segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Carmo estréia nos cinemas da Polônia


A prefeitura de Cracóvia, junto com a Gremi Film Production (Polônia), Contraluz Films (Espanha) e Magia Filmes Produções (Brasil) está convidando para a pré-estréia do filme "Carmo", nesta sexta-feira, dia 17 de outubro, no Cine Kijów. A exibição tem o patrocínio do novo embaixador brasileiro na Polônia, Carlos Alberto Simas Magalhães.
A partir de amanhã, terça-feira, dia 14 até quinta-feira dia 16 de outubro, o filme estará sendo apresentado em Varsóvia na Kinokoteka, salas 2 e 7, na PKiN, na Plac Defilad nr.1. durante o 24 Festival do Filme de Varsóvia.

"Carmo", um "road movie" gravado no Mato Grosso do Sul é uma produção espanhola, brasileira e polaca protagonizado pelo espanhol Fele Martínez e pela brasileira Mariana Loureiro. Produtores: Grzegorz Hajdarowicz, Xavier Granada, Alberto Aranda e Roberto D'Avila.
O filme é dirigido por Murilo Pasta e tem ainda a participação dos brasileiros "Seu" Jorge, Márcio Garcia, Rosi Campos, Norival Rizzo, Thais Fersoza, Kiko Bertholini, Nanda Costa, Clarisse Kiste, além da espanhola Paca Galberón. A produção musical é do espanhol Zacarías M. de la Riva. "Carmo" foi exibido numa mostra paralela do último Festival de Cannes.

Murilo Pasta, brasileiro viveu e trabalhou na Grã-Bretanha por 17 anos, onde fez mestrado em roteiro de cinema na London College of Communication. Em 2000 foi nominado para a categoria de melhor curta-metragem do Prêmio BAFTA com "The Tale of the Rat". Dirigiu vários curtas e pela primeira vez um cineasta latino-americano foi convidado para dirigir uma minissérie para a TV BBC, Channel 4 e Sky Television. Ele já dirigiu também vários comerciais para TV. "Carmo" é sua estréia em longas de ficção.
O filme conta a história de "Marco é um espanhol deficiente e solitário que vive do contrabando entre Argentina e Brasil. Quando dois bandidos o atacam e roubam sua mercadoria, Carmo lhe dá uma ajuda para voltar à rodovia. Carmo é brasileira e preferiria morrer do que ter que viver um segundo mais no lugar onde nasceu. Entre os dois o trato é muito simples: me leve pra longe e ficarei ao teu lado."

Segundo a atriz Rosi Campos, que interpreta o papel da cinquentona Serra Feliciano, "Carmo" é um "é um road-movie, ou seja, as ações se desenrolam em viagens na estrada. É uma história sobre relações difíceis, contado de forma bacana, que mistura humor, drama e aventura. O filme foi rodado em quatro cidades do Mato Grosso do Sul, Corumbá, Ladário e Terenos e a capital, Campo Grande, com locações naturais, e conta com um grande elenco, e ainda a participação especial do cantor Zeca Baleiro, em uma rápida cena no bar. Foram dois meses de produção, entre os meses de abril e maio de 2007, e um orçamento de R$ 4 milhões. O filme foi montado na Espanha e deverá ser distribuído para dezenas de países a partir de junho, inclusive no Brasil. A expectativa é de sucesso."

Fele Martinez é um ator espanhol, nascido em 1975, na cidade de Alicante. Tem em seu currículo mais de 30 filmes. Foi dirigido por nomes como Pedro Almodóvar, Alejandro Amenábar e Julio Medem. Ganhou prêmios como o "Goya" de ator revelação do ano de 1996. Também atuou no teatro quando encarnou o papel principal da peça "Sonhos de um Sedutor", de Woody Allen, em sua versão espanhola.


Neste ano já foram vendidos alguns filmes brasileiros para a Polônia, como por exemplo, "A Casa de Alice", para o Canal +, " O Passado, Estômago" e "Tropa de Elite" para exibição em salas de cinema. "Tropa de Elite" vendido para uma das maiores distribuidoras da Polônia, a Kinoswiat, está fazendo sucesso entre os polacos.

domingo, 12 de outubro de 2008

Ditadura de triste lembrança

Médicos retomam formatura congelada pela ditadura por 36 anos

No dia 24, um grupo de médicos vai finalmente concluir sua festa de formatura, iniciada e interrompida há 36 anos pelo regime militar. Dia 13 de dezembro de 1972. Anos de chumbo, época de censura. Cerca de 1.700 pessoas lotam o Teatro Municipal do Rio. São 20h30. Na platéia, em elegantes trajes de festa, estão parentes, amigos e convidados dos 128 formandos do curso de medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O convite da festa traz ilustrações de Henfil.

A reportagem é de Luísa Alcalde e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 12-10-2008.

Vai começar a cerimônia de colação de grau da turma de 1967, com o juramento de Hipócrates, rito de introdução dos acadêmicos em medicina na vida profissional.
No palco, vestidos de becas pretas com babado branco e capelo na cabeça, os recém-formados estão emocionados, pois entre os convidados está a família de Luiz Paulo da Cruz Nunes, assassinado aos 21 anos, no segundo ano do curso, com um tiro na cabeça disparado por policiais durante repressão a uma pacífica manifestação estudantil no dia 22 de outubro de 1968, em frente ao Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel. A ação foi orquestrada pelo Comando do I Exército, DOPS e a PM. Os amigos dizem que o jovem não era ativista político. Estava no local por acaso.
Os parentes de Luiz Paulo, escolhido como patrono, levam flores aos formandos. A direção da UERJ, porém, veta a homenagem dias antes e proíbe qualquer menção ao rapaz. Manda colocar uma tarja preta sobre o nome de Luiz Paulo nos convites, mas isso é feito em apenas alguns deles. A direção garante aos alunos que não mencionará a palavra “patrono” na cerimônia.
O discurso da oradora Telma Ruth Pereira Silveira é submetido à análise dos censores da ditadura e vetado. A alegação: “atentado contra a segurança nacional”. Durante a formatura, no momento em que o texto deveria ser lido, Telma caminha até o púlpito segurando cinco páginas em branco. Folheia lentamente, uma a uma, em silêncio, e agradece. É ruidosamente aplaudida.

