doenças teriam que surgir initerruptamente logo após sua aposentadoria. A forte Eunice, com sua candura e simpatia segue a vida com afinco e disposição, mesmo que as ladeiras da vida estejam tão próximas de casa.
Curitiba, está em festa, neste sábado, ao comemorar os 70 anos de vida de Eunice, pois sabe reconhecer que entre seus moradores, vive uma heroína.

Meu irmão, peço que dês um grande e forte abraço em nossa mãe. O seu abraço ...e o meu! Sim, porque ninguém, mais do que você, nesta vida, pode ser portador do meu amor, do meu afeto, do meu reconhecimento, da minha honra e do meu orgulho à pessoa mais importante da minha vida. Faça isso, por favor, e dê também um grande beijo em sua testa de heroína.
Apesar da distância, dos 11.500 km, que me separam desta festa, estou o dia todo, aqui em Cracóvia, comemorando o aniversário de nossa mãe.
Teu irmão que te ama e venera nossa mãe.ULISSES IAROCHINSKI

A cracoviana Helena

Fotos: arquivos da Fundação Helena Rubinstein

Foi no bairro do Kazimierz, em Cracóvia, num sobrado da ulica (rua) Szeroka, nº. 14, que nasceu a mundialmente famosa Helena Rubinstein (dos cosméticos), em 25 de dezembro de 1871, com o nome de Chaja.

Primogênita do casal Gitte (Gitel) Scheindel Silberfeld Rubinstein esposa de Hercla(Horace) Rubinstein teve 7 irmãs: Paulina, Róża, Regina, Stella, Ceśka, Mańka e Erna.

Em Cracóvia, Helena estudou matemática, idiomas antigos e teologia. Era interessada também em química, física e biologia.

Na Suíça, para onde se mudou, estudou medicina e trabalhou num consultório médico e num hospital. Mas ao que tudo indica, foi impedida de terminar os estudos por ser mulher.


Seu pai, que amava as artes, tinha em sua casa livros de escultura, arquitetura e pintura. Estes livros tiveram grande influência no futuro de Helena.


Chegando a Austrália, ela foi morar com seu tio, em Corelaine, cidadezinha a 100 km de Melbourne. Com seus conhecimentos de medicina, acabou trabalhando numa farmácia, onde aviava receitas.

Foi então que, aliando seus conhecimentos de medicina, química, biologia e o senso artístico do belo (legado dos livros de seu pai), ela preparou um creme com a ajuda dos irmãos Lykulski (químicos polacos), ao qual deu o nome de "Krem Valaze".

Um amigo, o jornalista americano, de descendência polaca, Edward Titus, escreveu um artigo elogiando as propriedades do creme. A jovem Chaja acabou mudando seu nome para Helena, após Titus, que viria a ser seu marido mais tarde, escrever uma propaganda e colocar o nome Helena, como a criadora do segredo do creme "Valaze".

Em pouco tempo, Helena recebeu encomenda para produzir 15 mil unidades do creme. Ela própria prepara o creme, envasava e colocava as etiquetas.

Em 1902, Helena abriu, em Melbourne, o salão de beleza "Valaze", onde atendia individualmente seus clientes. Trabalhava longa e pesadamente noite adentro.
Em 1905, sua irmã Ceśka, chegou para ajudá-la e ela aproveitou para ir a Europa estudar sobre pele e enfermagem.

Esta viagem alimentava seus propósitos e em 1908, ela abriu outro salão em Londres. Logo em seguida, outro em Paris, em 1912. Finalmente abre o salão de Nova Iorque, em 1914.
Em 1917, Helena Rubinstein começou fabricar e distribui seus produtos em grande escala, fundando a Helena Rubinstein Incorporated e se tornando uma das pessoas mais ricas do mundo.

Morreu em Nova Iorque em 1965.

Recentemente um prédio ao lado da casa, onde ela nasceu, na rua Szeroka foi restaurado e transformado no Hotel Rubinstein. Mas o local onde sua mãe deu à luz a pequena Chaja ainda continua em ruínas.

Casa nº 14, na ulica Szeroka, em Cracóvia (em ruínas) onde nasceu Chaja / Helena Rubinstein
Não consta que a cracoviana tenha algum dia retornado à sua cidade natal.

À noite no bairro judeu

Foto: Paweł Mazur

Esta é ulica Józefa, uma das ruelas do bairro do Kazimierz, em Cracóvia, ainda tranquila, sem o alvoroço e a algazarra que toma conta do bairro boêmio da cidade. E isto porque, ainda não tem nenhum bar. O bairro judeu de Cracóvia nos últimos anos está se transformando num similar aos, "Quartier Latin" de Paris, "Village" de Nova Iorque e/ou "Soho" de Londres. Porém (e sempre tem um porém), talvez com mais encanto e magia. O que facilmente se constata na sua particular atmosfera, marcada por seu passado de grandes alegrias e profundas tragédias.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Os bondes de Cracóvia

