Michał Boni - Foto: Sławomir Kamiński / AG
Metro - O senhor acredita que acha que os jovens polacos, que tanto reclamam do país, nos dias de hoje, podem vir a amar seu próprio país, poderão planejar suas vidas, trabalhar e criar seus filhos na Polõnia do futuro? Este país será camarada com seus cidadãos? Os polacos poderão sentir em breve o impacto das ações que o Estado está implementando em suas vidas?
Boni - Mas estamos já vivemos num Estado normal. E polacos sempre amaram seu país. Houve muitos momentos difíceis na história da Polónia, mas nunca esta nação foi abandonada. Nem mesmo por aqueles que emigraram. Nos próximos 20 anos vamos mudar muito e buscar uma ocupação e uma profissão que garanta tudo isto é algo normal. Com certeza a Polônia será cada vez mais um país melhor, teremos a oportunidade de compartilhá-lo nos nossos tempos livres. Para que as mudanças no trabalho possam trazem melhorias, temos que mudar nossa mentalidade, até mesmo na administração de nossas vidas pessoais. Temos de restaurar a confiança do cidadão no Estado, mas não como está fazendo o PiS*, que muda as regras a todo momento."
PiS* - Partido do Direito e Justiça, dos gêmeos Kaczyński
"Somos líderes na região. Muito disso graças a nossa criatividade e espírito empreendedor. Mas nessas mudanças, especialmente, ainda precisamos trabalhar nossa mentalidade", afirmou Michał Boni, chefe de gabinete do primeiro-Ministro Donald Tusk e autor do "Relatório sobre capital intelectual da Polônia", com estratégias polacas para os próximos 20 anos.
Segundo Boni, vive-se em um país completamente diferente daquele de 20 anos atrás, sob o governo do Solidariedade. "Temos liberdade, viajamos além fronteiras, aprendemos a investir dinheiro. Desde 2005, foram criados 1,5 milhões de novos empregos. O valor dos salários dos polacos aumentou 16 vezes! Temos também quatro vezes mais graduados do ensino superior. Em 1989, nesse nível de ensino tinhamos apenas 7 por cento dos que concluiam estudos. Agora este índice está em 17 por cento. Estes dados são concretos e atestam o desenvolvimento da nossa sociedade. Este grande sucesso é fruto da nossa liberdade, criatividade e empreendedorismo."
Perguntado por que a vizinha República Tcheca nestes últimos anos foi capaz de construir autoestradas e a Polônia não. O conselheiro do primeiro-ministro foi categórico: "Um país que está em fase de desenvolvimento precisa de capital. Nos anos o orçamento do Estado pecava por falta de dinheiro. Tínhamos um dilema naquela época: diminuir a demanda pelas aposentadorias ou construir as autoestrada. Não tínhamos o plano pós-guerra Marshall, como foi feito na Alemanha Ocidental. Por isso fomos rígidos nas despesas sociais. Investimentos para construir estradas só apareceram quando entramos na União Europeia."
Sobre a corrupção no país que certamente tem causado estragos no desenvolvimento da Polônia, o especialista confirma que este é um dos problemas mais importantes a serem atacados. "Evidente que em outras países ela é muito maior, mas creio que aqui ela está caindo." E quando ele fala isso, não basta ir muito além das páginas de jornal nos últimos anos para saber que muitos corruptos foram presos. Muitos políticos e até senadores com mandato estão detidos há mais de dois anos na Polônia.
Mas se o país está bem melhor do que há vinte anos atrás, por que tantos jovens recém-formados com o diploma de mestres na mão, estão trabalhando aos milhares no exterior? Foi a única pergunta feita à Boni, onde este foi evasivo: "todos os jovens, num país que goza de liberdade como o nosso, fazem suas escolhas pessoais. Buscam as melhores condições para realizarem seus sonhos. Nesse momento de escolha, não pensam na Polônia de hoje, ou na Polônia do comunismo. Simplesmente querem ir para o estrangeiro. Mas muitos já estão voltando". Encerrando a entrevista para o jornal Metro, Michał Boni, respondeu as perguntas finais:
Segundo Boni, vive-se em um país completamente diferente daquele de 20 anos atrás, sob o governo do Solidariedade. "Temos liberdade, viajamos além fronteiras, aprendemos a investir dinheiro. Desde 2005, foram criados 1,5 milhões de novos empregos. O valor dos salários dos polacos aumentou 16 vezes! Temos também quatro vezes mais graduados do ensino superior. Em 1989, nesse nível de ensino tinhamos apenas 7 por cento dos que concluiam estudos. Agora este índice está em 17 por cento. Estes dados são concretos e atestam o desenvolvimento da nossa sociedade. Este grande sucesso é fruto da nossa liberdade, criatividade e empreendedorismo."
Perguntado por que a vizinha República Tcheca nestes últimos anos foi capaz de construir autoestradas e a Polônia não. O conselheiro do primeiro-ministro foi categórico: "Um país que está em fase de desenvolvimento precisa de capital. Nos anos o orçamento do Estado pecava por falta de dinheiro. Tínhamos um dilema naquela época: diminuir a demanda pelas aposentadorias ou construir as autoestrada. Não tínhamos o plano pós-guerra Marshall, como foi feito na Alemanha Ocidental. Por isso fomos rígidos nas despesas sociais. Investimentos para construir estradas só apareceram quando entramos na União Europeia."
Sobre a corrupção no país que certamente tem causado estragos no desenvolvimento da Polônia, o especialista confirma que este é um dos problemas mais importantes a serem atacados. "Evidente que em outras países ela é muito maior, mas creio que aqui ela está caindo." E quando ele fala isso, não basta ir muito além das páginas de jornal nos últimos anos para saber que muitos corruptos foram presos. Muitos políticos e até senadores com mandato estão detidos há mais de dois anos na Polônia.
Mas se o país está bem melhor do que há vinte anos atrás, por que tantos jovens recém-formados com o diploma de mestres na mão, estão trabalhando aos milhares no exterior? Foi a única pergunta feita à Boni, onde este foi evasivo: "todos os jovens, num país que goza de liberdade como o nosso, fazem suas escolhas pessoais. Buscam as melhores condições para realizarem seus sonhos. Nesse momento de escolha, não pensam na Polônia de hoje, ou na Polônia do comunismo. Simplesmente querem ir para o estrangeiro. Mas muitos já estão voltando". Encerrando a entrevista para o jornal Metro, Michał Boni, respondeu as perguntas finais:
Metro - O senhor acredita que acha que os jovens polacos, que tanto reclamam do país, nos dias de hoje, podem vir a amar seu próprio país, poderão planejar suas vidas, trabalhar e criar seus filhos na Polõnia do futuro? Este país será camarada com seus cidadãos? Os polacos poderão sentir em breve o impacto das ações que o Estado está implementando em suas vidas?
Boni - Mas estamos já vivemos num Estado normal. E polacos sempre amaram seu país. Houve muitos momentos difíceis na história da Polónia, mas nunca esta nação foi abandonada. Nem mesmo por aqueles que emigraram. Nos próximos 20 anos vamos mudar muito e buscar uma ocupação e uma profissão que garanta tudo isto é algo normal. Com certeza a Polônia será cada vez mais um país melhor, teremos a oportunidade de compartilhá-lo nos nossos tempos livres. Para que as mudanças no trabalho possam trazem melhorias, temos que mudar nossa mentalidade, até mesmo na administração de nossas vidas pessoais. Temos de restaurar a confiança do cidadão no Estado, mas não como está fazendo o PiS*, que muda as regras a todo momento."
PiS* - Partido do Direito e Justiça, dos gêmeos Kaczyński