A atitude irrita o diretor da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ, Jaime Landmann. Em seguida, Landmann anuncia que os pais de Luiz Paulo, “colega falecido”, vão ler uma carta. Uma voz de homem vinda da platéia corta o silêncio do teatro: “Luiz Paulo foi falecido !”. Fingindo ignorar o protesto, Landmann prossegue a cerimônia e anuncia a homenagem ao patrono, imposto pela direção da faculdade: Albert Schweitzer, médico que atende necessitados na África. Em seguida, chama pelo nome de cada um dos formandos. Mas não chama o de Luiz Paulo.
Sem nada combinado, os formandos começam a bradar em coro: “Luiz Paulo, nosso patrono!!!” e a bater os pés no piso. Alguns batem palmas. Imediatamente, Landmann manda fechar as cortinas do palco e encerra a colação de grau. Nenhuma explicação é dada.
Muitos pais morreram sem assistir à formatura dos filhos. O protesto daquela noite foi abafado. Não foi publicada uma linha sequer nos jornais da época. Os formandos foram pedir conselhos ao jurista Heráclito Fontoura Sobral Pinto, famoso por defender presos políticos. A punição, além da abertura de um inquérito para descobrir os culpados pelo protesto, foi obrigar os médicos, separados, um a um, a fazer o juramento da profissão na sala do diretor, no ano seguinte, dois meses depois da formatura.
No dia 24, dois dias após o assassinato de Luiz Paulo completar 40 anos, 104 médicos da turma de medicina de 1967 da UERJ - hoje profissionais renomados inclusive no exterior - vão se reunir na Capela Ecumênica da UERJ, no Maracanã.
Eles vão oficializar a colação de grau da frustrada cerimônia de formatura que não ocorreu 36 anos atrás. E fazem questão de ir trajados de beca, como naquela noite de dezembro de 1972. Os discursos censurados serão lidos. O paraninfo, o neurocirurgião Pedro Sampaio, celebridade em sua área, hoje com 87 anos, já confirmou presença.
Desta vez, vão poder homenagear Luiz Paulo, já que a atual direção da faculdade homologou pedido do grupo. Antônio Augusto, sobrinho de Luiz Paulo, também médico, vai representar a família, pois a mãe e o pai dele já morreram.

P.S. E ainda tem gente que prefere voltar a estes tempos de obscuridade e absoluta falta de liberdade....batem no peito e dizem sem medo e sem censura nos dias de hoje: sou de extrema direita, sou de direita, odeio a esquerda.

Kubica mais próximo do título

- O polonês Robert Kubica, da BMW Sauber, chegou em segundo lugar no Japão, somou 8 pontos e foi para 72. Os três pilotos estão na luta pelo troféu.
- O polonês da BMW Sauber liderou a disputa até o primeiro pit stop.

- No trabalho nos boxes, a Renault mostrou mais agilidade e novamente colocou Alonso na liderança. O espanhol, que venceu o último GP, em Cingapura, abriu boa distância para Robert Kubica e controlou a disputa até o final. Kubica, aliás, foi pressionado por Raikkonen, mas também garantiu o seu sétimo pódio na temporada.

(frases na matéria sobre o GP do Japão de F1 no sitio do jornal O Estado de S. Paulo)

- O polonês Robert Kubica, da BMW Sauber, foi o segundo, à frente de Kimi Raikkonen, da Ferrari, que completou o pódio.
- Robert Kubica, que está em terceiro, está a 12 do lider do campeonato.

- Robert Kubica e Fernando Alonso se aproveitaram da confusão e assumiram as duas primeiras posições.

- Na briga pela primeira posição, Alonso não deixava que Kubica abrisse uma grande vantagem.
- Quando Alonso entrou para sua última parada, na 43ª volta, sua vantagem para Kubica era de 13 segundos.

(frases na matéria do sitio Globo.com)

- o polonês Robert Kubica, da BMW, diminuiu sua diferença para os oponentes e entrou na batalha.
- Faltando duas etapas para o fim da temporada, Hamilton tem 84 pontos, contra 78 de Massa. Kubica aparece agora com 72.

- Com isso, o polonês Robert Kubica, da BMW, assumiu o primeiro posto.

- O espanhol recuperou o primeiro lugar após a parada do seu companheiro de equipe e passou a acelerar para abrir vantagem para Kubica, que faria o seu segundo reabastecimento após o piloto da Renault.

(frases na matéria no sitio do jornal Folha de São Paulo)

- Robert Kubica, da BMW, foi o segundo colocado, seguido por Kimi Räikkönen, da Ferrari.
- Com todo o imbróglio, quem levou a melhor foi Robert Kubica, da BMW, que subiu da sexta para a primeira posição, seguido por Fernando Alonso e Heikki Kovalainen.
- Alonso colocou pouco combustível em seu primeiro pit-stop e voltou à frente de Kubica, pronto para tomar o primeiro lugar assim que todos parassem.
- ...Kubica tentando roubar a liderança de Alonso para voltar à briga no Mundial de pilotos...

- após nova bateria de paradas, Alonso manteve-se no primeiro lugar seguido por Kubica, Räikkönen e Nelsinho Piquet.

