sexta-feira, 18 de junho de 2010
Mostra de fotojornalismo em Varsóvia
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Amanhã, último dia de campanha
terça-feira, 15 de junho de 2010
Varsóvia vai de verde amarelo
Cracóvia tem festa brasiliera
Marta para primeira-dama
domingo, 13 de junho de 2010
Erro russo impede Prêmio à Wajda
Terça-feira, que passou, o cineasta polaco Wajda foi mencionado por diversas fontes como o laureado deste ano com o Prêmio Estatal da Federação da Rússia por sua contribuição na luta pelos direitos humanos. Essa informação foi publicada pelo site "The Daily Beast". A honraria esperava assinatura do presidente Dmitry Miedviediev sobre concessão de prêmios - incluindo Wajda - foi informada também pelo maior canal de notícias de televisão de Moscou, a TV Russia Today (que transmite em idioma inglês).
A revista semanal Polityka, editada em Varsóvia, conseguiu junto a familiares do cineasta confirmação de que Wajda estava se preparando para partir para Moscou onde receberia o prêmio em uma cerimônia especial de 12 de junho.
Mas se descobri que a concessão de subvenções é o problema russo para não concretizar a entrega do prêmio. É muito provável que a divulgação sobre a premiação do polaco, que causou uma enorme polêmica em alguns círculos políticos radicais (incluindo os comunistas russos que negam o massacre de Katyn) tenha feito Miedviediev recuar. Por isso, é muito provável que o prêmio da luta pelos direitos humanos, de forma geral, não será concedido este ano.
sábado, 12 de junho de 2010
Polacos visitam Vale dos Vinhedos
Na próxima segunda-feira 14/06, a cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul, estará recebendo autoridades do Governo da Polônia que aqui estarão conhecendo aspectos culturais dos descendentes de polacos, com hospedagem no Zamek Hotel Boutique, 1º Hotel do Brasil inspirado em onze cidades da Polônia.
O grupo é formado por: Grzegorz Roman - Vice-Governador da Baixa Silésia, Elżbieta Berezowska - Ministra Regional de Finanças, Bogusław Wijatyk - Diretor do Departamento Social e Rural Europeu e Teresa Lis -Pieńkowska - Relações de Cooperação Regionais e Internacionais. O grupo estará acompanhado por Marcio Rosiak, natural de Dom Feliciano, é o organizador da vinda deste grupo ao Brasil.
O grupo inicialmente fará a visita ao Vale dos Vinhedos, seguindo para a sede da BRASPOL de Bento Gonçalves e a noite nas dependências da FISUL - Faculdade de Integração do Ensino Superior do Cone Sul - A representante da Universidade de Wrocław, Teresa Lis- Pieńkowska palestrará sobre o Turismo na Polônia aos alunos do Curso Tecnológico em Enoturismo (Gestão de Turismo), que tem o objetivo de formar profissionais capazes de atuar no planejamento e gerenciamento de atividades, produtos e serviços ligados ao turismo do vinho. O Curso Tecnológico em Enoturismo oferece, ainda, a certificação intermediária de sommelier. Para os interessados em participar da palestra, a mesma será aberta a comunidade e será realizada a partir das 19 horas na FISUL, localizada na Av. Presidente Vargas, 561 - Centro - Garibaldi / RS - http://www.fisul.edu.br/index.php
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Polaca é a mais sexy do mundo
Polacos querem votar dia 20
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Patriotismos: tcheco e polaco
Nas terras Tchecas, ou seja, na Boêmia, Morávia e Silésia tradicionalmente o entendimento de patriotismo passa pelo o amor à Pátria. Não para a nacionalidade, não para o Estado, mas para o país. O patriotismo nacional apareceu em terras tchecas na segunda metade do século XIX. Século, no qual o movimento nacional começou a construir uma "versão tcheca correta de patriotismo" e que mais tarde viria a causar muitos problemas.
O patriotismo ali foi impulsionado principalmente pelo Presidente Edvard Beneš e depois pelos comunistas - e é domínio principalmente das gerações mais velhas. A geração jovem de hoje está à procura de raízes patrióticas na história antiga da nação (antes de 1918), pois querem resposta para a pergunta "Quem são os Tchecos?".
