sábado, 22 de setembro de 2007

Doda está doente

A mais popular cantora polaca do momento, Doda, cancelou três espetáculos nesta semana por estar doente. Ela estava em excursão para promoção de seu mais novo CD "Diamond Bitch".
Em seu portal na Internet a loira estonteante se desculpou de seus fãs dizendo "Desculpem-me, mas infelizmente sou humana e como todos normalmente também fico doente. Escrevo a vocês com 39 graus de febre, a cabeça roda com tontura, não posso abrir os olhos, os nariz está trancado, tentei comer, mas prefiro morrer do que ter essa dor de garganta". Os fãs de loiraça Doda - Dorota Rabczewska naturalmente estão tristes e rezam pelo pronto restabelecimento da ídola. Veja e ouça uma de suas músicas "katharsis":


Polônia rejeita observadores

Tusk do PO (o atirador) não concorda com Kaczyński do PiS
(legenda: Cartuchos se acabam...! Dais sondagem!)

O governo da Polônia informou que não aceitará observadores da OSCE-Organização de Segurança e Cooperação na Europa, nas eleições parlamentares do próximo dia 21 de outubro. Segundo o Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Polônia, Robert Szaniawski (chaniavsqui), já foi enviada uma mensagem ao órgão comunicando a decisão, salientando que a Polônia tem uma democracia consolidada. Por sua vez, Urdur Gunnasdottir, porta-voz do organismo, diz que a OSCE é sempre convidada para eleições e cabe a ela decidir se acompanha, ou não eleições de seus países membros.

Diplomatas europeus comentaram em Viena, onde fica a sede da organização encarregada de monitorar as eleições, que a Rússia poderia se auto-convocar para ir a Polônia ver de perto as eleições polacas, recusando a decisão do governo da Polônia. A Suíça que terá eleições no mesmo dia já aceitou a presença dos observadores. A OSCE é composta por 55 países membros da Europa, EUA, Canadá e países da antiga União Soviética. Missões da organização estiveram monitorando as últimas eleições para Presidente da França, parlamentares na Bélgica em 2006, no Canadá e Itália em 2004, e nos Estados Unidos.
P.S. As siglas dos partidos: PO-Platforma Obywatelska (platforma obivatélsca -Prataforma da Cidadania) partido de oposição de Donald Tusk e PiS-Prawo i Sprawiedliwość (pravo i spraviédlivochtch - Direito e Justiça) partido da situação de Lech Kaczyński.

Malbork: a terceira maravilha


A cidade de Malbork foi construída ao redor da fortaleza-Castelo da "Ordensburg Marienburg". Fundada em 1274 pelos cruzados teutônicos, quando estes invadiram a Polônia. Alegando estarem ungidos pelas graças divinas trucidaram os polacos e tornaram a Virgem Maria padroeira do Castelo. O Quartel General da Ordem Teutônica é considerado o maior castelo do mundo feito inteiramente de tijolos. Por volta de 1415 a cidade chegou a ter cerca de 85 casas e 89 estabelecimentos comerciais. Após a guerra dos 13 anos e tendo aquelas terras voltado aos seus legítimos donos, o castelo passou a fazer parte dos domínios do Rei Casimiro IV da Polônia, em 1457. Os moradores da cidade, todos de origem germânica, resistiram a voltar para seus locais de origem além rio Odra, o que gerou instabilidade na região ainda durante algum tempo. A construção de Malbork durou quase 230 anos e na verdade é um conjunto de 3 castelos ligados entre si. Durante o período teutônico era cobrado pedágio de todos aqueles que cruzavam o rio Nogat e os "ungidos de Deus" impuseram o monopólio do comércio do âmbar. A cidade se tornou membro da Liga hanseática, tendo sido local de muitas de suas reuniões. A cidade voltaria a ser invadida séculos mais tarde, antes da partilha da Polônia, em 1795. Mas finalmente, com o fim da Segunda Guerra Mundial voltou a fazer parte da Polônia. Desde 1960, o local vem sendo palco de diversas produções de cinema e televisão. No total já foram rodados ali 14 produções, sendo a última em 2006, "Battle for the Bible", direção de Sean Grundy, para a TV Pionier, da Grã-Bretanha. Pode-se chegar a Malbork de trem, ônibus e automóvel, ou a partir dos aeroportos de Gdańsk e Varsóvia. No último censo foram registrados 41 mil habitantes no munícipio.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Sete maravilhas da Polônia

