segunda-feira, 26 de maio de 2008

Carro com seguro mais barato

A principal manchete do jornal Rzeczpospolita desta segunda-feira, 26 de maio de 2008 é Auto taniej ubezpieczę - Asseguro mais barato um carro. E a foto do sorridente piloto de Fórmula 1, o cracoviano Robert Kubica levantando o troféu de segundo colocado no grande Prêmio de Mônaco. Curiosamente, o polaco que chegou na frente de Felipe Massa está apenas dois pontos do brasileiro na classificação geral.
Mas os portais dos principais jornais do Brasil, nesta segunda-feira, mencionam apenas que o polaco chegou em segundo e mais nada. Não se dignam a escrever pelo menos três frases sobre o desempenho de Kubica na prova. Naturalmente que os espaços da imprensa brasileira devam ser para os três brasileiros e para o vencedor. Mas parece haver um deliberado descaso com o piloto mais regular da temporada. Mesmo sem ter vencido ainda um Grande Prêmio, Kubica é o quarto melhor classificado com 32 pontos. Lewis tem 38, Raikkonen 35 e Massa 34. O jornal "O Globo" na seção pilotos escreve que Kubica nasceu em Krakau, quando poderia escrever em português Cracóvia, ou em polaco Kraków. Por que será que está escrito em alemão? Por que copiou do site da BMW?
Kubica (pronuncia-se cubitssa) já tem dois segundos lugares e alguns terceiros. Daqui a pouco ele ganha um Grande Prêmio e aí a imprensa brasileira (atrasadinha) vai fazer a mesma coisa que fez quando Guga Kuerten venceu a primeira vez Roland Garros: surpreender-se!

domingo, 25 de maio de 2008

Os três irmãos eslavos

Lech e a Águia Branca - quadro de Walery Eljasz-Radzikowski

A lenda conta que viveram em priscas eras três irmãos eslavos nas terras banhadas pelo rio Vístula: Lech, Čech e Rus. Esses três aventureiros empreenderam uma longa viagem. Após exaustiva caminhada, resolveram descansar. Foi quando Lech avistou nas proximidades, um ninho com aguiotos brancos. Exclamou, instintivamente: “Isso aí é sinal de que devo estabelecer-me por aqui com a minha família”.
Seus dois irmãos prosseguiram a caminhada. Čech tornou-se pai dos Tchecos; e Rus, o pai dos Rutenos (Russos, Bielorussos e ucranianos).
Lech, porém com a sua comitiva preferiu se fixar, definitivamente, à pequena distância do ninho das águias brancas, fundando a cidade de Gniezno. A palavra Gniezno deriva de gniazdo que quer dizer ninho. Lech escolheu para brasão de sua família a Águia Branca e passou a ser considerado o pai da Nação Polaca.

Na região da Wielkoposki (Grande Polônia), no Parque Rogalin, existem três árvores de mais de 700 anos denominadas justamente Lech, Čech and Rus.

Os eslavos estão distribuídos geograficamente assim:
  • Sul - Sérvios, Croatas, Eslovenos, e Búlgaros
  • Leste - Russos, Bielorussos, Rutenos (atuais Ucranianos)
  • Oeste - Tchecos, Eslovacos, Polacos
Uma lenda semelhante, com os mesmos personagens existe na Croácia, porém com uma pequena mudança em relação aos nomes.