Morando na Polônia atualmente e interessada pelas coisas polacas, acredito que os polacos possam também estar interessados em comparar os diferentes tipos de patriotismo. Talvez, o exemplo Tcheco possa apresentar algo próximo, principalmente para a nova geração.
Contrariamente à propaganda do patriotismo nacional implementado após 1918, nas bases da construção do país, o patriota não foi apenas aquele que saiu sobre um cavalo ostentando a bandeira nacional pelo mundo, mas quem construiu uma fábrica dos melhores produtos possíveis. O orgulho patriótico veio com o slogan "nós também podemos" - e que foi a senha da República Tcheca alcançar o topo da economia mundial e o respeito das nações no início do século XX. Quando os trabalhadores tchecos, após 1848, viajaram pela Europa em busca de trabalho (a maioria foi para a Alemanha), viram a diferença entre o seu país e os outros países e sentiu vergonha por ter vindo de uma paróquia, e não de um país rico.
Então veio a idéia de tentar se igualar aos alemães, em ser até, melhor do que os vizinhos. E isto poderia ser feito através do trabalho, da construção, do desporto, da economia, e etc. Os tchecos estavam orgulhosos de pessoas, como František Križik que instalou postes elétricos, em Praga, já em 1891; de Jan Perner, que rapidamente construiu trens disponíveis para a maioria dos tchecos; ou de outros fabricantes como Emil Škoda, Václav Laurin, Václav Klement, Emil Kolben, ou Cenek Danek. Suas fábricas produziam mercadorias de alta qualidade, que foram em seguida, conhecidas em todo o mundo, com uma tecnologia, que poderia ser descrito como a "high-tech XIX" (alta tecnologia do século XIX".
Da mesma forma, o orgulho nacional da República Tcheca e o patriotismo foi desenvolvido com base na construção de modernas cidades, na preservação histórica e turística. Já em 1888, foi criado o Club de Turismo Tcheco, que em todo o país, não só nas montanhas, foi construindo trilhas, que permitiam às pessoas visitarem os lugares de seu próprio país - e isto foi que lhes ensinou o amor por sua terra. Ao mesmo tempo foi criada a Sokol, uma organização esportiva, que assistiu e ensinou massivamente as pessoas de todas as idades - de jovens a velhos. na Morávia outra organização católica semelhante, a " Orel", realizou a mesma função.
Não apenas por coincidência, as terras Tcheca começaram a ser mais pobres e menos interessantes para o mundo, quando apareceu o patriotismo conhecido por "típico sertão polaco da voivodia de Santa Cruz", ou seja, um patriotismo étnico, prevenindo que as pessoas podiam ser divididas em "melhores" e "piores" patriotas.
O comunismo na República Theca estabelecido depois de 1948, promoveu o patriotismo étnico, mas afastou os Tchecos do Ocidente e semeou hostilidade aos outros povos do Oriente - o que só ajudou o partido no poder a controlar a população. Isso era ser tão patriota, tanto quanto se sabia sobre a Polônia, Sérvia e Rússia. As pessoas pensavam assim,"é indiferente para mim se o meu país é bonito ou feio, rico ou pobre, mas principalmente para mim é que ele é o meu país." Tal abordagem é desanimadora, pois se alguém do país e da nação se considera o melhor do mundo, isto não o leva à atualização, ou a corrigir seus erros, porque o erro não é patriota.
Felizmente outra grande mudança viria a acontecer depois de 1989, quando as pessoas tchecas, em grande número, começaram a visitar a Áustria e a Alemanha. Elas ficavam olhando para a beleza de ruas quaisquer, para a pureza, a riqueza e o prazer ... e, novamente, muitos deles sentiam vergonha de seu país. Vergonha que ajudou a moldar a aparência de todo o país, porque a partir daquele momento até hoje, os tchecos compararam-se cada dia com os alemães e os austríacos. Muitas vezes, a típica situação pós-comunista (por exemplo, garçom maligno), as pessoas reagiam apenas com esta frase: "Na Alemanha isto nunca aconteceria!"
Agora, visitando, a República Tcheca, há duas semanas, vi-me diante de um feio subúrbio de Brno e eu senti vergonha do meu país, perante minha noiva polaca, e ela por outro lado, olhava para a nova e linda autoestrada, a reconstrução da cidade, do pequeno número de anúncios nos espaço públicos (em comparação com os painéis imensos dos anúncios polacos), os trens novos, as novas ferrovias, e muitos coisa nova, ou reconstruídas. Senti-me orgulhoso de meu país, eu me senti como um patriota.
