domingo, 28 de junho de 2009
Doda, colírio para os olhos
sábado, 27 de junho de 2009
Coral Serduszka em Curitiba
Mais 24 tramwaj para Cracóvia
A empresa MPK deverá investir cerca de 210 milhões de złotych através de fundos da União Europeia. E segundo o Zbigniew Palenica, vice-presidente da MPK, "A primeira fase da licitação terá seu final em setembro próximo. Vamos analisar todas as empresas que atenderem à proposta. Aqueles que cumprirem todos os requisitos serão convidados para a segunda fase, que durará mais dois meses. Mais tardar, no início de novembro, apresentaremos o vencedor da licitação, que deverá fornecer os novos vagos de piso baixo para Cracóvia".
O vencedor da licitação terá 32 meses para cumprir o contrato a ser assinado. As primeiras unidades deverão estar circulando já, em 2011, e o último lote um ano após.
P.S. Estes investimentos faziam parte do compromisso de Cracóvia para sediar a Euro2012. Agora mesmo não sendo sede do evento futebolístico mais importante da Europa, nos próximo anos, Cracóvia segue com seu plano de dotar a cidade de infraestrutura modelo no país.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Curitiba – a Nova Polônia
A Câmara Municipal de Curitiba para facilitar a administração da zona agrícola que formava o cinturão verde da cidade, criou em 1892, o distrito Nova Polônia. O distrito compreendia a região onde hoje são os bairros de Campo Comprido em Curitiba e Ferraria no município de Campo Largo.
A decisão de criar o distrito se deveu ao grande número de imigrantes polacos assentados nas colônias da região. No ano seguinte, 1893, em função do grande número de habitantes, inclusive imigrantes italianos, foi instalado um cartório na antiga Estrada do Mato Grosso (atual rua Eduardo Sprada).
Em que pese a maioria dos sobrenomes do distrito serem polacos como Wisniewski, Homan, Falarz, Gorski, Dembiski, Ainoski, Stacheski, Zaleski, Dronjek, Kloss, Kulik, Sprada, Tchelushniak, Wessoloski, Tokarski, os primeiros registros de nascimentos assentados nos livros do Cartório de José Ferreira da Luz foram de descendentes italianos: Ângelo Bizinelli, filho de Alexandre Bizinelli e Antônia Corchim Bizinelli, em 7 de fevereiro; e Maria Luíza, filha de João e Rosa Olivetti, em 20 de março, daquele mesmo ano.
O distrito de Nova Polônia existiu durante 46 anos, sendo extinto em 1938. Os bairros atuais no círculo Norte-Oeste-Sul do município de Curitiba faziam parte do distrito de Nova Polônia, como Santa Cândida, Barreirinha, Abranches, Pilarzinho, São Brás, Santo Inácio, Órleãns, Campo Comprido e Augusto.
O grupo do PilarzinhoEmbora o Paraná não tenha sido o primeiro Estado a receber os polacos, acabou se tornando a terra de destino da maioria destes imigrantes. A preferência pela terra paranaense se explica, em grande parte, pelas características de solo e clima muito parecidas com a região de origem na Europa central, onde os polacos puderam desenvolver uma agricultura de subsistência, muito parecida com a que possuíam.
A presença expressiva da etnia polaca em terras paranaenses contribuiu para que ao longo do tempo estudiosos considerassem como marco inicial desta imigração no Brasil, o ano de 1869. Para alguns, este início diz respeito ao Brasil, enquanto para outros, apenas ao Estado do Paraná.
A discordância se deve a que um grupo de 16 famílias polacas procedentes da Silésia chegou ao Brasil naquele ano em Santa Catarina, sendo depois transmigrado para o Paraná em 1871.
O grupo de Brusque, comemorado como o marco inicial da imigração polaca no Brasil seria na verdade o quarto e não o primeiro.
O grupo de Brusque chegou ao Porto de Itajaí, Santa Catarina, em agosto de 1869. Eram 164 polacos provenientes da região da Silésia Meridional polaca. Eles vinham de Biała Góra, perto de Siałkowice.
