A fábrica nos anos 60
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está hoje, no interior do Paraná para a comemoração de 110 anos do grupo Klabin. No próximo dia 19 deste mês a Klabin completará 110 anos.
Depois da sessão solene haverá um pequeno almoço, em tenda montada sobre o rio Tibagi, na moderna usina de Monte Alegre. Lula comemora o centenário da família Klabin no Brasil na maior fábrica de papéis e cartões de embalagem do Brasil e a décima no mundo inteiro. A Klabin é a maior produtora, exportadora e recicladora de papel do Brasil. Há 10 anos a empresa conseguia a certificação FSC e está entre os seis maiores fabricantes globais de cartões de fibras virgens e referência mundial no desenvolvimento sustentável.
Reconhecida como fábrica ecológica, após sua ampliação nos últimos anos, a unidade Monte Alegre passa a ser uma das 10 maiores fábricas integradas de papel e celulose do mundo.
Mas além disto, preciso dizer que foi onde eu nasci, bem nos fundos desta fábrica, quando ainda todas aquelas terras de Monte Alegre pertenciam ao município de Tibagi. Quanto a família Klabin, eles são originários do Grande Reino Unido Polônia Lituânia, o mesmo que foi invadido, ocupado e dilapidado em 1795, por russos, prussos e austríacos. Os Klabin saíram da Lituânia em fins do século 19. E durante todo o tempo, desde a compra da fazenda Monte Alegre em 1934, no sertão do Paraná, passando pelas construção e produção...sempre acolhereram ali, milhares de polacos, descendentes de polacos, fossem eles católicos os judeus como os próprios Klabin e Lafer.
Cronologia
1889 - Chegada de Maurício Freeman Klabin ao Brasil.
1890 - Criação da empresa M.F.Klabin e Irmão, tipografia (Empreza Graphica Klabin) e casa importadora de artigos para escritório, em São Paulo, por Maurício Klabin.
1899 - Fundação da Klabin Irmãos e Cia.(KIC), composta por Maurício Klabin, seus irmãos Salomão Klabin e Hessel Klabin e o primo Miguel Lafer. A empresa importa produtos de papelaria e produz artigos para escritório, comércio, repartições públicas e bancos.
1902 - Entrada da família Klabin-Lafer no setor de produção de papel, com o arrendamento da Fábrica de Papel Paulista de Vila do Salto de Itu.
1814 - Início da produção da CFP, fábrica construída no Bairro de Santana, na cidade de São Paulo (SP).
1923 - Falecimento de Maurício Klabin.
1925 - Os herdeiros de Maurício Klabin retiram-se da sociedade.
1928 - Divisão do capital social entre os sócios-gerentes Hessel Klabin, Salomão Klabin, Wolff Klabin e o filho de Miguel Lafer, Horácio Lafer, como seu herdeiro.
1934 - Em 1934 foi adquirida a Fazenda Monte Alegre no município de Tibagi (PR), para a construção da primeira fábrica integrada do Grupo e do país, denominada Indústrias Klabin do Paraná (IKP).
1941 - 9 de julho: alteração da razão social da IKP para Indústrias Klabin do Paraná de Celulose S/A (IKPC).
1943 - Associação da KIC à Empresa de Caolim Ltda, como controladora majoritária das ações. Início dos trabalhos de reflorestamento na Fazenda Monte Alegre, com plantação de araucárias.
1944 - Construção da barragem de Harmonia para a Usina Hidrelétrica Mauá.
1945 - Em 1945, a estrutura societária foi reformulada com a entrada de Ema Gordon Klabin - representante dos herdeiros de Hessel Klabin - e de Samuel Klabin, representando os herdeiros de Salomão Klabin. Ambos passaram a compor, formalmente, o quadro de quotistas de Klabin Irmãos & Companhia - KIC, como sócio-gerentes, após o falecimento de seus pais. KIC é dirigida pelos sócios gerentes Horácio Lafer, Samuel Klabin, Ema G. Klabin e Wolff Klabin, a segunda geração, até finais da década de 1950.
