quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Kiev já foi polaca
Axé na Polônia
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Emerson é polaco!
Foto: Weimer Carvalho
"Uma de minhas maiores diversões na primeira infância era ouvir as histórias que minha avó materna, Maria, contava sobre sua vida. Ela e meu avô Jaon, que aqui virou João, eram poloneses e se conheceram numa frente de batalha durante a Primeira Guerra Mundial. Meu avô, estudante de medicina, havia sido convocado para trabalhar como médico e minha avó servia como enfermeira voluntária. Com o fim da guerra, eles se casaram e foram viver na cidade de Puliny, na Ucrânia, então parte da Rússia, onde meu avô passou a integrar o batalhão da Czarina. E foi lá que nasceu minha mãe, Juze, em 1921. Era a filha mais velha dos quatro que eles teriam. Depois da Revolução Comunista e com a subida de Stalin ao poder, em 1924, os oficiais que serviam ao Czar começaram a ser capturados e degolados, e meus avós foram obrigados a fugir para a Polônia. Meu avô arrumou uma carroça e um cavalo, deixou crescer a barba, vestiu as roupas pelo avesso a fim de parecer um pobretão e saiu da Ucrânia em direção à Polônia com minha avó e as quatro crianças. Muitas vezes não tinham o que comer, então arrancavam o capim da estrada e faziam sopa de capim para não morrer de fome. Apesar das dificuldades, conseguiram voltar à Polônia, onde meu bisavô possuía algumas terras, mas acabaram não ficando lá por muito tempo. Resolveram emigrar para a América, fizeram novamente as malas e partiram em direção ao porto de Hamburgo, na Alemanha, onde encontraram duas filas de emigração: uma para o Canadá, outra para o Brasil.... Vieram e desembarcaram no porto de Santos no ano de 1928, com as malas recheadas de rublos. O problema é que aqui a moeda russa não valia absolutamente nada e eles tiveram de recomeçar a vida com uma mão na frente e outra atrás. De Santos partiram para São Paulo, onde meu avô começou a trabalhar com madeira e minha avó, em uma confecção. Eram essas aventuras que minha avó vivia contando e tanto me fascinavam quando eu era pequeno. Ela morreu aos 98 anos e, mesmo quando já estava bem velhinha. Foi por intermédio dela que entrei em contato com Deus pela primeira vez, num centro espírita em São Paulo, onde ela me levou quando eu tinha uns dez anos. Minha mãe chegou a São Paulo com oito anos de idade e aos 18 conheceu meu pai no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo, onde os dois faziam o ginásio. Finalmente ficaram noivos e se casaram, em 1943. Meu pai também é filho de imigrantes, mas italianos. Meu avô, Paschoal Fittipaldi, veio da Itália para o Brasil ainda bebê, em 1885."
Foto de .... Os pais de Emerson, a polaca Juzy e o descendente de italianos, Wilson.Pesquisando, descobri que o sobrenome de solteira de dona Jusy e Wojciechowska (voitchierrovsca) e também verifiquei que o nome da localidade onde ela nasceu, Puliny (com essa grafia) não existe, o mais próximo disso é PULIN e que fica na Oblast (província) da atual Ucrânia de Zhytomyrs´ka. Puliny seria então uma declinação de Pulin, que esta numa região que sempre na história foi polaca. Nela sempre viveram polacos. Com o fim do Reino Unido Polônia-Lituânia em 1795, a região passou a fazer parte da ocupação russa, passando a se chamar província da Volínia. Mas continuou sendo terra polaca com povo polaco. Em 1918, aquela região ficou sob domínio soviético. Os polacos que sempre viveram ali (em que pese a ocupação russa) eram maioria e passaram a ser cidadãos ucranianos. Mas isto foi por alguns meses apenas, pois logo a região passou a fazer parte mesmo foi da Rússia. E os polacos passaram a ser cidadãos russos. O que não significa de forma alguma que deixaram de ser polacos por causa disto. (Por acaso Ronaldinho Gaúcho que ganhou estes dias cidadania espanhola deixou de ser brasileiro?). Mas tarde, após a Segunda Guerra Mundial, a região virou novamente território da república soviética da Ucrânia e só com a criação de seu Estado independente, passou a ser em 1990, a República da Ucrânia.