Dez meses de blog

Neste 25 de maio, o blog JAROSINSKI do Brasil está comemorando dez meses de existência contínua e diária. O número de acessos foi aumentando gradativamente. De um início com 20 visitantes em média por dia, alcançou 150 visitantes dia e 200 "pagewiews" (páginas vistas) nas últimas semanas. Com picos de até 500 visitantes num único dia. No total, o blog já recebeu mais de 50 mil visitas e 60 mil páginas vistas, no arquivo.
Nada mal para um blog, que não está ancorado em nenhum portal de grande jornal, revista ou televisão e fala apenas de Polônia, Cracóvia, Sul do Brasil, polacos e polacas.
Tem como norma o uso apenas das palavras polaco, polacos, polaca, polacas, por considerar a palavra "polonês" um galicismo que esconde um preconceito criado pelo mal uso da palavra polaco, por cariocas, na segunda metade do século XIX e início do XX.
O primeiro texto postado neste blog foi o artigo preparado para meu doutorado em história na Universidade de Cracóvia, em 25 de julho de 2007 (ver no arquivo ao lado), que acabou se transformando numa dissertação de mestrado em cultura internacional pela mesma universidade de Cracóvia: "Porque Polaco!".
O uso do termo, pois, é uma forma, como já escreveu o prof. Hugo Mengarelli, no prefácio do livro "Saga dos Polacos - A Polônia e seus emigrantes no Brasil", de homenagem aos primeiros imigrantes. "Ulisses, preocupa-se em recuperar o termo polaco ao invés de polonês, pois que este surge do preconceito com os “polacos”, do preconceito do sofrimento desta gente. Assim como os jovens da aristocracia paranaense usurpavam o corpo de uma polaquinha, também usurpavam a indígena, a negra, a italiana, a ucraniana, etc. [...] O termo “polonês” de alguma maneira surrupia o que de mais sacrificado, doloroso e glorioso este povo encerra. "

Na primeira chancela do blog procurava ligar as minhas origens pelas cidades onde vivo

Entendo que ao evitar a palavra "polonês" acabo perdendo muitos visitantes que no Google buscam apenas as palavras polonês, polonesas. Mas o pior não é isso, o que faz mal mesmo é a pressão, a censura e a intimidação para que eu não use o termo polaco. Os adeptos, por convicção, do termo "polonês" escudam-se no sentido pejorativo (para eles) do termo, justificando que a palavra ofende e que por isso já foi eliminada do dicionário. Resta saber de que dicionário, pois continua a existir no Houaiss, Aurélio e nos existentes de outros 7 países de língua portuguesa, que desconhecem o galicismo "polonês". O patrulhamento destes "convictos" chega ao cúmulo de telefonarem, mandarem emails, cartas, aos jornais e TVs que eventualmente divulgam meu trabalho, para que mudem o termo original polaco para "polonês".
É de se perguntar, quem está discriminando quem. Eu, que não proibo ninguém de usar o termo polonês (como uma variante deste rico idioma português falado no Brasil), ou aqueles que querem a todo custo me silenciar e impor suas vontades? Talvez se não ficassem apenas no "é pejorativo" e procurassem saber a origem deste galicismo, seriam mais abertos, democráticos e não professariam tanto o prefixo "anti-", tal como em, anti-polaco, anti-semita, ou ainda afro-descendente.

sábado, 24 de maio de 2008

Ulica Pietrkowska em Łódż

Foto: Ulisses Iarochinski
Rua central da cidade de Łódż (pronuncia-se uudji), a Ulica Pietrkowska é uma das mais compridas da Europa. Além de edificios pintados com sugestivas obras de arte, esculturas de equilibristas suspensas possui a sua calçada da fama como Hollywood. Durante a segunda guerra mundial, os alemães com sua mania incorrigível de mudar os nomes das cidades polacas a chamavam de Litzmannstadt.
A cidade de 770 mil habitantes é a terceira da Polônia com mais população depois de Varsóvia e Cracóvia. Łódż foi fundada em 1423 e a tradução literal de seu nome em português é barco. A cidade tem também um dos maiores cemitérios judaicos da Europa. Foi e continua a ser um importante centro industrial e comercial textil e de confecções da Polônia. Também em Łódż está a Universidade do Cinema, considerada a melhor do mundo. Onde se formaram os cineastas mais importantes do cinema polaco como Andrzej Wajda, Krzysztof Zanussi, Krzysztof Kieślowski e Roman Polański. Foi também aqui que nasceram duas personalidades mundiais, o pianista Artur Rubinstein, que aliás nasceu nesta mesma rua, a Pietrkowska. E Max Factor Senior, produtor, inventor e criados da empresa Max Factor nasceu aqui em 1877.