1946 - Início das operações da unidade fabril de Monte Alegre. Primeira vez na história da indústria nacional que uma parcela da demanda de mercado interno de papel imprensa é suprida por indústria brasileira.
1953 - 26 de janeiro: inauguração da Usina Hidrelétrica Mauá (PR), com presença de Getúlio Vargas, então presidente da República.
1958 - Início das obras de construção do bonde aéreo em Monte Alegre (PR).
1959 - 11 de novembro: inauguração do bonde elétrico, na época, considerado o mais rápido e de maior extensão de vão livre do mundo.
1960 - A administração de Klabin Irmãos & Companhia - KIC sofreu mudanças com a criação do Conselho Consultivo, composto por Abrahão Jacob Lafer, Armando Klabin; Daniel Miguel Klabin, Ema Gordon Klabin, Esther Klabin Landau, Graziela Lafer Galvão, Horácio Klabin, Israel Klabin, Jacob Klabin Lafer, Lilia Levine Martins Xavier, Miguel Lafer, Sylvia Lafer Piva e Vera Lafer.
1963 - Incêndio nas reservas florestais (pinheiros e eucaliptos) da IKPC.
2003 - 03 de abril: Klabin S.A. deixa de produzir papel imprensa e sai do setor.
Depoimentos
Seu Leon Feffer este mês vai fazer 92 anos e ainda está em ativa. Bom, mas isso era do pai dele, a papelaria era do pai dele até 1955, quando ele faleceu. O pai era imigrante que veio pro Brasil da Rússia no princípio do século, e ele vendia material de escritório, no interior, ia pra Goiás, Mato Grosso e tal. Ele me contava que ele viajava junto com Maurício Klabin, o dono da fábrica... o patriarca da, dos Klabin. Ele e mais um sírio, árabe que tinha uma tecelagem na Lapa que chamava Tecelagem Iodete, eu cheguei a conhecer esse sírio, Maurício Klabin, não? Eles viajavam, alugavam um quarto, ficavam lá juntos e cada um ia trabalhar. O Maurício Klabin trabalhava com calendários suíços, aqueles assim, e aceitava serviços gráficos: notas fiscais, papel de carta, envelopes; ele vinha pra São Paulo, fazia, depois ele despachava. E o... o seu Feffer trabalhava com material de escritório: clips, fitas, enfim, todo esse negócio aqui, e vendia. Não era lá grande coisa mas ele se sustentava. Isso foi logo no princípio do século. Inclusive, um fato, um fato interessante, pitoresco - se vocês me permitem contar -, ele me contava que em Cuiabá, ele entrou no bar, que nem eu estou sentado aqui, ele sentou, ele mais um colega dele lá, em frente lá do balcão tinha dois fregueses... não, tinha um freguês e o balconista atendendo ele bebendo cachaça, ou... qualquer coisa. Ao lado dele tinha dois caboclos sentados, e um falando pro outro: "Você aposta quanto?" "Eu aposto 100 mil réis." "De quê?" "Direita." "Não, eu aposto esquerda, direita, esquerda." Aí um tirou um revólver, pá! acertou no cara que estava lá, diz: "Você viu, era a direita, você perdeu" e foi embora... (riso) Isso ele me contou! Caso que... aconteceu muitos casos semelhantes. Depois que faleceu o senhor... o nome dele era Simpson Feffer, ficou pra família Feffer que continua até agora. Só que faz uns 30 anos que eles não aparecem lá na firma. (Chaim Kuperman - Papepalaria Formosa São Paulo)
"O meu pai, quando queria fazer uma encomenda, falava com o Klabin. Hoje o Klabin ainda é o dono, mas a empresa está muito maior. O Getúlio Vargas deu uma área para ele, no Paraná, que é do tamanho da Bélgica, porque queria substituir as importações. Eu acho que a firma ainda pertence ao Klabin, mas dizem que ele está em dificuldade para começar a produzir celulose, que era importada". (Aristides Miranda de Albuquerque - Casa Cruz - Rio de Janeiro)
