domingo, 13 de janeiro de 2008
Casas de troncos polacas exportadas
sábado, 12 de janeiro de 2008
Sábado cracoviano: saudade da Itália
Os pensamentos foram parar num tempo mais distante e num local ainda mais distante do que a o frio polaco de dois janeiros atrás... foram parar na Itália. E como num filme, que se assiste na tela grande do escurinho do cinema, imediatamente ouço uma música, vejo uma morena, sinto a brisa de uma estrada beira mar. O caminho para Toscana, naquela manhã de sábado, era justamente após uma noite de frio e luzes na Piazza San Carlo de Torino. Tanto naquela meia noite, quanto naquela manhã se ouvia no rádio do carro a mesma voz: Antonello Venditti. Entre aquelas luzes amarelas da praça e aqueles Pallazzi centenários, entre caricias e palavras se ouvia "Amici mai" e naquela estrada de penhasco ensolarada eramos embalados por "Alta Marea".
per non amarti più...(ogni volta) Certi amori non finiscono, fanno dei giri immensi e poi ritornano, amori indivisibili, indissolubili, inseparabili, Ma amici mai...(amici mai)"
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Casamento livre em Varsóvia
tylko ciebie znaczy:
nie kocham was wszystkich,
którzy nie jesteście nią lub nim.
Znaczy: kocham jednego potwora,
którego potworowatość polega między innymi na tym,
że żąda,
żeby kochać jego i tylko jego.
Moja zaś potworowatość polega między innymi na tym,
że przystaję na to."
Tradução livre de Stachura: "Amo você, só você significa: não amo vocês todos, os quais não são ela, ou ele. Significa: amo um único mostro, monstruosidade que confia entre outros nisto, que reclama, a fim de amá-lo e só a ele. Minha monstruosidade confia entre entre tantos nisto, que concorda nisto".
Árvores despidas no inverno
Cracóvia sem neve no inicio de 2008
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
A eterna Lwów polaca
O nome Lwów deriva de Leopolis, como era denominada a cidade pelo Vaticano durante a Idade Média e após. Sua atual denominação, Lviv passou a ser usada após 1939, quando foi ocupada pelos soviéticos e se mantém desde 1991, como a maior cidade do Ocidente ucraniano.
Antes dos anos 1.000 d.C. a região era ocupada por polacos e rutenos. Até 1250 fazia parte da Rutênia Vermelha, região de terra que compreendia a Galicia Ocidental durante a ocupação austro-húngara de
Foi nesse período da dinastia Rurik, que o príncipe Daniel Halicki (1201-1264), descendente de Włodzimierz I, fundou Lwów e a denominou assim em homenagem a seu filho Lev, ou Leon. Com a morte do pai Daniel, Lev Halicki transformou a cidade de Lwów, na capital do Principado da Volinia.
Em 1356, já sob reinado polaco de Casimiro – o Grande, Lwów foi reconhecida pela Lei de Magdeburg. Um ano antes, portanto, de Cracóvia – capital da Polônia - ter sido reconhecida como cidade, segundo as leis medievais do Sacro-Império Germânico. Desde o rei polaco Władysław Jagiełło, Lwów foi a capital da Voivodia Rutênia da Polônia. Mesmo com a ocupação austro-húngara de
Com os acordos, pós Segunda Guerra e a dizimação quase completa da população judaica, todos os polacos residentes de Lwów e antiga Voivodia Rutênia foram expulsos e realocados para o novo mapa da Polônia que surgiu. Stalin, Churchil e Trumam sem a participação de polacos e rutenos, simplesmente tiraram da Polônia metade de seu território. Essa metade ficou sob o domínio comunista soviético e entregue a República Soviética da Ucrânia. Foi preferido o nome Ucrânia, criado pelos nacionalistas rutenos em 1840 a quase milenar denominação de Rutênia. Com isso, a maioria da população polaca foi colocada em trens e enviada para Wrocław, Cracóvia, Lublin, Bielsko Biała e Katowice. A cidade foi então repovoada por pessoas dos mais diferentes pontos da União Soviética.