(frases na matério do sitio UOL)

As frases das matérias dos principais veículos de comunicação brasileiros quando mencionam o polaco Kubica o fazem de forma obrigatória, pois são descrições dos momentos da corrida. Mas enquanto estes jornalistas brasileiros fazem vistas grossas ao desempenho do polaco Kubica (pronuncia-se cutssa, síbala forte a penúltima) a Polônia, por sua vez, trata o cracoviano como herói e abre todas as páginas e programas de rádio e televisão para exaltar a façanha de um piloto vindo "de un paese lontano" sem tradição no mais caro esporte do mundo.
Nem digo, os senhores Galvão Bueno, Reginaldo Leme, Burti, (daqui da Polônia só se pode assistir a TV Globo comprando um "receiver, antena e cabos" vendido somente em Lisboa ao preço de 800 euros, mais frete, além de uma anualidade de 150 euros para assistir apenas o canal GNT. Via antena parabólica gratuita somente a TV Record, mas esta não transmite Fórmula 1.) pois estes são célebres em patriotadas e esquecimentos temporários de quem, por exemplo está liderando a corrida naquele momento para ficarem falando "abobrinha" de suas prefências clubísticas. Falando neles, por que será que a TV Globo não convida Nelson Piquet para ser comentarista , nem que seja de uma prova, pelo menos?
Mas que a tendência brasileira de ver apenas aquilo que seus miopes comentaristas transmitem causa surpresas o tempo todo. Ou alguém não se lembra quando Guga Kuerten ganhou o torneio de Roland Garros pela primeira vez? Nunca tinham mencionado o "manezinho da Ilha" e então tiveram que se render ao talento do melhor tenista brasileiro de todos os tempos.
Assim vai acabar acontecendo com o Cracoviano Kubica... o piloto polaco já subiu 7 vezes ao pódio nesta temporada e a imprensa e TVs brasileiras perdem tempo falando de um Vertel, de um Kovalainen, de um Glock, de um Sutil que apareceram lá de vez em quando na tela e ignoram solenemente as virtudes do polaco.
Não transcrevi aqui as manchetes das matérias destes sites brasileiros, porque nenhum deles mencionou o polaco... assim vejam, sem patriotadas, como deveria ser um título de uma matéria depois do final da corrida:

Grand Prix Japonii: Kubica drugi, Alonso znowu wygrywa

ou seja, Grande Prêmio do Japão: Kubica segundo, Alonso de novo vence.

Tudo bem, é claro que no Brasil, tem-se que falar obrigatoriamente de Massa, Nelsinho e Barrichello. Mas porque tanta lorota para o "entojado" espanhol? Porque ganhou as duas últimas, porque é bicampeão mundial? Ora o campeonato faz um campeão não só com vitórias na temporada, mas com a presença constante no pódium. Que o diga o grande Nelson Piquet em seu primeiro título mundial, ganhou algumas, mas foi realmente campeão daquele ano pela soma constante de pontos, coisa que o polaco Kubica está fazendo de forma brilhante.

Foto: Kim Kyung-Hoon - Reuter

E na transmissão da TV polaca ainda teve um comentário lembrando que talvez Kubica não seja o primeiro polaco na história da Fórmula 1, mas o segundo. Porque na Polônia, ninguém esquece a senhora polaca que deu o privilégio de dar ao Brasil o primeiro bicampeão mundial, o ícone Emerson Fitipaldi. Sim ele carrega um sobrenome de bisneto de italiano, mas é filho de polaca...Dona Jusy ... que não deixou de ser polaca quando imigrou para o Brasil e tampouco seu pai deixou de contar aos netos Emerson, Wilson e prole que tinham vindos "de um paese lontano", como disse Karol Wojtyła, quando apareceu pela primeira vez na sacada do prédio do Vaticano, naquele outubro de 1978, já como Papa João II.
É só dar uma olhada na classificação do campeonato abaixo para ver que no pódium de Interlagos, pode estar o polaco Kubica, não importa se no lugar mais alto, mas com a coroa e os louros de campeão do mundo de 2008. Depois não escrevam e não digam que foi surpresa.

Classificação da prova

1. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 84
2. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 78
3. Robert Kubica (POL/BMW) - 72
4. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - 63
5. Nick Heidfeld (ALE/BMW) - 56

sábado, 11 de outubro de 2008

Festival de Cinema em Varsóvia


Desde esta sexta-feira, até o dia 19 acontece o Warszawski Festiwal Filmowy, ou Festival do Filme de Varsóvia. Alguns dos filmes concorrentes prometem agitar a semana, como por exemplo, Tulpan (dir. Siergiej Dworcewoj, 2008), 33 sceny z życia (dir. Małgorzata Szumowska, 2008) , Adoracja (dir. Atom Egoyan, 2008), e Udław się (reż. Clark Gregg, 2008). (títulos em polaco, tal qual foram inscritos).

Mas são dezenas de títulos inscritos em apresentação e devido a um nome desconhecido, pode-se perder de assistir a uma excelente obra cinematográfica, independente de premiação, é o que alerta o organizador do Festival.
Cena do filme da diretora polaca Szumowska, "33 cenas da vida"

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

FIFA e Polônia chegam a um acordo

Conselheiro presidencial Michał Kleiber. Foto: Rafał Guz

A FIFA, UEFA e as autoridades polacas chegaram a um acordo sobre as eleições na federação polaca de futebol - PZPN. O Comitê Eleitoral Independente (IEC), composto por representantes da FIFA, da UEFA e das autoridades polacas, reuniram-se hoje, 10 de outubro de 2008, na sede da FIFA em Zurique e após várias discussões chegaram a um acordo para um roteiro a ser seguido para que as eleições da PZPN ocorram e os passos a ser trilhados no futuro do futebol polaco. Os participantes na reunião reconheceram a evolução positiva ocorrida nas negociações dos últimos dias. Foi confirmado que o administrador temporário da PZPN, que tinha sido nomeado pelo Comitê Olímpico Nacional polaco na semana passada se retirasse e que a um acordo devia ser acertado com ministério dos esportes da Polônia e a PZPN. Estes são os pontos principais do acordo:

· As eleições do PZPN acontecerão no dia 30 de outubro, como anteriormente marcado.
· que O processo eleitoral será supervisionado pelo Comitê Eleitoral Independente que foi criado em 2007 .