Durante três anos, quando eu morei em Cracóvia, notei que os polacos não possuíam esse tipo de reflexão, a da comparação com os outros. "Eu não posso entender por que Zgorzelec é tão feia, pois o rio que separa a cidade polaca da cidade alemã Görlitz é muito bonito e a própria cidade alemã é tão bela e Zgorzelec, que é o cartão de entrada polaco é tão feia."
Como o céu estava fechado devido a erupção vulcânica de Eyjafjallajökull, eu tive que ir à Inglaterra de ônibus desde Cracóvia. Na parada, em Slubice, um jovem polaco saiu do ônibus e simplesmente jogou lixo nos arbustos ao lado da estrada. Perguntei-lhe se ele era um bom patriota, e ele respondeu que sim. E como eu lhe perguntei se estava ciente de que dois quilômetros adiante já estaríamos em território alemão e se ele jogaria o lixo lá também. Pois a primeira coisa que salta aos olhos dos estrangeiros é que o país é amado por seus nacionais e se ele estava jogando o lixo na Polônia é porque o próprio país é parecido com o lixo, ele realmente não entendeu o que eu quero dizer, bem como quase todos naquele ônibus.
Este fato mostra uma coisa muito importante - os polacos não sentem este "amor" prático "para com seu país. A bandeira em 03 de maio é agitada por quase todos, mas a Polônia é toda orgulhosa (não em comparação com a Ucrânia, mas com a Alemanha ou Noruega). Você diz que se você quiser se orgulhar do seu país, deve primeiro fazer alguma coisa para ele. Desejamos aos polacos, também descobrir este tipo de patriotismo.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Simplesmente Kasia
Tem mestrado em psicologia na Faculdade de Psicologia da Szkole Wyższej Psychologii Społecznej e arte dramática com os Machulski no Teatru Ochoty.
Dança com as Estrelas polacas
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Inundações ainda atormentam a Polônia
domingo, 6 de junho de 2010
Popiełuszko, mais um Santo Polaco
31 de agosto de 1981. Huta Warszawa. O Padre Jerzy Popiełuszko ante o cruzeiro no primeiro aniversário dos acordos assinados de agosto. Extamente um ano antes, o sacerdote tinha rezado uma impressionante missa para os metalúrgicos.
Hoje, em Varsóvia, acontece a missa de beatificação do Padre Jerzy Popiełuszko. Às 13:40 começou a procissão diante do Templo da Divina Providência com as relíquias do Beato Padre Jerzy em direção à Praça Pilsudski. Ali, 150.000 pessoas assistiram à missa consagrada ao mais novo Santo beatificado da Polônia.
"É um grande dia para a Igreja da Polónia e para a nossa pátria", disse o arcebispo de Varsóvia Kazimierz Nycz, ao iniciar a cerimónia que foi transmitida pela televisão, celebrada por uma centena de bispos e na qual esteve monsenhor Angelo Amato, enviado especial do papa Bento XVI, que disse, "a Padre Jerzy Popiełuszko, padre e mártir, que venceu o mal através do bem".
O Papa Bento XVI, que se encontra em Nicósia, no Chipre, rendeu de lá sua homenagem ao Padre Jerzy Popiełuszko, referido-se à beatificação como uma "feliz ocasião" e sublinhando que o "seu serviço de paixão e o seu martírio são um sinal especial da vitória do bem sobre o mal. Possa o seu exemplo e a sua intercessão alimentar o zelo dos padres e inflamar de amor os crentes".
Padre Jerzy Popiełuszko., nasceu em 14 de setembro de 1947, em Okopy, próximo a Suchowola. Faleceu em 19 de outubro de 1984. Foi assassinado por agentes da agência de inteligência interna, o Serviço de Segurança do Ministério do Interior. Reconhecido como mártir pela Igreja Católica, está sendo beatificado neste dia 6 de junho de 2010.