O comandante Redlisch, do navio Victoria, trouxe os colonos desde o porto de Bremen, na Confederação Alemã com escalas em Antuérpia, na Bélgica e no Rio de Janeiro. Ao todo eram 16 famílias e seus chefes eram: Franciszek Pollak, Micolaj Wós, Bonawentura Pollak, Thomasz Szymański, Szymon Purkot, Filip Kokot, Michał Prudło, Szymon Otto, Dominik Stempke, Kacper Gbur, Balcer Gbur, Walenty Weber, Antoni Kania, Franciszek Kania, Andrzej Pampuch e Stefan Kachel.
Os chefes das famílias eram: Fabian Barcik, Grzegorz Chyly, Leonard Fila, Baltazar Gebza, Leopold Jelen, Andrzej Kawicki, Marcin Kempka, Blazej Macioszek, Walenty Otto, Wincenty Pampuch, Paweł Polak Marcin Prudlik, Jozéf Purkot, Jozéf Skroch, Tomasz Szajnowski e August Walder. No total dos dois grupos, somavam-se 164 pessoas.
· 10 junho 1869 - Embarque no porto de Hamburgo no navio Victoria.
· 21 junho 1869 - Nascimento em alto mar de Jan N. Wosch.
· 03 julho 1869 - Nascimento em alto mar de Stefan Sienowski
· 11 agosto 1869 - O navio Victoria aporta em São Francisco do Sul - SC
· 25 agosto 1869 - Batizado de Stefan Sienowski, na Colônia Dom Pedro
· 09 setembro 1869 - O navio Victoria aporta em Itajahy - SC
· 12 novembro 1869 - Nascimento de Izabella Kokot na Colônia D. Pedro
· 06 dezembro 1869 - Anexação da Colônia Dom Pedro à Colônia Itajahy.
· 04 janeiro 1870 - Nascimento de Juliana Gbur
· 29 agosto 1870 - Nascimento de Sofia Motzko
· 11 outubro 1870 - Falecimento de Jan Otto, filho de Symon Otto.
· 26 abril 1871 - Nascimento de Pedro Purkot
· __ julho 1871 - Transmigração de 16 famílias para Curitiba - PR
Apesar de dispostos ao trabalho, a vida destes pioneiros, no entanto, não foi nada fácil em Santa Catarina, cercados por todos os lados por representantes de seus antigos algozes, os alemães.
Sebastian Woś Saporski e o Padre Antoni Zieliński, em vista das crescentes dificuldades dos primeiros imigrantes em Santa Catarina buscaram informações sobre outras terras. Souberam alguma coisa sobre o Paraná.
As intenções de mudança chegaram em breve a Blumenau, onde os chefes, alemães em sua maioria, viam a presença dos polacos, como possibilidade de os transformar em escravos brancos. Quando os dois líderes polacos solicitaram transferência para os campos de Curitiba, receberam sonoro e enérgico não. Apesar disso, Saporski não desanimou.
Viajou até o Paraná, acompanhado de sua mãe adotiva. Sua intenção era conhecer o local e solicitar diretamente ao Presidente da Província do Paraná a transmigração de seus patrícios para as vizinhanças de Curitiba.
Saporski conversou com o vice-presidente da Província, Ermelino de Leão, em Curitiba que, no entanto, pouco pode fazer, pois o Presidente Venâncio José de Oliveira Lisboa, ao contrário das expectativas, queria fundar uma colônia em Assugüy, bem longe de Curitiba.
Além disso, alguns habitantes da cidade quando souberam das pretensões do polaco, imediatamente de posicionaram contra a chegada de novas pessoas. Começaram a chamá-lo de forasteiro. Por sua vez imigrantes alemães já estabelecidos no Pilarzinho, há alguns anos e ciosos de sua cômoda posição e de seu privilegiado monopólio de serem os únicos fornecedores de produtos hortigranjeiros, temiam a concorrência dos novos colonos e por isso se posicionaram contra.
Eram eles, os Schaffer, os Mueller e os Wolf que quase conseguiram mudar o rumo da história polaca em Curitiba. Saporski voltou frustrado a Santa Catarina, mas nem por isso, menos esperançoso de seus propósitos.
Meses depois, Saporski finalmente conseguiu a aprovação da transmigração. Não foi fácil, mas o governo da província acabou financiando parte das despesas de transporte e assentamento dos polacos de Brusque. Por este feito e outros atos ao longo de sua vida, ele acabou sendo reconhecido como o "Pai da Imigração Polaca no Brasil".