· Nas eleições seguintes, FIFA e UEFA, junto com o ministério palaco dos esportes, continuarão monitorando a situação de futebol e apoiarão e ajudarão a liderança recentemente eleita para a presidência da PZPN com o objetivo de melhorar a administração e o desenvolvimento de futebol na Polônia, ajudar na luta contra atividades criminais dentro e fora do futebol do país. Participaram do encontro os membros do IEC, Prof. Michał Kleiber, conselheiro do Presidente da República de Polônia, Adam Giersz, conselheiro do Ministério Polaco de Esporte e Turismo, David Taylor Secretário Geral da UEFA e Jérôme Champagne, Diretor de Relações Internacionais da FIFA. Como observador esteve presente, Michał Listkiewicz, Presidente da PZPN.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Rock nostalgico em Varsovia

Foto: material promocional
Trazendo um rock nostalgico a excentrica vocalista Tanja Frinta e seu grupo Lonely Drifter Karen chegam a Varsovia para se apresentarem esta semana.
Frinta nao e uma pessoa facil para seus fans e os criticos exaltam seu canto nervoso e gritado, mas por onde passa cativa novos aficcionados. Nesta parceria com o grupo austriaco fez uma serie de shows hardcore e vanguardista nos poroes de Viena.
Eles se apresentam no Plan B., na aleja Wyzwolenia 18, tel. 0 508 316 976, o ingresso custa 10 zł, e o espetaculo se inicia as 20 desta quinta-feira, 9 de outubro.

Concerto polaco em Sao Paulo


A Orquestra Sinfonica do Estado de São Paulo-OSESP apresenta neste fim de semana a obra do polaco Karol Szymanowski, com a participação de outro polaco, o pianista Jan Krzysztof Broja e a regencia de Christian Arming.
De Karol Szymanowski, Sinfonia nº 4 para Piano e Orquestra, Op.60 . As apresentacoes acontecem na sexta-feira, 10 de outubro, as 21.00 horas, na sala Carnauba, no sabado, dia 11, tambem as 21.00 horas, na sala Paineira e no domingo dia 12, no horario das 17.00 horas, na sala Imbuia.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Radwańska sem descanso

Foto: PAP/EPA

A melhor tenista polaca vai de torneio em torneio, de partida em partida avancando em sua carreira. Segundo seu pai "Isia tem lutado para se apresentar bem em Dausz". Todos os torcedores mandam felicitacoes a Agnieszka Radwańska, mesmo quando ela esta cansada e parece nao dar atencao aos fans que crescem a cada dia em numero.. e no mundo inteiro.Ale nic dziwnego. Ha mais de um mes que a tenista nao tem sossego nem descando e torneio atras do outro.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Polônia: econômia insegura

A principal manchete do jornal Rzeczpospolita, desta terça-feira, 7 de outubro de 2008 é "Polska gospodarka ucierpi", ou seja, "A econômia da Polônia sofrerá".

domingo, 5 de outubro de 2008

Exército russo deixa a Geórgia

Foto: AFP

Tropas russas desmontam a base instalada na Osétia do Sul. A ação faz parte do acordo conseguido pelo presidente da França Nicolas Sarkozi e também presidente em exercício da União Européia. As forças armadas russas devem deixar o vizinho país até 10 de outubro próximo.

Segundo o coronel Igor Konaszenkow, comandante das tropas russas, seus soldados devem sair da Geórgia antes da data prevista pelo acordo.

A missão de observadores da UE afirmou, que as tropas russas já desmontaram uma importante base de apoio próxima a localidade de Nabachtewi, ao Noroeste da cidade de Gori. Contudo os soldados russos mantém a polícia georgiana afastada da operação.

Segundo uma jornalista francesa da agência de notícias AFP, neste domingo, começaram também os preparativos para desmontar a base russa em Kanti na fronteira com a região separatista da Abchazia. Os soldados russos desde a manhã deste domingo estão deixando calmamente Kanti.
Apesar do acordo, a Rússia deve manter na fronteira russa com as duas regiões separatistas da Geórgia um contingente de cerca de 7600 soldados.

sábado, 4 de outubro de 2008

Polônia enfrenta FIFA

Robert Zawłocki. Foto: reuters
A Polônia corre o risco de ser eliminada das eliminatórias da Copa do Mundo de 2010 e de não poder organizar a EuroCopa2012 caso não atenda o ultimato da FIFA e da UEFA.
Tudo porque o governo polaco afastou o presidente da Federação Polaca de Futebol - PZPN, Michał Listkiewicz por suspeita de corrupção e em seu lugar colocou um administrador, Robert Zawłocki.
Ontem, a FIFA e a UEFA, em um comunicado conjunto anunciaram não reconhecer a comissão designada pelo governo polaco e Zawłocki. Este, em uma coletiva de imprensa disse que não atenderá à imposição da FIFA, já que foi designado por um tribunal arbitral polaco. "O tribunal me nominou e só ele pode me demitir", disse o novo administrador da PZPN.
A FIFA, por sua vez, solicitou a Polônia, que reintegre os mandatários da PZNP até 5 outubro, segunda-feira próxima, sob pena de ser suspensa das eliminatórias e não poder jogar no dia 11 de outubro contra a República Tcheca e contra a Eslováquia 4 dias depois.

