sexta-feira, 9 de março de 2012

Solista polaca no Guairão em Curitiba

A Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) abre sua temporada 2012 com a presença da violonista polaca Magdalena Filipczak (filiptchak), neste do­­­mingo, às 10h30, no Teatro Guaíra.  Filipczak, segundo o diretor e regente da OSP, Osvaldo Ferreira foi escolhida para solista deste concerto por estar em “ascensão meteórica”.

Magdalena Filipczak

A jovem pianista nasceu em 22 de novembro de 1985, em Łódź (uudji), na Polônia. Vencedora em 2008 IV Heino Eller International Violin Competition da Estônia. Magdalena se formou nas Escolas de Música de Malbork e de Gdańsk (ambas na Polônia).
Desde 2004, ela está residindo em Londres, onde prossegue seus estudos de violino (BMus ​​Primeira Classe com honras e MMUs e MMP com distinções) na Escola Guildhall de Música e Drama com o professor Krzysztof Smietana. Além de tocar o violino, Magdalena estudou canto clássico com John Evans na Guildhall School. Em 2010, ela se apresentou como concertina convidada da Orquestra de Câmara de Talin.
Magdalena é uma das instrumentistas do Artimus Ensemble(www.artimusensemble.eu) e Co-Fundadora e Co-diretora artística da Série de Concertos Devonia. Ela também é um dos artistas da Fundação Zetland. Em 2011, lhe foi oferecida residência artística no Arts Banff Centre, no Canadá, onde ela estreou o novo violino feito por Samuel Zygmuntowicz, em 2011, especialmente para o Centro de Banff.
Magdalena tem sido bem sucedida em inúmeras Competições Internacional de Violino (2011 Haverhill Soloist Competition - prêmio especial pela melhor performance de peças de compositores Britânicos; 2009, Prêmio Ivan Sutton da The City Music Society in London - Filipczak Piano Trio; 2009, Prêmio Max and Peggy Morgan, Londres; 2008 e 2006 Medalhas de Ouro do The International Marlow Music Festival Concerto Competition em High Wycombe; Primeira Colocada do Prêmio The 2007 International Ruislip-Northwood Concerto Competition de Londres; 2º. lugar no The National Competition for String Instrumentalists de Cracóvia 2006; 2º lugar no Prêmio The 2005 National Umińska Violin Competition de Poznań; primeira colocada no Prêmio The International “Allegro-Vivo” Music Festival Competition de Horn 2003, Austria).
Ela já trabalhou com músicos famosos, como Ole Akahoshi, Glenn Dicterow, Peter Frankl, Miriam Fried, Gary Hoffman, Jaszwili Marina, Midori, Kaplan Lewis, Quarteto Keller, Andrzej Konstanty Kulka, Wolfgang Marschner, Roczek Paul, Alexander Rudin, Quarteto Tokyo String, Krzysztof Wegrzyn, e Wanda Wiłkomirska.
Como música solista e de câmara, ela já se apresentou no Reino Unido (Barbican Hall, Wigmore Hall, St. Martin in the Fields, Grande Salão do Instituto Bishopsgate), na América do Sul, Canadá e os EUA, além de aparições em festivais como Festival Proms, Paxos Festival de Música de Câmara na Grécia, Festival de Música de Lidköping, na Suécia, no Festival Câmara de Talin, Estônia. Ela gravou para a BBC Radio 3 (Proms Festival), TV Canadense, TV polaca, austríaca e estôniano.

PROGRAMA:

Data 11 de março
- Concerto de Abertura de Temporada/2012 às 10.30h
Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto - Guairão
Regência: Osvaldo Ferreira
Benjamin Britten - concerto n° 1, opus 15.
Solista: Magdalena Filipczak - violino (Polônia)
Dmitri Shostakovitch - Sinfonia n° 10
Ingressos: R$ 10,00

quinta-feira, 8 de março de 2012

Holodomor: o holocausto ucraniano


Depoimento de Rosália Pavlychak, 87 anos, sobrevivente do Holodomor:

“Em 1931 o inverno foi muito forte. Não havia alimento para o gado. As pessoas soltaram os cavalos dos celeiros - deixaram ir, talvez encontrem algo em algum lugar. Os pobres animais beliscavam de noite as barragens de folhas e ervas daninhas que as pessoas colocavam ao redor das casas para segurar o calor. As pessoas diziam: agora é o gado que anda faminto, em um ou dois anos nós também ficaremos... E assim aconteceu. Quando já não havia forças para suportar a fome, nosso pai pegou um cavalo extenuado, matou-o, arrancou a pele - e tínhamos o que comer.

Das pessoas começaram recolher tudo o que elas ainda possuíam. Os "ativistas" entravam nas casas com longos raios de ferro e com eles percorriam todo o chão - para ver se havia algo guardado. Em nosso sótão estavam guardados saquinhos com sementes de feijão, papoula e linho. - foram levados. Eles colocavam em sacos, que eram colocados em carrinhos e transportados para fazendas coletivas. Lembro, à casa da Yuhyna Oliynyk entrou uma "komsomolka" [3] – trazia no peito uma flor vermelha artificial, na cabeça um lencinho. Mamãe disse: "Mulherzinha (sentido carinhoso), o que você procura -as crianças estão com fome..." As pessoas caíam de joelhos, para evitar problemas. Em resposta ouviam: "O diabo não vós levará!.

Começava a fome de 1932-1933. A colheita foi maravilhosa! Lembro, como hoje, eu com minha irmã fomos ao campo depois da colheita, recolher as espiguinhas. Veio, a galope, um guarda que brandiu o chicote gritando: "Molecas! Isto é - propriedade do governo! Mesmo que apodreça, vocês não têm o direito de levá-lo!" Eu e minha irmã jogamos fora os saquinhos e saímos correndo. Corremos quatro quilômetros até chegar a nossa casa, mamãe ficou assustada quando nos viu...

Nosso pai trabalhava na estrada de ferro. Com uma vassourinha improvisada, varria entre as rachaduras nos vagões de sementes, que permaneciam lá após as descargas. Colocava as sementinhas nos bolsos, e em casa os esvaziava sobre a mesa. Nós, pequenos, de grão em grão escolhíamos, mamãe lavava, secava e moía na pedra - depois comíamos. Certa vez pegaram papai com aquelas sementes nos bolsos, misturadas com sujeira, e o levaram para a milícia. Pesaram a "propriedade do governo" - e condenaram meu pai a um ano de trabalhos forçados. Cumpria a pena nos campos, na província de Kyiv. Lá inchou de fome e resolveu fugir. Conseguiu chegar em casa, mas vieram buscá-lo e lhe deram um ano de prisão.