Os primeiros polacos ao chegarem ao Paraná foram inicialmente alojados em algumas das chácaras existentes em Curitiba. Alguns ficaram na Chácara Holleben, outros na Chácara de B., Schmidt e Meister.
O governo do Paraná pagou 725f. enquanto Saporski, outros 48 f. pelas despesas de transporte de Santa Catarina para o Paraná. Não demorou muito para serem assentados na Colônia do Pilarzinho, distante 5 km do centro da cidade. A cada família foi destinado um lote. Tudo feito de conformidade com a Lei e regulamentados pela Câmara Municipal.
Estes imigrantes de cabelo louro, pele rosada e olhos claros foram os primeiros de milhares que no entender de Bento Munhoz da Rocha Netto, ex-governador do Paraná, mudaram a face da terra dos Pinheirais. Munhoz reconhecia na imigração polaca, o elemento que mudou as feições deste pedaço de chão brasileiro. Segundo palavras do próprio ex-governador, depois que esta gente loura e corajosa aqui chegou, o Paraná nunca mais foi o mesmo:
Em nosso planalto frio, de pinheiro, campo e erva-mate, está integrada, como uma realidade iniciada em 1871, a colonização polaca.
A colônia polaca faz parte da paisagem com sua apresentação típica. Com a igreja, o cemitério ao lado e casa do vigário.
O colono polaco adaptou-se. Teve problemas como sempre existem e seria impossível que não existissem na migração de um meio muito diferente do de origem.
Por ser o Paraná, dos três Estados do Sul do Brasil, a região que atraiu, em maior número, o imigrante polaco, quando este Estado amanhecia e se expandia, esboçando e fazendo adivinhar a realidade futura, ainda longínqua, a colônia polaca plantou um marco na evolução desta terra.
Não se pode pensar o Paraná sem a figura do imigrante polaco e as contribuições que ele trouxe. Houve, assim, uma identificação do polaco com o Paraná (...)
Este Estado pensou ter o monopólio dessa imigração. De fato, o Paraná ficou dono do polaco. Podemos dizer aqui: o polaco é nosso.
Confirmando a tese de Gilberto Freyre, da assimilação regional, como caminho para a assimilação nacional, criou o tipo específico do polono-paranaense, como integrante do continente cultural brasileiro. Ao contrário do resto do país, aqui o sobrenome polaco não soa estrangeiro.
Apesar de sua freqüente dificuldade de grafia, o sobrenome de origem polaca é uma versão que se compreende e da qual os paranaenses luso-brasileiros se habituaram e avaliam como sendo coisa genuinamente paranaense (...).
Os recém chegados polacos ao se defrontarem com a selva densa, coberta de robustos pinheiros, acreditaram que tinham chegado ao paraíso. O primeiro ato, ao chegar ao pedaço de terra, foi erguer suas casas com os troncos daquelas belas árvores.
Mas a inexperiência, a desorientação agrícola, o abandono do governo brasileiro foram causa de profundas decepções e frustrações. Toda a dor dos primeiros imigrantes foi relatada em cartas aos parentes da distante Polônia, infelizmente apreendidas e censuradas pelas autoridades russas de ocupação.
Nas décadas seguintes a imigração polaca só fez aumentar. Agora não eram apenas os arredores de Curitiba, mas todo o território paranaense, que naquela época ia dos rios Ribeira e Paranapanema, na divisa com São Paulo, até o rio Uruguai na divisa com o Rio Grande do Sul.
Brody, cidade polaco-judia
Brody é mais uma cidade polaca, que os desmandos do ditador soviético Józef Stalin colocou no território da República Soviética da Ucrânia.
Localizada na voivodia de Lwów, hoje oblast de Lviv, no vale do rio Styr, está a 90 km a Nordeste de Lwów. Em 2004, sua população era de 23.239 habitantes.
Brody foi fundada em 1084 e destruída pelo tártaro Batu Khan, em 1241. Desde 1441, Brody passou a ser propriedade de vários senhores feudais polacos, como Jan Sieniński e Kamieniecki.