O mais antigo Sanok foto: Paweł Mazur

Os bondes de Cracóvia circulam na cidade desde 1882. No inicio eram puxados por cavalos, mas em 16 de marco de 1901, eles foram eletrificados e desde então nunca mais voltaram a ser românticos como antes. Atualmente são 26 linhas com 198 trens e 363 vagões. O mais antigo é o Sanok produzido nas cidades de Sanok e Graz, na Áustria. O mais velho Sanok, que ainda circula foi produzido entre os anos de 1959 e 1995. O mais moderno é o canadense produzido pela Bombardier (a mesma empresa que fabrica os aviões concorrentes da Embraer). Atualmente são 4 as nacionalidades dos tramwaj (bonde em polaco) que transportam os cracovianos, o polaco Konstal, produzido na cidade de Chorzów; o Düwag, inicialmente construído em Uerdingen, na Áustria (os novos bondes são agora da Siemens e produzidos em Düsseldorf); o Nürnberg, construído em Nuremberg, na Alemanha; e o Bombardier canadense.
Ah, sim! o bilhete custa 2,50 złotych, equivalente a 1,75 real. Mas apenas para um trajeto. É possível comprar um bilhete para o mês todo, para todas as linhas e sem limite de uso. Custa 88 złotych, ou 61 reais. Não existe cobrador, o viajante deve registrar imediatamente o bilhete em máquinas existentes no interior do bonde e mantê-lo consigo. Aquele que for pego sem bilhete registrado, pelos controladores, tem de pagar uma multa de 110 złotych, ou 77 reais. A multa é mandada pelo correio para pagamento. Estrangeiros tem que pagar na hora, senão o destino certo é... a delegacia.

A Biblia de Tyniec


Foto: Paweł Mazur
Nas margens do Wisła (rio Vístula), na colina de Tyniec, em Cracóvia, os monges do Mosteiro Beneditino traduziram a Biblia (Pismo) diretamente do aramaico e greco antigo (idiomas em que foram escritos o primeiro testamento e os evangelhos) para o polaco. A primeira edição da Biblia de Tyniec foi publicada em 1997. O trabalho consumiu vários anos, pois o aramaico ainda é falado em apenas uma cidade no mundo, na Jordânia.

O que restou das muralhas

Foto: Prefeitura de Cracóvia

Cracóvia foi uma cidade murada até o século 19, quando os invasores austríacos botaram tudo abaixo. No lugar do antigo fosso, eles criaram uma parque arborizado, hoje chamado de Planty. Antes do reinado de Casimiro III - "O Gande" (1333-1370), as muralhas eram de pesados troncos de madeira. Da muralha de pedras construída pelo Rei Casimiro, resta uns 300 metros, no lado norte da cidade velha. Há pouco este monumento foi restaurado e através do acesso na Brama Floriańska (Portão da Rua Florianska) é possível caminhar no passadilho interno, usado no passado, pelos soldados e defensores da cidade. Na foto, um dos artistas, vestido com trajes da idade média, que participam todo verão do Festival Medieval de Cracóvia.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Feriado santificado de N.S. Częstochowa

A Polônia parou nesta quarta-feira, 15 de agosto, para comemorar o dia da padroeira da nação, Nossa Senhora de Częstochowa.


foto: Santuario de Jasna Góra
Pintado sobre uma tabua de madeira de 122.2 cm, 82.2 cm e 3.5 cm, o quadro representa o busto da Virgem com Jesus em seus braços. Parece que a Virgem Maria olha a quem lhe admira. Também o rosto do Menino parece com o olhar fixo no peregrino. Os santos rostos têm uma expressão séria e pensativa, o que confere um tom emotivo ao quadro. Este está marcado por três sulcos fortes. No altura do pescoço da Virgem estão outros 6 pequenos arranhões, sendo que quatro estão bem visíveis. O vestido e o manto da Virgem estão adornados com a flor de lis, símbolo da família real da Hungria.
O quadro fica encerrado neste altar da catedral de Częstochowa por trás de duas portinholas, a cada 15 minutos elas são abertas sob som musical e surge o quadro em todo seu esplendor.
Foi o príncipe Władysław de Opole, plenipotenciário do Rei Ludwik da Hungria, entre os anos 1367-1372, quem trouxe os Monges Paulinos a Polônia. Eles chegaram a Częstochowa, em 1382, e receberam uma pequena igreja, onde depositaram o quadro da Virgem, que o príncipe tinha trazido da cidade de Belz. Segundo a tradição, o quadro foi pintado pelo evangelista Lucas sobre a mesa da Sagrada Família. São Lucas tinha pintado duas imagens de Maria: uma delas chegou a Itália e foi conservada em Florença, onde ainda é venerada; a outra foi levada de Jerusalém para Constantinopla pelo imperador Constantino e colocada numa Igreja. Seis séculos mais tarde, o príncipe russo Lev ganhou o quadro do imperador como reconhecimento militar. Durante as guerras em Ruselel, o príncipe Władysław de Opole encontrou o quadro num castelo de Belz. Ali o quadro era venerado como milagroso. Depois da vitória sobre os tártaros, o príncipe trouxe consigo o quadro para a colina de Jasna Góra, em Częstochowa. A fama crescente da imagem milagrosa da Mãe de Deus converteu o monastério em destino de peregrinos. E com eles muitas ofertas em jóias e ouro, o que despertou a cobiça de bandoleiros. Em 14 de abril de 1430 (dia de Páscoa), ladrões, procedentes de Bohemia, Moravia e Silésia assaltaram o monastério. Entrando na capela da Mãe de Deus, os ladrões tiraram o quadro do altar, arrancaram todos os objetos valiosos e marcaram o rosto da Virgem com suas espadas. Jogaram o quadro no chão, rompendo-o em três partes. O quadro foi restaurado, em Cracóvia, na corte do rei Władysław Jagiełło. Os restauradores tentaram cobrir os riscos de espadas, mas estes não desapareram. Com o passar dos séculos e devido às tentativas de restauração as cores dos rostos enegreceram, o que acabou conferindo o título de Madona Negra, a padroeira dos loiros polacos.

