O jantar preparado pela mãe, na terça-feira passada, teve como ingrediente principal cogumelos silvestres. Mãe, dois filhos e uma cunhada pensaram ter colhido apetitosos cogumelos nos bosques ao redor da pequena cidade e com eles prepararam sanduíches, os famosos zapiekanka.
Contudo, no dia seguinte, todos sem exceção, foram internados no hospital de Sosnowiec com sinais de intoxicação. Em pior estado ficaram a mãe e o filho de 14 anos de idade. A mulher foi transferida imediatamente ao hospital da cidade de Szczecin (região Noroeste e distante a mais de 700 km), onde teve de fazer transplante de fígado. O menino, que foi transferido para Varsóvia, na sexta-feira, aguarda também, urgentemente, transplante fígado. O estado dele é muito grave, segundo os médicos. Ele está na unidade de terapia intensiva, pois não respira de forma independente.
"O Chapéu-de-cobra é um dos mais venenosos cogumelos da Polônia", afirma Jacek Graliński, diretor adjunto da clínica CZD. Segundo o especialista, este cogumelo "tem várias toxinas, das quais duas são particularmente perigosas para o homem. Basta comer um para morrer".
Bastou uma mordida na zapiekanka com o cogumelo para que o fígado ter sido completamente destruído. Este órgão funciona como um filtro do aparelho digestivo e tem de lidar com toxinas perigosas.
Médicos alertam para o cuidado na coleta dos cogumelos. "É extremamente importante que não se coma qualquer cogumelo, principalmente este chapéu-de-cobra", salienta Graliński.
Os cogumelos são muito apreciados na Polônia. A diversidade de tipos e cores é imensa. A sopa de cogumelos servidos no interior de pães redondos é uma das iguarias mais populares e ao mesmo tempo mais sofisticadas de Cracóvia.
A produção de grzyb, pieczarki, borowik é muito grande. Um empresário de Radzyn Podlaska (região Leste da Polônia) tem uma grande produção de borowników (cogumelos silvestres) que exporta para o Brasil. Detalhe: sua produção passa primeiro pela Itália, onde os cogumelos polacos são colocados em embalagens com a inscrição "funghi secchi" para chegar aos mercados de São Paulo. Perguntado, por nós, porque adota este procedimento, o empresário diz que é a única forma de vender para o Brasil, já que equivocadamente os brasileiros pensam que este tipo de cogumelo se chama hitachi e que bom mesmo é funghi italiano. Se ele vender como cogumelo polaco, o consumidor paulista e por extensão o brasileiro não compra.
P.S. Santa ignorância brasileira. Bastou os japoneses de Cotia iniciarem a produção do fungo comestível no Brasil para todos pensarem que só existe uma denominação para ele, ou seja, hitachi. Ou ainda: funghi secchi.
* borowik brzozowy¹ (Boletus betulicola)
* borowik ceglastopory (Boletus luridiformis)
* borowik ciemnobrązowy (Boletus aereus)
* borowik gładkotrzonowy (Boletus queletii)
* borowik korzeniasty (Boletus radicans)
* borowik królewski (Boletus regius)
* borowik kruchy (Boletus suspectus)
* borowik LeGalovej (Boletus legaliae)
* borowik omglony (Boletus pulverulentus), borowik klinowotrzonowy (Teodorowicz 1936)
* borowik płowy (Boletus impolitus)
* borowik ponury (Boletus luridus)
* borowik purpurowy (Boletus rhodoxanthus)
* borowik sosnowy (Boletus pinophilus)
* borowik szatański (Boletus satanas)
* borowik szlachetny (Boletus edulis)
* borowik usiatkowany (Boletus reticulatus)
* borowik wilczy (Boletus lupinus)
* borowik żonkilowy (Boletus junquilleus)
* borowik żółtobrązowy (Boletus appendiculatus), borowik przyczepkowy (Zaleski 1948)
* borowik żółtopory (Boletus calopus), borowik grubotrzonowy (Skiergiełło 1960)
* Boletus carpinaceus
* Boletus fragrans