Em 1546, foi elevada a categoria de cidade pela Lei de Magdeburg. A partir de então, passou a ser conhecida por Lubicz, denominação do brazão heráldico de Stanisław Żółkiewski. A partir de 1629, a cidade se tronou propriedade de outro magnata polaco, Stanisław Koniecpolski, que ordenou a construção do Castelo de Brody, entre 1630 e 1635.
Desde essa época, a cidade era moradia de polacos e rutenos (atuais ucranianos), sendo que um número significante da população era judia (cerca de 70%) e ainda armênios e gregos.
Em 1704, Brody foi comprada pelo magnata polaco Potocki. Trinta anos após, em 1734, Stanisław Potocki, foi atacado por tropas russas e o castelo de Brody foi completamente destruído. Potocki o reconstruiu em estilo Barroco.
Nova invasão ocorreu em 1772, desta vez pelo Império Austro-húngaro e Brody permaneceu assim até o final da primeira guerra mundial.
Segundo o censo Austro-Húngaro, Brody, chegou a ter no ano de 1900, 11.854 pessoas de origem judaica, de uma população total de 16.400 habitantes, ou seja, 72,1%.
A velha sinagoga representada pela ilustração acima de Wilhelm Leopolski foi destruída durante a guerra polaco-soviética de 1920, quando o Presidente Józef Pilsudski, da Polônia conseguiu rechaçar outra invasão russa. Depois desta guerra, Brody passou a fazer parte da Voivodia de Tarnopol.
Mas em setembro de 1939, Brody foi ocupada pelo exército vermelho russo. Entre 26 e 30 de junho de 1941, uma batalha entre alemães do Primeiro Batalhão Panzer e Quinto Batalhão Mecanizado Soviético destruiu muitos edifícios da cidade. Em dezembro de 1942, os alemães prenderam a população judaica dentro do gueto no interior da cidade. A maioria dos 9.000 judeus foi morta em outros campos de concentração, execuções em massa e trabalhos forçados. Durante a guerra fria e já em território da República Socialista Soviética da Ucrânia, Brody foi uma importante base do regimento da Força Aérea Soviética.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Filhas de polacos invadem a cidade
As polaquinhas brejeiras desfilavam por ruas como essas
atraindo olhares maliciosos da aristocracia falida de Curitiba.
Curitiba, sendo o maior centro da etnia polaca na América do Sul, concorreu em grande parte para a disseminação do preconceito contra estes imigrantes. E isto, num momento em que cidade era a capital do Paraná, um Estado que cobria o imenso território entre os Rios Paranapanema e Uruguai. Apenas em 1917, quando do fim da guerra do Contestado, o Estado vizinho de Santa Catarina incorporou as terras abaixo do rio Iguaçu, hoje conhecidas como Oeste catarinense. Natural, portanto, que a influência curitibana se estendesse até o Estado do Rio Grande do Sul, onde se concentra o segundo maior pólo da etnia polaca no Brasil.
Ao estudar a presença da mulher na sociedade paranaense do início do século XX, Etelvina Maria de Castro Trindade relata que na virada do século, era muito comum a cooperação feminina nos empreendimentos familiares dirigidos por imigrantes, como bares, lojas, mercearias, serviços e pequenas indústrias. A imigrante alemã, radicada no centro da cidade era figura habitual nesses ambientes.
Se a presença feminina nas atividades comerciais não era comum na sociedade imperial curitibana, já que os brasileiros mantinham a secular tradição portuguesa de que lugar de mulher é na cozinha, em relação às mulheres alemãs tal presença era consentida.
