sábado, 1 de dezembro de 2007

Bigos é coisa de polaco


Bigos é um tradicional guisado típico da Polônia. Ele é considerado um dos principais pratos nacionais dos polacos. Os séculos de convivência com a República das Duas Nações fez com que o bigos seja tradicional também na Lituânia.

À base de repolho fresco e azedo e bastante carne a receita do Bigos varia de região para região. Também seu modo de fazer e seus temperos sofrem alterações.

Para alguns, a quantidade de carne deve igualar a quantia de repolho. Para outros, não: tem que ter mais repolho.
Numa coisa todos concordam: tem que colocar igual medida de repolho fresco e azedo, pois se a receita contiver apenas repolho azedo, então, não é bigos. Mas apenas a relés cópia alemã conhecida como chucrute e sem as carnes e os temperos.

O verdadeiro Bigos leva sempre tomate, cogumelos e louro.
As carnes podem variar, depende da dispensa, ou do açougue. Pode ter carne de gado, porco, presunto, torresmo, linguiça e salames.


O mais comum é que o Bigos seja servido com batatas e pão com o acompanhamento de uma boa vodka.

Faz parte da tradição que a iguaria seja servida após o dia de Natal, ou seja, no dia 26 de dezembro. Mas como sempre sobra, pode-se acabar de comer tudo no Sylwester (Ano Novo).

Conta a história que o Bigos foi introduzido, na Polônia, pelo príncipe Władysław Jagiełło (pronuncia-se vuadissuaf iaguiélo) da Lituânia, quando se tornou rei da Polônia, com o título de Władysław II, em 1385, ao casar-se com a rei Jadwiga (canonizada pelo Papa João Paulo II, como Santa Edwirges).

Jagiełło acabou dando nome a várias instituições na Polônia, a começar pela Universidade Iaguielônica (Jagiełłoński) de Cracóvia, criada por seu sogro Rei Kazimierz - Wielki (Casimiro -o Grande).

Linguistas tergiversam e alguns acham que o Bigos poderia ser de origem alemã já que o prato é feito de repolho azedo, e daí os alemães jurarem que chucrute é algo só alemão. Mentira!

Esquecem estes que o repolho não é privilégio dos saxões, mas dos eslavos em muito maior proporção. E isto até os confins da Sibéria.

Estes linguistas teimam na explicação da origem da palavra Bigos ser saxônica (origem da alemã), mas não conseguiram até hoje apresentar alguma palavra que possa realmente ser identificada no moderno idioma alemão com bigos.

Até o Dicionário da PWN (Polski Wydawnictwo Naukowe - Editoria Científica Polaca) de palavras estrangeiras especula que "Bigos" ao que tudo indica deriva do particípio passado do verbo alemão "begossen", ou seja "para mergulhar", o que indicaria que o Bigos deve ser embebido em vinho. Mas o vinho é uma bebida que não faz parte historicamente da beberagem polaca e nem está presente nas antigas receitas polacas do Bigos.

Metaforicamente, em idioma polaco, Bigos significa "confusão""bagunça" ou "grandes aborrecimentos".

Mas tem quem acredite que a iguaria tem sua origem na Ásia (cf. kimchi) e que teria sido apresentada, na Polônia e resto da Europa pelos mongóis, durante as famosas invasões tártaras (que inclusive legou o molho tártaro). Parece ser a explicação da origem mais plausível e aceita.

RECEITA DE BIGOS





























Ingredientes
400 gr de repolho azedo
400 gr de repolho fresco
200 gr de carne de porco sem osso
200 gr de carne bovina ou de vitela
150 gr de linguiça
150 gr de salame defumado
100 gr de bacon defumado
30 gr de gordura (banha)
50 gr de toucinho
50 gr de cebola branca cortada miúda
20 gr de farinha de trigo
10 gr de cogumelos secos
50 gr de ameixa seca
300 gr de massa de tomate
- sal à gosto
- pimenta à gosto
- açúcar à gosto
- 1/2 copo de vinho tinto seco.