Estátua do pianista Rubinstein na Pietrkowska

A outra Rubinstein famosa, a Helena, dos cosméticos também nasceu na Polônia, mas no bairro Kazimierz, em Cracóvia.

Pasolini nas ruas de Łódź

Foto: Ulisses Iarochinski
Poster de espetáculo teatral nas ruas de Łódź (uudji). A peça com direção de Ewa Wycichowska, baseada no texto do italiano Pier Paolo Pasolini, intitulado em polaco "Wygnani" foi estrelada por Marek Kasprzyk, Luiza Łuszcz-Kujawiak, Monika Tomczyk, Marek Targowski.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Ponte jornalística Polônia-Brasil

Placa, em Cracóvia, de Curitiba cidade gêmea a 11.500 km
Foto: Ulisses Iarochinski

O blog JAROSINSKI do Brasil está completando neste domingo dez meses de existência. Sua criação deve muito a um jornalista de Curitiba, Dante Mendonça. Explico: Embora já possuísse o site Saga dos Polacos há dez anos (foi criado em outubro de 2008) e a webradio Zalas há mais de dois anos, não havia de minha parte um trabalho diário da atualidade polaca.
Apesar de conhecer o cartunista e jornalista Dante Mendonça através de sua trajetória profissional na imprensa do Paraná nunca tivemos um contato maior. Certo dia, por indicação de um amigo comum - jornalista Júlio Tarnowski Jr. - recebi um pedido para traduzir expressões para o idioma polaco. Mendonça preparava seu livro "Botecário", um manual de expressões mais usadas nos bares. A obra foi lançada com 19 capítulos, cada um em idioma diferente, um deles com a minha tradução em polaco.
O tempo passou e no dia em que experimentei a mais baixa temperatura em Cracóvia, fiz uma foto de minha barba coberta por uma camada de gelo formada pela respiração (bafo do nariz). O frio estava tão forte que não podia abrir a boca para conversar ao telefone. Embora o céu estivesse azul e o sol brilhasse, tudo estava coberto por um manto branco de neve e a temperatura naquela quarta-feira, 9 horas da manhã, há três fevereiros, estava em 30 graus negativos.
A foto, feita com a câmera do celular, enviei por email para Dante. Este imediatamente repassou para o cartunista Luiz Solda, que além de seus cartuns famosos, fazia (e faz) sucesso com seu blog Solda Cáustico. O cartunista por sua vez, publicou a foto e esta teve grande repercussão.
Quando na seqüência, Júlio Tarnowski Jr. publicou um artigo de minha autoria no jornal Tribuna do Paraná, sobre a conquista do sexto título mundial da seleção de volei brasileira em Katowice, uma vez mais Dante repassou para Solda alguma coisa minha e este o publicou também em seu blog. A repercussão desta vez foi maior ainda, pois um leitor de Solda, repassou meu artigo para o blog de Juca Kfoury do jornal Folha de São Paulo, que também o publicou. No artigo, tentava explicar o porquê de Ricardinho tinha sido desconvocado da seleção de volei que disputaria o Panamericano.