Sem o pai em casa a adversidade tornou-se negra. A primavera chegou, e assim que conseguiu subir a partir do solo o espinafre e a azeda nós arrancávamos e comíamos cru e cozido. Escaldávamos a urtiga. E, quando floresceu a acácia branca, eu, na ausência da mãe colhi, piquei e fiz bolinhos. Comemos, e nossas barrigas doeram tanto que pensamos não agüentar. Mamãe nos salvou com decocto de absinto e chás de camomila e orégano...

Em 1932-1933 pão nós não comemos. Vivemos principalmente comendo mato e ervas medicinais. Muito raramente uma batatinha.

Muito nos ajudavam as frutas silvestres, cogumelos. Colhíamos bolotas (também chamadas lande ou glande É o fruto do carvalho, do sobreiro, etc.) assávamos no forno, macerávamos no pilão. Sabíamos: se os porcos podiam comê-los e nada lhes acontecia - significava, que a pessoa também podia...

O pior era no início da primavera, quando o salgueiro renascia - dentro de casa não havia mais nenhum suprimento.

Vovó morreu de fome em 1932. E o vovô, depois que os bolcheviques levaram tudo da nossa casa, foi mendigar. A barba quase pela cintura, saco por cima do ombro - andava pelas aldeias, pedindo esmola. Alguém dava um pedaço de bolo, alguém jogava uma batatinha e alguém uma torradinha. Trazia as esmolas para nós. Quando não podia mais andar, ficava deitado no alto do forno, inchado como um cepo, e (como se eu estivesse vendo-o agora) pedia, por trás da chaminé à minha mãe: "Filha, me dê pelo menos uma vez, algo para eu colocar na boca. Eu já não vou atormentá-la por muito tempo..." E nós, sentadas na frente olhávamos o que mamãe poderia levar ao avô, se nada tínhamos em casa. Ela apenas enxugava as lágrimas. Vovô passou mais uma noite ou duas e morreu.

Hoje, os comunistas dizem que a fome foi causada pela quebra da safra. Não é verdade! Eles destruíam as pessoas conscientemente. Eu sou testemunha ocular, eu não inventei nada. A desgraça era terrível. O governo bolchevique a ninguém ajudava, com nada. Pelo contrário...

Às vezes, você vinha andando - na rua jazia uma pessoa, estava nas últimas devido a fome. Os mortos eram recolhidos numa carroça, levavam ao cemitério. Nosso vizinho Kotsubytskyi levaram-no ainda vivo. Mamãe saiu na rua e gritou: "Aonde vocês o levam? - ele ainda respira!" E a ela respondem: Não faz mal - até chegarmos - morre!".

“No cemitério já estavam preparados grandes túmulos. Eram largos e fundos e recebiam 10-15 pessoas. Jogavam dois ou três cadáveres, um pouco de terra, e partiam em busca de outros. Às vezes acontecia que a terra sobre os cadáveres se movimentava. Ninguém fazia nada, nem os parentes porque não tinham forças para puxar os semimortos daquele buraco, e tinham medo. Se os bolcheviques aparecessem, dariam com um cabo na cabeça, jogariam no buraco e enterrariam.

E mesmo um pedaço de casca seca de pão eu acho delicioso.

Pela primeira vez comi até saciar minha fome no início de julho de 1933. Quando no campo começaram formar-se as espiguinhas, tornaram-se durinhas - eu com a irmã íamos atrás deles no campo da fazenda coletiva. Voltávamos para casa com um feixe deles e os assávamos no fogo. As sementes ficavam castanhas. É uma delícia! - melhor não podia haver! Comíamos as sementinhas, bebíamos água - e já estávamos almoçadas!

Atualmente eu gosto de tudo. Mas gosto mais comer o pão. Como qualquer tipo - não menosprezo nada. Às vezes, quando começa criar bolor, recorto e, agradecida, como. Cada vez que pego em minhas mãos o pão, eu me lembro que houve um tempo, em que eu não tinha nem uma só migalha na minha boca.”

P.S. com o depoimento da sra. Rozalia quero cumprimentar todas as mulheres que sofreram e sofrem os horrores da sociedade mundial

Foto de Buzuluk, Rússia

Cartão publicado em Bruxelas, para arrecadar fundos de um Comitê de Combate à fome.  O Sr. Nansen, norueguês, do Alto Comissariado para ajudar no Combate a Fome Soviética foi quem fez esta foto. A imagem descreve a fome russa de 1921, num canto do cemitério de Buzuluk, na Rússia, no inverno 1921-1922 ano. A mesma imagem tem sido usado para ilustrar o Holodomor de Kharkiv de 1933.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Repercutem discriminações contra Iarochinski

Continua repercutindo na coluna de Aroldo Murá, no Jornal Indústria & Comércio, de Curitiba, a nota sobre a discriminação que Ulisses Iarochinski, vem sofrendo com a publicação de seus dois livros "Saga dos Polacos" e "Polaco". O jornalista Miecislau Surek, editor do jornal bilíngue LUD, e ex-assessor de imprensa da Associação Comercial do Paraná, enviou o seguinte comentário e posicionamento sobre a polêmica:

Miecislau Surek
Caro professor Aroldo e amigo de longos tempos.

