domingo, 13 de janeiro de 2008

Casas de troncos polacas exportadas

Foto: Ulisses Iarochinski
Na região montanhesa da Polônia, fronteiras com a República Tcheca e Eslováquia, as casas de troncos encaixados continuam a fazer sucesso, mesmo após séculos de tradição. Cidades como Zakopane possuem leis incentivando a construção de novas casas com a mesma arquitetura milenar da região. Empresas de construção e serrarias são criadas com fundos da União Européia. Podczerwony, munícipio na voivodia da Małopolska, é praticamente uma cidade de casas de troncos (como esta da foto). Empresários portugueses andam por aqui fazendo contatos para levar estas casas desmontadas em caminhões até a Serra da Estrela, em Portugal e as construir lá para clientes da classe média alta de Lisboa e Porto. Junto aos troncos, portas e janelas de madeira polaca vão os mestres de obras e os carpinteiros polacos dos Tatras.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Sábado cracoviano: saudade da Itália

Kamiennice no Rynek de Cracóvia. Foto: Ulisses Iarochinski
Cracóvia amanheceu mais uma vez ensolarada. E com um calor de 12 graus positivos. Impressionante para um janeiro de inverno. Dois anos atrás, deste mesmo dia, estava 20 graus negativos. Um dia bonito como esse causa saudade. Lembrar do passado faz a mente "volar" e foi o que fez a minha agora.
Os pensamentos foram parar num tempo mais distante e num local ainda mais distante do que a o frio polaco de dois janeiros atrás... foram parar na Itália. E como num filme, que se assiste na tela grande do escurinho do cinema, imediatamente ouço uma música, vejo uma morena, sinto a brisa de uma estrada beira mar. O caminho para Toscana, naquela manhã de sábado, era justamente após uma noite de frio e luzes na Piazza San Carlo de Torino. Tanto naquela meia noite, quanto naquela manhã se ouvia no rádio do carro a mesma voz: Antonello Venditti. Entre aquelas luzes amarelas da praça e aqueles Pallazzi centenários, entre caricias e palavras se ouvia "Amici mai" e naquela estrada de penhasco ensolarada eramos embalados por "Alta Marea".

O cantor é este extraordinário poeta da música italiana, Antonello Venditti e a bela morena do videoclip é a atriz Norte-americana Angelina Jolie, ainda jovem... Mas a morena de pele siciliana, agitação torinesa e olhos verdes piemonteses era e ainda é a mesma Chiara. Para ela são estes versos de Venditti:
"Lo so lo sai la mente vola fuori dal tempo e si ritrova sola, Tu sei dentro di me come l'alta marea, che scompare e riappare portandoti via, Sei il mistero profondo, la passione, l'idea , sei l'immensa paura che tu non sia mia. Lo so lo sai il tempo vola ma quanta strada per rivederti ancora (alta marea) ... Ogni volta che parlo di te, tu fai parte o non parte di me, ogni volta che piango per te, tu fai parte o non parte di noi, E mille nuovi amori cercherá
per non amarti più...(ogni volta) Certi amori non finiscono, fanno dei giri immensi e poi ritornano, amori indivisibili, indissolubili, inseparabili, Ma amici mai...(amici mai)"

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Casamento livre em Varsóvia

Foto: Kuba Atys / AG
"Kocham ciebie,
tylko ciebie znaczy:
nie kocham was wszystkich,
którzy nie jesteście nią lub nim.
Znaczy: kocham jednego potwora,
którego potworowatość polega między innymi na tym,
że żąda,
żeby kochać jego i tylko jego.
Moja zaś potworowatość polega między innymi na tym,
że przystaję na to."

Fragmento de "Missa Pagã" do polaco Edward Stachura, poeta, escritor, cantor e caminhante. Viveu pouco - 42 anos. Mas deixou uma obra de poesias e prosas sobre o amor e a vida, que são recitadas até em casamentos, como foi o caso destes versos, recitados em Varsóvia pelos noivos Monika Szmidt e Miłosz Kuligowski. A cerimônia foi conduzida por Krzysztof Tanewski e Jane Bechtel, respectivamente membros da "Polskiego Stowarzyszenia Racjonalistów" e "Szkockiego Towarzystwa Humanistycznego". O casamento, portanto, não foi oficializado na igreja. Mas ainda assim os noivos repetiram as palavras da Biblia: "...juro amá-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe...". Foi o chamado casamento livre, ou humanitário, que há dois anos é reconhecido na Escócia, mas ainda não o é na Polônia. Para este primeiro casamento livre da Polônia, ocorrerram os pais dos noivos, padrinhos, familiares e amigos para testemunharam a união de duas pessoas que se amam. Se não foi uma cerimônia religiosa, para ser reconhecido civilmente em nova cerimônia no cartório. Pelo menos, enquanto a Polônia, não tenha a mesma lei escocesa.
Tradução livre de Stachura: "Amo você, só você significa: não amo vocês todos, os quais não são ela, ou ele. Significa: amo um único mostro, monstruosidade que confia entre outros nisto, que reclama, a fim de amá-lo e só a ele. Minha monstruosidade confia entre entre tantos nisto, que concorda nisto".