Ainda em
Monumento ao artista polaco Nikifor, em Lwów
Declarada patrimônio da humanidade pela Unesco, em 1998, Lwów, em que pese seus 68 anos soviético-ucraniano, tem uma arquitetura essencialmente polaco-austríaca. Os edifícios das universidades, dos teatros, monumentos e cemitérios são os locais de visitação turística que mantém viva a cultura polaca
Rutênia
Rutênia é uma antiga região da Europa Oriental, povoada por eslavos de várias etnias. Basicamente, a palavra é uma grafia latinizada do legendário nome Rus. Sua origem, contudo, tem varias versões. Uma delas, de origem normanda (povos dominadores do Norte), diz que os Varegues, que se constituíram no século 9, fundiram-se aos poucos com a população eslava, daí o nome Rus, que seria derivado do finlandês, a partir do norueguês antigo roðs- ou roths- o qual por sua se referia aos remadores, ou seja, aos varegos suecos. Pois para alguns ainda existe no idioma finlandês e estoniano as palavras Ruotsi e Rootsi para designar a Suécia. O termo Ruteni apareceu inicialmente como rex Rutenorum nos anais de Augsburgo no século 12, reflexo da antiga tradição dos autores latinos de chamarem os dinamarqueses de Dácios e os alemães de Teutões. Em 1772, os Habsburgos ao criarem a província da Galícia, para distinguir o povo eslavo local dos polacos e russos que habitavam aquela região deram-lhe o nome de ruteno, pois o nome até então usado Rusyny, soava como a palavra alemã para russos, ou seja, Russen. Então, os austríacos adotaram a designação Ruthenen - rutenos e continuaram a usar até a queda do império em
Em idioma polaco, país é Kraj e o prefixo U geralmente é empregado para se dizer que "se está com uma pessoa"... assim talvez, Ukrajna, possa ser entendido como “no país”, ou “do país”. E Lwów: "Leões", ou cidade dos Leões.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Poster polaco: mostra de música
Europride 2010 será na Polônia
A IGLTA fundada em 1983 nos Estados Unidos está presente atualmente em 20 países e mantém convênios com mais de 1.100 empresas de turismo, entre estas 3 já na Polônia. A IGLTA certifica estas empresas como amigas dos gays e lésbicas, o que permite preços mais atrantes para seus turistas.
A Polônia é o primeiro país da Europa do Leste, o qual a IGLTA se interessou. Piotr Wójcik, o embaixador polaco da IGLTA, já tem um plano em execução. Primeiro estamos estabelecendo contatos para oferecer uma base hoteleira para os turistas homossexuais que viram as duas principais cidades polacas. Depois serão preparados os trabalhadores destes estabelecimentos para atenderem a esta clientela especial.
No ano que passou, a Europride aconteceu em Madrid e a cidade recebey mais de um milhão de gays de todo o mundo. Na parada anterior, Estocolmo recebeu 800 mil. O que desde já aponta um número muito maior para 2010 como se nota na presença sempre crescente nas duas últimas paradas.
A questão tem interessado outras cidades européias. Em Viena, na Áustria, um juizado já contratou uma empresa de consultoria especializada para apontar soluções em problemas que possam ocorrer com a presença massiva de turistas "desde já polêmicos", como disse um juiz austríaco. Varsóvia, que há alguns anos, teve um parada interrompida pelo então prefeito da cidade, o atual presidente da República Lech Kaczyński, já está dando os primeiros passos. Em que pese, o ato tenha rendido votos decisivos na eleição de Kaczyński, já possui cerca de 19 bares e um hotel gay: Friends Gesthouse. Cracóvia ainda não aderiu a moda, tem apenas 2 discotecas.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Sobrenomes polacos aportuguesados
O primeiro caso é do sobrenome OLSCHOWSKI e o segundo de JEVINSKI. Minhas tentativas de reconhecimento passam inicialmente por buscas na própria Internet em idioma polaco. Fiz umas tentativas de pesquisa de teu sobrenome do google e como pressentia... Só encontrei referências em português, alemão e algo em inglês. Ou seja, para ser polaco a grafia não está correta. Primeiro que sobrenome polaco não termina em sky....mas SOMENTE em nski (N com acento agudo) ou wski (ou outras terminações). Sky é terminação de sobrenome tcheco. Mas também não vi referências em idioma tcheco desta palavra no google.
O encontro sch é corriqueiro no idioma alemão... Mas como termina em wski não pode ser alemão... portanto como wski é terminação autenticamente polaca, o sobrenome é polaco.
Levando em consideração que, primeiro, os imigrantes polacos que iam aos cartórios registrar seus filhos brasileiros não portavam nenhum documento polaco, segundo, que mesmo que portassem estariam em idioma polaco, terceiro, que o cartorário não aceitava documento estrangeiro, pois no caso, não entendia a língua polaca. Depois, é necessário lembrar, que por essa época, muitos dos passaportes eram familiares. Um imigrante que chegou como filho não tinha um passaporte individual, seu nome estava junto com seus irmãos no passaporte de seus pais. O passaporte era emitido no nome do cabeça da família, ou seja, o pai.