Foi então, que desta parceria incidental com Dante e Luiz Solda, resolvi enfim criar o JAROSINSKI do Brasil. Assim, que os três são em grande parte responsáveis por ter iniciado um trabalho diário sem nenhuma compensação financeira, seja de salário ou publicidade, no espaço cibernético.
A "parceria" com Dante Mendonça rendeu outro importante trabalho. O jornalista, que vinha acalentando planos para uma obra sui-generis na área do humor, ao ler meu livro "Saga dos Polacos" e ter tido conversas com alguns "polacos" de Curitiba como os Jaime - Lerner e Lechinski (entre outros) - decidiu-se por publicar o livro "Banda Polaca - o humor do Brasil Meridional". Mais um vez a "parceria" funcionou. Dante, solicitou-me ajuda na busca de anetodas envolvendo polacos, história da Polônia e da emigração dos polacos para o Brasil, e um prefácio.
Conto isto para dizer que a parceria permanece estreita. Prova disso são as duas colunas que Mendonça publicou no jornal "O Estado do Paraná" esta semana sobre o guarapuavano, que com sua generosidade ajudou na reconstrução do Castelo de Wawel em Cracóvia, e na criação da Colônia Amola Faca, hoje munícipio de Virmond, Władysław Kamiński. Informações que publiquei inicialmente aqui neste blog e que Dante achou muito interessantes. Tanto que procurou mais informações no Paraná e publicou duas colunas a respeito. Colunas estas que reproduzi aqui no JAROSINSKI do Brasil e que Luiz Solda também repercutiu em seu Solda Cáustico.
A repercussão dos meus textos aqui no blog, na coluna do Dante e no blog de Solda tem sido intensa nestes dias. Alguns familiares de Władysław Kamiński têm entrado em contato não só comigo, mas também com Dante. Uma neta de Władysław Kamiński acaba de enviar-me email informando que no mês de junho estará chegando em Cracóvia para pessoalmente ver a placa com o nome de seu avô na muralha do Castelo de Wawel. Seu esposo, por sua, depois destas publicações, entrou em contato com o museu de Wawel e dali já informaram que possuem pelo menos 15 cartas de doadores recebidas do Brasil com contribuição. São mais informações que podem render mais textos aqui e mais colunas de Dante e Solda. No ínicio da semana visitarei a responsável no museu de Wawel para saber mais detalhes. De antemão adianto que outra placa de contribuintes na muralha do Castelo é do jornal LUD, publicação bilíngue (português-polaco) que existiu durante muitas décadas em Curitiba.
De certa forma foi estabelecida uma ponte Brasil-Polônia através desta parceria
Iarochinski-Mendonça-Tarnowski-Solda, que de minha parte espero que continue. Pois a divulgação das coisas polacas que andavam meio esquecidas voltam a se reavivar. Aquilo que não se recorda, não se repete é facilmente esquecido, principalmente pelas novas gerações. Jovens que quando se deparam com algo interessante pensam ter descoberto o ovo de Colombo, não percebem que informação é pratrimônio a ser preservado e repetido.