Essa polêmica sobre o termo polaco deveria ter sido ultrapassada e enterrada, pois já na década de 1970, especialistas e líderes da comunidade como Ruy Wachowicz, Francisco Dranka, Victor Gardolinski e tantos outros, provavelmente me incluindo como difusor das coisas e dos fatos étnicos da época, resolvemos nos autodenominar de polacos, para irritação de pessoas com pouca cultura que em outras situações, inclusive no setor político partidário, vivenciaram e sentiram discriminações e passaram a dizer que ser polaco era pejorativo.
Naqueles tempos, e olha que já se passaram mais de 40 anos, esse pequeno grupo de "discriminados", até convenceram o cônsul geral a mandar pedido oficial à Prefeitura e ao Governo do Estado para acabarem com a existência da famosa Banda Polaca, que saía da frente da sede da Sociedade União Juventus, ali na Carlos de Carvalho, e ganhava as ruas de Curitiba, com uma vibração carnavalesca que poderia salvar o fraquinho Carnaval curitibano. O Leminski se vangloriava de ser polaco, como tantos outros mais.
Essa "polícia de cultura limitada", não satisfeita com o fato de ter acabado com a Banda Polaca, continuou agindo e até em Araucária, na denominação do Portal Polônico na Avenida.das Araucárias, no bairro Thomaz Coelho.. Esse termo polônico foi criado pela nossa equipe do Jornal Lud e apoiado pelo professor e filólogo Mariano Kawka, que o incluiu nos seus dicionários. Pois não é que esse pessoal de curta visão moveu ação para que a PM de Araucária rebatizasse o Portal Polônico para Portal Polonês?!!!!!
Que o especialista Ulisses Iarochinski não fique chateado pela perseguição, a gente já se acostumou com isso, sendo descendente de poloneses, polônicos ou polacos. Que continue com sua atividade, pesquisando, difundindo e fazendo seu trabalho bastante interessante para a comunidade polônica brasileira. Pois polacos mesmo, da palavra Polak, na língua original, são poucos hoje no Brasil, um deles é o Tadeu do Pierogi, que imigrou no século passado ao Brasil, e o Marian Kurszac que, de vendedor de cds e discos, virou dirigente do que sobrou da famosa União Juventus, cujo patrimônio valioso foi repassado e vendido para cobrir dívidas feitas e não saldadas principalmente perante a previdência social e empresas credoras por gestões mal administradas...
Sou polaco, sim, com grande orgulho, embora alguns achem isso pejorativo. Pela que esses poucos agem na surdina para mostrar que possuem limitada cultura.
Qualquer coisa podemos sugerir que o Ulisses peça ajuda do ministro do STF, Ricardo Lewandowski, um dos maiores expoentes brasileiros e descendente de polacos. Penso que aí estaria a solução.
Abraços e esperamos nos encontrar. nem que seja no dia 29 deste mês, na rememoração dos nossos tempos de Diário do Paraná que, se ainda existisse, estaria completando 57 anos.

Miecislau Surek

terça-feira, 6 de março de 2012

Morreu Jan Maj

No último domingo, dia 04 de março faleceu, depois de uma longa luta contra um câncer JAN MAJ, de 76 anos de idade, ex Presidente da Confederação Polaca de Futebol.
Em sua gestão à frente da presidência o futebol polaco conseguiu os maiores êxitos da história como o 3º. lugar na Copa do MUNDO DA ALEMANHA, em 1974, ganhando aquela disputa de terceiro colocado da Seleção Brasileira por 1-0. Também esteve a frente da Polônia, medalha de prata nas Olimpíadas de Montreal 76, no Canadá.
JAN MAJ morou três anos em Curitiba, de 1978 a 1981, tendo sido Cônsul Geral da República da Polônia, para os três Estados do Sul do Brasil.

Jan era pai de Piotr Maj, que durante anos foi o adido da Polônia, no Escritório Econômico em São Paulo, da Embaixada da Polônia, no Brasil.


Missa em intenção de Jan Maj será celebrada na próxima sexta-feira, 9 de março, na Igreja św. Katarzyna na Służewo, próxima a nr. 17 da ulica (rua) Fosa, e logo após o enterro no Cemitério Służewskim Starym.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Catástrofe ferroviária, na Polônia, podia ter sido evitada

Foto: Michal Legierski/ AP
Na manchete e na foto principal do jornal Gazeta Wyborcza a dimensão da tragédia que se abateu sobre a Polônia no último sábado, quando dois três se chocaram na região da Silésia;
COLISÃO FRONTAL 
Como dois trens se encontravam no mesmo trilho? A resposta deve ser buscada 11 km antes do local da catástrofe.
Do lado direito o trem TLK "Brzechwa" que fazia o trajeto de Przemysl que havia saído ás 14:46 horas e com horário previsto de chegada em Varsóvia às 22:49 horas e no esquerdo o trem InterCiti "Jan Matejko" que fazia o trajeto Varsóvia para Cracóvia, na manhã de domingo.

Círculo vermelho - local da tragédia 
O acidente ocorreu às 21 horas (17 horas - horário de Brasília), no sábado dia 3 de março na localidade de Szczekocin, na região da Silésia Os dois trens tinham dez carros no total e transportavam cerca de 350 passageiros no momento do acidente. Mais de 60 pessoas ficaram feridas e o número de mortos chegou a 16 e a medida que os destroços forem removidos este número pode aumentar, enquanto 49 continuam hospitalizados . Cem passageiros não sofreram nada e mesmo assim foram encaminhados para Varsóvia. Outros 33 que não tiveram qualquer ferimento foram encaminhados de ônibus para Cracóvia, nesta cidade 11 pessoas feridas se encontram hospitalizadas.


sábado, 3 de março de 2012

Padre polaco teria desviado dinheiro de igreja no Rio Grande do Sul

Padre polonês é suspeito de usar R$ 400 mil em doações
de igreja do Rio Grande do Sul
Padre foi visitou a Europa, foi à Copa e a GPs de Fórmula 1.
Pároco voltou ao seu país de origem e será ouvido na Polônia pelo MP.

Do G1 RS, com informações da RBS TV

A Justiça do Rio Grande do Sul aceitou denúncia feita pelo Ministério Público contra um padre e um bispo por suspeita de desvio de R$ 400 mil arrecadados para reformar a paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em Áurea, no norte do estado. O valor foi acumulado entre 2008 e 2010, com doações, eventos e rifas.
De acordo com a investigação do MP em Erechim, o dinheiro sumiu da conta da igreja, junto com os livros-caixa. Segundo investigações da polícia, o principal suspeito é um padre polaco Robert Jacenty, que administrou a paróquia neste período. Na denúncia do Ministério Público (MP), ele é acusado de apropriação indébita e supressão de documentos. O pároco retornou ao seu país de origem e será ouvido pelo MP na Europa.
"Esse dinheiro simplesmente sumiu. Não foi dado nenhum esclarecimento, nenhum tipo de satisfação ao conselho econômico que fiscaliza as contas da paróquia", disse o promotor João Francisco Dill.
As suspeitas do envolvimento começaram devido ao comportamento atípico do padre. Durante o período em que administrou a igreja, o pároco visitou diversos países da Europa, foi para a Copa do Mundo da Alemanha, em 2010, esteve presente em vários Grandes Prêmios de Fórmula 1 e, além disso, se envolveu em um acidente com um carro que pertencia à paróquia e não quis dar explicações à comunidade, segundo o promotor.
"Ele era autoritário. Não aceitava dar explicações para ninguém. Mas a vida dele é o que menos interessa. O motivo da investigação é o sumiço do dinheiro. E se fez tudo isto com dinheiro da paróquia, vai ter que pagar", disse Dill.
O responsável pela Diocese de Erechim foi denunciado por falsidade ideológica. De acordo com o MP, o bispo enviou ofício para a polícia dizendo que não havia irregularidade nos registros contábeis da paróquia. "A nosso juízo a diocese tentou, de certa forma, maquiar a situação, uma vez que era do conhecimento a situação na paróquia de Áurea. E não foi dada nenhuma atenção. Pelo contrário", completou Dill.
Segundo o promotor Dill, o padre Robert Jacenty Domina, de 39 anos, é natural de Lublin e reside na Igreja Świętego Piotra e Pawła, na ulica (rua) Kolejowa, n. 27, na cidade de Ziebice.