O nome do avô João, de Emerson, era JAN e não Jaon, pois assim que se escreve em polaco, o nome João. Nesta frase “Apesar das dificuldades, conseguiram voltar à Polônia, onde meu bisavô possuía algumas terras”, Emerson, talvez sem perceber, admite que o avô era polaco e que voltou a Polônia, onde tinha uma pequena fazenda e sua mãe, portanto, apesar da cidadania russa (pois em 1921, PULIN, fazia parte da Rússia), era polaca de origem. Assim, os jornalistas polacos não estão totalmente errados quando afirmam que Kubica (pronuncia-se cubitssa), não é o primeiro piloto polaco na Fórmula 1. E Emerson Fittipaldi apesar do sobrenome italiano, da cidadania e do fato de ter nascido no Brasil, portanto brasileiro... Também é polaco!!!!
O polaco voador
Robert Kubica (a pronúncia correta é cubítssa), piloto da Sauber BMW é cracoviano. Pela primeira vez na temporada, ele fez uma péssima corrida (vencida por Felipe Massa). Em sua justificativa, hoje, para a imprensa polaca, Kubica disse que o carro desliza muito e por isso não pode ir mais rápido e tampouco fazer ultrapassagens.
Logo, que Kubica, surgiu na Fórmula 1, ano passado, os jornalistas da TV Polsat (que transmite as corridas de Fórmula 1) salientavam que o piloto de Cracóvia não era o polaco pioneiro da categoria. O narrador das transmissões afirmava que o primeiro polaco nos Grandes Prêmios de Fórmula 1 atendia pelo nome de Emerson e pelo sobrenome italiano de Fittipaldi. Quando a mãe do piloto brasileiro morreu ano passado, em São Paulo, a imprensa polaca publicou que a mãe de Emerson, dona Juzy, era polaca de nascimento e o piloto brasileiro, portanto polaco de primeira geração. Apesar do sobrenome Fittipaldi, Emerson é só bisneto de italiano.
O padre polêmico
Tadeusz Rydzyk é um padre da congregação redentorista, que tem causado imensas polêmicas, na Polônia, com seus veículos de comunicação. Em 1991, ele criou, em Toruń, a Radio Maryja, o jornal Nasz Dziennik e mais recentemente a TV Trwam. Sua última criação é a Faculdade de Cultura Social e "Mediática" (comunicação social), onde pretende formar os futuros jornalistas polacos dentro do seu espírito e visão social e política. A notícia do dia é de que Rydzyk conseguiu entrar na lista de investimentos da União Européia para equipar sua Faculdade, na ordem de 15,3 milhões de Euros. A pergunta do jornal "Gazeta Wyborcza" é de como o padre conseguiu essa proeza, passando na frente de universidades centenárias da Polônia. Tem, mais uma vez, cheiro de favorecimento do governo Kaczyński, o qual, para muitos, só foi eleito com os votos dos católicos fiéis aos "ensinamentos" do Padre Rydzyk, através de sua Rádio Maryja. Os dois partidos de direita PiS (Direito e Justiça) e LPR (Liga da Família Polaca) no poder seguem a cartilha de Rydzyk. Extrema direita, conservador, xenófobo e anti-semita, Tadeusz Rydzyk, semanas atrás foi recebido em audiência especial, no Vaticano, pelo Papa Bento XVI. A conversa com o papa reacendeu as preocupações do rabino de Roma, que vê nessa aproximação com o padre, um retrocesso nas relações interreligiosas iniciadas pelo Papa João Paulo II. O rabino judeu lembrou que o Papa polaco visitou a sinagoga de Jerusalém (a primeira visita de um papa na história) e pediu perdãos aos judeus pelos erros cometidos pela Igreja Católica Apostólica Romana. O padre Rydzyk, ao contrário, prega constamente seu ódio aos judeus. A "Gazeta Wyborcza" (opositor de Rydzyk) já publicou, várias vezes, que as emissoras do padre receberam ao longo do tempo pesados investimentos de Jan Kobilanski, presidente da Usopal - União das Sociedades e Organizações Polacas da América Latina. O polaco Kobilanski imigrou para o Paragui após a Segunda Guerra Mundial e viveu lá, até a queda da ditadura Stroessner. Com a fortuna acumulada em Assunção e sem o apoio do novo governo paraguaio, emigrou para o Uruguai, onde vive até hoje. A "Gazeta Wyborcza" afirma que ele foi colaboracionista dos invasores alemães nazistas de Hitler, tendo delatado muitos judeus nesse período. Sua convivência com Stroessner o tornou multimilionário. Os investimentos de Kobilanski na rádio Maryja, segundo a mesma "Gazeta Wyborcza" seria lavagem de dinheiro.