O mesmo não se dava, porém “com o setor doméstico, onde a discriminação é comum, e particularmente dirigida às –criadas- estrangeiras, sobretudo polacas, não raro retratadas sob o prisma da leviandade, da desonestidade e da permissividade sexual.” Castro Trindade, para sustentar sua tese, fez levantamento de informações publicadas na imprensa da época, onde é registrada essa discriminação contra as polacas:
"Maria ou melhor Mariazinha, como mais a conhecem, era um tipo perfeito de criada sapeca. Abotoando as suas 16 travessas primaveras deixou a casa de seus pais, dois robustos colonos moradores em Abranches, e veio se alugar aqui na cidade [...] Desse momento então é que começa a vida alegre e terrível da sapeca criadinha. De 15 em 15 dias, infalivelmente, mudava de aluguel. É assim de Herodes pra Pilatos correu quase todas as casas desta cidade. Também ninguém a aturava por mais de duas semanas: fazia sociedade no pó de arroz das patroas, nos perfumes e até nos vestuários. Quando à noite ela saía à rua para comprar biscoitos ou outra coisa qualquer o bando de coiós não a deixava. Mas tinha razão, porque a Mariazinha era uma tetéia: toda perfumada, empoada, de chinelinhas na ponta dos pés, muito corada e sadia, tentava mesmo!... Não houve baile durante muito tempo em que ela não estivesse e marca que o seu braço não fosse disputado pela matilha de seus adoradores, muitas vezes com prejuízo de algum nariz arrebentado."
O trabalho de Castro Trindade está mais focado na emancipação da mulher do que no preconceito cultivado contra as polacas, mas ainda assim, ela consegue resgatar notas importantes para o entendimento das origens do preconceito e do pejorativismo em relação ao termo polaco. Segundo ela, “as peculiaridades da mulher imigrante permeiam os textos da época, revelando a estranheza do brasileiro em face das diferenças culturais e mesmo físicas, do elemento colonial”. Os escritores da época sentem um verdadeiro fascínio pelos olhos azuis e cabelos loiros das alemãs e polacas. Expressões românticas em relação às alemãs como, “faces de papoulas amassadas”, “olhar de intenso azul” , contrapõem-se a cobiça reveladas em frase como “polaquinhas travessas e tentadoras” .
Um destes escritores revela, num jornal da época, que visitou uma da comunidade polaca e depois escreveu que, “Nota-se que os representantes do infeliz povo, esmagado pela ambição de governos tirânicos vive feliz nesta terra”. A frase era de certa forma lisonjeira, queria assim justificar sua presença e de outros que lá compareceram: “Foi por isso, sem dúvida, que confundidos com os polacos e polono-brasileiros, vi muitos brasileiros que acorreram a prestigiar com a sua presença o apelo das senhoras polacas” .
Castro Trindade vislumbra nestes textos um traço de preconceito e que justamente contribui para que a discriminação contra a etnia polaca só aumentasse. No que ela concorda com Perrot. Este senhor, ao falar dos excluídos, contempla também as carroceiras polacas de Curitiba. O desejo transforma as jovens trabalhadoras em objeto, os homens da sociedade local, obrigados a fazer a corte em saraus e encontros sociais, tem agora a sua disposição a própria rua para satisfazer suas ansiedades.
Pois em Curitiba, não há carroças, nem carroceiros, nem burros de carroça. Há “charretes” simples e toscas, puxadas a cavalos e conduzidas por moçoilas, lindas, colonas de faces rosadas que são elas e, não marmanjos, que distribuem o pão, o leite, as frutas, as verduras, carne, peixe etc. [...] A cidade em que a gente amanhece sorrindo, recebendo, com o pão e os legumes, os “bons dias” de carinhas brejeiras e ..."
Para o historiador de origem polaca, Ruy Christovão Wachowicz, as razões identificadas entre os próprios representantes da etnia para a negativa da ascendência “Polaca”, por essa época e também nos dias atuais, estava relacionada com a própria vocação agrícola dos primeiros imigrantes. “Polaco” passou a ser um termo que se identificava de imediato, na sociedade local, com a agricultura. Ser de origem “polaca” era admitir “ips facto“ que se pertencia a uma camada mais baixa da sociedade. Isto fez com que o “Polaco” com baixo nível de instrução, muitas vezes sentisse vergonha de sua própria origem e acabasse por rejeitar sua origem étnica. Apresentava-se na sociedade como alemão, austríaco ou russo, de acordo com as regiões de ocupação onde viviam seus ancestrais. E isto era terrível, pois se "bandeava" para o lado dos invasores e assassinos de seu próprio povo. Quando inquiridos sobre suas origens, respondiam: - “Não sei! Pelo menos era o que constava no passaporte do meu avô!”. Como se sabe a maioria dos passaportes dos imigrantes polacos eram expedidos sob a nacionalidade da potência de ocupação.