Árvores despidas no inverno

Foto: Ulisses Iarochinski
Pois o inverno sem aquele manto branco de neve em Cracóvia não é o mesmo. As árvores, tão faceiras na primavera e verão estão frondosas e verdes; no outono, coloridas de folhas amarelas, laranjas, ocre e vermelhas; e no inverno lindamente vestidas de branco. Sim, isto quando tem neve, mas como nesta semana, sem folhas e sem neve, elas, pobrezinhas, ficam feias e retorcidas e a imagem do bosque que circunda o centro de Cracóvia, o Planty, fica muito triste. Este é o início da Ulica (ulitssa-rua) Wiślna que liga o Planty ao Rynek, que apesar do sol e o céu azul é desolador.

Cracóvia sem neve no inicio de 2008

Foto: Ulisses Iarochinski
Pois não é que depois de mais de um mês coberto por um manto branco de neve e temperaturas de até 15 graus negativos, 2008 começou com chuvas e temperatura acima de zero. Chuva e sol! Resultado: nada de neve, nada de branco e calor de 8 graus positivos. O Rynek (praça do mercado) de Cracóvia estava assim hoje de manhã: sol forte e passeio de bicicleta. Pelo jeito, os prestidigitadores erraram de novo: Não será o inverno mais frio dos últimos 500 anos... Já deu até para encostar a "ceroula de baixo", as tocas e as luvas. Será?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A eterna Lwów polaca

A cidade fica no território da Ucrânia, desde 1991, quando da criação do Estado ucraniano. Antes disso e por quase 700 anos foi a mais importante cidade polaca do Oriente. E também significativa para boa parte da imigração polaca que chegou ao Brasil, a partir do século 19. Durante o período de maior fluxo imigratório para o Brasil, funcionou em Lwów, um escritório do Império brasileiro (e depois da República) de promoção da imigração polaca para os Estados do Sul. E por isso, em função de sua longa história sob as bandeiras da Polônia e sua estreita ligação com os brasileiros “polskiego pochodzenia” e descendentes dos antigos povos rutenos, creio ser interessante falar alguma coisa sobre a cidade dos leões.

O nome Lwów deriva de Leopolis, como era denominada a cidade pelo Vaticano durante a Idade Média e após. Sua atual denominação, Lviv passou a ser usada após 1939, quando foi ocupada pelos soviéticos e se mantém desde 1991, como a maior cidade do Ocidente ucraniano.

Antes dos anos 1.000 d.C. a região era ocupada por polacos e rutenos. Até 1250 fazia parte da Rutênia Vermelha, região de terra que compreendia a Galicia Ocidental durante a ocupação austro-húngara de 1795 a 1918. Historiadores ucranianos discordam da denominação “Vermelha” por entenderem que é uma forma dos polacos dividirem a etnia que deu origem aos atuais ucranianos. Seja como for é o território entre os rios Bug e Wieprz. A área foi mencionada pela primeira vez em documentos escritos, em 981, como parte do Principado de Kiev (Kijów em polaco). Włodzimierz – o Grande, da dinastia Rurik, príncipe de Kievan Rus (Cidade-Estado de Kiev), entre 980 e 1015, conquistou a região. Seu filho Jarosław I, que o sucedeu, manteve a região sob o domínio de Kiev até 1018, quando esta foi anexada pelo Reino da Polônia. Contudo, em 1031, a Rutênia Vermelha voltou a fazer parte do Principado de Kiev e assim permaneceu até que o rei polaco Casimiro Grande III, a reconquistou em 1340.

Foi nesse período da dinastia Rurik, que o príncipe Daniel Halicki (1201-1264), descendente de Włodzimierz I, fundou Lwów e a denominou assim em homenagem a seu filho Lev, ou Leon. Com a morte do pai Daniel, Lev Halicki transformou a cidade de Lwów, na capital do Principado da Volinia.