Placas nas estradas polacas informando a sintonia da emissora do Padre Rydzyk
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Lembrando reportagem
Tragédia em Katowice
Fala Sônia
Um encontro na cabeça
Em 2003, ocorreu uma exposição durante seis meses no Rynek Głowny de Cracóvia. Eram 14 imensas estátuas, em bronze, do artista polaco Igor Mitoraj, espalhadas por todos os cantos da praça. Uma delas, chamada "Eros Bendato", ou 'Eros vendado" retornou 3 anos depois para ocupar lugar de destaque (para sempre), ao lado da Torre "Ratusz". Logo se tornou o novo ponto de encontro dos moradores (que tradicionalmente marcavam seus encontros na estátua do poeta Adam Mieckiewicz). A cabeça (Głowa), ou máscara (Maszka) como muitos a chamam, pesa quase duas toneladas de bronze. A atualmente é a estátua mais fotografada da cidade. As pessoas entram dentro da "cabeça" para posarem suas caras dentro do olho da estátua. Levam para casa uma foto inesquecível de si, da estátua e da mágica Cracóvia.
domingo, 26 de agosto de 2007
Woczow era Złoczów e agora é Zolochiv
Bem... como o ancestral nasceu durante a ocupação (invasão) do império austro-húngaro nas terras do Sudeste da Polônia, na época denominada Galicia, a localidade de Złoczów, desde o fim da segunda guerra, por ordem do soviético Józef Stalin (georgiano de nascimento e marginal antes de entrar para o partido comunista), está no território da atual Ucrânia e próximo a cidade histórica polaca de Lwów (Lviv, para os ucranianos de hoje).
Atualmente a cidade pode ser encontrada no mapa com o nome de Zolochiv e esta situada 49°47´ - 49° 50´ Longitude Norte e 42°32´ - 42°37´ Latitude Leste. Ao Norte estão as localidades de Horodylow e Jelechowice, a Nordeste a localidade de Zazule, a Leste as localidades de Bieniow e Strutyn, ao Sul a localidade de Woroniaki e a Oeste as localidades de Jasieniowce e Chylczyce.
Em 1890, havia 866 casas e 10.113 residentes no distrito. Sendo 2.190 Católico Romano, 2826 Ortodoxo Grego, 5.086 judeus e 11 de outras religiões. 7.254 eram polacos, 2.633 rutenos (antigo povo ucraniano) e 199 alemães. Junto com as paróquias de Jezierna, faziam parte da Arquidiocese de Lwów, também Bialykamien, Gologory, Pomorzany, Sassow, Zborów e Olejów.
Para que não reste dúvida da descendência polaca e não de austríaco, ou ucraniano, basta saber que até 1838, a Igreja da Ressurreição de Złoczów foi católica apostólica romana, quando foi tomada pelos ortodoxos gregos. Esta igreja foi mandada construir, em 1604, por Marek Sobieski, na época governador da região de Lublin e avô do Rei Jan Sobieski III da Polônia. Foram os invasores austriacos que tiraram dos católicos a igreja para dar aos ortodoxos, os quais mudaram o nome para igreja de São Nicolau. Provavelmente esta igreja é a edificação mais antiga de Złoczów ainda de pé.
Atualmente o idioma oficial da cidade é ucraniano e com alfabeto cirílico, mas nos arquivos da igreja (que provavelmente se encontram na arquidiocese de Lviv), porque lá agora a igreja é ortodoxa, estão os documentos de familiares de brasileiros descendentes de polacos. Se não estiverem... Então devem estar no Arquivo Nacional da Polônia, em Varsóvia.
A cidade fica de carro umas 3 horas de Cracóvia, pois é só passar a fronteira em Przemyśl e mais uma meia hora se está lá. Brasileiro precisa ter uma carta-convite de alguém de lá para poder fazer o visto e entrar na Ucrânia.