O jornal "Rzeczpospolita" (jetchpospolita) realizou durante três semanas uma pesquisa pela Internet para eleger as 7 maravilhas da Polônia. Foram inicialmente inscritos 400 lugares maravilhosos. Destes, na fase final de votação, restaram 27 locais. A partir destas opções, os 82 mil internautas chegaram às primeiras colocadas. Pela ordem de votação são estas as 7 maravilhas da Polônia:
1 - Mina de Sal de Wieliczka (cidade de Wieliczka - 20 km de Cracóvia) - 29.058 votos
2 - Cidade Velha e panorama do rio Vístula em Toruń (região Central) - 28.021 votos
3 - Castelo de Malbork (região Norte) - 15.686 votos
4 - Castelo Real e Catedral do Wawel (Cracóvia) - 13.117 votos
5 - Canal de Elbląg (região Norte) - 12.719 votos
6 - Renascentista cidade de Zamość (região Leste) - 11.735 votos
7 - Rynek Główny e centro da cidade de Cracóvia (região Sul) - 10.244 votos
As sete posições da lista receberam 60% de todos os votos.

Kopalnia Wieliczna

Panorama de Torun

Castelo de Malbork

Castelo e Catedral do Wawel

Canal de Elbląg

Cidade de Zamość

Rynek Główny e Centro da Cidade de Cracóvia

Nas demais posições foram votados os seguintes locais: 8° lugar, Cidade Velha de Gdańsk (9076 votos); 9°. Mosteiro Jasnogórski em Częstochowa (7393 votos); e em 10°. Ruínas do Castelo de Ogrodzieniec (7113 votos).

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Rafał Stec: Europa se faz pequenininha

Dida, Cafú e Serginho - campeões da Europa (foto: Dylan Martinez)

O exótico e polêmico jornalista esportivo da Gazeta Wyborcza, Rafał Stec (rafau stetz) está bastante preocupado neste início de Copa dos Campeões (Champions League) com a América do Sul. Nas transmissões dos jogos pela Telewizja Polska Kanał 2, o jovem jornalista mostrou uma página do jornal italiano “Gazzetta Dello Sport” com um mapa do Brasil cheio de fotografias de jogadores brasileiros presentes no mais importante campeonato europeu de clubes. Na edição de hoje do Gazeta Wyborcza, Stec volta à carga num longo artigo. Conta histórias de argentinos e brasileiros que se naturalizaram, que falsificaram passaportes, que mudaram de nome e etc. Segundo Stec, o brasileiro chegou na Europa Eriberto e voltou pra casa Luciano.
Desfilando com sua peruca rastafari loira por todos os estádios da Europa, o jovem jornalista polaco, fez as contas e descobriu que apenas Glasgow, Rosenborg, Olympique Marselha e Steaua Bukareszt, não possuem jogadores sul-americanos. Clubes potentes da Itália como Milan, Inter e Roma "caíram no conto da genialidade artística dos jogadores do Amazonas". A Itália, que segundo Stec, sempre se revelou a terra dos maravilhosos grandes goleiros têm agora como titulares das três equipes citadas, Dida, Júlio Cesar e Doni. O Milan foi mais longe, tem nada menos do que 8 brasileiros. O CSKA de Moscou tem Daniel Carvalho e Vagner Love como seus atacantes. Em Istambul, o Fenerbahçe é uma colônia brasileira, isto para não falar em Portugal, onde os "Canarinhos" não são apenas importados, mas naturalizados.
Stec fez as contas e descobriu que os brasileiros são maioria na Champions com 95 jogadores. Depois dos brasileiros estão 62 franceses, 57 espanhóis, 54 italianos, 46 portugueses, 37 alemães, 36 turcos, 35 argentinos, 27 romenos, 23 tchecos e 22 servos. Stec só se esqueceu de contar quantos polacos estão no campeonato. Não citou os goleiros Dudek e Boruc, nem os atacantes Smolarek e Żurawski. Assim, quando é convidado especial nas transmissões da TV Polaca, o impetuoso jornalista levanta sua peruca rastafari loira para o alto (num coque como prima-dona que acaba de se levantar) e fica repetindo:
“Brazylijczyków”, “Brazylijczycy”, “Brazylia”.
Evidentemente que poucas vezes suas intervenções são para elogiar, mesmo quando Ronaldinho Gaúcho, Deco ou Alex10 (de Curitiba) dão espetáculo. Não teve comentário, por exemplo, para os espetaculares dribles que Alex10 deu na defesa italiana da Internazzionalle, antes de servir seu compatriota Deived, para este fazer o gol da vitória do Fenerbahçe.
P.S. Apesar de escrever bem, falta ao cabeludo Stec, conhecimento, humildade e às vezes até respeito. Mas sobra presunção e arrogância. Mas assim é o mundo dos polêmicos, não?