Modo de fazer
Cortar e pôr na panela o repolho azedo adicionando água fervida e cozinhar com a ameixa cortada sem caroço.
Numa outra panela, por o repolho fresco cortado em tiras junto com cogumelos secos (lavados) e adicionar água fervida.
Fritar a carne de porco em quadradinhos no óleo e cozinhar até amolecer.
Fritar o toucinho, e o bacon cortado miudinho, a carne de gado, a linguiça e o salame.
No óleo da fritura (do bacon e toucinho) fritar cebola e dourar a farinha de trigo. Depois de cozinhar por mais de 2 horas os repolhos, juntar tudo numa panela grande e por massa de tomate, sal, pimenta à gosto e um pouco de açúcar.

Adicionar bebida alcoólica (vodca, cervejam vinho branco) e mexer bastante.
Ferver um pouco mais e deixar descansar na geladeira.

Melhor preparar dois dias antes de servir.


PRONTO NO SUPERMERCADO


Na Polônia, é possível encontrar o Bigos já pronto.
Basta esquentar em banho maria e servir.
São muitas as marcas.
Esta, em pote de vidro, é uma das mais tradicionais e consumidas.

Karam foi pra Allures

Sempre que penso em Karam, penso em "Doce primavera", penso em "Aleluia Gretchen". Sabe por que? O culpado desses pensamentos são sempre o ator José Maria Santos. Foi com Zé Maria que conheci o Guairinha, - panteão do teatro paranaense. Foi lá, que tomado de choque vi as mais intensas e estupendas interpretações do teatro. Dizendo diálogos de Manoel Carlos Karam, Zé Maria, Lúcio Weber e principalmente Irineu Adami transformaram minha vida de estudante de telecomunicações em um futuro jornalista e ator. Depois, ou antes, não sei, Karam estava por detrás daqueles diálogos com que Zé Maria conquistou o Kikito de Ouro de Gramado pelo filme de Silvio Back. O ator José Maria Santos deve aos textos de Karam pelo menos três de seus troféus de melhor ator.
Certamente no dia de hoje, Zé Maria e Irinei Adami junto com Narciso Assumpção, Oraci Gemba, Olinda Wischeral, Maurício Tavorá, Sale Wolokita, Edy Franciosi, Lala Schneider estão recepcionando Karam lá em "Allures do Sul" como diz o cartunista Solda - amigo de todos eles. E nós ficamos aqui aturdidos com tantos que estão nos deixando. O crítico Deonísio da Silva escreveu que "Curitiba abriga um grupo de escritores inventivos, inconformados como é de praxe acontecer a pessoas lúcidas. Alguns dos maiores reconhecimentos literários brasileiros foram parar nas mãos deles. Em 1995, Manoel Carlos Karam arrebatou o Prêmio Cruz e Sousa. E ano passado, Dalton Trevisan levou para Curitiba o Prêmio Portugal Telecom. " - "Karam é mestre em desconcertar sempre mais." - "Karam insiste no absurdo da existência. Seu viés, porém, não é o desolador olhar de um Camus, de um Sartre, mas o de um brasileiro desconfiado. Muito desconfiado."
Karam nasceu em 1947 em Santa Catarina, mas vivendo em Curitiba desde 1966, tornou-se um curitibano pela longevidade em terras de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e agora este 1° de dezembro infelizmente encerra esta caminhada.
Confesso que não li os livros que Karam publicou e que listo abaixo, mas suas peças de teatro continuam na minha memória. Além de DOCE PRIMAVERA (o melhor espetáculo teatral que assisti em minha vida e dois continente), "Fulano de Tal" (Zé Maria depois deste sucesso colocou o nome de seu sitio na Lapa de Fulano de Tal), "Urubu",
"Céu da Boca", "Esquina da Sete de Setembro com 31 de Março".

"Fulano de Tal" de Manoel Carlos Karam, com José Maria Santos e o casal de irmãos Denise e Narciso Assumpção.
Livros publicados:
  • Fontes murmurantes Rio de Janeiro: Marco Zero, 1985
  • O impostor no baile de máscaras Porto Alegre: Artes&Ofícios, 1992
  • Cebola Florianópolis: FCC Edições, 1997
  • Comendo bolacha maria no dia de são nunca São Paulo: Ciência do Acidente, 1999
  • Pescoço ladeado por parafusos São Paulo: Ciência do Acidente, 2001
  • Encrenca Cotia SP: Ateliê Editorial; Curitiba PR: Imprensa Oficial do Paraná, 2002
  • Sujeito oculto São Paulo: Barcarolla, 2004
Minha saudação posso fazer também através deste Poema de Natal de Vinicius de Moraes, que você pode ouvir aqui