Construtor português assassinado em Cracóvia

Pedro Fernandes (ao centro)
O corpo de Pedro Fernandes foi encontrado na segunda-feira num descampado nos arredores de Cracóvia, ao lado de uma Toyota Land Cruiser em chamas. A identificação do corpo exigiu autópsia.
Um cidadão polaco de 44 anos detido na terça-feira foi acusado ontem do assassinato do administrador da Mota-Engil Central Europe.
Segundo os agentes da investigação criminal, Mirosław F. atingiu Pedro Fernandes com cinco disparos de arma de fogo que o feriram na cabeça, provocando a sua morte.
A Procuradoria de Cracóvia não emitiu ainda um comunicado oficial sobre o incidente e não confirmou a identidade da vítima, mas a imprensa cracoviana informou tratar-se de Pedro Fernandes, vice-presidente da Mota-Engil.
O automóvel encontrado junto do corpo pertencia a Pedro Fernandes, cujo desaparecimento tinha sido comunicado à polícia pela mulher, depois de este não ter aparecido para trabalhar na terça-feira.
Interrogado na Procuradoria de Cracóvia na quarta-feira, o cidadão polaco não questionou o incidente, mas negou que a sua intenção fosse assassinar Pedro Fernandes. Explicou que marcou encontro com o português quando leu os SMS da correspondência entre a mulher com quem está casado e Pedro Fernandes, pois queria exigir que deixasse de se encontrar com ela.
O homicídio aconteceu na segunda-feira. Os dois homens combinaram encontrar-se num posto de gasolina de Cracóvia, de onde seguiram no automóvel de Pedro Fernandes. Quando o polaco exigiu que o administrador da construtora interrompesse os contatos com a mulher, o português terá dito que “se continuasse a ser perseguido, arranjava quem tomasse conta dele”, relatou ontem Bogusława Marcinkowska, da Procuradoria de Cracóvia.
Segundo o marido polaco, tudo se precipitou quando Pedro Fernandes tentou agredi-lo, o que teria provocado o primeiro disparo. Os disparos seguintes foram resultado do descontrolo emocional, explicou o acusado, que adiantou ter levado consigo a arma para defesa pessoal.
Quando percebeu que tinha morto o português, Mirosław F. decidiu levar o corpo para o descampado, onde o deixou, dentro do automóvel em chamas. Jogou a arma ao rio Vístula e, regressado a casa, relatou o sucedido à família, que informou a polícia.
Em 2012, faz 15 anos do primeiro contrato da Mota-Engil na Polônia. Há quatro anos a construtora decidiu restruturar a presença do Grupo na Europa Central, criando a Mota-Engil Central Europe, com toda a atividade centralizada na Polônia.

Iarochinski, vítima de discriminação étnica

O colunista do Jornal Indústria & Comércio de Curitiba, Aroldo Murá, publicou ontem, 2 de março, em sua coluna a nota abaixo:
Ulisses Iarochinski: Rejeitado por poloneses de Curitiba

Embora descendente de poloneses só por parte de pai, o jornalista paranaense Ulisses Iarochinski tornou-se um dos mais competentes especialistas em assuntos ligados à colônia polonesa no Brasil. Graduado em comunicação social pela UFPR, ficou vários anos na Polônia, onde se pós-graduou com notável desempenho nos estudos. Voltando ao Brasil, começou a publicar livros sobre o assunto que mais ama e mais profundamente conhece: a cultura polonesa e a integração dos poloneses no Brasil. Em vez de prestigiamento, entretanto, está sendo vítima de um verdadeiro preconceito e boicote que poderia ser denominado “etnolinguístico”, por culpa da palavra “polaco”. Parece incrível, mas Ulisses conta que já foi agredido (com dois murros no braço) em Erechim, Rio Grande do Sul, no lançamento do seu livro “Saga dos Polacos”.
NOVA “CAÇA ÀS BRUXAS”
Consta Ulisses que “um bravo engenheiro gaúcho bradava aos meus ouvidos enquanto literalmente me agredia: “Você é burro. Aqui no Rio Grande não tem polaco…só polonês”. Agora no lançamento do meu livro “Polaco – Identidade cultural do brasileiro descendente de imigrantes da Polônia”, a “Gazeta do Povo” recebeu várias cartas desairosas a meu respeito por ter publicado matéria sobre meu livro. A publicação é fruto de minha dissertação de mestrado na Universidade Iaguielônica de Cracóvia. Dissertação que obteve notas máximas no texto e da defesa numa banca composta por professores pós-doutorados.
“PERSONA NON GRATA” EM CURITIBA
Ulisses garante: “Os “poloneses” de Curitiba não estão comprando meu livro…. nem querem saber o histórico da transformação do adequado termo polaco em português para algo pejorativo no Brasil. Simplesmente me colocaram no index e alguns me consideram “persona non grata” em eventos da comunidade “polonesa” de Curitiba”.
Como comenta o jornalista Hélio Puglielli, ex-professor de Ulisses na UFPR: “toda a colônia, grata, deveria estar te prestigiando como você merece. É uma injustiça flagrante! Se você fosse um medíocre, estariam te incensando. Quem é inteligente e honesto paga um preço muito alto. Quem escreve baboseiras ganha prêmio. E assim caminha a humanidade”.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Domfelicianense na inauguração do Estádio Nacional da Polônia

Trecziak da Silva
E não é que para inveja de muitos e alegria de poucos, nossa amiga esteve presente na inauguração do Estádio Nacional da Polônia, nesta terça-feira, no jogo Polônia e Portugal? Estudante e moradora da capital polaca há uma década, a menina sapeca de Dom Feliciano - RS Caciana esteve prosa e feliz. Mas também quem não é feliz nascendo em Dom Feliciano?
E não é que foi intérprete do técnico português Paulo Bento e ainda ficou de conversa com o Bruno Alves... essa é a Caci!
Ah, sim! O jogo foi zero a zero... Vai ver que é por isso que a TV Globo não informou o resultado do jogo nem sobre a inauguração do estádio da abertura da Eurocopa 2012, no Jornal Nacional, no Jornal da Globo, no Bom dia Brasil, nem no Globo Esporte RPC (do meu amigo Paulo Rosas). Preferiu falar apenas  dos jogos da Alemanha, Argentina e pasmem...dos Estados Unidos.... Até parece que não falamos português.... porque a Globo falar de Portugal só se for tragédia.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Polônia inaugura hoje Estádio de Varsóvia