Pierogi santo de todo dia

foto: desconhecido
Pierogi é o prato típico mais consumido na Polônia. Todo restaurante que se digne de ser cozinha “staropolski” tem necessariamente que oferecer o pierogi, em pelo menos uma de suas variedades. O mais comum é o pierogi ruskie, feito com recheio de ricota e batata. Mas a iguaria não é exclusividade só dos polacos, não! Também na Rússia, na Bielo-russia, na Ucrânia, na China e no Japão são bastante conhecidos. Ele também é denominado como perogi, perogy, piroghi, pirogi, piroshki, pirozhki, pyrohy, Piroggen. A palavra "pierogi", por sua vez, é do fim do século 17. Entre os séculos 14 e 18 também havia a forma "pirogi". Segundo Bańkowski, a palavra e seus homônimos, em outros idiomas eslavos é originária de alguns dialetos dos Urais (através do estoniano piirag; do letão, pirags; e do lituano, pyragas). Outra hipótese seria a palavra russa "pir" (de santo, solenidade) ou do antigo eslavo ortodoxo "piru". Mas tem muito judeu por aí (com raízes nos países eslavos) que jura que o pierogi é na verdade, o varenik. Mas aí, também os ucranianos o chamam assim, portanto, não é só um prato e uma palavra iídiche, também é ucraniana. No plural tanto pode ser pierogi como pieróg. O Pierogi é conhecido na Polônia desde o século 13. Teria origem no extremo Oriente trazido pelos russos.
A palavra "pieróg" significa prato feito com massa cozida, assada ou frita, em bastante gordura, finamente esticado e recheado com diferentes sabores. Na Polônia, os recheios usados são: carne, repolho azedo com cogumelos, frutas da estação (mirtilo, morangos etc.), trigo sarraceno, ricota (versão doce – ou salgada, esta com batata e molho de cebola frita – que é o pierogi ruskie). Em outros países também é usado, ovo cozido, peixe, espinafre, marmelada, chocolate e mel. O chamado "pierogi leniwe" não é pierogi, mas sim kluski, ou nhoqui. No meu livro “Saga dos Polacos”, entre outras receitas, encontra-se esta do "ruskie":
- 350 gr de farinha de trigo
- 250 ml de água morna
- 1 ovo, sal, pimenta, noz moscada, cheiro verde
- 10 gr de manteiga
- Purê de batata
- Ricota

Modo de Fazer
Misturar todos os ingredientes da massa e amassar bem com as mãos. Esticar com rolo e cortar em círculos de 3-4 cm de diâmetro. Rechear os pastéis e cozinhar bastante em água salgada fervente com a manteiga. Depois que os pastéis subirem durante a fervura, cozinhar mais 5 minutos. Para o recheio de carne, moer a carne cozida, adicionar a cebola dourada, ovo e os temperos. Colocar bacon defumado picado e frito com a gordura da fritura em cima dos pierogi. Outros molhos podem acompanhar como de cogumelos secos, ou então molho de mostrada. Para o recheio tradicional de ricota, misturá-la com cheiro verde (cebolinha) e um pouco de purê de batata (pierogi ruskie).

A última flor do Lácio

Nona pequinino, parqui calado santa
Ouvri vossa doce boca, oen cantiga canta.

(versos de uma cantiga do Sri Lanka – Ceilão)

Além dos dez milhões de pessoas em Portugal, o idioma português é falado nas seguintes regiões do planeta:


Açores, África do Sul, Alemanha, Andorra, Angola, Antigua e Barbuda, Bélgica, Bengala, Brasil, Canadá, Cabo Verde, China (Macau Hong Kong), Congo, Espanha, Estados Unidos, França, Guiné-Bissau, Guiana, Ilha Flores (Larantuka, Sikka) Ilha da Madeira, Ilha Maurício, Índia (Bombaim, Cochim, Coromandel, Chaul, Damão, Diu, Goa, Malacca), Indonésia, Inglaterra, Jamaica, Luxemburgo, Malawi, Moçambique, Namíbia, Omã, Paraguai, São Vicente e Granadinas, São Tomé e Príncipe, Sri Lanka (Batticaloa, Koolavaddy, Mamangam, Uppodai, Dutch Bar, Akkaraipattu, Trincomalee, Kaffir de Mannar e Puttalam), Suriname, Suíça, Tailândia, Timor Leste e Uruguai. Nas costas da Índia, existiam cerca de 44 comunidades onde o português era falado até o século passado.
São considerados dialetos: o Beira, Galego, Madeirense-Açoriano, Estremenho.
É classificado como sendo Indo-europeu, Itálico, Romance, Italo-ocidental, Ocidental, Gallo-ibérico, Ibero-romance, ibero Ocidental, português-galego.
É falada como segunda língua por 15 milhões de pessoas. Algumas comunidades são particularmente expressivas como os quase um milhão de pessoas na França, que fala português como língua materna. A língua portuguesa tem mais de 230 milhões de falantes em todo o mundo.