O polaco da Pedra

Nossa foto da placa do Brasil na muralha do Castelo de Wawel continua repercutindo na imprensa paranaense. O colunista Dante Mendonça foi atrás de maiores informações e publicou mais uma texto sobre Władysław Kamiński de Guarapuava:

Saga de polaco (2)

Dante Mendonça [23/05/2008]

A velha casa de Wladyslaw Kaminski, restaurada, hoje recebe turistas em Guarapuava.


O município de Virmond tem esse nome em homenagem ao médico Guilherme Frederico Virmond, o primeiro pintor a se radicar no Paraná. Surgiu da fazenda Amola Faca, comprada para assentar imigrantes polacos. Os 10 mil réis vieram da generosidade de Władysław Kamiński, o pioneiro de Guarapuva que tem o nome gravado na pedra de Cracóvia.

Na região de Guarapuava, o município de Virmond comemorou neste 17 de maio mais um aniversário de fundação com a inauguração a Casa da Memória, uma réplica de residência pioneira que preserva a história das 70 famílias de descendentes de polacos que formaram a Colônia Amola Faca, cepa do município emancipado em 1990.

Há quem diga que a denominação Amola Faca seria mais pitoresca para uma região agrícola, apesar da origem francesa do nome Virmond. Por certo, registrou no “Diccionário Histórico e Geográfico do Paraná” (1926) o historiador Ermelino de Leão: “A família Virmond, provem do casal de Frederico Guilherme Virmond, natural de Colonia, Allemanha, f. do Dr. João Maurício Virmond, médico, que immigrou para o Brasil em 1818, casando-se com Isabel Maria de Andrade, f. de Manoel Ferreira de Andrade e de sua mulher Edeltrudes de Andrade. A família Virmond é de origem francesa, mas, em virtude das perseguições religiosas devido ao Edito de Nantes, teve que imigrar para a Allemanha. Frederico Guilherme Virmond estabeleceu-se na Lapa, depois de sua permanência no Rio de Janeiro, onde teve uma casa de ferragem”.

Um dos ilustres descendentes dos Virmond é o advogado Eduardo Rocha Virmond, ex-secretário de Cultura no governo de Jaime Lerner, que por certo tem muito a contar sobre o pintor que estudou medicina em Berlim e que comprou a fazenda Amola Faca em 1852, embora residindo na Lapa.

Os 24 mil hectares adquiridos por Frederico Guilherme Virmond (1791 / 1876), foram mais tarde vendidos ao guarapuavano Ernesto Queiroz.

Em 1921, o primeiro cônsul da Polônia no Sul do Brasil formou uma sociedade de colonização para formar uma colônia com famílias de imigrantes polacos espalhados pelo Brasil.

Em 1923, a sociedade colonizadora achou o paraíso na fazenda Amola Faca, de Ernesto Queiroz. 10 mil réis, pediu o guarapuavano pelos 24 mil hectares no Terceiro Planalto paranaense. Naqueles tempos miseráveis, quem teria 10 mil réis para acomodar tantas famílias originárias de Curitiba, São Mateus do Sul, Prudentópolis e do Rio Grande do Sul?

Foi então que entrou na história o generoso homem de Guarapuava: Władysław Kamiński emprestou 10 mil réis à colonizadora e a semente do futuro município de Virmond foi assim lançada nos caminhos dos tropeiros.

Władysław Kamiński nasceu 1868 em Bielystok, Polônia. Chegou a Guarapuava por volta de 1888, onde faleceu em 1947. Foi dono de serraria e do Hotel dos Viajantes (Também conhecido como Hotel Kaminski, que pegou fogo em 1952, quando não mais pertencia à família.)

É o mesmo homem que em 1922 contribuiu com a restauração do Castelo de Wawel, na Cracóvia, e hoje tem o nome gravado na pedra.

Kamiński (segundo o jornalista e historiador Ulisses Iarochinski) tem origem na palavra polaca “kamien”, pedra. A terminação “nski” pode ser traduzida como “ense”, no português). Ou seja: Władysław Kamiński, o homem de pedra.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Ola tem novo emprego

Foto: Cezary Piwowarski

A filha do ex-presidente Aleksander Kwaśniewski, Aleksandra, ou simplesmente Ola depois de tentar a carreira de atriz, participar do programa "Taniec z Gwiadami" (Dança com as estrelas), tentou investir no telejornalismo, mas não deu certo, foram apenas testes no programa jornalístico Dzień Dobry TVN (Bom dia TVN), mas nem por isso ficou desemprega, já arrumou emprego de locutora numa rádio FM. As más linguás dizem que ela consegue estes empregos só porque é filha de quem é... Aliás, filha de peixe, peixinha é... Ainda mais com o mesmo nome.