Jerzy foi um padre carismático associado aos trabalhadores e sindicalistas do movimento Solidariedade, que se opunham ao regime comunista na Polônia. Era um ferrenho anti-comunista, e em seus sermões, exortações espirituais inseria sempre mensagens políticas, criticando o regime comunista e motivando as pessoas a protestar. Durante o período de lei marcial, a Igreja Católica foi a única força com voz relativamente aberta, pois a celebração da Missa não era proibida pelas autoridade e Padre Jerzy, sentia-se impelido a utilizar os sermões como instrumento de protesto.
Os sermões do Padre Jerzy Popiełuszko eram rotineiramente transmitida pela Radio Free Europe e, com isso, tornou-se famoso em toda a Polônia por sua posição intransigente contra o regime. O serviço secreto do regime comunista tentou silênciá-lo e intimidá-lo. Como essas ações não funcionaram, eles fabricaram provas contra ele, assim ele acabou preso em 1983. Mas foi liberado logo após intervenção do clero e perdoado pela anistia.
Um acidente de carro foi preparado para matar Padre Jerzy Popiełuszko, em 13 outubro de 1984, mas Padre Jerzy conseguiu escapar. Um plano alternativo para seqüestrá-lo foi idealizado e finalmente realizado em 19 outubro de 1984. O padre foi espancado e assassinado por três oficiais do serviço secreto de segurança. Em seguida, seu corpo foi despejado no Reservatório de Água, em Włocławek. Local onde ser corpo foi encontrado em em 30 outubro de 1984 daquele ano.
A notícia do assassinato político causou alvoroço em toda a Polônia e os assassinos e um dos chefes foram condenados pelo crime. Mais de 250.000 pessoas assistiram ao seu funeral, incluindo Lech Wałęsa, em 03 de novembro de 1984. Apesar do assassinato e suas repercussões, o regime comunista permaneceu no poder até 1989. Os assassinos do padre, Capitães Grzegorz Piotrowski, Leszek Pekala, Waldemar Chmielewski e o coronel Adam Pietruszka foram presos, mas foram libertados mais tarde, por ato da Anistia
Em 1997, a Igreja Católica Apostólica Romana iniciou o processo de sua beatificação e, em 2008, ele recebeu a consagração de Servo de Deus. Em 19 de dezembro de 2009, foi anunciado que o Papa Bento XVI tinha aprovado decreto de beatificação do Padre Jerzy Popiełuszko.
O padre recebeu do governo polaco uma de sua maiores condecorações, a da Ordem da Águia Branca, de forma póstuma, ano passado.
sábado, 5 de junho de 2010
Enchente e tempestade em Varsóvia
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Previsões de Lech Wałęsa
"Na verdade, caso Kaczyński perca as eleições ele será muito mais perigoso para Polônia. Pois junto com Rydzyk, o político e não o sacerdote, os dois farão todo tipo de abaixo-assinado. Falarão que foram enganados, que foram traidos, que juntamente com os soviéticos, os judeus, os ciclistas, todos roubaram, roubarão e enganarão. Desta forma, podemos evitar um monte de problemas com ele na Presidência, onde pouco pode fazer", acrescentou Lech Wałęsa.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Folle Journée Chopin no Rio
De Schuman, contemporâneo do compositor polaco, de carreira francesa, que viveu apenas 39 anos, a Sinfonia n.º 4 em Ré Menor Op 120 será tocada hoje, às 20h30, pela Orquestra Petrobras Sinfônica, sob regência de seu maestro, Isaac Karabtchevsky.
Os pianistas Anne Quéffélec, Abdel el Bacha, Iddo Bar-Shai, Momo Kodma e Philippe Giusiano se revezarão até domingo apresentando toda a obra para piano, os noturnos, sonatas, mazurcas e valsas, em ordem cronológica. As composições para outros instrumentos são em número pequeno.
Os cinco já fizeram o mesmo programa em Nantes, cidade natal do Folle Journée - por lá, o festival, criado pelo produtor cultural René Martin, é montado há 15 anos. Eles também já passaram por eventos em Bilbao, na Espanha, Tóquio e Kanasawa, no Japão.
Outros solistas convidados são Arthur Moreira Lima, Eduardo Monteiro e Ronaldo Rolim. Os concertos serão realizados no Teatro Municipal, recém-reaberto, em seu pequeno teatro do prédio anexo, no Teatro João Caetano, no Auditório do BNDES e num espaço da Uni-Rio. Toda a programação, preços e endereços estão em http://www.riofollejournee.com/.