A situação da Galícia e do galego em relação ao português é controversa. Do ponto de vista político e oficial, o galego é uma língua porque assim o determinam os organismos de Estado espanhol e da Região Autônoma da Galicia. Do ponto de vista científico, no entanto, o galego é uma variação dialectal da língua portuguesa. Tanto isso é verdade, que o galego está sendo estudado ao lado das demais variações do português, nas universidades e centros de investigação linguística.

Ainda sobre os versos acima, Marco Ramerini, acrescenta que vários reis do Ceilão (atual Sri Linka) falavam fluentemente esta língua e nomes portugueses eram comuns na nobreza. Quando os holandeses ocuparam a costa do Ceilão, principalmente sob as ordens de Van Goens, eles tomaram medidas para eliminar o uso da língua portuguesa. Porém, o dioma estava tão entranhado entre os habitantes do Ceilão que até mesmo as famílias dos burgueses holandeses começaram a usar a língua portuguesa. Em 1704, o governador Cornelius Jan Simonsz falava que: "se você fala português no Ceilão, você é entendido em todo lugar".

O novo acordo ortográfico dos oito países membros da CPLP já em vigor, mas não utilizado pode ser lido em:

Mais informações em:






A grande Musa da canção

MARYLA RODOWICZ

Foto: Arquivo pessoal da cantora

Maryla Rodowicz ou "Marysia Biesiadna", na verdade, Maria Antonina, nasceu, em 1945, em Zielona Góra, no Oeste da Polônia. Formou-se em Física, mas foi na música que se tornou famosa. O primeiro contato com a canção se deu em 1962, quando foi eliminada no primeiro "Festival de Jovens Talentos de Szczecin". Em 1967, finalmente venceu um concurso musical no "6°. Concurso Geral de Cantores Estudantes". Nos anos 70, Maryla Rodowicz tornou-se a mais importante e popular representante da música pop polaca. Em 1974 cantou na cerimônia de abertura da "Copa do Mundo de Futebol da Alemanha", em Munique, a música "Futbol, futbol, futbol". Já gravou mais de 600 músicas e mais de 20 discos, cantando em polaco, inglês, tcheco, alemão e russo. A mais bonita e expressiva interpretação da tradicional música "Sła dzieweczka do łasecka" é esta que ela canta com seu outro nome artístico, "Marysia Biesiadna"... ouça em:


http://www.ui.jor.br/biesiadna.mp3

A namoradinha da Polônia

Monika Brodka
Foto: Divulgação

A mais nova namoradinha da Polônia surgiu na cenário musical na terceira edição do programa de TV, "Ídolo", em 2003. Desde então vem colecionando prêmios e sucessos. Monika (pronuncia-se: móNIca) vem de uma tradicional família de músicos. O avô toca trombone, a mãe, violino: o irmão, contrabaixo: e o pai é de vários instrumentos. Numa das provas finais do programa "Ídolo" ela cantou "Garota de Ipanema" em português, demonstrando que seu estilo está em torno da bossa-nova, jazz, pop, soul e muito romantismo. Para ouvir seu mais recente sucesso clique para baixar em:

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Soldados rezam em Jasna Góra

Foto: Grzegorz Skowronek
Soldados peregrinos rezaram na missa desta manhã em Częstochowa. Eram soldados polacos, alemães, lituanos, croatas e americanos. A missa foi celebrada pelo capelão militar Tadeusz Płoski. Presentes na missa em intenção dos soldados europeus que estão em missão no Iraque e Afganistão estavam o cardeal metropolitano de Varsóvia Kazimierz Nycz, o ministro do interior Władysław Stasiak o general da defesa polaco Waldemar Skrzypczak, e os estrangeiros David McKiernan dos Estados Unidos, Awdas Pogus da Lituânia, Milan Maxim da Eslováquia, Gunter Weler da Alemanha.

Caminhada de Częstochowa

Foto Agência Gazeta Wyborcza
O jornal “Gazeta Wyborcza”, diz hoje, que mais de 200 mil peregrinos já chegaram à Częstochowa para comemorar o dia da padroeira da Polônia, neste dia 15 de agosto. São esperadas mais de um milhão de pessoas nas orações de Jasna Góra (Montes Claros) para Nossa Senhora de Częstochowa. Os peregrinos da Madona Negra da Polônia fazem suas caminhadas a pé a partir dos mais diferentes lugares do país. Muitos chegam a andar mais de 700 km, em trajetos de 30 km diários. Semana passada, chegaram vários ônibus com mais de 400 italianos para fazerem a caminhada de 110 km entre Cracóvia e Częstochowa. A caminhada de Częstochowa teve início depois de três milagres atribuídos ao quadro de Nossa Senhora. Para os que entendem idioma polaco, este link leva ao Informator dla pielgrzymów do jornal Gazeta Wyborcza.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