Polônia na CNN


A CNN televisão Norte-americana sediada em Atlanta neste mês de outubro volta seus "Olhos sobre a Polônia" e durante sua programação noticiosa apresenta uma série de programas especiais sobre o país do centro europeu.
A partir de 6 de outubro até o dia 10 de outubro nos horários de 8, 9, 10 e 12 horas, a jornalista Fionnuala Sweeney apresenta-se ao vivo, desde Varsóvia, programas especiais sobre o país.
No sábado, dia 11 às 14:30 e também às 18:30 será a vez do programa especial "Poland: Country at the Crossroads", o programa será reapresentado, no domingo, dia 12, às 02:30, 07:30 e às 00:30. Estes são horários são das transmissões da CNN na Europa, talvez, seja necessário apenas diminuir as 5 horas atuas de fuso horário para o Brasil. Mas convém confirmar na programação da CNN para as Américas.
Os programas especiais dia-a-dia são:
No dia 6 - A New Era Begins (uma nova era começa)
No dia 7 - Poland: Strategic Ties (Polônia: estratégias ligadas)
No dia 8 - Poland: Booming Business: A look at Polish business (Polônia: negócios prosperam - um olhar sobre os negócios polacos)
No dia 9 - Poland: Springs to Life (Polônia: salto para a vida)
No dia 10 - Poland by the Poles (Polônia segundo os polacos)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Kwaśniewski e o conflito político na Ucrânia

Foto: AFP
"Não muda nada se a Ucrânia antecipa as eleições parlamentares ou não, a crise política no país continuará pelo menos a eleição presidencial de 2010", disse em Kiev, o ex-presidente da Polônia, Aleksander Kwaśniewski.
O ex-presidente acrescentou que comparando com o conflito no congresso polaco, o conflito na Ucrânia é uma verdadeira guerra.
"O tempo todo tenho a esperança, que o presidente Wiktor Juszczenko não decida na mudança do conselho superior do parlamento, contudo em minha conversa com políticos ucranianos, o resultado da antecipação das eleições é um cenário muito real." explicou Kwaśniewski.
O conflito entre o presidente Juszczenko e a premier Julia Tymoszenko, segundo Kwaśniewski, vai na mesma linha do existente entre o presidente da Polônia e o primeiro ministro polaco.
Por outro lado, ontem pela manhã, a assessoria de imprensa do presidente Juszczenko informou que o avião do presidente voava para Lwów (Lviv) quando problemas técnicos o fizeram retornar a Kiev, onde aterrisou com avarias.
Juszczenko e sua equipe trocaram pelo avião reserva, que estava sendo preparado para a viagem da primeira-ministra Julia Tymoszenko que iria a Moscou conversar com o primeiro-ministro russo Władimir Putin sobre a questão do gás natural para a Ucrânia. Com a troca de avião Tymoszenko teve que voar com um avião menor deixando em Kiev toda a equipe que a acompanharia a Rússia.
P.S. Ou seja, o conflito na Ucrânia vai além dos gabinetes e agora já chega aos ares.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Russos detêm euro-deputados na Geógia

Paweł Piskorski - foto: Tomasz Gzell /PAP

Paweł Piskorski, deputado polaco no Parlamento Europeu foi detido por soldados russos num posto de controle a 4 km ao Norte da cidade de Gorina Geórgia, segundo informou Marcin Kalek, porta-voz da delegação polaca Grupo de Liberais e Democratas PE. Além de Piskorski outros euro-deputados foram detidos, entre estes, Istvan Szent-Ivanyi da Hungria e Nathalie Griesbeck da França.
A delegação de deputados visitava a Geórgia para verem "in loco" a real situação do país após a invazão de tropas russas na província da Osétia do Sul. Junto ao grupo de deputados estão observadores da imprensa européia. O grupo foi detido no mesmo território onde o presidente russo Miedwiediew declarou nesta quarta-feira que ele deveria ser evacuado. As tropas russas já deveriam ter saído do território e voltado para a Rússia. Depois do incidente a delegação foi recebida pelo ministro de relações exteriores da Geórgia, Eka Tkeshelashvili e pelo chefe da missão de observadores da UE.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sukienice: problemas na restauração

Internamente as obras do sotão. Foto: Michal Lepecki / AG
Problemas na restauração da galeria do Museu Nacional no Sukienice, o belíssimo edifício no centro do Rynek Głowny - Praça do Mercado Central - de Cracóvia. Nem tudo está sendo feito no devido tempo. Os trabalhos já estão atrasados em duas semanas. "Se a restauração não termina será preciso arrumar financiamento", alarmam funcionários do Museu Nacional, que tiveram que transferir o acervo para o Castelo de Niepołmice nos arredores de Cracóvia, dificultando assim o acesso as obras de Jan Matejko.

Os trabalhos de restauração começaram em maio, justo no mês que antecede o verão polaco e quando milhões de turistas visitam a cidade. Assim a principal galeria de arte polaca no centro da cidade ficou fechada durante todo o verão. Depois as autoridades não sabem explicar o porque da queda de 20% no número de turistas este ano em Cracóvia. Não bastasse o período impróprio para os trabalhos, estes agora estão atrasados em relação ao cronograma e pior que isso, dando prejuízos, não só devido as obras, mas como um todo, ao ficar fechado durante tanto tempo.
"A restauração vai até dezembro. Não é fácil restaurar um edifício que é monumento histórico, mas o projeto e o cronograma de obras não cumpridos, resulta em prejuízos financeiros", afirmou Zofia Gołubiew, diretora do Museu Nacional em Cracóvia.