"E eu diria que esse é o primeiro contato grande que eu tenho com a natureza e o segundo contato é quando eu começo a me lembrar das visitas ao Paraná, onde a fábrica da Klabin estava instalada e ali é uma fábrica numa região muito grande, que é uma fazenda que foi fundada em 1934 e nessa região estão plantadas as florestas, que vamos dizer assim, mantém a fábrica funcionando, que produzem celulose e papel. Àquela época, eu era pequeno e eu me lembro de já ter memórias do Paraná. Acho que com sete anos mais ou menos, eu ia e o programa lá era andar a cavalo, era ficar no mato, era acampar, era fazer e uma relação muito grande com essa região, que embora tivesse florestas plantadas, tinha e ainda tem florestas nativas muito grandes e bastante sadias. Então eu tinha uma relação também interessante com esse lugar". (Roberto Luiz Leme Klabin - herdeiro Klabin)
"Como ele sendo a primeira família no Bom Retiro - quando ele já veio pro Bom Retiro - de judeus, ele começou a procurar mais famílias que estavam chegando de todos lados da Europa: Polônia, Lituânia, Rússia, pois o senhor Maier - que era meu avô - era imigrante vindo da Rússia e esses imigrantes estavam fugindo dos seus países por causa da grande anti-semitismo reinante no mundo. Um belo dia o senhor Maier encontrou um judeu vindo da Lituânia e convidou-o para a sua casa para jantar, que na ocasião ele morava na Rua Tenente Pena - isso meu avô. E era esse convidado nada mais que o senhor Maurício Klabin, o qual se tornou o grande milionário e depois muitos anos o empresário de papel. Naquela época existiam três famílias só. Os Goldsteins, que eram os meus avós, a família Pretzel e a família Klabin. Depois vieram os Tabacoff, os Teperman e os Gordon. Mais três famílias.(...) Também na casa dos Gordon que era também uma família judia que chegou depois dos meus avós, dona Sara se casou com senhor Samuel Coulikoff no ano de 1907, e os padrinhos dos meus pais foram os Nessel Lafer que foi o pai do ministro Horácio Lafer." (IDA COULICOFF GOTLIEB).
"Na Segunda Guerra houve o êxodo judeu da Europa. Os Estados Unidos foram extraordinariamente beneficiados pelos cérebros que foram atrás de um porto seguro. No Brasil, a migração de judeus se deveu a alguns abnegados, entre os quais um diplomata intelectualizado de nome João Guimarães Rosa.
Wolf Klabin, o patriarca da família, era casado com a filha de Arthur Haas, empresário francês cuja casa era freqüentada por Guimarães Rosa. O pai de Haas tinha sido intendente do exército francês na revolução napoleônica. Francês de nascimento, com a anexação de sua cidade à Alemanha, Haas tentou se radicar na Rússia. Acabou vindo para o Brasil, onde ajudou na construção de Belo Horizonte. Mas sempre manteve relações próximas com as lideranças judaicas no mundo.
Quando estourou a Segunda Guerra, Augusto Frederico Schmidit conseguiu atrair alguns químicos de altíssima categoria, judeus alemães e belgas, alguns recém-saídos de campos de concentração. O mais ilustre era o químico Kurt Weill.
Por insistência de Getúlio Vargas, Klabin acabou se associando à Orquima. As ligações de Getúlio com os Klabin eram antigas. Nas negociações com Franklin Delano Roosevelt, que resultaram na criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), entrou um acordo paralelo que garantiu à Klabin o fornecimento de placas de aço (cuja produção era quase privativa do exército americano) que permitiram a construção da Klabin Paraná.
Wolf conseguiu atrair para o Brasil Joseph Blumenfeld um dos judeus mais ilustres do século, concunhado Chaim Weizmann, primeiro presidente do estado de Israel.
Blumfeld era a grande figura internacional da química atômica e teve papel fundamental na criação do Estado de Israel, graças a uma barganha com a Inglaterra, consubstanciada na chamada “promessa Balfour”. Na Primeira Guerra, Rod Balfour prometeu o apoio inglês ao acordo de divisão do território palestino em troca da produção de acetona sintética, fundamental para o esforço de guerra inglês.