Em 1356, já sob reinado polaco de Casimiro – o Grande, Lwów foi reconhecida pela Lei de Magdeburg. Um ano antes, portanto, de Cracóvia – capital da Polônia - ter sido reconhecida como cidade, segundo as leis medievais do Sacro-Império Germânico. Desde o rei polaco Władysław Jagiełło, Lwów foi a capital da Voivodia Rutênia da Polônia. Mesmo com a ocupação austro-húngara de 1793 a 1918, quando foi renomeada de Lemberg, com o status de capital da Galicia e Lodomeria, Lwów manteve-se essencialmente uma cidade polaca até 1939, quando foi ocupada pelas tropas soviéticas na Segunda Guerra Mundial.


Rei Kazimierz Wielki - Casimiro o Grande

Com os acordos, pós Segunda Guerra e a dizimação quase completa da população judaica, todos os polacos residentes de Lwów e antiga Voivodia Rutênia foram expulsos e realocados para o novo mapa da Polônia que surgiu. Stalin, Churchil e Trumam sem a participação de polacos e rutenos, simplesmente tiraram da Polônia metade de seu território. Essa metade ficou sob o domínio comunista soviético e entregue a República Soviética da Ucrânia. Foi preferido o nome Ucrânia, criado pelos nacionalistas rutenos em 1840 a quase milenar denominação de Rutênia. Com isso, a maioria da população polaca foi colocada em trens e enviada para Wrocław, Cracóvia, Lublin, Bielsko Biała e Katowice. A cidade foi então repovoada por pessoas dos mais diferentes pontos da União Soviética.

Ainda em 1910, a cidade possuía 192.472 habitantes, em sua grande maioria polaca do credo Católico Apostólico Romano, representando 51,7% da população. Em seguida os do credo judaico com 29%, além de 17% de católicos ortodoxos do rito grego. Entre as duas guerras mundiais Lwów era a terceira maior cidade polaca, menor apenas que Varsóvia e Łódż. Já em 2001, a cidade chegou a 725.000 habitantes, dos quais 88% eram ucranianos, 9% russos e 1% polacos. A última estimativa, de 2007, é de que a cidade possui 735 mil habitantes. Lwów está a 70 km de Przemyśl, fronteira com a Polônia e a 315 km de Cracóvia.

Monumento ao artista polaco Nikifor, em Lwów



Declarada patrimônio da humanidade pela Unesco, em 1998, Lwów, em que pese seus 68 anos soviético-ucraniano, tem uma arquitetura essencialmente polaco-austríaca. Os edifícios das universidades, dos teatros, monumentos e cemitérios são os locais de visitação turística que mantém viva a cultura polaca em território ucraniano. Poucos anos atrás, o Cemitério de Orląt foi motivo de intensa polêmica nos meios diplomáticos polaco-ucranianos. Panteão dos soldados polacos que morreram na guerra polaco-soviética de 1918-1920 foi completamente destruído pela União Soviética, em 1971, para a construção de avenidas. Com a queda do comunismo, familiares dos soldados enterrados ali começaram a restaurá-lo. Os polacos tinham em mente recuperar a área tal qual o cemitério foi construído em 1920. Mas os políticos ucranianos ficaram contra. A Sociedade dos Mortos Militares Polacos, organização histórico-cultural insistia que a reforma devia recolocar nos seus devidos lugares os símbolos patrióticos e do exército polaco existente nos túmulos. Devido à falta de fundos, o cemitério nunca foi completamente reconstruído. Já os ucranianos consideram ofensivos estes símbolos, pois muitos ucranianos foram vítimas inocentes desta guerra. O ex-presidente Kuchma ao pressionar a prefeitura da cidade para resolver a questão, acabou criando um conflito em seu próprio governo. Uma solução parcial foi encontrada no inicio do governo do atual presidente ucraniano Viktor Januszczenko e o cemitério foi finalmente reaberto numa solenidade com a presença dos presidentes dos dois países. Os polacos concordaram em não recolocar os símbolos da pátria polaca. Muitos residentes da cidade dizem não entender a profundidade das emoções envolvidas no assunto. Mas estão satisfeitos com o aumento de turistas polacos, que desde a reabertura do cemitério, chegam, principalmente no dia de finados, aos milhares para render homenagem a seus soldados mortos e rever a cidade natal de seus pais e avós.