"Polacos! Voltem."

O Presidente Lech Kaczyński (lérrhh catchinhsqui) pediu para que os polacos, que foram trabalhar em outros países da União Européia, voltem para casa. Segundo o presidente, cerca de 1 (um) milhão e 200 mil polacos trabalham fora da Polônia. Kaczyński diz que não pode proibir ninguém de escolher o lugar de trabalhar e morar, mas tem o direito de querer a volta e que tudo fará para que esta gente retorne para casa. O Presidente polaco acrescentou que aqueles que foram trabalhar na Grã-Bretanha e desejam ficar, analisem que podem também voltar à Pátria. De acordo com uma pesquisa recente, 60% do meio milhão de polacos que trabalha na Ingalterra ainda não se decidiu se realmente quer ficar no Reino da Família Windsor. "Estas pessoas precisam se convercer que seus lugares é no nosso país", sublinhou o presidente polaco, que já ordenou ao ministro de Relações Exteriores e ao do Trabalho e Políticas Sociais que facilite esta volta aos emigrados.
Com razão, o presidente faz este apelo, pois a realização da Copa Européia de Futebol em 2012, vai transformar a Polônia num canteiro de obras. Não serão apenas 6 novos estádios, mas centenas de hotéis, milhares de quilômetros de rodovias e ferrovias, modernização e ampliação de estações e aeroportos, além de várias outras melhorias na infra-estrutura do país. Já existem setores preocupados com a falta de cimento nos próximos cinco anos, por causa deste volume de construções.

P.S. Porém, os polacos só voltarão mesmo, se os salários ficarem dignos. Os grandes investimentos na Polônia atualmente são atraídos justamente por que o salário de um trabalhador é muito baixo, o que chega a ser aviltante.
Foto: Radek Pietruszka

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Polônia mais uma vez contra

O jornal "Diário de Notícias" de Lisboa, desde que Portugal, através de seu primeiro-ministro José Socrates assumiu a presidência rotativa da União Européia vem dando destaque a Polônia. Hoje uma de suas machetes dizia: "Polónia obriga UE a desistir do dia europeu contra pena de morte" (os portugueses usam acento agudo em Polônia).
A Polónia obrigou ontem a UE a deixar de lado o seu projecto de instituir um dia europeu contra a pena de morte a 10 de Outubro. A iniciativa tinha sido apresentada pela Comissão Europeia, no âmbito dos esforços europeus para uma abolição universal da pena de morte, e deveria recolher apoio unânime. Mas tal não aconteceu. "Infelizmente constatei que não é possível um consenso entre os 27", disse o ministro português da Justiça, Alberto Costa, citado pela AFP, após o Conselho de Justiça e dos Assuntos Internos (JAI), em Bruxelas. O ministro assegurou, porém, que a presidência portuguesa da UE mantém a sua intenção de organizar uma conferência internacional de alto nível, a 9 de Outubro, em Lisboa, para promover a abolição universal da pena de morte. Em 2006 foram executadas 1 591 pessoas no mundo.A pena capital não existe na UE, mas o Governo polaco considerou "inútil" a instituição deste dia, a menos que também fosse instituído um dia de defesa da vida que incluísse a proibição da eutanásia e do aborto. A exigência foi feita numa altura em que decorrem negociações técnicas sobre o futuro tratado europeu, ao qual Varsóvia apresenta reservas, mas também em clima pré-eleitoral. E o Governo polaco precisa de agradar aos eleitores ultracatólicos (sobretudo ouvintes da Rádio Marya).