Ola Kwaśniewska dança no "Taniec z Gwiadami"

Polônia na final EuroVisão

Isis Gee, a representante da Polônia

No próximo sábado acontece em Belgrado, na Sérvia, o 53° Festival EuroVisão, um dos mais tradicionais concursos de música da Europa e talvez o mais importante, pois reúne representantes de quase todos os países da Europa, incluindo Turquia e Israel. E desde 1994, quando Edyta Górniak, ficou em segundo lugar, que a Polônia não chegava com chances a final. A cantora Norte-americana Isis Gee, de 35 anos vai representar a música polaca. Há quatro anos a Polônia não passa das semifinais do concurso e Isis Gee conseguiu a proeza na última terça-feira.
A representante da Polônia, que cantará em inglês, terá pela frente artistas da Grã-Bretanha, França, Espanha, Grécia, Romêmia, Bośnia e Herzegowina, Finlândia, Rússia, Israel, Azerbaijão, Armênia, Noruega, a anfitriã Sérvia e outros. Serão 25, os participantes entre cantores, cantoras e grupos.
Os vencedores são eleitos pelos votos dos telespectadores dos países participantes. Cada país pode votar em qualquer participante de outros países, menos no seu representante. A votação é acompanha ao vivo no intervalo de cada apresentação. De uns anos para cá é permitido o voto também por SMS (mensagem escrita por celular chamada no Brasil de torpedo).
Mas o que acaba acontecendo na maioria das vezes é que polacos morando em outros países votam na representante da Polônia. Nos últimos anos, por exemplo, Portugal tem recebido muitos votos da Suíça, França, Bélgica, Alemanha e Holanda, onde é forte a comunidade portuguesa. Portugal, inclusive já ganhou algumas vezes o concurso, conquista que a Polônia nunca teve.

Isis Gee, na verdade chama-se Tamara Gołębiowska, e nasceu em Seattle, Estados Unidos, em 1972. Começou sua carreira artística aos 5 anos de idade. Compositora e poeta já fez parceria com Tony Bennete, com pianista McCoy Tyner e Steven Dorff. Em 2004, veio morar na Polônia onde se casou com o polaco, Adam Gołębiowski. Em 2007, lançou na Polônia seu CD "Hidden Treasure".

Belgrado, capital de 1,6 milhão de habitantes, está em festa pelo EuroVisão

Dorn: Intelectuais bobos

Foto: Michal Rozbicki

"Não entendo de onde esta histeria e bobeira, que envolveu os intelectuais"
, comentou Ludwik Stanisław Dorn, deputado do PiS - Partido Direito e Justiça (o mesmo do presidente Kaczyński) e ex-vice-primeiro ministro sobre a lista de intelectuais, políticos e artistas em defesa de Lech Wałęsa, desde que foi anunciado que uma pesquisa do Instituto da Memória Nacional escontrou provas de que o ex-presidente da República e lider do Solidariedade foi agente do SB- Serviço Secreto do regime comunista polaco. "É uma tal elite intelectual, que protesta sem que o livro tampouco tenha sido publicado ainda. Isto é Polônia!", exclamou Dorn. Para o deputado da direita polaca, se Wałęsa foi realmente o agente "Bolka" (codinome de espião), ou não isto não muda em nada seu importante papel na derrocada do comunismo na Europa. O balanço que se pode fazer da vida de Wałęsa, no que se refere ao fim do comunismo é positivo.
Dorn criticou a lista que foi aberta para que o mundo político, cultural, mediático e econômico proteste e defenda a honra do Prêmio Nobel da Paz polaco. Porque segundo ele, o resultado das pesquisas, que será a publicação do livro dos historiadores, Sławomir Cenckiewicz e Piotr Gontarczyki, do Instituto da Memória Nacional, ainda nem foi publicado. "Ninguém ainda leu e vai que realmente exista algum documento. E daí? Vão passar por bobos?", repetiu Dorn.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Banda Polaca homenageada na Câmara


O jornalista Dante Mendonça foi homenageado nesta segunda-feira, 19 de maio, com voto de louvor da Câmara Municipal de Curitiba, proposto pela vereadora Julieta Reis. O cronista e chargista Dante ganhou a deferência pelo lançamento do livro "Banda Polaca – Humor do Imigrante no Brasil Meridional".