Rutênia

Rutênia é uma antiga região da Europa Oriental, povoada por eslavos de várias etnias. Basicamente, a palavra é uma grafia latinizada do legendário nome Rus. Sua origem, contudo, tem varias versões. Uma delas, de origem normanda (povos dominadores do Norte), diz que os Varegues, que se constituíram no século 9, fundiram-se aos poucos com a população eslava, daí o nome Rus, que seria derivado do finlandês, a partir do norueguês antigo roðs- ou roths- o qual por sua se referia aos remadores, ou seja, aos varegos suecos. Pois para alguns ainda existe no idioma finlandês e estoniano as palavras Ruotsi e Rootsi para designar a Suécia. O termo Ruteni apareceu inicialmente como rex Rutenorum nos anais de Augsburgo no século 12, reflexo da antiga tradição dos autores latinos de chamarem os dinamarqueses de Dácios e os alemães de Teutões. Em 1772, os Habsburgos ao criarem a província da Galícia, para distinguir o povo eslavo local dos polacos e russos que habitavam aquela região deram-lhe o nome de ruteno, pois o nome até então usado Rusyny, soava como a palavra alemã para russos, ou seja, Russen. Então, os austríacos adotaram a designação Ruthenen - rutenos e continuaram a usar até a queda do império em 1918. A partir de 1840, aqueles nacionalistas eslavos que não eram, nem polacos, nem russos encorajaram às pessoas a substituírem o nome "Pequena Rus" por Ukrayina. Atualmente, o território histórico da Rus compreende partes das terras da Ucrânia, Bielorrússia, Rússia, uma pequena parte do Nordeste da Eslováquia e uma estreita faixa do Leste da Polônia.

Em idioma polaco, país é Kraj e o prefixo U geralmente é empregado para se dizer que "se está com uma pessoa"... assim talvez, Ukrajna, possa ser entendido como “no país”, ou “do país”. E Lwów: "Leões", ou cidade dos Leões.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Poster polaco: mostra de música

Cartaz da 7° Mostra da Canção de Atores de Wrocław - 1986. O vencedor da mostra foi Wojciech Walasik, que como todos os concorrentes teve que interpretar uma música. A 29° edição da mostra vai acontecer em abril próximo de 4 a 13.

Europride 2010 será na Polônia

Europride 2007 - Madrid
O anúncio de que Cracóvia se converteu, no último verão, o terceiro destino turístico da Europa, atrás apenas de Paris e Roma, tem atraído além de novos investimentos, outros tipos de turismo. O embaixador da IGLTA - Organização Internacional de Turismo de Gays e Lésbicas, anunciou, esta semana em Varsóvia, que sua entidade está preparando Varsóvia e Cracóvia para receberem em 2010 a Grande Parada Europride.
A IGLTA fundada em 1983 nos Estados Unidos está presente atualmente em 20 países e mantém convênios com mais de 1.100 empresas de turismo, entre estas 3 já na Polônia. A IGLTA certifica estas empresas como amigas dos gays e lésbicas, o que permite preços mais atrantes para seus turistas.
A Polônia é o primeiro país da Europa do Leste, o qual a IGLTA se interessou. Piotr Wójcik, o embaixador polaco da IGLTA, já tem um plano em execução. Primeiro estamos estabelecendo contatos para oferecer uma base hoteleira para os turistas homossexuais que viram as duas principais cidades polacas. Depois serão preparados os trabalhadores destes estabelecimentos para atenderem a esta clientela especial.
No ano que passou, a Europride aconteceu em Madrid e a cidade recebey mais de um milhão de gays de todo o mundo. Na parada anterior, Estocolmo recebeu 800 mil. O que desde já aponta um número muito maior para 2010 como se nota na presença sempre crescente nas duas últimas paradas.
A questão tem interessado outras cidades européias. Em Viena, na Áustria, um juizado já contratou uma empresa de consultoria especializada para apontar soluções em problemas que possam ocorrer com a presença massiva de turistas "desde já polêmicos", como disse um juiz austríaco. Varsóvia, que há alguns anos, teve um parada interrompida pelo então prefeito da cidade, o atual presidente da República Lech Kaczyński, já está dando os primeiros passos. Em que pese, o ato tenha rendido votos decisivos na eleição de Kaczyński, já possui cerca de 19 bares e um hotel gay: Friends Gesthouse. Cracóvia ainda não aderiu a moda, tem apenas 2 discotecas.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Sobrenomes polacos aportuguesados