No set de filmagens

Foto:Ulisses Iarochinski
Novembro passado, estava passeando na noite fria, (já tinha chovido e caia uma neve rala) quando de repente no Rynek (praça central) um agromerado de pessoas, trailers de artistas, gruas e no comando Andrzej Wajda dirigia cenas de seu próximo lançamento, "Katyń". Não foi a primeira, nem será a última vez que a praça mais famosa de Cracóvia serve de cenário para uma grande produção de cinema.

domingo, 12 de agosto de 2007

Cartunista Polaco vence em Portugal



O cartunista Grzegorz Szumovski, da Polônia foi o vencedor do Grande Prêmio do IX PortoCartoon-World Festival, organizado pelo Museu Nacional da Imprensa. A participação do IX PortoCartoon de 2007 bateu o recorde dos últimos anos ao receber mais de 1700 cartuns, de quase 500 cartunistas, de 60 países. O segundo lugar foi atribuído ao brasileiro Osvaldo da Silva Costa e ao italiano Alessandro Gatto. O terceiro foi para Ruan Tang Li, da China. O trabalho vencedor é relativo ao tema “globalização” e mostra um índio de arco e flecha dispararando um celular.
O júri internacional decidiu também atribuir 15 Menções Honrosas a artistas de 10 Países: Bélgica, Brasil, Espanha, Holanda, Irã, Turquia, Itália, Polônia, Israel e Portugal.

Wajda virá com Katyń

Foto: Paweł Mazur

O grande cineasta polaco Andrzej Wajda (pronuncia-se Andjei Váida) está nos últimos preparativos para o lançamento de seu mais recente filme, “Katyń”, em 17 de setembro no festival de Cinema de Gdynia (cidade no Norte da Polônia). O filme trata de uma das maiores chacinas do século XX.

O massacre de Katyń foi a brutal execução de polacos pelos russos durante a Segunda Guerra Mundial. Como o sistema de serviço militar polaco requeria título universitário para se tornar oficial da reserva, os soviéticos conseguiram reunir muitas cabeças da intelectualidade polaca e bielo-russas. No período, entre 3 de abril a 19 de maio de 1940, pelo menos 22.436 oficiais e 15.131 prisioneiros polacos foram executados. Além de outros 7.305 bielo-russos e ucranianos. Entre os que foram assassinados covardemente, em Katyń, estavam um marechal, 16 generais, 24 coronéis, 79 tenente-coronéis, 258 majores, 654 capitães, 17 capitães navais, 3.420 soldados, sete capelães, três proprietários de terras, 1 príncipe, 43 funcionários públicos, 85 trabalhadores privados e 131 refugiados. Também entre os mortos estavam 20 professores universitários; 300 médicos; 100 advogados, vários engenheiros e professores; e mais de 100 escritores e jornalistas, além de aproximadamente 200 pilotos da força aérea. Os russos executaram quase metade do Corpo de Oficiais do Exército Polaco.

E se diziam amigos por afinidade étnica e acordos pré-guerra. Uns grandes mentirosos e falsos estes russos, isso sim. Para não falar que foram tão cruéis quanto os alemães de Hitler.

E este é o Duppa

Para ouvir uma das músicas do CD, clique mais abaixo na nota (post) sobre a Banda Polaca, do Dante.

sábado, 11 de agosto de 2007

Eleições antecipadas

O primeiro-ministro Jarosław Kaczyński anunciou neste sábado que pode convocar eleições parlamentares antecipadas para outubro. Com o desacerto na coalização de direita que governa o país, os gêmeos Kaczyński (Lech é o presidente da República) não vêm outra saída do que antecipar, em dois anos, as eleições de novos deputados. A imprensa européia, não deixou por menos, e noticiou que o conservadorismo de extrema direita do governo polaco está por um fio. A TVE espanhola chegou a dizer que o governo Kaczyński é um retrocesso na União Européia e que os gêmeos estão sempre na contramão das decisões dos outros 26 países. Uma pesquisa de opinião destacou que 80% da população polaca aprova a antecipação. Mas para que isso aconteça é necessário que o atual parlamento se autodissolva.

A Banda Polaca será sonora

O livro "A Banda Polaca - humor do imigrante no Brasil Meridional" será lançado com trilha sonora. Dia 26 de setembro - na casa Romário Martins - será lançado também o CD do polaco, empresário e compositor Gláucio Karas, que tem o nome artístico de Isidório Duppa. Para abrir o baile, ouçam uma das músicas (Dante Mendonça).
Clique aqui para baixar o arquivo e ouvir "Xaxixão vermelho" em

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

A Mariacka de Cracóvia


A Mariacka (igreja Basílica de Santa Maria) foi construída no século 13, no lugar de uma antiga igreja em estilo românico. Na gótica renascentista Mariacka se destaca o altar, esculpido em madeira e considerado a maior expressão gótica da Polônia. Sua torre mais alta (onde um corneteiro toca o “Hejnal”, todas as horas cheias do dia) possui uma coroa, que simboliza o status de capital do reino. A coroa está a 81 m de altura e foi colocada ali, em 1478, representando duas histórias ocorridas em 1408. A coroa tem 2,4 m de diâmetro, 1,3 m altura e pesa 350 kg. As 8 pontas de cobre de 1,2 m, cada uma, mais abaixo, são banhadas em ouro e estão numa altura de 65.5 m de altura e foram colocadas ali 1666. A torre menor tem 62 m de altura.