Intérpretes
Abdel El Bacha
Alexandre Dias
Anne Quéffélec
Arthur Moreira Lima
Eduardo Monteiro
Escola Portátil de Música
Flávio Augusto
Iddo Bar-Shaï
Isaac Karabtchevsky
José Miguel Wisnik
Jose Staneck
Marcos Arakaki
Miguel Rosselini
Momo Kodama
Monica Salmaso
Nelson Freire
OPES
OSB Jovem
Philippe Giusiano
Quarteto Maogani
Ronaldo Rolim
Sexteto Mauricio Carrilho
Sylvia Thereza
Trio Terno Carioca
fonte: Agência Estado
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Candidatos a vice-presidente??
A Revista Wprost desta semana, de inclinação direitista, traz em sua capa o primeiro-ministro Donald Tusk, do PO - Partido da Plataforma Cívica (de centro-direita) e um dos responsáveis pelo bom período que passa a economia polaca (a Polônia é o país de melhor desempenho econômico entre os 27 países da União Europeia), seguido dos dois candidatos mais bem posicionados na corrida presidencial polaca de 20 de junho próximo. O título da reportagem de capa tem um significado bastante interessante, "Eleições para vice-presidente", já que o cargo não existe, mas pelas intenções da matéria espelha bem que o presidente de fato da Polônia é o primeiro-ministro Tusk. Bronisław e Jarosław estariam candidatos a vice-presidente..
A verdade é que todos se supreenderam quando o candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, negou-se a sair candidatado novamente pelo seu partido. Foi sua decisão que permitiu seu companheiro de partido e presidente da Câmara dos Deputados (Sejm) Komorowski ter seu nome lançado a candidato a presidente. Com a morte trágica de Lech Kaczyński, Komorowski assumiu interinamente a presidência da República e convocou novas eleições.
"Donald Tusk é como Moisés, que conduziu uma Plataforma para atravessar o mar", diz o ministro da Justiça Krzysztof Kwiatkowski. Depois da crise financeira, o escândalo do jogo e o desastre de Smoleński, Tusk segue com os pés secos sobre o dilúvio. Os políticos do PiS costumam chamá-lo de estadista. A imagem descrita por Kwiatkowski sobre a Plataforma pode ter um problema, porém: é fraca a imagem de Bronisław Komorowski nesta plataforma, que em vez de conduzir, marcha atrás de Tusk.
Bronisław cai, mas ainda é lider
O jornal Gazeta Wyborcza, que encomendou a pesquisa também examinou as preferências dos eleitores, no caso de um segundo turno, marcado para 4 de julho. Se as eleições fossem neste fim de semana que passou, Bronisław Komorowski teria 64% dos votos e Jarosław Kaczyński apenas 36%. Komorowski receberia mais de 80% dos votos dos eleitores de plataformas de candidatos no segundo turno escava acima de 80 por cento. Chefe eleitores SLD Grzegorz Napieralski do SLD e a maioria dos votantes do atual ministro da economia Waldemar Pawlak do PSL.
Dos candidatos restantes, o melhor colocado nas pesquisas é Napieralski com 8%, enquanto Pawlak consegue apenas 3%, apesar dele ser o comandante da melhor economia da União Europeia, já que é o ministro da economia do atual governo de Donald Tusk. Mas parece que não consegue granjear para si os votos que estão sendo depositados no candidato do PO Komorowski, partido do primeiro-ministro. Andrzej Olechowski, Andrzej Lepper, Janusz Korwin-Mikkego têm 2%. Marek Jurek tem 1%. Bogusław Ziętek e Kornel Morawiecki não alcançam 1%.
A agência PBS DGA ouviu para a Gazeta, entre 28 a 30 de Maio, 1.013 pessoas, em todo o país.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Wajda: não podemos viver uma ficção
A revista semanal Polityka, a única de inclinação esquerdista entre os grandes veículos de comunicação da Polônia, traz esta semana, uma longa entrevista com o cineasta Andrzej Wajda (pronuncia-se andjei váida). Na conversa com o jornalista Wawrzyniec Smoczyński, o diretor do filme "Katyń", pede aos seus compatriotas que não vivam no faz de conta. "Não podemos viver uma ficção. A catástrofe misturou tudo, todos compartilharam o funeral. Isto não é novidade. Já sobrevivemos ao governo de Jarosław Kaczyński, que é o demônio do conflito".