Foto: Adam Stępień 

Momentos antes do jogo de inauguração do Estádio Nacional da Polônia, os 55 mil torcedores que compraram os bilhetes se empurravam para entrar e assistir ao jogo entre Polônia X Portugal.
A cem dias da abertura da Eurocopa 2012, marcado para este estádio, nem tudo ficou pronto. Muito do entorno do estádio ainda tem obras atrasadas.
A Polônia do treinador Franciczek Smuda (aquele meio campista fabuloso da seleção polaca de 1974) vai a campo contra Cristiano Ronaldo com a seguinte formação:
Wojciech Szczęsny - Łukasz Piszczek, Marcin Wasilewski, Damien Perquis, Jakub Wawrzyniak - Jakub Błaszczykowski, Dariusz Dudka, Eugen Polanski, Ludovic Obraniak, Maciej Rybus - Ireneusz Jeleń.
Este time nos últimos três compromissos perdeu para a Itália de 2X1 e venceu a Hungria por 2x1 e a Bósnia por 1X0.
Portugal vai de Rui Patrício; João Pereira, Pepe, Bruno Alves e Fábio Coentrão; Miguel Veloso, João Moutinho e Raul Meireles; Nani, Hugo Almeida e Cristiano Ronaldo. Técnico Paulo Bento.

O jogo começa às 20:45 horas (horário local) e vai ser arbitrado pelo israelita Alon Yefet.
A cidade de Varsóvia amanheceu banhada pelo sol sem queda de neve. A temperatura ronda os 2 ou 3º centígrados.

O grande jogo do segundo turno 2011/2012

Os jogos de futebol na Polônia competem nas ruas pelos espaços de cartazes destinados a eventos artísticos e culturais, como festivais de música, teatro.
O cartaz acima está nas ruas de Cracóvia em grandes painéis anunciado o grande jogo do segundo turno do campeonato Wisla Kraków X Lech Poznan... no dia 9 de março, às 20:30 HORAS.... Os ingressos estão à venda a partir de 1º de março... a partir de 20 zlotych.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Bielorrússia convida embaixador polaco a deixar país

Leszek Szerepka cumprimentado por Aleksander Lukaszenko
O governo da Bielorrússia pediu ao embaixador polaco para deixar o país, em resposta às sanções da União Europeia contra o país.
O regime de Alexander Lukaszenko pediu aos embaixadores da Polônia e da UE para voltarem a suas capitais.
O funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Bielorrússia disse que os diplomatas não são considerados pelo regime "persona non grata", mas que deverão deixar Minsk para consultarem seus superiores, pois com as novas sanções impostas ao país, a presença de Leszek Szerepka (da Polônia) e Mair Mora (UE) fica difícil suas gestões diante "da desaprovação da Bielorrússia em face das pressões e sanções sofridas".
Esta decisão está relacionada ao aumento das sanções da UE sobre a Bielorrússia. Mais de 200 nomes de uma lista de pessoas proibidas de entrarem no espaço da UE estão mais 19 juízes e dois policiais que participaram da perseguição à oposição bielorrussa. Na lista de nomes foi retirado o nome de Yuri Czyz, empresário associado ao regime. O empresário foi retirado da lista de proibidos depois dos protestos das autoridades eslovenas, que alegaram ter Czyz negócios com empresas eslovenas. Ele vai construir um hotel de luxo na capital da Bielorrússia em consórcio com empresas da Eslovênia.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Andżelika Borys faz palestra em Curitiba

Andżelika Borys
A Sociedade Polono-brasileira Marechal Józef Piłsudski, a BRASPOL e o Consulado Geral da Polônia em Curitiba, promovem nesta sexta-feira, dia 24 de fevereiro, palestra da sra. Andżelika Borys.
A polaca foi Presidente da União dos Polacos na Bielorrússia e falará sobre o tema "Polacos na Bielorrússia". Borys exerceu o mandato de presidente entre 2005 e 2010. A palestra será em idioma polaco.
Andżelika, ativista da causa polaca, na minoria étnica polaca na Bielorrússia, nasceu em 14 de outubro de 1973 em Grodno. Sua vida escolar até o ensino médio foi realizado na vila rural de Podlipki e Grodno, na Bielorrússia. Os estudos universitários em Zamość e Białystok, na Polônia. Após sua formatura em letras e psicologia, ela retornou a Bielorrússia, com o intuito de ensinar o idioma polaco nas escolas polacas de Grodno e Odelsku.
Em 1995, tornou-se membro da União dos Polacos na Bielorrússia, e após três anos como chefe do Departamento de Educação da entidade, foi eleita no VI Congresso da UPB, para a surpresa das autoridades da Bielorrússia, a presidente da Associação da minoria étnica naquele país.
Em 12 de maio de 2005, Ministério da Justiça daquele país anulou o pleito, e a facção pró-governo realizou um novo congresso, que elegeu como presidente o sr. Józef Łuczniki. A UPB a partir deste episódio foi dividida em dois grupos em conflito com administrações separadas.
Por suas atividades Borys foi muitas vezes processada pelo Poder Judiciário da Bielorrússia. Desde aquele março de 2005, ela foi várias vezes interrogada pela KGB, promotores e policiais. Em várias ocasiões, foi condenada a multas elevadas e prisão.
O judiciário bielorrusso chegou ao cúmulo de julga-la e puni-la, em 9 de junho de 2008, com uma multa de Um milhão e 400 mil rublos. (Mais de 400 euros) por organizar a 02 de maio daquele ano concertos em Grodno, da banda polaca Lombard. Não bastasse isso, no início de fevereiro de 2010, foi condenada a pagar uma multa de 4,2 milhões de rublos (cerca de 1.000 euros) por "atividades ilegais de caridade".
Em 14 junho de 2010, Borys anunciou a sua demissão da presidência da UPB, argumentando razões pessoais.