Ancoradouro da Ilha das Flores, na Baia da Guanabara. 1907.
Dentre os vários e-mails que recebo diariamente sobre grafia de sobrenomes polacos que foram aportuguesados selecionei duas respostas para "postar" aqui. São centenas de descendentes de polacos que agora com a entrada na Polônia na União Européia vêem a possibilidade de tentar a cidadania polaca. Na maioria das vezes não possuem rastros dos antepassados, seja porque, ser polaco no passado foi motivo de vergonha, seja porque a Polônia era um país comunista, seja porque no Brasil as poucas informações existentes sempre foram de que a Polônia era um país pobre e atrasado. A primeira barreira que aparece é justamente onde procurar documentos dos antepassados se não se sabe nem como se escrevia em polaco o nome e sobrenome do bisavô, ou trisavô, quanto mais a cidade e o ano em que nasceu. Mas com algum conhecimento de história polaca, brasileira e de idioma polaco é possível chegar a grafia correta.
O primeiro caso é do sobrenome OLSCHOWSKI e o segundo de JEVINSKI. Minhas tentativas de reconhecimento passam inicialmente por buscas na própria Internet em idioma polaco. Fiz umas tentativas de pesquisa de teu sobrenome do google e como pressentia... Só encontrei referências em português, alemão e algo em inglês. Ou seja, para ser polaco a grafia não está correta. Primeiro que sobrenome polaco não termina em sky....mas SOMENTE em nski (N com acento agudo) ou wski (ou outras terminações). Sky é terminação de sobrenome tcheco. Mas também não vi referências em idioma tcheco desta palavra no google.
O encontro sch é corriqueiro no idioma alemão... Mas como termina em wski não pode ser alemão... portanto como wski é terminação autenticamente polaca, o sobrenome é polaco.
Levando em consideração que, primeiro, os imigrantes polacos que iam aos cartórios registrar seus filhos brasileiros não portavam nenhum documento polaco, segundo, que mesmo que portassem estariam em idioma polaco, terceiro, que o cartorário não aceitava documento estrangeiro, pois no caso, não entendia a língua polaca. Depois, é necessário lembrar, que por essa época, muitos dos passaportes eram familiares. Um imigrante que chegou como filho não tinha um passaporte individual, seu nome estava junto com seus irmãos no passaporte de seus pais. O passaporte era emitido no nome do cabeça da família, ou seja, o pai.
Assim quando o imigrante pronunciava o sobrenome, o fazia em idioma polaco. O cartorário ouvia e escrevia conforme o alfabeto português permitia grafar aqueles encontros consonantais. Partindo dessa premissa, teu sobrenome poderia ser Olszowski, pois SZ tem a pronúncia em português do encontro CH. E escrito assim, este sobrenome existe na Polônia.
O segundo sobrenome é sobre o ancestral de um brasileiro escrito Vladislau Jevinski.
1- o nome é Wladyslaw (os dois L na verdade são a letra polaca uel, representada por um L cortado transversalmente e que tem pronúncia de U e não de L. Assim a pronúncia seria vuádissuáf.
2 - Se o cartorário grafou J é porque provavelmente o imigrante pronunciou Jewinski (nao existe letra V no alfabeto polaco assim era W) e o sobrenome seria JEWINSKI (N com acento agudo). Essa sobrenome existe na Polônia.
3 - Se o imigrante realmente pronunciou Ge, então o sobrenome seria RZEWINSKI (N com acento agudo) e essa familia também existe na Polônia, mas não tem nada a ver com JEWINSKI.
4. Ainda sobre o J. O imigrante normalmente chegava no cartório e pronunciava o sobrenome como ele pronunciava em polaco.... assim o mais normal é que ele tenha dito ievinsqui... Mas assim como meus primos de Pariquera-açu /SP tiveram apenas o J preservado do sobrenome polaco Jarosinski (N com acento agudo) para Jarochinski, o meu passou a ser meu Iarochinski (com I e CH e sem acento agudo no N)... O mesmo ocorreu, por exemplo com Javorski (que em polaco é JAWORSKI e só perdeu o W e manteve o J no Brasil), mas é pronunciado como iavórsqui.
5 - Nao acredito em Dzievinski como mencionas... O cartorário não saberia transcrever este encontro consonantal de Dziewinski para português e seria muito estranho que só mudasse o W para V. Embora o sobrenome Dziewinski (N com acento agudo) também exista na Polônia.
6 - A única forma no mundo, atualmente, de se saber como seria a grafia correta do nome e sobrenome do ancestral (além destas tentativas idiomáticas) é ir pessoalmente ao Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, e pesquisar nas listas de passageiros dos navios e de hóspedes da Ilha das Flores se o ancestral esteve registrado com a grafia que popssuia de seu nome em polaco. Ainda no Arquivo Nacional existem pastas da Policia Federal, seção Rio Grande do Sul e seção Paraná com informações de todos os imigrantes que compareceram na década de 40 para cumprir a Lei de Nacionalização de Getúlio Vargas, onde se pode encontrar os rastros dos ancestrais imigrantes... E não adianta enviar para lá carta, e-mail ou telefonar... O Arquivo não possui funcionários suficintes para atender tanta demanda. O interessado tem que ir pessoalmente lá fazer a pesquisa.