Junto com os químicos da Orquima, Blumenfeld desenvolveu uma tecnologia de extração do tório das areias monazíticas. Dois fatos concorreram para a Orquima não dar certo. O primeiro, a forte reação nacionalista contra a venda das areias monazíticas. O segundo, o fato da tecnologia do urânio ter saído vitoriosa sobre a do tório.
Com o tempo, a Orquima - que iniciou suas atividades produzindo cafeína - acabou absorvida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, presidida pelo engenheiro Álvaro Alberto.
Nos anos seguintes, a casa de Wolf Klabin receberia conspiradores e lideranças judaicas da fase inicial do Estado de Israel, de Golda Méier e Pinhas Safir, político influente de Israel.
Uma política racional poderia ter atraído para o Brasil um contingente enorme de cérebros judeus expulsos pelo nazismo. Mas ficou-se apenas nessa experiência. O país não estava preparado para ser grande.
Israel acabou indo fazendo mestrado em Matemática e Física. Depois, fez pós-graduação em Ciências Sociais na França e planejou ter vida acadêmica.
Quando seu tio Horácio Lafer tornou-se Ministro das Relações Exteriores, Israel anunciou sua intenção de não trabalhar na empresa da família. Acabou sendo colocado na Comissão Mista-Brasil-Estados Unidos, chefiada pelo engenheiro Ary Torres. Seus dois chefes eram Roberto Campos e o geólogo Glycon de Paiva.
A rede de relações dos Klabin se estendeu também aos Estados Unidos. Nos anos 40, Wolf se tornou grande amigo do embaixador americano Adolfo Berle Jr., professor de Columbia, presidente do Partido Liberal, e com grandes ligações com a ala mais avançada dos democratas. Berle Jr teve papel essencial no início da implantação das refinarias brasileiras, ao impedir que a Standard Oil torpedeasse o projeto.
Berle se tornou o maior amigo de Wolf por várias razoes. Uma das quais é porque, através dos seus serviços de inteligência, tinham a decisão sobre o Livro Negro, o registro sobre os colaboracionistas alemães na América do Sul. Israel foi criado com os filhos de Berle Jr.
Coube a Berle escrever o discurso de posse de John Kennedy, no qual foi lançada a tese da reformulação da política externa americana com a América Latina, em resposta às pressões da OPA (Operação Panamericana, organizada por Augusto Frederico Schmidit no governo JK).
Em seguida, Kennedy promoveu uma espécie de upgrade dos Latin American Desks, os escritórios de representação que haviam sido relegados a papel meramente burocrático.
O passo seguinte foi constituir um Conselho dos Nove Sábios, um dos quais o economista Rosenstein-Rodan, do MIT, professor de Israel. Do lado brasileiro, um dos nove era Rômulo de Almeida, o homem que desenhou a Petrobrás, na condição de assessor econômico de Getúlio Vargas. Outro era Arthur Schlesinger Jr, falecido dias atrás.
Israel se integrou ao grupo e passou a freqüentar a Casa Branca. Na época, o embaixador brasileiro em Washington era Roberto Campos, e o representante brasileiro no FMI Alexandre Kafka.
O grupo começou a trabalhar país por país. Quem comandava o projeto da Aliança para o Progresso era um porto-riquenho. A cabeça jurídica era William Rogers, do reputado escritório de advocacia Arnold & Porter.
Quando Kennedy morreu, Israel permaneceu amigo da família, especialmente de Ted Kennedy. Quando Jânio assumiu, a pedido do governo brasileiro organizou um encontro com Ted, que compareceu acompanhado de professores de Harvard.
Foi um fracasso completo. Jânio agiu com brutalidade sem tamanho com seu chanceler Afonso Arinos, colocado para fora da sala, porque o presidente não queria nenhuma autoridade do seu governo presente. Ficou dando ordens a Israel, que se limitou a intermediar o encontro. Na saída,a comitiva americana ficou com a nítida impressão de que Jânio era louco." (Luiz Nassif - jornalista)
Celso Lafer tomou posse como “imortal” da Academia Brasileira de Letras, na cadeira do jurista Miguel Reale. Em seu discurso, relatou emocionado episódios acontecidos com seus primos, da família Klabin, e lembrou de seu bisavô, um judeu imigrante que chegou ao Brasil na década de 20. Terminou citando um ensinamento judaico da “Ética dos Pais”, que preconiza que as raízes são mais importantes do que as folhas.