"Era sobremaneira doloroso o tratamento dispensado aos nossos colonos. Chamavam-nos de – polaco burro -. As causas desse trato pejorativo residiam em várias razões. Os primeiros imigrantes compunham-se de elementos paupérrimos oriundo de aldeias; muitos viveram sob regime senhorial. Embarcaram para o Brasil, pois a viagem não lhes custava nada [...] Os plantadores de café viam no polonês (palavra empregada pelo tradutor) recém-liberto da – escravidão senhorial -, na região ocupada pela Rússia, um excelente trabalhador. [...] os abandonado que não tinham nenhuma condição vieram ao nosso país. Não é de estranhar que aqui eles foram explorados e tratados como escravos. Os consulados fizeram ouvidos moucos aos reclames do imigrante, uma vez que isto pouco importava aos países dominantes. Esses, entre outros, são os fatos responsáveis pela difusão da expressão: -polaco burro".
Os estereótipos levaram alguns descendentes de polacos a adquirirem complexo de inferioridade em relação à sua origem étnica. A constatação disto ocorria, sobretudo, em camadas sociais intermediárias, localizadas entre o camponês e o indivíduo urbanizado. O camponês mesmo, não o possuía, porque os descendentes continuavam na própria classe de origem de seus antepassados.
Segundo Andrade Kersten, o camponês polaco difere dos demais pares brasileiros justamente pelo contexto histórico e social da região de Curitiba, “que faz com que o colono polaco seja visto na prática ideologicamente distinto, como categoria diferenciada do brasileiro e dos demais imigrantes”.
Os antagonismos existentes entre o brasileiro e o colono-polaco não se esgotam em sua condição étnica, apesar de que é por essas características que se reconhece e distingue o “polaco” dos demais. O “polaco” é o colono, o trabalhador, o proprietário, o professor, o “batateiro”. São figuras distintas que tem em comum sua origem étnica e também sua condição de colono, de imigrante, que confunde-se na conjuntura do processo imigratório em que assentam-se os núcleos coloniais no Brasil. A variável étnica é importante, mas ela só esclarece a situação do polonês transformado em “polaco”.
Aqui, Kersten inverte os termos e diz que foi o polonês que se transformou no Polaco, quando tudo afirma o contrário. Também a alcunha de “batateiro” se liga imediatamente ao polaco de Contenda, Araucária, Muricy, Guajuvira. Não para exaltá-lo como um fecundo produtor agrícola, mas para mais uma vez discriminá-lo. Kersten recolhe citação nos “Anais da comunidade Brasileiro-Polonesa”, para afirmar que a luta dos colonos polacos no Paraná é antiga: “vós, estúpidos poloneses, deveis cultivar a terra que recebestes; a nós cabe ditar-vos as leis”. Os organizadores dos Anais por sua vez recolheram a citação do jornal “Gazeta Polska” , não sem antes alterar o termo polacos para poloneses.
De acordo com Kersten este indivíduo, parte de um grupo de pioneiros muito pobres eram originários da agricultura e expulsos de aldeias que haviam sido regidas pelo sistema feudalista da idade média. Nesta condição ele embarcava para o Brasil. Aqui o indivíduo analisado por Kersten, “capta a realidade vivenciada, cria representações próprias das coisas e elabora todo um sistema correlativo de noções que capta e fixa o aspecto fenomênico da realidade”. Mais adiante ela afirma que é justamente desta “situação enfrentada que emerge o –polaco-, enquanto uma categoria estereotipada, através de avaliações negativas, tais como: alcoólatras, analfabetos, excessivo zelo religioso
Sessão Solene alusiva às comemorações dos 140 Anos da Imigração Polaca de Brusque acontece amanhã, 26 de junho, sexta-feira, às 20h00, na Câmara Municipal de Curitiba, R. Barão do Rio Branco, 720. A sessão é uma proposição do vereador Tito Zeglin, descendente de polacos.