Wyraźnie spółczucje i szczery kondolencji dla rodziną

Distintamente meus sentimentos comuns e sinceras condolências para a família

Sopas polacas I

Talvez a imensa maioria não saiba, mas a Polônia também é a terras das sopas (zupa) e consomés (barszcz). Uma das melhores sopas de Cracóvia é aquela feita com cogumelos silvestres (funghi - italiano - são aqueles escuros e grandes). Porém, desta vez apresento a de champinhão (champignons - franceses / são aqueles pequenos, redondos e brancos), por estes serem mais comuns no Brasil. Os grzyb - cogumelos são quase sempre vendidos secos (como gosta a imensa maioria da colônia italiana) no Brasil e não frescos como na Polônia. Assim, fazer zupa com cogumelo seco não seria realmente uma sopa polaca. Pois para os polacos há uma grande diferença entre a zupa peiczarkowa (sopa de champinhão) e a zupa z grzybami (fungos - cogumelos silvestres). Eu, particularmente, tenho como meu prato preferido em Cracóvia, a zupa z grzybami servida dentro da broa, do restaurante U babcia Malina. Há que dizer ainda que a zupa é mais cremosa e o barszcz é bem ralo (o mais consumido é o czerwone - avermelhado - de beterraba vermelha).

ZUPA PIECZARKOWA

Ingredientes
1 1/2 litro de caldo de legumes com osso buco
300 gr de champinhon
1/8 litro de creme de leite
1 a 2 gemas cruas
20 gr de manteiga
10 a 20 gr de farinha de trigo
sal, pimenta do reino.

Modo de fazer
Cozinhar os champinhons picados em pouca água com a manteiga. Juntar o caldo aos cogumelos moídos, adicionar a farinha de trigo misturada com um pouco de água fria, as gemas de ovo mexidas com o creme de leite. Ferver e servir.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A brasileiríssima feijoada

Tudo bem que a proposta aqui é falar de pierogi, bigos, barszcz e kapusniaki, mas como muitos são os acessos de pessoas de outros países interessados também na colônia polaca do Brasil e de suas coisas, abro espaço para a nossa brasileiríssima feijoada. Este foi o prato escolhido em 2007 por votação do júri popular do jornal "O Estado de S.Paulo". Feijoada, aquela que você pode comer às quartas e sábados (em alguns lugares, tem todo dia) em dez mil dos doze mil estabelecimentos gastronômicos de São Paulo - de acordo com uma estimativa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Os internautas tiveram 15 dias - a votação começou no dia 8 - para escolher aquela que, no seu entender, deveria ser a campeã. A ganhadora, com 23,95% dos votos, vem com dez tipos de carnes, sendo duas bovinas (carne seca e língua) e as demais, suínas: costela, pé, rabo, orelha, lombo, paio, lingüiça portuguesa e bacon. É servida diariamente há mais de 30 anos em duas versões: a tradicional e a magra. E preparada, até hoje, no mesmo fogão a lenha. O Bolinha, fundado em 1946 por Affonso Paulillo, é administrado por seus filhos, José Orlando e Paulo Affonso Paulillo.A do Baby Beef Rubaiyat ficou em segundo lugar, com 13,47% dos votos, e a do Bar do Nico, com 12,56%, em terceiro. E esta é a famosa receita:

INGREDIENTES

200 g. de carne seca bovina
200 g. de costela de porco salgada, ou defumada
200 g. de pé de porco salgado
100 g. de rabo de porco salgado
100 g. de orelha de porco salgada
150 g. de lombo de porco defumado ou salgado
100 g. de paio
100 g. de linguiça portuguesa
100 g. de língua de boi defumada
050 g. de bacon
900 g. de feijão preto
200 g. de cebola picada (para o tempero do feijão)
100 g. de alho picado (para o tempero do feijão)
006 fls. de louro (para o tempero do feijão)
002 un. de laranjas com casca (bem lavadas)