Equívocos de reportagem
Apenas para esclarecer a repórter e a editoria do telejornal da Globo saliento que:
1 - Estas moças judias não "abandonavam" a Polônia (embora a fala da repórter assinale "seus países de origem" fica claro pelo uso da palavra polaca que elas eram procedentes da Polônia) por anti-semitismo. Antes, pelo contrário. Elas vinham casadas com judeus rufiões (da ornanização Zvi Migdal) que perambulavam pelas bairros/e ou cidades judias da Polônia (na época ocupada por austriacos, russos e prussos-alemães) e se casavam com as mais bonitas segundo os rituais judáicos. Os cafetões judeus voltavam, então, para o Brasil com 5 a 10 esposas e aqui as prostituiam, no Largo da Carioca e em elegantes prostíbulos. Isso era, entre 1870 a 1880, quando então, o Imperador D.Pedro II expulsou 20 destes bandidos judeus. Portanto, não "abandonavam", vinham iludidas e obrigadas pela própria família e seu marido recente.
2 - Por causa dessas infelizes judias (sim, porque eram enganadas pelos próprios judeus) todos os descendentes de polacos (na faixa dos 50 aos 80 anos no Sul do Brasil) odeiam a palavra que os designam pela origem étnica: Polaco. Foi criado, em 1927 em Curitiba, até o termo polonês, para não serem confundidos com filhos da puta. Nos outros 7 países de língua portuguesa a única palavra correta etimológicamente que designa os nascidos na Polônia é: Polaco. E a repórter usa a palavra "polaca" com o sentido de prostituta e não de origem étnica. Pois a maioria da imprensa brasileira, automaticamente já se auto-censura e usa a palavra polonesa para origem étnica, com medo de represália de "poloneses" que se sentem discriminados quando são chamados de polacos. Estes "poloneses", pois, incorrem no mesmo preconceito que a comunidade judaica que sempre renegou estas prostitutas judias enterradas no cemitério de Inhaúma. Como se vê pela reportagem, os próprios judeus sempre preferiram ao longo do tempo esconder o assunto a enfrentá-lo. Já os "poloneses" exercem sua influência para coibir o uso de polaco. O desejo destes intencionalmente "poloneses" é de que a palavra seja extinguida do dicionário. Como será que eles vão conseguir fazer isso também nos demais países de língua portuguesa, agora que a CPLP-Comunidade dos Países de Língua Portuguesa conseguiu aprovar a Reforma Ortográfica e Gramatical que unirá a língua "português" em Portugal, Brasil, Angola, Timor Leste, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, além de línguas associadas como o galego.
3 - Alguns judeus, que repetem constantemente que a Polônia é anti-semita e omitem que seus ascendentes nasceram na Polônia, esquecem que por mais de 600 anos, a Polônia foi a única nação que os abrigou e serviu de berço. E esta "terra prometida" só lhes foi negada no século XX com a invasão nazista de Hitler a Polônia. Pois são estes mesmos judeus, que hoje estão numa corrida para obterem cidania e passaporte polaco… E isto só é possível justamente por terem a origem que sempre renegaram.
4 - A organização que prostituia as moças judaicas era a Zvi Migdal. Fundada em Varsóvia em 1904, tinha sede também em Buenos Aires. Eram judeus, os que controlavam este tráfico humano. Muitos judeus brasileiros se incomodam com a questão, porque todos os envolvidos professavam o judaísmo: traficantes e traficadas. Houve uma cisão entre os cafetões da Zvi Migdal (palavra polaca Migdal significa amêndoa) e passou a existir outra máfia, a Asquenasum, que reunia judeus russos e romenos; a Zvi Migdal continuou em mãos de judeus da Polônia. Nos Estados Unidos, os judeus da Zvi Migdal, fundiram-se com imigrantes italianos e criaram a máfia Norte-americana. No início do século XX, alguns segmentos na Europa manifestaram preocupação com esse tráfico de moças judias. Na "Conferência Internacional sobre o tráfico de mulheres e crianças", da Liga das Nações, em Genebra, em 1921, concluiu-se que, muitas dessas moças "não tinham sido enganadas" e que elas preferiam prostituir-se a levar uma vida de sacrifícios nas ocupações austríacas, russas e alemãs.
5 - Mas não é só no Rio de Janeiro, que existe cemitério de judia prostituta, também em Cubatão-SP e São Paulo-capital, eles foram construídos. Ao que parece, estes cemitérios só existiram porque a comunidade judia brasileira sempre renegou ajuda e proteção a essas infelizes moças exploradas pelos cafetões judeus.
Postal do começo do século XX