Quando a Polônia chorava os mortos do desastre aéreo de Smoleński, Wajda, que teve seu pai assassinado pelo exército vermelho, na Floresta da pequena Katyń, com outros 20 mil oficiais polacos, na segunda guerra mundial, publicou uma carta, no jornal Gazeta Wyborcza, contrária ao enterro do casal Kaczyński (pronuncia-se cátchinsqui... e não cac zinsqui) no panteão real da Catedral do Castelo de Wawel, em Cracóvia.
A posição do cineasta encontrou uma nação dividida em duas. Uns a favor de que um simples plebeu - por mais que tenha sido terrível a sua morte - jaz para sempre ao lado de nobres e heróis da Pátria. Já os que ficaram contra, manifestaram-se em frente a Cúria Metropolita de Cracóvia, da prefeitura das cidades do país e dos edifícios do Congresso Nacional e do Palácio Presidencial. "Este enterro no Wawel é um absurdo", bradavam em voz alta e cartazes.
Entre os que ficaram contra a posição do cineasta Wajda, verdadeiro ícone do cinema mundial e autoridade cultural da Polônia, está o médico que lhe atendia a domicílio. "No dia seguinte a publicação da carta (ler post aqui no blog), o médico que está me tratando, a pedido de minha mulher, respondeu que não tinha tempo para me examinar. Quando minha esposa pediu se podia então, atender no dia seguinte, ele disse: - Amanhã eu não tenho tempo. Sugiro que você procure qualquer outro médico. - Isso confirmou nossos temores de que a divisão da sociedade é inevitável."
Smoczyński: Divisão em que grupos?
Wajda: Naqueles que querem usar a imaginação patriota do povo de todas as formas aceitáveis e inaceitáveis de emoção. Estimulando artificialmente o sentido de patriotismo das pessoas e outros que insistem na verdade dos fatos.
Smoczyński: Segundo o senhor, de onde sai essa divisão?
Wajda: O desastre do avião foi lido como uma catástrofe polaca. Pior! Um dos bispos em sua bondade cristã, disse que já que teríamos que passar por esta catástrofe, melhor seria que o avião devesse ter caído em 07 de abril, quando, quem estava à bordo era o primeiro-ministro.
Smoczyński: E como as pessoas reagiram ao discurso do governo?
Wajda: Onde não podemos aparecer, todos nos dão sinais de que estão conosco. Dão sinais, eventualmente de forma irefletida, manifestam sua aprovação em voz muito baixa. Mas ninguém chora na rua.
Smoczyński: Por quê?
Wajda: Aparentemente, as pessoas pensam que, neste caso, não precisam falar alto. Mas um monte de pessoas desconhecidas para mim, dam-me a entender, que essa escolha é necessária. Isso seria ruim se a nossa voz na "Gazeta Wyborcza" não tivesse aparecido. Só que esse poder não tem nada a ver com o que está na nossa televisão todos os dias. Isto é parte de um todo maior.
Smoczyński: Políticagem?
Wajda: O enterro no Wawel foi o início da campanha eleitoral. Desculpe, mas isto tem sido entendido assim por uma grande parte da nossa sociedade.
Smoczyński: Mas o senhor acha que isto foi planejado? Não é maquiavelismo demais?
Wajda: Bem, isso pode ter tido outro motivo? A força desses símbolos são decisivos na Polônia, esta consciência está em nós antes de todas as outras coisas.
Smoczyński: Vamos voltar as manifestações de solidariedade que o senhor recebeu. Esperavas outra reação?
Wajda: Não. Nós só esperávamos que nossa declaração fosse discutida. Em nossa ingenuidade, pensávamos que o Bem não é propriedade de um único decididor.
Smoczyński: O que o governo pode falar sobre isso?
Wajda: Pareceu-me que alguém do governo quisesse falar. Não gostaria de pensar sobre meus queridos compatriotas, que eles se amedrontaram. Pensei que poderia ser uma tentativa de tomar outra forma de decisão, mas com a participação de outra pessoa ainda. Não acho que aquela decisão de enterrar no Wawel tivesse que ser resolvida em um dia apenas.
