Majdanek foi criado em outubro de 1941 por ordem do comandante da SS Heinrich Himmler, quando este visitou Lublin. Inicialmente, era um campo destinado apenas a receber prisioneiros de guerra, sob a guarda da SS e comandado por Karl Otto Koch, até ser transformado em campo de concentração geral em fevereiro de 1943. Ao contrário de outros campos nazistas, este não era escondido em nenhum lugar remoto no meio de florestas, nem era cercado por zonas de exclusão, ficando às vistas da população civil comum de Lublin. Seu nome deriva de um bairro da cidade chamado Majdan Tatarski e foi dado pelos habitantes locais. O nome alemão inicial era Konzentrationslager Lublin (Campo de concentração de Lublin). No começo das operações, Majdanek teve 50 mil prisioneiros, elevando-se depois para 250 mil, usados principalmente em trabalho escravo para produção de munição e fábricação de armas. Entre abril daquele ano até seu fechamento em julho de 1944, o local foi transformado em campo de extermínio, com a introdução de câmaras de gás e crematórios. Foi junto com Aschwitz, os únicos campos nazistas a usar o Zyklon-B como gás exterminador, apesar do monóxido de carbono também ser usado nas execuções. Com a chegada do Exército Vermelho em 1944, o campo foi fechado, sendo que o crematório foi o único local que os nazistas conseguiram destruir antes da fuga, graças à rapidez do avanço das tropas libertadoras, o que transformou Majdanek num dos mais bem preservados campos da II Guerra Mundial. Cerca de mil detentos foram evacuados, mas os soviéticos ainda encontraram milhares deles, a maioria prisioneiros de guerra, mostrando a evidência dos crimes ali cometidos pelos nazistas.
Ironicamente, assim que os soviéticos tomaram posse do campo, libertaram os prisioneiros dos nazistas e o transformaram num campo da NKVD, o serviço secreto soviético, onde prenderam milhares de integrantes da resistência subterrânea polaca da guerra. A contagem de mortos em Majdaneck nunca foi feita com precisão devido à falta de registros. Ainda em julho de 1944, os soviéticos inicialmente superestimaram o número, anunciando a morte de 400 mil judeus, além de 1,5 milhão de prisioneiros de outros tipos. Estudiosos se baseiam no período total de funcionamento e capacidade dos crematórios para estimar quantos teriam morrido. As últimas pesquisas do departamento científico do Museu Majdanek, citam que houve cerca de 78 mil vítimas, sendo que 54 mil delas eram judeus.