MODO DE FAZER

Limpar bem as carnes salgadas, tirando o excesso de gorduras e nervuras, limpando os pêlos e colocando-as de molho em água por 24 horas, trocando-se a água três a quatro vezes durante este período. Ferva as carnes salgadas em peças inteiras, durante mais ou menos 20 minutos em fogo forte, e jogue a água fora, pois nela está todo o excesso de gordura. Coloque então as carnes para cozinhar de forma definitiva, já com o feijão, as folhas de louro e as laranjas cortadas em metades, na seguinte ordem: carne seca, pé e orelha. Meia hora depois coloque a língua, o rabo e a costela, e após meia hora, coloque o lombo, a linguiça, o paio e o bacon, cuidando para tirar e jogar fora, durante todo o cozimento, a gordura que for subindo à superfície. Em uma frigideira, doure bem a cebola e o alho em duas xícaras de óleo previamente aquecido, colocando na panela do cozimento, junto com as últimas carnes para cozinhar, retirando antes as metades das laranjas, que já cumpriram a sua missão de ajudar a cortar a gordura das carnes. Após duas horas comece a testar o grau de cozimento da carnes com o garfo, pois nem todas chegam ao grau de maciez ao mesmo tempo, retirando e reservando as que já estiverem no ponto. Quando todas as carnes e o feijão estiverem no ponto, retire e corte as carnes em pedaços pequenos para servir, voltando para a panela com o feijão e cozinhando por mais 10 a 15 minutos em fogo brando. Sirva com arroz branco e couve refogada no azeite e alho, e uma bela farofa de mandioca.

Receita da couve à mineira

Ingredientes
01 maço de couve
02 colheres de sopa de azeite
sal à gosto

Modo de preparo
Comprar na feira a couve já picada bem fininha, ou então comprar um maço de couve, arrancar os talos das folhas até a sua metade,lavar as folhas rapidamente secá-las, enrolar de quatro a cinco folhas juntas, e picá-las bem fininho.).
Aquecer uma frigideira com umas duas colheres de sopa de bom azeite, coloque a couve na frigideira, e tempere com um pouco de pimenta do reino,(para quem gosta), salgue à gosto e remexa a couve na frigideira até murchá-la só um pouco, e estará pronta a couve mineirinha.

Bolinha Restaurante - Av. Cidade Jardim, 53 – Jardim Europa – Fone: (11) 3061-2010 – Site: http://www.bolinha.com.br/

Por sugestão do amigo Cley Scholz estou acrescentando a letra da música "Farofa-fá" para alegrar a "feijuca":


FAROFÁ-FÁ
autor: Mauro Celso

Comprei um quilo de farinha
Pra fazer farofa
Pra fazer farofa
Pra fazer farofa fa
Comprei um pé de porco (faró fa fa)
E orelha de porco (faró fa fa)
Pus tudo isto no fogo (faró fa fa)
E remexi direito (faró fa fa)
Com a fome de um lobo (faró fa fa)
Eu calcei o meu peito (faró fa fa)
Fa
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró Fa Fa
Farinha de mandioca (faró fa fa)
E pimenta malagueta (faró fa fa)
Eu gosto de farofa (faró fa fa)
Comi, não faço careta (faró fa fa)
Mas sou forte como um touro (faró fa fa)
Da cabeça inteligente (faró fa fa)
Só não mastigo tijolo (faró fa fa)
Porque me estraga os dentes (faró fa fa)
Fa
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró Fa Fa






BOM APETITE!!!


SMACZNEGO!!!!






Para ouvir o autor Mauro Celso cantando a música que fez muito sucesso com Silvio Brito e Sérgio Malandro, clique aqui

Tusk no Vaticano

O Papa Bento XVI receberá o Premier Donald Tusk no Vaticano, no dia 7 de Dezembro próximo. Evidentemente que todos sabem que os procedimentos diplomáticos normais na organização de uma visita oficial ao Vaticano demanda várias semanas, anunciou hoje o jornal Dziennik Polski. No caso da Polônia, parece que um pedido de Varsóvia é sempre bem recebido e as providências são imediatas. Reflexo claríssimo do peso que o Papa João Paulo II ainda representa na administração da Santa Sé. O Vaticano será a terceira capital, depois de Vilnius e Bruxelas, visitada pelo novo primeiro ministro polaco.