Situação dos polacos na Bielorrússia
O Jornal Oficial da União Europeia publicou em 10 de março de 2010 uma conclamação ao governo de Minsk que respeite os direitos humanos e a União do Polacos da Bielorrúsia:

Situação da sociedade civil e das minorias nacionais na Bielorrússia
P7_TA(2010)0055

Resolução do Parlamento Europeu, de 10 de Março de 2010, sobre a situação da sociedade civil e
das minorias nacionais na Bielorrússia

(2010/C 349 E/07)

O Parlamento Europeu,
— Tendo em conta as suas anteriores Resoluções sobre a situação na Bielorrússia e, em especial, a sua
Resolução de 17 de Dezembro de 2009 (1),
— Tendo em conta as conclusões sobre a Bielorrússia saídas do Conselho «Assuntos Gerais e Relações
Externas», na sua reunião de 17 de Novembro de 2009, tendo em vista suspender de novo a aplicação
da proibição de concessão de vistos a determinados funcionários bielorrussos – incluindo o Presidente
Alexander Lukashenko – e prorrogar as medidas restritivas até Outubro de 2010,
— Tendo em conta as conclusões da 2996. a reunião do Conselho «Negócios Estrangeiros», de 22 de
Fevereiro de 2010, e a declaração da Alta Representante Ashton sobre a situação da União dos Polacos
da Bielorrússia, de 16 de Fevereiro de 2010,
— Tendo em conta a Declaração sobre a Parceria Oriental, emitida pelo Conselho Europeu em 19 de Março de 2009, e a Declaração Conjunta da Cimeira da Parceria Oriental, que teve lugar em Praga, em 7 de
Maio de 2009,
— Tendo em conta a Convenção-Quadro para a Protecção das Minorias Nacionais do Conselho da Europa, de 1 de Fevereiro de 1995,
— Tendo em conta os princípios e normas internacionais relativas aos direitos das minorias nacionais,
especialmente as contidas nas convenções internacionais sobre Direitos Humanos, como a Acta Final de
Helsínquia, de 1 de Agosto de 1975 (Secção 1.VII), o documento da reunião de Copenhaga sobre a Dimensão Humana, de 29 de Junho de 1990, e a Carta de Paris para uma Nova Europa, de 21 de
Novembro de 1990,
— Tendo em conta o seu debate sobre a Bielorrússia, realizado em 24 de Fevereiro de 2010, e a missão da delegação «ad hoc» às eleições presidenciais na Bielorrússia, de 25 a 27 de Fevereiro de 2010, e
respectivos resultados,
— Tendo em conta o n.o 4 do artigo 110º do seu Regimento,
A. Considerando que, em 15 de Fevereiro de 2010, foram detidos na Bielorrússia 40 activistas pertencentes, na sua maioria, à União dos Polacos da Bielorrússia (UPB), incluindo Angelika Borys (presidente da UPB), Igor Bancer (porta-voz da UPB), Mieczyslaw Jaskiewicz (vice-presidente), Andrzej Poczobut (presidente do conselho de supervisão da UPB) e Anatol Lebedzka, dirigente máximo do Partido da União Cívica, da oposição bielorrussa, com o objectivo de os impedir de participar no julgamento sobre a Casa da Polónia de Ivyanets; considerando que todos estes activistas foram libertados até ao dia 20 de Fevereiro,
B. Considerando que a UPB, sob a presidência de Angelika Borys, que foi democraticamente eleita por duas vezes, em 2005 e em 2009, não é reconhecida pelas autoridades do Estado e tem vindo a enfrentar uma onda de assédios e perseguições regulares desde 2005, para além de que os membros que a integram
foram repetidamente acusados de actividades ilícitas e tiveram de enfrentar processos criminais,
C. Considerando que as autoridades bielorrussas usaram as forças policiais contra os membros da UPB em Hrodna, em 2005, e em Ivyanets, em 2010.
Considerando que as autoridades bielorrussas impediram os representantes da UPB, que foram chamados
a tribunal como testemunhas da deputada Teresa Sobol, presidente da UPB em Ivyanets, de assistir ao
julgamento,
E. Considerando que a discriminação da União dos Polacos, que é a maior ONG em actividade na
Bielorrússia e é liderada por Angelika Borys, é sintomática do tratamento a que, em geral, são votadas
a sociedade civil e a oposição democrática neste país,
F. Considerando que a «Polonica», uma empresa sedeada em Hrodna e liderada por Angelika Borys, que é a única fonte de financiamento da UPB, foi multada em 71 milhões de rublos, por alegadamente ter
violado a lei fiscal, estando agora em risco de falência,
G. Considerando que as autoridades da Bielorrússia encaram Stanislaw Siemaszko como o presidente
legítimo da União dos Polacos e declaram o seu apoio à organização que chefia, julgada ilegítima
pela comunidade polaca,
H. Considerando que os representantes das Instituições europeias, nomeadamente Jerzy Buzek, Presidente da Parlamento Europeu, a Baronesa Ashton, Vice-Presidente da Comissão/ Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Cecilia Malmström, Comissária para os Assuntos Internos, a par do Parlamento Polaco e o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, manifestaram a sua apreensão face às recentes acções das autoridades bielorrussas contra a UPB e condenaram o recurso às forças policiais contra os seus membros,
I. Considerando que as acções das autoridades bielorrussas são contrárias às normas internacionais para a protecção das minorias nacionais consignadas, nomeadamente, na Convenção-Quadro para a Protecção das Minorias Nacionais do Conselho da Europa, de 1 de Fevereiro de 1995, e sabendo-se que a
Bielorrússia intensificou as suas acções contra a adesão a esta organização,
J. Considerando que a Declaração Conjunta da Cimeira da Parceria Oriental, co-assinada pelo Primeiro
Vice-Primeiro-Ministro da República da Bielorrússia, afirma, no seu n.o 1 que: «Os participantes na
Cimeira de Praga acordam em que a Parceria Oriental assentará nos compromissos relativos aos prin­cípios do direito internacional e aos valores fundamentais, incluindo a democracia, o Estado de Direito e o respeito pelos direitos humanos e as liberdades fundamentais»,
K. Considerando que o Conselho, nas suas conclusões de 17 de Novembro de 2009, reconheceu o
surgimento de novas oportunidades para o diálogo e para o fomento da cooperação entre a UE e a
Bielorrússia, tendo em vista a realização de progressos genuínos no sentido da Democracia e da
observância dos Direitos do Homem, para além de ter reafirmado a sua disponibilidade para reforçar
o relacionamento da União Europeia com a Bielorrússia e para a ajudar a alcançar tais objectivos, na
condição de o país progredir na senda da Democracia, dos Direitos do Homem e do Estado de Direito,
1. Manifesta a sua profunda preocupação com as recentes violações dos Direitos Humanos de determi­nados elementos da sociedade civil da República da Bielorrússia, em especial, os filiados na União dos
Polacos, e declara toda a sua solidariedade aos cidadãos impedidos de usufruir plenamente dos seus direitos cívicos;
2. Condena as acções policiais e judiciais desencadeadas contra a União dos Polacos e quaisquer outras
tentativas de impor uma nova estrutura dirigente à comunidade polaca por parte das autoridades bielor­russas; exige que as autoridades bielorrussas voltem a legalizar a UPB liderada por Angelika Borys e
garantam a devolução em tempo útil das propriedades desta organização;
3. Reitera o seu interesse num diálogo aberto e estruturado com a Bielorrússia, desde que a democra­tização do sistema político neste país conduza a resultados concretos e reflicta o respeito dos Direitos Humanos e do Estado de Direito;
4. Insta a Bielorrússia a respeitar os seus compromissos, quer no plano internacional, quer ao nível da OSCE, em tudo o que diga respeito à defesa e à promoção dos direitos das minorias; solicita, paralelamente, às autoridades que melhorem as condições de funcionamento da sociedade civil, designadamente no que se refere às liberdades de expressão e de reunião, à situação dos meios de comunicação social independentes, incluindo o acesso à Internet, e ao registo das ONG, com vista à preparação e à viabilização de um processo eleitoral livre e justo no quadro das próximas eleições municipais, marcadas para o dia 25 de Abril de 2010;
5. Reitera o seu apelo feito em resoluções recentes, em particular as de 15 de Janeiro e de 17 de
Dezembro de 2009, para garantir a liberdade de expressão e de associação, assegurar a liberdade de
legalização dos partidos políticos, nomeadamente a Democracia Cristã bielorrussa (BDC), a liberdade reli­giosa e a criação de condições propícias à actividade de entidades da sociedade civil, de ONG (como a «Viasna») e dos meios de comunicação independentes na Bielorrússia;
6. Exorta as autoridades da Bielorrússia a libertarem activistas políticos, como Andrei Bandarenko, e
objectores de consciência, como Ivan Mikhailau e Aristyom Dubski, a revogarem as medidas restritivas
contra militantes da sociedade civil, como Tatiana Shaputsko, uma das participantes no Fórum da Sociedade Civil da Parceria Oriental, e a absterem-se de medidas destinadas a controlar o conteúdo das páginas electrónicas bielorrussas na Internet;
7. Sublinha que o diálogo da UE com a Bielorrússia pode ser benéfico para ambas as partes e entende
que a Bielorrússia pode ser apoiada, de molde a beneficiar ao máximo da Parceria Oriental, nomeadamente no que toca à utilização mais eficaz dos fundos atribuídos no âmbito deste programa às infra-estruturas, à energia e a projectos sociais, bem como através da aplicação de outros instrumentos e políticas da UE, desde que as autoridades da Bielorrússia se comprometam a efectuar mudanças reais na área da liberdade, da Democracia, do Estado de Direito e do respeito pelos Direitos Humanos e, em particular, dos direitos das minorias nacionais;
8. Recorda que a União Europeia já demonstrou uma abertura considerável em relação aos seus compromissos com a Bielorrússia, aliás, bem expressos na inclusão da Bielorrússia no âmbito da Parceria Oriental; lembra que o sucesso desses compromissos depende dos passos que forem dados pelo Governo da Bielorrússia no sentido da democratização e da defesa dos Direitos Humanos, incluindo os direitos das minorias;
9. Assinala que, se as autoridades bielorrussas cumprirem os requisitos em matéria de direitos humanos
fundamentais e de Democracia, a Bielorrússia beneficiará:
— da conclusão e ratificação do Acordo de Parceria e Cooperação UE-Bielorrússia (APC),
— da utilização eficaz dos instrumentos financeiros da UE, como os instrumentos do Banco Europeu de
Investimento (BEI) e Instrumento Europeu de Vizinhança e Parceria (IEVP),
— da extensão do financiamento do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) a pro­jectos envolvendo entidades estatais na Bielorrússia,
— do restabelecimento do Sistema de Preferências Generalizadas (SPG+) à Bielorrússia,
— de mais uma parcela do empréstimo de estabilização do Fundo Monetário Internacional (FMI),
— da retoma das negociações de adesão da Bielorrússia à OMC,
— do apoio ao alargamento do programa da OCDE à Bielorrússia;
10. Atribui grande importância à liberalização da vida política e cívica na Bielorrússia e salienta que outras violações dos Direitos Humanos e do Estado de Direito na Bielorrússia poderão conduzir à revisão da postura da UE relativamente a este país, incluindo o restabelecimento das sanções;
11. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão, aos parla­
mentos e governos dos Estados-Membros, ao Secretário-Geral da ONU, às Assembleias Parlamentares da
OSCE e do Conselho da Europa, ao Secretariado da Comunidade de Estados Independentes e ao parlamento
e ao governo da Bielorrússia.