P.S. As diferenças ortográficas no texto decorrem do modo peculiar da língua escrita em Portugal grafar determinadas palavras. E para os ferrenhos defensores da palavra "polonês", observe-se que os portugueses usam etimológicamente o adequado termo "polaco".

Janela no mundo

De 26 a 30 de setembro, em Gdańsk (Norte da Polônia) acontece o "III Festival da Cultura Mundial - OKNO NA ŚWIAT" (okno na schviat - janela no mundo). Serão quatro dias de espetáculos musicais, mostra de danças africanas e irlandesas, performances, representações teatrais e cinema. Durante o festival estarão representadas várias expressões artísticas de diferentes países, em especial daqueles exóticos.

A bela Joanna


Joanna Liszowska (ionna lichovsca), atriz, cantora e modelo é de Cracóvia. Começou sua carreira artística, em 2001, no festival Przeglądzie Piosenki Akstorskiej (pjeglondjie piossenqui aktorsquiei -Mostra de Canções de Atores) quando recebeu três prêmios. Em seguida, conquistou o "Grande Prêmio" do "Festival da Canção Artística" de Rybnik e outro troféu no "Festival de Interpretação de Música" de Sopot. No teatro atuou nos musicais "Studio Buffo" e "Panna Tutli Putli". No teatro varsoviano estrelou "Komedia", cantando como Roxie no musical "Chicago". Nesta semana, ela acaba de ser classificada para a próxima fase no programa "Jak Oni Śpiewają" (iak oni schpievaion - Como Elas Cantam).

Desemprego é ficção

Foto: Michał Mutor
Na Polônia, não trabalham, apenas pessoas que não querem. É o que informa o jornal "Dziennik Polski". Segundo uma pesquisa realizada este ano, a maioria das estatísticas sociais, que aponta como 12% o desemprego no país, é ficção. Para o prof. Janusz Czapiński, autor do "Diagnóstico Social 2007", realmente existe desemprego na Polônia, não há como negar, mas ele certamente é a metade do que indicam as estatísticas. Desempregados não são apenas aqueles registrados, mas segundo este índice, também aqueles que estão prontos para trabalhar, aqueles que estão procurando outro emprego e etc.. Assim, o índice real seria de 7,6% e não 12,5%. Além disso, existe um milhão de pessoas que não estão interessadas em trabalhar, afirma o professor. E por que não querem trabalhar? São várias as razões segundo ele. Muitas pessoas não chegam nem a procurar trabalho, pois não possuem a qualificação esperada. Contudo 18% não querem mesmo trabalhar, pois não querem perder o seguro social.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Trailer do filme Katyń

Legenda: "Oculta meio século a verdade sobre o crime"

Narração: "Senhores, devemos perseverar, sem vocêss não existirá Polônia Livre"

"Katyń" reabre feridas escondidas

Desde domingo, na "avant première" em Varsóvia e ontem em Gdynia, a Polônia só fala numa coisa. O assunto é o mesmo em todos os noticiários e programas de rádio e TV. Katyń de Andrzej Wajda (andjei vaida) trouxe a discussão um passado escondido pelo comunismo. Nesta foto, do exército alemão se comprovava na época o crime russo contra os Polacos. Mas os aliados, pressionados por Stalin, preferiram ignorar e taxar a mosntruosidade russa como mentira nazista. Na sexta-feria, dia 21, quando o filme ganhar as telas de todos os cinemas da Polônia... a discussão só vai aumentar. O maior cinema de Cracóvia Kino Kijów (quino quiiów - cinema kiev) com 828 lugares já está com sua lotação praticamente esgotada nas seções de sexta-feira próxima.