Rynek sempre belo

Foto: Prefeitura de Cracóvia
O Rynek Główny - Praça do Mercado Central - de Cracóvia fica ainda mais belo com o Sol e o céu azul do verão. Ao fundo, pode-se divisar o Kopiec Kosciuzki, um dos pontos mais altos da cidade e mais atrás a Montanha do Przegorzały (à esquerda), onde moro. No Rynek, estão além da Sukienice, do Ratusz, da Mariacka, da capela de São Adalberto mais 47 kamienice (edifícios), a maioria destes, restaurados no século 19. Considerada a maior praça medieval da Europa com seus 10 acres, ou 40.468,54 m2, ela tem muita história para contar, a começar pelos seus principais edifícios.

Polônia se nega a devolver arte alemã


Manuscrito de Mozart - final do Kyrie
Foto: Mozart Geburtshaus

O jornal Herald Tribune publicou, esta semana, notícia de que o governo da Polônia se nega a atender pedido da Alemanha para que retornem a este país, objetos de arte alemã que se encontram guardados em território polaco.
Na semana passada, o jornal alemão "Frankfurter Allegemeine Zeitung" criticou a Polônia por não devolver objetos de arte que pertencem a civilização alemã.
O Ministério das Relações Estrangeiras da Polônia, por sua vez, reagiu dizendo que a crítica e o pedido são completamente infundados. Em seu comunicado, o Ministério disse que objetos de artes, livros, manuscritos e materiais de arquivo de origem alemã encontrados em território polaco depois da Segunda Guerra Mundial foram assumidos pela Polônia com base em atos "legais apropriados”. Qualquer menção às reivindicações alemãs referentes à Segunda Guerra Mundial é por demais dolorida. O ministério polaco lembrou que a Polônia foi invadida pelos alemães, em 1939, e que a ocupação brutal de cinco anos resultou na morte de seis milhões de cidadãos polacos.
Evidentemente, o Allegemeine Zeitung não lembrou de criticar seu próprio país por não devolver o fruto de saques nazistas nas artes polacas durante os anos de guerra. Não lembrou das bibliotecas que foram queimadas, dos arquivos que foram destruídos, do bombardeio que arrasou Varsóvia, quando foram dinamitados marcos culturais, igrejas e palácios reais polacos. Para não falar dos roubos de obras de arte valiosíssimas que nunca mais retornaram ao solo da Polônia.
O jornal de Frankfurt reclama os tesouros da Biblioteca do Estado Prusso, onde se encontrava uma coleção de livros alemães inestimáveis, além de manuscritos, que os soldados de Hitler transferiram de Berlim para 29 lugares espalhados pelo Terceiro Reich, numa tentativa de protegê-la dos bombardeios Aliados. Aproximadamente 500 caixas de madeira com milhares de manuscritos e documentos foram escondidas no Castelo de Książ nos Sudetos polacos, e mais tarde, transferidos para um convento mais ao Sul. Segundo o jornal, este tesouro se encontra atualmente na Biblioteca Jagielloński de Cracóvia.
O diretor Zdzisław Pietrzyk da Biblioteca confirma a guarda da Universidade Jagielloński, mas lembra que uma parte desta mesma coleção já foi devolvida para a Alemanha, em 1977, quando o líder da Polônia comunista, Edward Gierek, presenteou seu colega comunista alemão Oriental, Erich Honecker, com sete pautas musicais. Entre elas,
o manuscrito original de Mozart para a ópera "A Flauta Mágica” e partes do manuscrito de Beethoven para a “Nona Sinfonia”.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Jovens Judeus equivocados

foto: Tel Aviv University
Aconteceu esta semana, na Universidade de Tel Aviv, em Israel, um encontro internacional Israel-Polônia, reunindo professores, estudantes e diversas entidades, para discutirem a “Marcha de Estudantes Judeus” a Auschwitz.
Ao que consta, o que chocou o ministro da cultura polaco, Waldemar Dąbrowski, em 2003, continua ocorrendo, mesmo depois da intensa participação dos estudantes católicos da Polônia, que atenderam ao chamamento do ministro e junto com israelenses e estrangeiros de origem judaica marcham até o campo de concentração alemão. Os equivocos, agora são, não só dos estudantes israelenses, mas também dos estudantes de origem judaica de outros países.
Não se sabe ainda com certeza se são os professores destes estudantes, a falta de informação, ou a idade precoce para uma visita de tal magnitude num local de tristes recordações (Diga-se de passagem, não só para judeus, mas também para ciganos, católicos, mulçumanos e diversas etnias), a causa de tantos disparates históricos.
Frases como: “Nossa! Não sabia que Auschwitz era na Polônia.”; “Então foram os polacos que mataram os nossos judeus!”; “Os polacos são anti-semitas.”;
Ou então, perguntas como: “O nome da cidade é Oświęcim? Que engraçado!”; “Por que esta marcha é realizada na Polônia e não na Alemanha?”; Por que não vamos para o campo de concentração de Munique?”; "Os alemães não nos querem na Alemanha?", "Os polacos estão explorado turismo com nosso sofrimento, é isso?".
O fato dos campos de concentração de Auschwitz, Birkenau, Belzec, Majdanek, Chelmno, Sobibór, Treblinka e outros terem sido edificados em território polaco, tem levado estes estudantes de origem judaica a deduzirem que o Holocausto foi obra dos católicos polacos e não dos alemães de Hitler. Numa confusão histórica que só fomenta discriminação e desentendimento. O que precisa ficar claro para estes estudantes é que a Polônia foi vítima e não carrasco; que a Polônia durante séculos foi a única terra dos judeus (expulsos pelos reis católicos da Espanha, Portugal, França, Itália, Alemanha e outros países); que muitos dos fundadores do Estado de Israel nasceram em território polaco e ali se casaram com católicos, aprenderam a comer pierogi e a beber vodka.