Smoczyński: Foi dito que a escolha foi toda da família do presidente Lech Kaczyński (pronuncia-se lérrh e não lék e tampouco léxi).
Wajda: Há muitas famílias na Polônia, desejando que os seus parentes nobres sejam enterrados com os reis da Polônia. Mas este não é o motivo.
Smoczyński: A declaração do governo sinalizou que o enterro do Wawel dividiria os polacos. Ele compartiu, ou apenas revelou diferenças nas atitudes existentes há décadas?
Wajda: A catástrofe misturou tudo, todos compartilharam o funeral. Isto não é novidade. Já sobrevivemos ao governo de Jarosław Kaczyński, que é o demônio do conflito. Então! Mas se alguém não tem nenhum programa moderno para o país, que vá além do ideológico, essa pessoa só consegue desenvolver suas ações políticas quando há conflito. Esta necessidade contínua de desautorizar nosso trabalho, o que nós fazemos, o que podemos fazer por este país... é apenas para criar uma situação ambígua. Isto é o que faz a televisão pública, o IPN, o acordo conjunto dos jornais. Será que o país pode viver como na ficção?
Smoczyński: Mas Jarosław Kaczyński foi deposto do poder de governar quando era primeiro-ministro. Os eleitores rejeitaram sua política de conflito. Em vez disso, ele surpreende com esta volta ultraconservadora tradicional. É possível que isso seja uma apenas uma corda vocal da alma polaca?
Wajda: Deus me livre, se isso acontecer. Porque isso significaria que os polacos querem algo, que eu não sei o quê. Estão insatisfeitos. Tem-se a impressão que os descontentes são principalmente aqueles que são uma pequena parte do que o país é hoje e no que realmente está acontecendo. A parte infeliz das pretensões em curso não oferecem uma única alternativa para qualquer das áreas, a não ser uma exceção, ou seja, converter a história polaca na nova história política do país.
Smoczyński: Katyń também não é hoje uma vítima da história política? Não é assim que, a falsa defesa da República Popular da Polônia (Polônia comunista), a qual já na Polônia livre continuou sendo falsificada, na onda do desastres em Smoleński, transformou-a em dimensão mitológica?
Wajda: Mas se há um furo, como se pode medir isso? Por que por 70 anos a memória deste evento não desapareceu? Por duas razões: em primeiro lugar, nunca se tinha assassinado em massa prisioneiros de guerra. Assim como nós aprendemos que as pessoas podem fazer sabão, nós também aprendemos que elas podem ser colocadas numa câmara de gás. Assim, de repente, esta guerra tem nos mostrado que você pode matar milhares de prisioneiros, embora não ameaçe ninguém e, além disso, a maioria deles não são os agentes profissionais. Portanto, não é um crime ocorrido no serviço militar, é um crime contra a intelligentsia polaca. E se assim for, você tem a resposta para a pergunta de por que essa memória sobrevive por tanto tempo. Devido a essas casas intelectuais, as mentes dos intelectuais, os intelectuais, pertencentes a famílias é que a memória tem sido firmemente estabelecida. E isso não serve a qualquer propósito imediato ...
Smoczyński: Hoje não serve? Isto não é instrumentalizar?
Wajda: É isso aí mesmo! Instrumentaliza-a um determinado grupo de políticos, porque buscam conflito em cada campo. E isto porque os polacos têm um legado da União Soviética, e Katyń não foi completamente esclarecida, é fácil jogar com os ressentimentos, e os políticos fazem ilações justamente com essas emoções. Não foi o PiS (Partido Lei e Justiça de Lech Kaczyński) que ratificou Katyń. Memorizaram-na as famílias vítimas de Katyń. Certamente, mais do que gente do PiS, morreu um homem naquele avião, que é Andrzej Przewoźnik. Mas isto não é o PiS, apenas ele construiu um cemitério na Rússia.
Smoczyński: Hoje diz-se que Smoleński é vítima de sua descoberta sobre a verdade de Katyń.