O livro relata história e estórias, causos e piadas dessa brava gente polaca recolhidas por Mendonça, neotrentino radicado em Curitiba. A Banda é o lado polaco do Sul do Brasil. Também foi uma banda do carnaval curitibano nos anos 70. Essa duplicidade de conceitos inspirou Dante Mendonça, um dos fundadores da carnavalesca Banda Polaca, a escrever o livro. O anticarnaval de Curitiba foi só a desculpa para introduzir o assunto. Vale mesmo, ao longo das páginas bem pesquisadas, o comportamento do polaco. Muitas vezes quieto, pensativo, com um ar que parece ingênuo, o polaco é de verdade mesmo muito esperto, inovador de costumes, com um humor fino e elaboradíssimo. Introduziu nas terras do Sul traços culturais que se incorporaram ao dia-a-dia do restante das populações. Isso se vê na agricultura, na produção doméstica de alimentos, nas receitas, nas danças, na música, nas cores preferenciais, no jeito de fazer a casa e de morar. Especialmente, no humor. Esse toma conta do polaco cientista, intelectual, professor, artista, pesquisador e também do que chegou como colono, cercou a propriedade, introduziu a carroça de toldo, ensinou a cortar madeira no tempo certo para fazer a casa, a fazer a broa de centeio, a azedar o repolho na pipa, a festejar o casamento – ou o batizado - por três dias seguidos. O sotaque em gerúndio, quando nem se sonhava com a internet e a tradução literal do inglês informático, dá sabor especial às conversas e às piadas, aos causos contados com um humor tocante, de rir e de emocionar.


Cracóvia mais bela que Florença

Foto: Ulisses Iarochinski
Cracóvia é melhor cidade na Polônia. Com este título, os jornais da Polônia, no último fim de semana informaram que uma pesquisa de opinião apontou a cidade como aquele em que todo polaco gostaria de morar.
O jornal Rzeczpospolita escreveu assim: "Nem Wrocław, nem Varsóvia, mas Cracóvia é a mais atrativa cidade de nosso país. Assim responderam cada um dos entrevistados na pesquisa de opinião pública. Mas a capital dicou bem situada. Varsóvia ficou na primeira posição segundo a rapidez com que se expande." Quando foi perguntado "Onde gostaríamos de morar" pela enquete do "Instytut GfK Polonia", os resultados apontararam:

- Kraków 12%.
- no campo, fora da cidade 9%.
- Wrocław 7%.
- Varsóvia 6%.
- Gdańsk 6%.
- Aqui, onde moro 6%.
- Poznań 4%.
- Outra cidade 36%.
- não sabe 14%.

Na categoria de maiores investimentos, Varsóvia explode no primeiro posto, mas infelizmente também ocupa o posto de cidade mais aborrecida da Polônia e uma das mais desinteressantes da Europa.
Um outro estudo, este realizado pela Universidade George Washington, ao atualizar uma lista dos locais culturais protegidos pela UNESCO, apontou que Cracóvia é mais bonita que Florença na Itália. Para dezenas de especialistas em turismo, Cracóvia é a primeira entre trinta locais na Polônia que entrou nesta lista. Os especialistas disseram gostar muito de Wawel e sugerem para férias a antiga capital polaca no lugar de Rodos, Budapeste ou nos Grandes Corais das Ilhas Maldivas. No primeiro posto desta lista estão os Fiordy na Noruega e a cidadezinha francesa de Vezelay, onde esta uma das mais belas igrejas européias do século 12, a Sainte Marie-Madeleine, no mosteiro Beneditino. Além disso, os especialistas em turismo apontaram a Polônia como um dos país mais atrativos turisticamente.
A publicação "Puls Bizness" publicou o ranking CBI (Country Brand Index) com os locais mais atrativos do mundo, através de enquetes 2500 turistas de vários países. Pela segunda vez consecutiva a Australia ficou no primeiro posto como país mais interessante para o turista, seguida dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Itália. A Polônia ficou classificada na oitava posição.