As obras vistas de fora. Foto: Ulisses Iarochinski

A madona negra da Polônia




O longo dos tempos tumultuados sofridos pela Polônia, os centros religiosos foram a defesa espiritual e a riqueza material de seu povo. Nenhuma outra nação deu tanta importância a um local santo quanto os polacos deram e dão à igreja e monastério de Jasna Góra (Monte Claro). Fundados, em 1382, pelo nobre Władysław Opalczyk (vuadissuaf opaltchik), Jasna Góra recebeu 2 anos depois a pintura da Mãe Santificada e o Jesus Criança. Conhecida como a Madona Preta, a pintura teria sido obra de São Lucas. O evangelista pintou a imagem sobre uma tábua da mesa usada por Maria de Nazaré. Encontrada por Santa Helena, em Jerusalém, esta foi ofertada ao Imperador Constantino. Depois de vários séculos, a imagem chegou ao Castelo de Belz. Em 1382, o princípe Władysław de Opole tentou transportá-la ao seu Castelo, na Silésia, mas foi obrigado a deixá-la em na cidade de Częstochowa porque ninguém conseguiu obrigar os cavalos a seguir viagem. Este é o primeiro mito que cerca a virgem negra da Polônia. O segundo mito surgiu, em 1430, quando ladrões tentaram destruir o ícone venerado. O chefe dos hussitas ao desferir sua espada no rosto da Santa, caiu fulminado por um raio no terceiro golpe. Os hussitas ao tentarem fugir com o produto do roubo, ficaram com as mãos sujas da tinta da pintura. Irritados, os ladrões cortaram o quadro. Esses cortes começaram a sangrar. Assustados, os ladrões fugiram deixando a pintura. Os fiéis, então, enviaram a pintura para conserto em Cracóvia, mas não foi possível restaurá-la completamente. Ainda hoje, é possível ver cicatrizes em seu rosto. O terceiro mito envolve a imagem em um fato relevante da história da Polônia. Ele aconteceu no século 17, quando do cerco sueco de 6 semanas à cidade. Temendo pela sorte da pintura, os fiéis a retiraram da capela e a colocaram em lugar seguro. As fortificações e muros da cidade foram destruídas pelo exército inimigo e a batalha se travou dentro dos muros. As bençãos da Santa teriam ajudado cerca de 200 soldados polacos devotados a derrotar 17 mil soldados suecos. Era o dia 18 de novembro de 1655. Como reconhecimento, o rei Jan Kazimierz, depois de recuperar o trono, no ano seguinte coroou a imagem da Virgem, em Lwów, como rainha da Polônia. Desde então, os polacos passaram a considerar esta vitória, o terceiro milagre da presença espiritual da Madona em terras polacas. Estima-se que mais de 5 milhões de peregrinos se reúnem anualmente na cidade de Częstochowa para pagar suas promessas. Cópias do quadro de 112x82cm existem em muitos lugares, tanto dentro como fora da Polônia. Mas não há como negar que a ascensão de Karol Wojtyła ao trono de São Pedro tornou mundial a sua adoração e assegurou conseqüentemente sua reverência perpétua.Exaltação a Nossa Senhora de Częstochowa: Maryjo Królowo Polski, Jestem Przytobie, pamiêtam, czuwam.Maria Rainha dos Polacos, estou presente junto a ti, recordando, vigiando.


ORAÇÃO - Modlitwa


Virgem Santíssima Mãe de Deus, Amada e Venerada em Vosso Glorioso Templo de Jasna Góra, onde através dos séculos foste a dispensadora de graças a Vosso povo fiel, vinde em nosso auxílio, salvai-nos, nós Vos suplicamos, como livrastes de tantos perigos os nossos antepassados, Oh Bendita Rainha da Polônia. (indulgência de 500 dias)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Norman Davis homenageia Wałęsa

Lech Wałęsa e sua esposa Danuta ouvem Norman Davies. Foto: Sławomir Kamiński / AG

"A mitologia se expande melhor do que a credibilidade de uma historiografia, as pessoas fazem os acontecimentos que a eles lhes agradam. Assim foi com o marechal Piłsudski e assim é com o presidente Lech Wałęsą". Afirmou ontem, em idioma polaco, na Grande Sala do Castelo real de Varsóvia, o historiador inglês Norman Davies.
"De acordo com a morma científica as palavras do historiador podem ter peso. A convenção exige que o cientista olhe calmamente para ambos os lados de um tema, considere as vantagens e minucias, e apresente de forma neutra e objetiva o valor das coisas. A conclusão típica da ciência é mais ou menos assim: estou com um pé atrás e mesmo contra. A expressão de glorificação contudo é completamente o contrário. O glorificador tem que elogiar. Minhas palavras hoje assim serão notavelmente não forçadas." justificou Davis.
"25 anos atrás, em 1983, residi e trabalhei no Japão, onde encontrei-me interessado na situação da Polônia. Poucos sabem, que os japoneses e os chineses estão bastante atentos ao que acontece na Polônia. Naquele tempo ocorreu a Lei Marcial na Polônia. O mundo inteiro parou a respiração, esperou se ocorreria o pior e tal qual uma vez disse o presidente Wałęsa: "Turismo militar soviético". Naquela situação de convidado sai pelo Japão falando do "Solidarności". Foi uma tournèe bastante longa, visitei cada uma das maiores cidades japonesas, desde Sapporo no Norte passando por Toquio, Kobe, Kioto, Hirochima, Osaka, Nagasaka. Em cada etapa na minha viagem ouvi a mesma senha: "Porando" (Polônia), "Papa" e "Varesa-san" (ou seja: senhor Wałęsa). A mesma coisa ocorreu em cada continente deste mundo. A palavra mundial natural mente ofereceu-lhe o Prêmio Nobel da Paz. Lech Wałęsa é o único polaco no nosso tempo, que alcançou o topo juntamente com nomes como madre Teresa, ou Nelson Mandela, ou ainda Dalaj Lama."
Norman Davies é professor universitário em Oxford, Perugia, Sussex, Londres, Uniwersytet Jagielloński de Cracóvia. Autor de livros sobre a história da Polônia e da Europa, escreveu entre outros, "Águia branca, estrela vermelha", "Europa", "Microcosmos", e o mais recente "Europa Luta". Prof. Davies na homenagem ao líder do Solidariedade e prêmio Nobel da Paz falou em idioma polaco.