Assim quando o imigrante pronunciava o sobrenome, o fazia em idioma polaco. O cartorário ouvia e escrevia conforme o alfabeto português permitia grafar aqueles encontros consonantais. Partindo dessa premissa, teu sobrenome poderia ser Olszowski, pois SZ tem a pronúncia em português do encontro CH. E escrito assim, este sobrenome existe na Polônia.
O segundo sobrenome é sobre o ancestral de um brasileiro escrito Vladislau Jevinski.
1- o nome é Wladyslaw (os dois L na verdade são a letra polaca uel, representada por um L cortado transversalmente e que tem pronúncia de U e não de L. Assim a pronúncia seria vuádissuáf.
2 - Se o cartorário grafou J é porque provavelmente o imigrante pronunciou Jewinski (nao existe letra V no alfabeto polaco assim era W) e o sobrenome seria JEWINSKI (N com acento agudo). Essa sobrenome existe na Polônia.
3 - Se o imigrante realmente pronunciou Ge, então o sobrenome seria RZEWINSKI (N com acento agudo) e essa familia também existe na Polônia, mas não tem nada a ver com JEWINSKI.
4. Ainda sobre o J. O imigrante normalmente chegava no cartório e pronunciava o sobrenome como ele pronunciava em polaco.... assim o mais normal é que ele tenha dito ievinsqui... Mas assim como meus primos de Pariquera-açu /SP tiveram apenas o J preservado do sobrenome polaco Jarosinski (N com acento agudo) para Jarochinski, o meu passou a ser meu Iarochinski (com I e CH e sem acento agudo no N)... O mesmo ocorreu, por exemplo com Javorski (que em polaco é JAWORSKI e só perdeu o W e manteve o J no Brasil), mas é pronunciado como iavórsqui.
5 - Nao acredito em Dzievinski como mencionas... O cartorário não saberia transcrever este encontro consonantal de Dziewinski para português e seria muito estranho que só mudasse o W para V. Embora o sobrenome Dziewinski (N com acento agudo) também exista na Polônia.
6 - A única forma no mundo, atualmente, de se saber como seria a grafia correta do nome e sobrenome do ancestral (além destas tentativas idiomáticas) é ir pessoalmente ao Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, e pesquisar nas listas de passageiros dos navios e de hóspedes da Ilha das Flores se o ancestral esteve registrado com a grafia que popssuia de seu nome em polaco. Ainda no Arquivo Nacional existem pastas da Policia Federal, seção Rio Grande do Sul e seção Paraná com informações de todos os imigrantes que compareceram na década de 40 para cumprir a Lei de Nacionalização de Getúlio Vargas, onde se pode encontrar os rastros dos ancestrais imigrantes... E não adianta enviar para lá carta, e-mail ou telefonar... O Arquivo não possui funcionários suficintes para atender tanta demanda. O interessado tem que ir pessoalmente lá fazer a pesquisa.
Justyna Steczkowska - Tu i tu
Auschwitz nestes dias de neve
Brasileiros na Polônia
Ainda não há mais portugueses que brasileiros na Polônia, mas é possível que dentro de pouco, eles superarão os quase 400 brasileiros que vivem aqui (Estimativa da Embaixada do Brasil em Varsóvia). Estes brasileiros, em sua maioria são universitários descendentes de imigrantes polacos com bolsa do governo da Polônia, quase todos originários do Paraná e Rio Grande do Sul. Também estão em número significativo os jogadores de futebol. A Federação de Futebol não informa, mas devem jogar na Polônia cerca de 40 brasileiros. Só a equipe do Pogon Szczecin tem em seu elenco 17 jogadores. Depois são padres, freiras, pastor batista e esposas ou maridos de polacas. Em Cracóvia, a comunidade brasileira é representada por 12 estudantes, 3 jogadores de futebol e suas esposas e filhos, ex-estudantes, padres e freiras, bailarinos e alguns turistas que ficaram além dos 3 meses permitidos. Até escola de idioma português, um ex-estudante abriu para ensinar a falar brasileiro, pois a universidade prefere contratar portugueses para ensinar a língua de Paulo Coelho e Fernando Pessoa. Comparando com EUA, Japão ou Holanda, país de 16 milhões de habitantes e mais de 250 mil brasileiros, a Polônia com seus quase 40 milhões de habitantes ainda possui pouca gente de língua portuguesa.