No grupo do facebook "Telêmaco Borba memória e fotos atuais" foram publicadas duas fotos de meu albúm de família sem identificação das pessoas que estão nela.
Eu as digitalizei e coloquei há tempos na minha linha do tempo. Uma delas é a do meu pai e a outra do meu avô.
Na foto do meu pai, a pessoa que a republicou, escreveu apenas uma frase: funcionário da Klabin.
Na do meu avô: Amigos e caminhões.
As recoloco aqui para dizer que por trás de uma imagem, uma foto, há muita história que precisa de texto para ser entendida e justificada.
Sobre a foto do meu avô, o texto que poderia ter acompanhado lá no grupo é:
"Este no centro é meu avô Bolesław Jarosiński, nascido na cidade de Wojcieszków, na Polônia, em 1905. Trabalhou como motorista destes caminhões do empreiteiro Sr. Danilo, de 1937 a 1944, participando da construção da Fábrica da Klabin em Monte Alegre.
Morreu em Castro, aos 39 anos de idade, em 1944, devido a uma extração de dente mal feita. A extração do dente infeccionou a boca e como na época não havia ainda penicilina, ele com a boca toda infeccionada, não podia comer... Assim, por causa de um dente, morreu de fome."
Sobre a foto do meu pai, este poderia ter sido o texto:
"O funcionário da Klabin...é meu pai Cassemiro Iarochinski, conhecido pelo apelido de Karzo (ou Cassemirozinho, em polaco e é o diminutivo do nome Kazimierz, que em português é escrito como Cajo).
Karzo morreu na varanda de sua própria casa, na rua Mato Grosso, nrº 25, a menos de uma quadra da cadeia pública, na Vila Operária, em Harmonia, Monte Alegre (atual Telêmaco Borba), assassinado brutalmente pelo vizinho Nadal Banik, na manhã de 4 de agosto de 1961, com 4 disparos de garrucha.
O assassino fugiu e nunca mais foi encontrado pela polícia para ser julgado, condenado e cumprir pena de prisão. Cajo morreu aos 24 anos de idade, depois de 4 anos de casado e deixou dois filhos (eu) e meu irmão - ambos com menos de três anos de idade - e minha mãe viúva de 23 anos de idade.
Segundo informações de familiares do assassino, ele morreu nove anos depois na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde estaria enterrado no cemitério municipal daquela cidade gaúcha. Ao que consta de ataque cardíaco. Morreu, mas sem pagar pelo seu horrendo crime que cometeu, ao tirar a vida de um inocente e mudar completamente o futuro da esposa e dos filhos. Inocente, como ele próprio confessou numa carta enviada para a esposa e interceptada pelo delegado de polícia, onde escreveu que Cassemiro era inocente da motivacão que o levou a matar."
A responsabilidade de se publicar fotos na Internet é grande. Ainda mais, quando elas tem uma história por trás, que apenas um texto pode contar.
O que não existe de história, hein?
Então, tenho que discordar da frase que diz:
"Uma imagem vale mais do que mil palavras".
As duas fotos fazem parte de nosso álbum de família e fui eu que digitalizei e as coloquei identificadas na Internet, ....Sim! Identificadas.
Eu as digitalizei e coloquei há tempos na minha linha do tempo. Uma delas é a do meu pai e a outra do meu avô.
Na foto do meu pai, a pessoa que a republicou, escreveu apenas uma frase: funcionário da Klabin.
Na do meu avô: Amigos e caminhões.
As recoloco aqui para dizer que por trás de uma imagem, uma foto, há muita história que precisa de texto para ser entendida e justificada.
Sobre a foto do meu avô, o texto que poderia ter acompanhado lá no grupo é:
Bolesław Jarosiński, ao centro da foto. |
"Este no centro é meu avô Bolesław Jarosiński, nascido na cidade de Wojcieszków, na Polônia, em 1905. Trabalhou como motorista destes caminhões do empreiteiro Sr. Danilo, de 1937 a 1944, participando da construção da Fábrica da Klabin em Monte Alegre.
Morreu em Castro, aos 39 anos de idade, em 1944, devido a uma extração de dente mal feita. A extração do dente infeccionou a boca e como na época não havia ainda penicilina, ele com a boca toda infeccionada, não podia comer... Assim, por causa de um dente, morreu de fome."
Sobre a foto do meu pai, este poderia ter sido o texto:
Cassemiro Iarochinski |
"O funcionário da Klabin...é meu pai Cassemiro Iarochinski, conhecido pelo apelido de Karzo (ou Cassemirozinho, em polaco e é o diminutivo do nome Kazimierz, que em português é escrito como Cajo).
Karzo morreu na varanda de sua própria casa, na rua Mato Grosso, nrº 25, a menos de uma quadra da cadeia pública, na Vila Operária, em Harmonia, Monte Alegre (atual Telêmaco Borba), assassinado brutalmente pelo vizinho Nadal Banik, na manhã de 4 de agosto de 1961, com 4 disparos de garrucha.
O assassino fugiu e nunca mais foi encontrado pela polícia para ser julgado, condenado e cumprir pena de prisão. Cajo morreu aos 24 anos de idade, depois de 4 anos de casado e deixou dois filhos (eu) e meu irmão - ambos com menos de três anos de idade - e minha mãe viúva de 23 anos de idade.
Segundo informações de familiares do assassino, ele morreu nove anos depois na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde estaria enterrado no cemitério municipal daquela cidade gaúcha. Ao que consta de ataque cardíaco. Morreu, mas sem pagar pelo seu horrendo crime que cometeu, ao tirar a vida de um inocente e mudar completamente o futuro da esposa e dos filhos. Inocente, como ele próprio confessou numa carta enviada para a esposa e interceptada pelo delegado de polícia, onde escreveu que Cassemiro era inocente da motivacão que o levou a matar."
A responsabilidade de se publicar fotos na Internet é grande. Ainda mais, quando elas tem uma história por trás, que apenas um texto pode contar.
O que não existe de história, hein?
Então, tenho que discordar da frase que diz:
"Uma imagem vale mais do que mil palavras".
As duas fotos fazem parte de nosso álbum de família e fui eu que digitalizei e as coloquei identificadas na Internet, ....Sim! Identificadas.