Cresce número de estudantes estrangeiros na Polônia

Reitoria da Universidade Iaguielonski de Cracóvia

Desde a entrada da Polônia na União Européia é grande o número de estudantes estrangeiros que buscam os cursos de idioma polaco em universidades e escolas particulares. Além disso, são muitos os estudantes europeus, principalmente, que estão entrando nos cursos de mestrado, doutorado e MBA ministrados em língua inglesa e ofertados através de diferentes programas, como por exemplo o Erasmos. Com o custo de vida e os valores dos cursos bem abaixo das universidades da UE e dos Estados Unidos cresce rapidamente o número de estrangeiros nas instituíções de ensino polacas.

Por outro lado, segundo a OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que reúne as 24 nações mais ricas do mundo, 45,2% dos jovens polacos na faixa etária dos 20 aos 24 anos estão nas faculdades. Comparando este percentual, na Alemanha são 35% e nos Estados Unidos apenas 33,9% dos jovens estão nas faculdades.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Biocombustíveis na Polônia


Preparando-se para seguir a meta da União Européia de alcançar um 10% de seus carros com biocombustíveis até 2020, a Polônia está buscando desenvolver a tecnologia.

Há algum tempo é distribuído no país dois tipos de biocombustíveis. Um deles é o biodiesel B100 (éster produzido a partir da colza) e o outro o biodiesel B30 (mistura de 20% de biodiesel e 80% de óleo diesel).

Em março deste ano, o governo polaco decidiu permitir a distribuíção de biodiesel E85 (mistura de 85% de bio-etanol e 15% de gasolina). Porém ainda é inexistente motores flex como os existentes no Brasil. Na produção de bio-etanol são utilizados apenas grãos. E os grandes distribuídores do biocombustível no país são os grupos petroquímicos polacos PKN Orlen e Lotos.

P.S. A Polônia, apresenta-se assim um mercado promissor para as tecnologias brasileiras no setor. É só o Brasil descobrir que na Europa Central existe mais do que Alemanha e Rússia.