Fotyga critica Sikorski

A ex-ministra de relações exteriores da Polônia, Anna Fotyga disse esta manhã à Rádio Polônia que o novo governo do primeiro-ministro Donald Tusk continua a demonstrar desrespeito ao Presidente Lech Kaczyński. Como nova chefe do gabinente da presidência da República, Anna Fotyga afirmou que o desacordo entre o Presidente e o novo ministro das relações exteriores Radek Sikorski foi causado unicamente por este não ter conseguido uma audiência com o Presidente para falar sobre o orçamento do Estado. Mas isto não é o caso para o ministro sair criticando o Presidente, teria dito Fotyga, que considerou o comportamento de Sikorski como inapropriado, pois a provocação não é o melhor caminho da diplomacia. Fotyga acusou também o novo governo de uma atitude muito suave em relação a Rússia. A crítica da ex-ministra, deve-se ao fato de na última terça-feira, o primeiro ministro Donald Tusk ter informado que a Polônia tinha desisitido de bloquear as negociações sobre o acesso da Rússia na OECD. Para Fotyga, tal situação causará um aumento da pressão russa na arena internacional e isso não é bom para ninguém. Por sua vez, Fotyga, quando a frente do ministério e com o apoio dos gêmeos Kaczyński preconizou um dos periodos de maiores dificuldades da diplomacia polaca nos últimos tempos. Sob o comando de Fotyga, a Polônia sempre foi voto contrário em qualquer deliberação na União Européia. Sua saída foi saudada com slegria entre os demais 26 países membros da UE.

Caminhadas na neve

Foto: Ulisses Iarochinski
Apesar do frio de 15 negativos, bastou o sol aparecer para os moradores de Bielsko Biała retornarem à suas caminhadas nas trilhas que levam do aeroporto às montanhas ao redor da cidade. E claro, é o momento para os cães também darem um passeada.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Ajuda ao Mário

Amigos: por favor ajudem Mário Schoemberger. Daqui de Cracóvia, mando meu abraço gigantesco ao amigo de teatro. Mário fora o fato de ser este grande ator das novelas da Globo, da Record e do teatro paranaense foi amigo de infância de meus tios no interior do Paraná, lá na Vila Operária, em Monte Alegre (chamada hoje em dia de Telêmaco Borba). Além disso, seu irmão, o cantor Pedro, foi meu colega de faculdade de jornalismo. Pedro, nos anos 70, foi o famoso cantor Cris McClayton, quando muitos cantores brasileiros cantavam em inglês com pseudônimos americanizados. Fez Sucesso com a música Bye Bye Rose Marie. 

Cris McClayton - Pedro Luis Schoemberger




Novo estádio nacional

O Ministro dos Esportes Mirosław Drzewiecki anunciou, hoje, que a empresa ganhadora da concorrência para construir o novo Estádio Nacional em Varsóvia é a JSK Architekci. Responsável pelos projetos dos estádios de Berlim, Dubai e China, a empresa também vai construir para a Euro 2012, o estádio de Wrocław (vrotssuaf). Os planos são de que a construção se inicie em 2009 e que esteja pronta no primeiro trimestre de 2011. O Estádio Nacional terá capacidade para 55 mil espectadores. E deve custar cerca de 500 milhões de Złotych, ou 140 milhões de Euros. Participaram da concorrência 15 empresas de todo o mundo.

Nevada em Wawel

Foto: Ulisses Iarochinski
A neve cobre as margens do rio Vístula, na grande curva da colina de Wawel. O castelo real e a catedral ficam mais bonitos assim, de branco.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Gorlice: origem de araucarianos II

Foto: Ulisses Iarochinski
Era esta a imagem de Ropa, as 9 horas da manhã desta terça-feira. Deste Distrito rural, no munícipio de Gorlice, partiram muitos polacos em direção a Nova Polônia - na época, distrito que ocupava quase metade do território do munícipio de Curitiba. A década era a de 1890-99. No Paraná eram conhecidos por Galicianos, pois vinham da Galícia - região criada pelo invasor Império Austro-Húngaro em terras da Polônia. Ropa, que em idioma polaco é traduzido como petróleo, tem este nome, porque justamente do local onde esta foto é feita, foi encontrado "nafta" numa caverna, no século 19. O Petróleo encontrado em Ropa acabou sendo explorado por uma refinaria, que infelizmente (ou felizmente) não conseguiu dobrar o limiar do século XX. Sendo fechada antes disso. O nome do produto, entretanto, acabou dando nome ao distrito rural de Gorlice.