Wajda: Vou dizer de maneira diferente, na minha opinião, o que poderia se tornar positivo entre polacos e a Rússia sobre Katyń, ocorreu em 07 de abril durante a visita do nosso primeiro-ministro. Tusk e Putin disseram que, sob aquela situação, o que poderia ser dito, porque penso que da verdade se vai a uma outra longa estrada, do que possamos pensar. Mas isso faz parte de um todo maior. O primeiro documento quem deu foi o general Jaruzelski a Gorbachev. Esta carta, que serviu de base para o conhecimento do assassinato dos oficiais polacos. Em seguida, documentos foram enviados pelo presidente Yeltsin. Em seguida, foi dada por uma comissão formada - a melhor prova de que estes cemitérios existiam. É impossível não reconhecer estes fatos, não reconhecer o mérito dessas pessoas que forçaram as diferentes etapas do esclarecimento histórico sobre Katyń.
É claro, que o ambiente na Rússia era forte, muito influente, e que poderia parar todo este processo em 2005, quando escrevi ao procurador da Rússia pedindo em que lei, em que pontos, meu pai, o Capitão Jakub Wajda, foi privado de sua vida em 1940. Recebi resposta em que não se podia, dar-me uma explicação satisfatória, porque não estavam de posse da mala do meu pai. Esta não é a resposta para dizer apenas um definitivo "não". Davam com isso a entender que cada um dos oficiais polacos foi baleado por motivo diverso, que supostamente estaria guardados na mala. E esta é a mentira óbvia, porque todos morreram sob a pena de uma mesma assinatura, a de Józef Stalin, em uma carta, a qual Beria preparou para o Politburo em 1940.
Smoczyński: Por que Andrzej Wajda, filho de um oficial que foi morto em Katyń, foi nas comemorações junto com os representantes das famílias vítimas de Katyń com o primeiro-ministro e não com o presidente da República?
Wajda: Porque eu apoio a política do primeiro-ministro Tusk, e não apóio a política do presidente Kaczyński. O gabinete do primeiro-ministro me perguntou se eu iria com ele, em 7 de Abril, até Katyń. Eu respondi que sim, achava, como acho, que este era um passo em direção a um acordo com a Rússia. Além disso, voaram conosco representantes das famílias de Katyń e seu presidente Andrzej Skąpski, que mais tarde voaria, pela segunda vez, com o presidente Kaczyński para morrer.
Smoczyński: O que você acha do slogan "Katyń 1940-2010"?
Wajda: Isto é coisa inadmissível: um acidente de avião pode acontecer a qualquer hora, em qualquer lugar e em cada país, ficou relacionada ao objetivo concreto desta viagem. Imagine que um avião voasse para o 600.º aniversário da Batalha de Grunwald. Um caso semelhante ocorresse e, portanto, a comunicação social informaria que o piloto foi morto junto a Grunwald. A relação sobre este desastre seria um absoluto crime de abuso. Eu entendo que os autores dessas informações, impliquem que a catástrofe foi um desastre.
Smoczyński: Sem a memória das vítimas, dos crimes, é possível hoje construir um patriota polaco?
Wajda: Alguns pensam que o patriotismo é um compromisso com o passado, muitas vezes de forma indiscriminada. Que foram enganados, portanto, que algo deveria ser feito, porque nós mesmos nunca foram culpados do que aconteceu. A Polônia não desapareceu do mapa, porque os nobres ganharam mais direitos e menos responsabilidades ... por isso estamos constantemente a fazer outras reivindicações ao patriotismo e à necessidade de confirmar a crença de que a razão está do nosso lado.
Sob o período do comunismo, o que era o nosso patriotismo? Então... nós queremos pertencer à Europa, porque nós pensamos que o prejuízo que nós conhecemos em 1945, consistiu no fato de que nós nos tornamos um país diferente, um sistema diferente, uma realidade diferente. Nós fomos co-criadores da nossa vitória junto com os Aliados ocidentais, que até então não permitiam isso, que participássemos do desfile da vitória. Por que nós tentamos conseguir um passaporte e sair para o Ocidente para ver como ele enxerha as coisas, como as pessoas de lá vivem? Porque esse foi um projeto nosso, não de Moscou.
Smoczyński: Ok, mas hoje este projeto patriótico- europeização e modernização - já foi amplamente conseguido. Hoje, ante o europeísmo, o atual premier apresenta o túmulo do patriotismo.
Wajda: Tenho esperança, que sob este aspecto, apresente-se pela última vez.