Justyna Steczkowska - Tu i tu


Justyna foi uma das atrações do Reveillon no Rynek de Cracóvia, na semana que passou.Arrancou suspiros dos marmanjos e inveja das moças. Aqui ela canta "Aqui e aqui" e de lambuja mostra algumas das polaquinhas que freqüentam as discotecas de Varsóvia.

Auschwitz nestes dias de neve

Foto: Ulisses Iarochinski
Portão principal do campo de concentração Auschwitz II, ou mais propriamente chamado de Birkenau, situado no municipio de Brzezinka (Birkenau em alemão), onde chegavam os trens procendentes de vários partes da Europa com prisioneiros durante a segunda guerra mundial. No fim da linha existiam duas câmaras de gás e respectivos crematórios. Nesta área, onde estão os três turistas, os passageiros eram selecionados e dali muitos já entravam para o banho da morte nas câmaras de gás. Birkenau, o maior campo de concentração alemão-nazista da segunda guerra está a 65 km de Cracóvia.

Brasileiros na Polônia

Brasileiros em Cracóvia - Eu, Josiane, Franciele, Piotr (polaco) e Rodrigo
Pesquisando um pouco na Internet é possível encontrar blogs de viajantes, trabalhadores sazonais que falam sobre Cracóvia e a Polônia. Desde a entrada da Polônia na União Européia começaram a chegar os portugueses a cidade. Nos seus blogs falam de suas primeiras impressões. Infelizmente a primeira impressão é a que fica e nem sempre são verdadeiras. Alguns demonstram seu preconceito com o que não conhecem, ou não entendem. Estranham a comida e o comportamento dos atendentes nas lojas. Mas numa coisa todos parecem concordar: a beleza das cidades e do país. Os portugueses ainda são muito poucos aqui, nada que se possa comparar a Genebra, Dortmund, Paris, Newark, Caracas ou Rio de Janeiro. Ao contrário das cidades citadas, onde existem importantes comunidades de imigrantes portugueses, a Cracóvia chegam e se vão estudantes universitários, ou trabalhadores de multinacionais como IBM, Shell (transferiram suas unidades de Portugal para Cracóvia), ou empresas portuguesas Mota&Gil, Banco Millenium, Supermercado Biodronka e outras.
Ainda não há mais portugueses que brasileiros na Polônia, mas é possível que dentro de pouco, eles superarão os quase 400 brasileiros que vivem aqui (Estimativa da Embaixada do Brasil em Varsóvia). Estes brasileiros, em sua maioria são universitários descendentes de imigrantes polacos com bolsa do governo da Polônia, quase todos originários do Paraná e Rio Grande do Sul. Também estão em número significativo os jogadores de futebol. A Federação de Futebol não informa, mas devem jogar na Polônia cerca de 40 brasileiros. Só a equipe do Pogon Szczecin tem em seu elenco 17 jogadores. Depois são padres, freiras, pastor batista e esposas ou maridos de polacas. Em Cracóvia, a comunidade brasileira é representada por 12 estudantes, 3 jogadores de futebol e suas esposas e filhos, ex-estudantes, padres e freiras, bailarinos e alguns turistas que ficaram além dos 3 meses permitidos. Até escola de idioma português, um ex-estudante abriu para ensinar a falar brasileiro, pois a universidade prefere contratar portugueses para ensinar a língua de Paulo Coelho e Fernando Pessoa. Comparando com EUA, Japão ou Holanda, país de 16 milhões de habitantes e mais de 250 mil brasileiros, a Polônia com seus quase 40 milhões de habitantes ainda possui pouca gente de língua portuguesa.

Além destes dos futebolistas existem capoeiristas, sambistas, bailarinos e professores de português, como (da esquerda para a direita em baixo): Cristiano (capoeirista), Edilson (bailarino), Nilton (professor), Adriana e André( sambistas) e os universitários nas outras duas fotos.