No final, foi aplaudido efusivamente de pé por vários minutos. Lafer é professor titular da Faculdade de Direito da USP, foi chanceler e Ministro de Estado. Sua atuação foi fundamental no julgamento do nazista brasileiro Siegfried Ellwanger, quando elaborou um estudo entregue aos ministros do STF, por solicitação da Conib.
Com a Segunda Guerra em curso, Getulio Vargas deu início ao seu plano de substituição de importações para produzir aqui itens essenciais que já faltavam naquele início dos anos 1940, entre eles o papel imprensa. A Unidade Monte Alegre começou a ser construída em 1942 para atender àquela demanda.
Em 1945 a Unidade foi inaugurada, possibilitando uma produção de papel numa escala até então inédita no País. Já em 1946 a produção atingia 40 mil toneladas de papel. Nos anos 1950, década marcada pela consolidação do empreendimento, foram produzidas 85 mil toneladas de papel/ano. O crescimento era contínuo e, em 1963, foi inaugurada a máquina de papel nº. 6, considerada a maior máquina de papel imprensa da América Latina. Em 1978, foi instalada a máquina de papel nº.7 e a produção anual chegou a 350 mil toneladas.
Como resultado de expansões nas áreas fabril e florestal, a Klabin atingiu a produção de meio milhão de toneladas em 1988. A década de 90 e o novo milênio foram marcados pela busca do aprimoramento tecnológico e ganhos de produtividade aliados à qualidade e desenvolvimento socioambiental. O impulso culmina com o Projeto MA-1100, que já contribuiu para que a Unidade Monte Alegre fixasse mais um marco: no último dia 25 de agosto de 2008, a fábrica atingiu o volume de 20 milhões de toneladas (líquidas) de papel produzidas em toda a sua trajetória.
Exemplo de sustentabilidade
A Unidade possui hoje diversas certificações importantes, que confirmam seu alinhamento com as melhores práticas de gestão e qualidade vigentes.
As florestas da Klabin no Paraná, que somam 270 mil hectares entre plantações de eucalipto e pínus e matas nativas, foram as primeiras do hemisfério Sul a receber o selo FSC (Forest Stewardship Council), a entidade mais atuante no mundo no monitoramento das melhores práticas de gestão florestal e de atividades derivadas. Agora, as áreas florestais da Klabin no estado acabam de ser recertificadas pelo FSC, tornando a Klabin a primeira empresa do setor de papel e celulose a completar 10 anos detendo o selo. O modelo de plantio praticado pela Klabin, chamado de mosaico, mescla florestas plantadas com áreas de matas nativas entremeadas, formando corredores ecológicos que permitiram a identificação, até aqui, de 629 espécies de animais, 15 delas consideradas raras, de acordo com o Ibama. A Klabin possui, para cada 100 hectares de florestas plantadas, 83 hectares de matas nativas preservados.
As áreas plantadas de eucalipto no Paraná contribuíram para que a Klabin consumasse, em janeiro de 2007, sua primeira venda de créditos de carbono, num total de 29,5 mil toneladas de CO2. O projeto total da Klabin levado à CCX (Chicago Climate Exchange) contempla 32.000 hectares de florestas plantadas de eucalipto.
Em 2006, a empresa conquistou o selo FSC para a sua cadeia de custódia de produção, no Paraná, de papelcartão e kraftliner, papéis utilizados para a confecção de embalagens.
A Klabin no Paraná foi a primeira empresa do mundo a receber o certificado FSC pelo manejo de plantas medicinais, fitoterápicos e fitocosméticos, em 1999. A certificação da cadeia de custódia dos produtos florestais não-madeireiros ocorreu em 2001.
A Klabin, maior produtora, exportadora e recicladora de papéis do País, inaugurou na última segunda-feira, 15 de setembro, em Telêmaco Borba (PR), o Projeto de Expansão MA-1100, maior investimento de seus 109 anos de história e um dos mais importantes já feitos por uma empresa brasileira do setor de papel e celulose.