Marcha de estudantes israelenses

Foto: Jarmen

Desde 1988, o Ministério da Educação de Israel promove a "Marcha de estudantes judeus", em cooperação com a organização „March of the Living”, na Polônia.
Na primeira marcha, realizada sempre no mês de abril, estiveram cerca de 1,5 mil estudantes israelenses, no trajeto de 70 km entre Cracóvia e Auschwitz (na cidade de Oświęcim, na Polônia). Em 2003, o Ministro da Cultura da Polônia, depois de ler na imprensa, declarações equivocadas dos estudantes israelenses sobre a história da segunda guerra mundial, convocou todos os estudantes polacos a se juntarem aos israelenses. O que chocou o ministro foi que muitos destes estudantes de segundo grau de Israel estivessem surpresos de que o campo de concentração alemão era na Polônia e não na Alemanha. Alguns, nas entrevistas, deduziam então de que quem assassinou os judeus na segunda guerra mundial eram os polacos e não os alemães, numa completa inversão de valores. O chamamento do ministro polaco levou mais de 20 mil estudantes de 50 países a marcharem até o campo de concentração, em 2005. Nas solenidades daquele ano estiveram presentes também os primeiros ministros de Israel – Ariel Szaron, e da Polônia – Marek Belka, e o prêmio Nobel Elie Wiesel. Em anos anteriores também estiveram na marcha os ex-presidentes Aleksander Kwaśniewski, da Polônia e Ezer Weizman, Mosze Kacaw, de Israel, além dos primeiros ministros Jerzy Buzek, da Polônia, e Benjamin Netanjahu, de Israel. Em 2006, esteve Szymon Peres.
Neste ano, de 2007, estiveram marchando também cerca de 150 estudantes brasileiros de origem judaica, procedentes de São Paulo.

Vandalismo em Częstochowa

Foto Polícia de Częstochowa
O prefeito de Częstochowa, Tadeusz Wrona, reuniu estudantes de arte, na última terça-feira, para limpar cerca de 100 túmulos, no cemitério judeu da cidade, que foi profanado com símbolos nazistas por vândalos. A Polícia descobriu, no domingo, inscrições SS, suásticas e frases de "Fora judeus", escritas em alemão, nas lápides. A Polícia ainda não descobriu quem são os culpados.
O líder dos rabinos na Polônia, Michael Schudrich, foi junto com o prefeito acompanhar os trabalhos de limpeza dos estudantes. O rabino disse que, "muito freqüentemente o resto da sociedade tolera estas coisas. Mas neste caso, o prefeito e os jovens não ficaram sentados em casa esperando que outros limpassem isto. Eles vieram e agiram, não ficaram só no discurso”.
A Polônia foi casa de mais de 3.5 milhões de judeus - a maior comunidade judia da Europa - até a Segunda Guerra Mundial, quando então, a maioria foi assassinada pelos alemães. Estima-se que vivam hoje 30.000 judeus no país predominantemente católico.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Futebol Polaco

O campeonato polaco de futebol 2007/2008 já começou...após duas rodadas o Legia Varsóvia está em primeiro. O campeão do ano passado, Zagłębia Lublin perdeu neste fim de semana para o Wisła Kraków (dos brasileiros Jean Paulista e Kleber) por um a zero.

O Wisła não jogou a primeira rodada pois estava em Chicago nos EUA onde venceu o torneio internacional que contou com o Sevilha da Espanha e o Reggina da Itália. Na foto, o lateral esquerdo, Kleber, após troca de camisas com jogador do Sevilha, levanta a taça de campeão.

Kleber campeão em Chicago

Foto: Imprensa de Chicago

E na foto abaixo, o atacante Jean Paulista, considerado pela crítica polaca, o mais técnico e habilidoso brasileiro do campeonato polaco, com a famosa camisa branca do Wisła, domina a bola no campo dos espanhóis. Por sua vez, o ex-Coxa Branca, Adriano, agora no Sevilha, pelo segundo ano consecutivo, amargou uma derrota para o time de Cracóvia. A primeira derrota aconteceu na comemoração dos cem anos de existência do clube de Cracóvia, ano passado.

Racławicka: Um enorme quadro panorama


Na cidade de Wrocław (pronuncia-se: vrossúaf) há um museu especialmente construído para abrigar um único quadro. Parece improvável, mas é verdade.

Também pudera o quadro que representa a Batalha de Racławice (pronuncia-se: Rassúavitce) tem 15 metros de altura por 114 de comprimento. Ou seja, corresponde mais ou menos a um edifício de 6 andares. Para visualizá-lo é preciso estar dentro dele.