* O texto do diário oficial da UE é redigido em português de Portugal (uma das cinco línguas oficiais de trabalho da União Europeia) e portanto termos como Cimeira, Hrodna, retoma, negócios extrangeiros, acções, devem ser entendidas no português do Brasil, respectivamente como Cúpula, Grodno, retomada, relações exteriores e ações. Além de outras palavras redigidas de forma diferente pelos lusitanos.

Síntese histórica da Bielorrússia
Do século IX até ao XIII a Bielorrússia foi parte da Rus' de Kiev - o estado eslavo medieval que deu origem a nação rutena e mais recentemente a Ucrânia. No século XIII, o país foi conquistado pela Lituânia.
Em 1385 a Lituânia e a Polônia assinaram o pacto da união pessoal, e em 1569 o pacto da união real (um parlamento, uma política interna e externa). A nobreza da Bielorrússia aceitou a língua polaca e o catolicismo. Na cidade de Brest (em polaco: Brześć) foi assinado o pacto da união entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa na Polônia-Lituânia. Foi assim fundada a Igreja Greco-Católica Ucraniana e a Igreja Greco-Católica Bielorrussa.
A cultura e a língua polaca dominaram na Bielorrússia até ao século XVIII e na Bielorrússia Ocidental até 1939. As mais importantes cidades eram Minsk e Hrodna (em polaco, Grodno). Minsk foi ocupada pela Rússia em 1793. Em 1795, o Estado Polaco-Lituano foi conquistado pela Rússia, a Áustria e a Prússia.
Na Bielorússia nasceu Adam Mickiewicz - o mais importante poeta polaco. Ele é chamado "o poeta das três nacionalidades": polacos, lituanos e bielorussos. O século XIX foi um período de desnacionalização dos Bielorussos. Os russos, os seus novos dominadores, destruíram quase completamente a Igreja Greco-Católica Bielorrussa, que está atualmente experimentando um renascimento tímido e lento.
Em 1919, após a Primeira Guerra Mundial, a Polônia recuperou a Bielorrússia. Entretanto, após a guerra com União Soviética, ela perdeu Minsk. A Bielorrússia foi dividida pela Polônia e pela União Soviética em 1921. Em 1939, a Polônia foi invadida pelos alemães e pelos russos. Os russos anexaram a Bielorrússia polaca, e em 1945 expulsaram os habitantes polacos. A Bielorrússia é um país independente desde 1991.