domingo, 28 de setembro de 2008

Polônia: primeira democracia do mundo moderno

Antiga sede do "Sejm" Congresso polaco em Varsóvia

Muito se fala na importância da Independência dos Estados Unidos da América do Norte em 1776 e da Revolução Francesa de 1789 para a consolidação dos ideais democráticos que viriam a transformar os sistemas políticos no mundo a partir do século 18. Mas pouco, ou quase nada se menciona sobre o papel precursor da Polônia para que estes dois citados acontecimentos pudessem ter acontecido. Antes de dizer qualquer coisa basta lembrar que três pontes em Nova Iorque levam o nome de dois polacos. A Ponte General Kazimierz Puławski rende homenagem a um dos heróis da Independência americana. Ele era polaco e servia ao herói de dois mundos general polaco Tadeusz Kościuszko (ou Andrzej Tadeusz Bonawentura Kościuszko), que foi preponderante nas batalhas contra a coroa britânica que comandou George Washington e depois na tentativa de impedir as partilhas da sua terra na década de noventa do século 18. Kościuszko é nome de outras duas pontes, uma em Latham na I-87 no Norte de Albany e a outra no Brooklyn Queens Expressway.
Durante o renascimento, a Polônia avançou bastante politicamente. Pela primeira vez no mundo desde a democracia ateniense foi dada voz ao indivíduo. A Polônia libertou a nobreza e estabeleceu o primeiro congresso parlamentar da Europa. O Sejm (Congresso) foi organizado já 1493 e se firmou como o primeiro parlamento pós-classismo em todo o mundo. Em 1505, o Sejm se fortaleceu através do sistema de duas casas constitucionalmente organizadas. Seu poder cresceu tanto que ao morrer o último rei da dinastia Iaguielônica, que não deixou herdeiros, em 1572, os parlamentares assumiram o governo da Nação.
Considerado como avanço político por um lado, o Sejm ficou mais conhecido internacionalmente pelos sérios desacertos e negociatas internacionais envolvendo o trono. Teoricamente, a nobreza era composta por apenas 10% da população, mas na prática representava um poder muito maior que sua expressão populacional. Esse poderio de poucos solidificou o status dos magnatas e debilitou o rei, deixando-o completamente dependente dos desmandos dos ricos. Sua condição de estrangeiro era também outro sério obstáculo. O poder dos magnatas era tanto que quando não queriam um rei forte, bastava eleger alguém fraco. Para se assegurarem do poder sobre o rei, os parlamentares elegiam insignificantes príncipes estrangeiros para ocupar o trono do reino. Procuravam sempre príncipes frágeis e submissos entre as cortes européias. Temiam que se elegessem um polaco, este em breve iria querer dominá-los. Um estrangeiro fraco nunca ousaria enfrentá-los, já que lhes devia a eleição. Da mesma forma como eram eleitos, também podiam ser destituídos a qualquer tempo. O rei era refém dos magnatas parlamentares que o tinham escolhido.
As barganhas políticas internacionais auferiam grandes lucros a estes nobres, que vendiam seu voto para as Cortes estrangeiras que oferecessem mais ouro e vantagens territoriais. Enquanto os magnatas enriqueciam, o reino definhava nas mãos de príncipes franceses, suecos e russos, transformados em reis da Polônia. A República que era uma idéia com a melhor das intenções, na prática conduziu à queda e a perda do próprio país. Foi nesta fase que a República assegurou a sobrevivência do Estado feudal e manteve o capitalismo cativo nas cidades dominadas principalmente por alemães e judeus. Outros fatores que debilitaram bastante a Polônia durante esta considerada Primeira República Polaca foram os abusos cometidos pelos representantes do Congresso em seu direito de veto. Como para serem aprovadas, as decisões precisavam ser unânimes, qualquer parlamentar podia vetar um ato do Sejm. A primeira vez que ocorreu um veto foi em 1652. O deputado divergente simplesmente saiu do plenário e a sessão terminou sem aprovação. Durante o período republicano reinou Stanisław August Poniatowski, parente da nobre família Czartoryski, ligada à Rainha da Rússia Catarina II. Ambicioso, Poniatowski quis realizar reformas para eliminar os atrasos culturais e econômicos do reino, mas pelas ligações familiares foi forçado a aceitar o protetorado russo. O Partido dos Czartoryski, maioria no Sejm, conseguiu criar duas comissões, uma do tesouro e outra militar. Estas comissões restringiram a liberdades dos magnatas e ao mesmo tempo permitiu o aumento da arrecadação de impostos.
Contudo, quando foi apresentado um projeto que pretendia colocar limites no “Liberum veto”, os aliados russos e prussianos exigiram a dissolução do Sejm. Pois a extinção do veto dificultaria a ação e os interesses destas potências. Era muito mais fácil corromper um parlamentar do que muitos, além do que, as despesas com a compra do veto seriam muito maiores. Os nobres interessados na desmobilização do exército nacional deixaram de pagar seus impostos e com isso colocaram em risco a segurança nacional. A democracia não trouxe progresso e bem estar aos polacos, ao contrário, os avanços alcançados sob a dinastia dos Iaguielões foram totalmente aniquilados. O Sejm se tornou um negócio à mercê de qualquer parlamentar. O poder central se fragmentou abrindo uma porta de entrada para os interesses dos impérios Prussiano-Alemão, Austro-Húngaro e Russo.
Assim a Polônia, que experimentou a primeira forma de governo representantivo do mundo moderno acabou sendo dividida pela primeira vez em 1772, quando a Rússia percebeu que seria mais fácil ceder terras à Áustria e à Prússia do que brigar por elas. O choque fez algum bem à Polônia e durante vinte anos o país retardou sua agônia. Neste período foi elaborada e implantada a primeira constituição republicana européia. A Lei, de 3 de maio de 1791, foi resultado de um compromisso firmado entre o rei Poniatowski, autor do projeto, e dos dirigentes do Partido Patriótico. A Constituição eliminou o “liberum veto” e a eleição livre dos reis, restabelecendo a hereditariedade da monarquia. Um dos artigos criou um gabinete de governo composto pelo rei e cinco ministros. Ao limitar o poder dos magnatas, ela aumentou o poder da burguesia e os transformou em servos protegidos pela Constituição e pelo Rei. Em síntese, a grande dieta de 1791 assinalou:
1. O trono polaco não seria mais motivo de disputas eleitorais entre nações européias e sim hereditário.
2. O poder legislativo seria exercido pelas assembléias.
3. O Senado teria direito a sustar as resoluções até sua próxima reunião.
4. Foi cancelado o “liberum veto”.
5. O poder executivo apesar de concentrado nas mãos do Rei teria a assessoria de um conselho de ministros.
6. Vários privilégios foram concedidos à burguesia, permitindo-a participar do governo.
7. Extinção do monopólio dos cargos públicos. O acesso aos títulos nobiliários e os postos mais altos da hierarquia militar ficaram obstruídos.
8. Tolerância religiosa e a oficialização do catolicismo romano.
9. O Poder Judiciário foi conferido a juízes eleitos.
10. A nobreza conservou sua jurisdição territorial.
Os reinos vizinhos não ficaram satisfeitos com a nova ordem política e com o quinhão de terras que perderam. Para complicar, um grupo de nobres descontentes viajou até Leningrado para apresentar a Catarina II, um projeto de derrubada da Constituição de Maio e o restabelecimento do antigo sistema. Encorajados pelos russos, estes nobres voltaram ao país e formaram na cidade de Targowica uma confederação. Reconhecendo a si próprios como governantes de um novo Estado, imediatamente solicitaram ajuda militar russa para invadir a Polônia e acabar com a democracia de Stanisław August. Assim entre 1793 e 1795, os russos ocuparam os territórios polacos e a Polônia como entidade política e geográfica deixou de existir. Numa primeira partilha em 1793, a Prússia anexou Gdańsk, Toruń, Polônia Maior, parte da Mazovia e Kujavia (57 mil km²) e a Rússia ocupou quase toda a Ucrânia e Bielorússia (250 mil km²). A partilha foi completada em 1795, quando a Áustria também reclamou direitos sobre as terras polacas. A nova divisão acabou assim: a Áustria ficou com 47 mil km² na parte meridional, a Prússia com 48 mil km² no Noroeste e a Rússia com os restantes 120 mil km². Era 25 de novembro de 1795, quando Stanisław August Poniatowski abdicou do trono em favor das potências estrangeiras. Poniatowski morreu logo após, em 1798, em São Petersburgo, Rússia. O que se seguiu foi triste: deportações, revoltas, massacres de populações que se rebelavam. Nada, porém, faria modificar a situação, nem mesmo as transformações que ocorriam pelo restante da Europa. Na Suíça, a nação passou de um Estado feudal diretamente à democracia. Na Holanda, surgiu a República Democrática através dos Tratados de Westphalia. Na Inglaterra, logo após a revolução gloriosa, o filósofo John Lock produziu o Tratado sobre o Governo Civil e as Cartas de Tolerância. Na França, emergiu a revolução de Danton, Robespierre e Marat que transformaram todo o sistema político Ocidental.
P.S. Tem muito livro de história no Brasil que precisa urgentemente ser reescrito, pois simplesmente desconhecer a Polônia e render tributo as 13 colônias do Leste Norte-americano é no mínimo ignorância.Justificar