Explico, ele é montando em forma circular, já que o prédio do museu foi especialmente construído em formato circular, assim a obra em óleo está disposta na parede com suas extremidades se tocando. Retrata a vitória do herói de dois mundos Tadeusz Kościuszko, que lutou pela Independência dos Estados Unidos e da Polônia.
Uma cena de Raclawicka

Foto: Museu Panorama Raclawicka




O Panorama da Batalha de Racławice é o mais antigo e único exemplar existente de panorama pintado na Polônia.

A idéia de pintar a célebre batalha foi do pintor Jan Styka (1857–1925) em Lwów, que convidou o renomado pintor Wojciech Kossak (1857–1942) para participar no projeto.

Eles foram ajudados por Ludwik Boller, Tadeusz Popiel, Zygmunt Rozwadowski, Teodor Axentowicz, Włodzimierz Tetmajer, Wincenty Wodzinowski e Michał Sozański.

O projeto foi concebido como uma manifestação patriótica que comemorava o 100º aniversário da Batalha vitoriosa de Racławice, episódio famoso da Insurreição de Kościuszko, um ato heróico mas no qual cai tentando defender a independência polaca.

A batalha foi lutada no dia 4 de abril de 1794 entre a força regular dos insurretos e temerosos camponeses armados de foices sob o comando de Kościuszko (1746–1817) e o exército russo comandado por Tormasov. Para a nação que tinha perdido sua independência, a memória desta vitória gloriosa era particularmente importante.


Endereço:
Jana Ewangelisty Purkyniego 11, 50-155
Wrocław, Polônia

domingo, 5 de agosto de 2007

Salomé de Olbinski



Outro poster do Rafał. Realmente ele é super (nova gíria polaca - influência estrangeira no idioma). Olbinski nasceu na Polônia, em 1945, arquiteto, pintor, designer, ilustrador e artista de poster. Desde 1981 vive em Nova Iorque, o que permitiu que sua obra fosse conhecida em todo o mundo. Frequentemente faz ilustrações para as revistas Time, Der Spiegel e Newsweek. Leciona atualmente na Escola de Artes Visuais de Nova Iorque.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Curitibanos na Lista de Schindler

Para quem não sabe ainda, o filme de Spilberg, "Lista de Schindler", foi inteiramente gravado em Cracóvia. Outra informação é que dois curitibanos trabalharam no filme como figurantes. Mauro Kraenski e Rogério Piasecki, na época, eram estudantes na Universidade Jagiellonski. No filme, a cena de evacuação dos judeus do bairro do Kazimierz para o outro lado do rio Vístula é marcante. Não só pelo clima dramático e de horror, mas também porque, por dois rápidos segundos, aparece na tela grande, o rosto de Rogério, fazendo as vezes de um judeu.
Ponte de ferro do Podgórze
Foto Prefeitura de Cracóvia
A foto, mostra a ponte de ferro por onde os judeus passaram a pé, em direção ao para o guetto criado pelos nazistas, no bairro do Podgórze. Além da ponte, pode-se ver, ao fundo, o Castelo de Wawel e a torre da catedral metropolitana.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Leminski em polaco

Moje polskie serce wróciło

Serce, które mój dziadek

Przyniósł mi z daleka

Serce zdruzgotane

Serce podeptane

Serce poety

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Meu coração de polaco voltou

Coração que meu avô

Trouxe de longe pra mim

Um coração esmagado

Um coração pisoteado

Um coração de poeta.

Paulo Leminski, Polonaises, 1980.
Tradução Anna Róża Orzech

Culpa do Bush?

Caiu a ponte de Minneapolis. É culpa do Bush? Ou será que é do Bin Laden? Fosse no Brasil, a direita impedernida (que tem saudades de Hitler, Stalin e Médici) já estaria culpando o Lula através da grande imprensa e de emails idiotas...
Por outro lado, como é que a nação mais poderosa e orgulhosa do mundo pode construir pontes que caem? Engraçado que ela também foi reformada como a pista de Congonhas. Será que são os engenheiros, ou os operários que não sabem reformar?

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Castelo da idade média

Um castelo que vale a pena visitar é o de Czorsztyn. Alguns filmes retratando a idade média já foram gravados ali. Fica a beira de um grande lago e das montanhas Tatras e da reserva natural “Zielone Skałki”.
Castelo de Czorsztyn
Foto Ulisses Iarochinski

O Castelo de Czorsztyn fica quase na fronteira com a Eslováquia e foi construído no século XIII. Serviu muitas vezes de pouso para o rei Casimiro – “O Grande”, da Polônia, em suas viagens a Hungria e Áustria. Também fizeram uso do magnífico castelo, os reis Ludwik Węgierski e Władysław Jagiełło. Foi incendiado em 1795 e por causa disso durante séculos foi apenas ruínas. Décadas atrás ao se tornar parte do Parque Nacional Pieniny foi finalmente restaurado. Polacos, Eslovacos, Tchecos, Húngaros e Austríacos são seus mais assíduos visitantes. Muito próximo fica outra atração bastante apreciada: descer as águas tranqüilas do rio Dunajce em canoas de troncos, conduzidas pelos típicos montanheses polacos até a cidade de Krościenko Nad Dunajcem.


Raffting no rio Dunajce


Foto Ulisses Iarochinski