A palestra é nesta sexta-feira,
24 de fevereiro de 2012 às 20:00
Local: Sociedade. Marechal Jozef Pilsudski
rua Clotário Portugal, 68 - Centro - Curitiba

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Estádio de Varsóvia - maior custo do mundo

O estádio no panorama varsoviano
Segundo alguns especialistas, o Estádio Nacional de Varsóvia é a mais cara instalação desportiva em todo o mundo (incluindo o custo dos materiais de construção e mão-de-obra que são mais baixos do que na Inglaterra, ou na Alemanha).
Em que foi gasto mais de dois mil milhões de zlotys, se é possível conseguir um efeito semelhante pela metade do preço? Oficialmente é uma pergunta sem resposta. Apenas um político polaco diz em voz alta que os custos para inaugurar um novo estádio na capital da Polônia é um custo absurdo. "Este não é o Estádio Nacional, mas o roubo nacional", repete o deputado do PiS, Jan Tomaszewski.
O estádio deverá ser o palco de abertura da EuroCopa 2012.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Karnawał w Warszawie 2012

KLUB MUZA ULICA CHMIELNA 9 WARSZAWA

Com a presença do DJ baiano Alex Baxter, do ator André Mafra e suas bailarinas do Sambalada para animar a festa, mesmo sem conjunto de bateria, comissão de frente e ala das bainas e muito menos praia, a discoteca varsoviana Klub Muza promove no dia 17, a partir das 22 horas, uma noitada de carnaval. Quem é da região deve comparecer para esquecer por momentos que lá fora da praia do Muza vai estar 15 graus negativos e não os 40º graus do Rio, Recife, Salvador, Antonina, Tibagi e Florianópolis.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Beldade polaca de Katowice


A beldade polaca atende pelo nome de Zuzzana Bijoch. Nasceu em Katowice, capital da Silésia, em 20 de junho de 1994.Tem cabelos castanhos e olhos verdes.
Atualmente é modelo das agências D'Vision, Modelwerk, NEXT, Mikas, View. Já desfilou para Prada, Gucci, Marc Jacobs, Miu Miu, Hakaana, Dior, Valentino, Givenchy e Luois Vuitton. No ranking das 50 Top Models do mundo, a polaca Zuzza ocupa a 19ª posição.

Altura: 178 cm
Busto: 75 cm
Cintura: 60 cm
Quadril: 81 cm


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tempestades de neve pioram a situação no Sul da Polônia


Neve, neve, tempestades de neve atingem a região da Małopolska com uma intensidade como não se via há décadas.
Segundo o Escritório IMGW de Cracóvia a partir desta quarta-feira a situação do Sul da Polônia, incluindo as regiões da Silésia, Małoposlka, PodKarpacy e até a antiga Galicia, hoje na Ucrânia vão sofrer com fortes tempestades e caídas poderosas de neve. Não bastasse a caída da temperatura a níveis extremos, as tempestades trazem com ela ventos de até 80 km/h. O que faz aumentar os riscos de avalanches nas montanhas Tatras, ao Sul do país.
Foto: Michał Łepecki 

As autoridades recomendam que as pessoas evitem viajar para estas áreas, pois as condições do tempo vão piorar e muito nos próximos dias.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Reprise documentário "Cartazes da Imaginação" na Tv e-Paraná

Documentário realizado a partir do trabalho de Piotr Kunce, designer e professor catedrático de poster da Academia de Belas Artes de Cracóvia, na Polônia. O artista-designer veio ao Brasil acompanhar a exposição de uma seleção de seus cartazes no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, em agosto passado. Foram mais de 80 peças numa mostra que foi de 9 de agosto a 28 de novembro.
No programa "Piotr Kunce - cartazes da imaginação", acompanhamos: os encontros de Kunce com designers brasileiros; a oficina de cartaz que o designer orientou no Museu da PUC/PR; a exposição no Museu Oscar Niemeyer. O artista responde perguntas de designers paranaenses que foram alunas das Academias de Belas Artes de Cracóvia e Varsóvia, além do professor Ivens Fontoura e da acadêmica de design curitibana Hellen G. Pedroso.

"Piotr Kunce - Cartazes da Imaginação”
Produção e Direção: Ulisses Iarochinski, assistente de direção: Ricardo S. Carvalho, Imagens: Havita Rigamonti, Piotr Kunce, Ulisses Iarochinski e Rogério Rakoski.
Duração: 45 minutos
No ar: quinta-feira, 16 de outubro, 21 horas, na faixa "E-Documentário", na TV E- Paraná, Canal 9, Curitiba.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Prêmio World Press 2012 para um polaco

Tomasz Lazar ficou em segundo lugar no World Press com esta foto
O fotógrafo polaco Tomasz Lazar ficou em segundo lugar no importantíssimo prêmio World Press 2012 com esta foto feita em Wall Stret, Nova Iorque. O primeiro premio foi do espanhol Samuel Aranda com a foto abaixo.


Cinquenta e sete fotógrafos de 24 nacionalidades receberam prêmios nesta edição do prestigiado concurso mundial, em que mais 5000 fotógrafos profissionais participaram, com mais de 100.000 fotos inscritas.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Polônia poderá não ratificar o ACTA

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, anunciou a suspensão da ratificação do Acordo de Comércio Antipirataria (Acta, na sigla em inglês) após protestos generalizados pelo país e ataques a portais do governo.
O primeiro-ministro, antes da ratificação, afirmou que será necessária uma ampla discussão sobre o assunto e que deverá envolver usuários da internet e agências oficiais de proteção à privacidade.
O seu governo havia assinado, mês passado, o Acta, mas ele precisa ser ratificado pelo Parlamento polaco. E Tusk adiantou que o Parlamento polaco não ratificará se o acordo internacional entrar em conflito com as leis polacas.
Os Estados Unidos, Japão e outros países dizem que o tratado é necessário para combater o comércio de produtos piratas. A Polônia foi o único país no qual a população saiu às ruas e onde se viu uma oposição tão intransigente. Os manifestantes polacos alegam que este acordo ou qualquer outro de mesmo escopo restringe a livre manifestação na Internet e permite o monitoramento online.