Fortes chuvas atingem o Sul da Polônia
Festival Folclórico do Paraná
Tradicionalmente no mês de julho o Teatro Guairão, em Curitiba, vira palco das manifestações étnicas que fazem parte da cultura do Estado do Paraná. Tradicional também é a participação dos grupos folclóricos polacos Wisła e o Junak, de Curitiba, dois dos mais tradicionais grupos folclóricos fora da Polônia. O Wisła comandado por Eumar Guarizzi e pelo coreógrafo Lourival Araújo Filho se apresenta no dia 7 de julho, a 15 reais, o ingresso.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Kremówka de Wadowice
Ingredientes
3 xícaras de Leite (quente),
1 xícaras de Farinha,
1 xícara de Açúcar
1 ovo,
1 cubo de margarina,
1 açúcar de baunilha,
2 embalagens grandes de "chantilly"
e açúcar de confeiteiro para cobertura.
Preparo
Juntar ao leite fervido, primeiramente a margarina, para que esta se dissolva. Em seguida misturar o açúcar comum, a baunilha, a farinha e o ovo. Todos os ingredientes devem ser misturados com a ajuda da batedeira elétrica. Colocar a mistura em panela de alumínio e cozinhar em fogo brando mexendo o tempo todo, de modo a produzir uma densa massa (parecido com a massa de pudim).
Colocar metade do creme resfriado numa forma e esparramar o parte do "chantilly" sobre ele. Em seguida colocar a segunda parte do creme sobre o "chantilly" e finalmente cobrir tudo com açúcar de confeiteiro (em pó).
"Possibilidades" de Wisława Szymborska
Prefiro os gatos.
Prefiro os carvalhos nas margens do
Warta.
Prefiro Dickens a Dostoievski.
Prefiro-me gostando dos homens
em vez de estar amando a humanidade.
Prefiro ter uma agulha preparada
com a linha.
Prefiro a cor verde.
Prefiro não afirmar que a razão é culpada de tudo.
Prefiro as exceções.
Prefiro sair mais cedo.
Prefiro conversar com os médicos sobre outra coisa.
Prefiro as velhas ilustrações listradas.
Prefiro o ridículo de escrever poemas
ao ridículo de não os escrever.
No amor prefiro os aniversários não redondos
para serem comemorados cada dia.
Prefiro os moralistas, que não me prometem nada.
Prefiro a bondade esperta à bondade ingênua demais.
Prefiro a terra à paisana.
Prefiro os países conquistados aos países
conquistadores.
Prefiro ter objeções.
Prefiro o inferno do caos ao inferno da ordem.
Prefiro os contos de fada de Grimm às manchetes de jornais.
Prefiro as folhas sem flores às flores sem
folhas.
Prefiro os cães com o rabo não cortado.
Prefiro os olhos claros porque os tenho
escuros.
Prefiro as gavetas.
Prefiro muitas coisas que aqui não disse,
a outras tantas não mencionadas aqui.
Prefiro os zeros à solta
a tê-los numa fila junto ao algarismo.
Prefiro o tempo dos insetos ao tempo das
estrelas.
Prefiro isolar.
Prefiro não perguntar quanto tempo ainda
e quando.
Prefiro levar em consideração até a
possibilidade
do ser ter a sua razão.
Tradução de Aleksandar Jovanovic e Henryk Siewierski
terça-feira, 23 de junho de 2009
Poznań, a mais amigável
Poznań chegou ao topo por oferecer alta qualidade de transportes públicos e número de ciclovias, bem como os programas sociais e integração dos desempregados. Poznań tem 636 mil habitantes e é a capital da voivodia da Wielkopolska (Grande Polônia). Foi também ali que foi criado o primeiro bispado da Polônia no ano 968.
No segundo e terceiro lugares, respectivamente, ficaram as cidades sulistas de Rzeszów e Cracóvia. Rzeszów alcançou um índice dos mais altos pelo acesso gratuito à Internet e as regulamentações dos negócios-amigáveis. Já Cracóvia pela sucedida promoção da cidade nos exterior e a produção de vídeos turíticos popularizando a cidade no mundo.
A capital, Varsóvia ficou apenas em 13º. lugar, apesar de ser a única cidade polaca com um sistema de metrô e um forte investimento regional.
1. Poznań
2. Rzeszów
3. Cracóvia
4. Wrocław
5. Olsztyń
6. Gdańsk
7. Szczecin
8. Katowice
9. Toruń
10. Białystok
As origens do preconceito contra a etnia
Mas os esforços daqueles imigrantes da Silésia para se afastarem dos saxônios foram inúteis. Em Curitiba, eles acabaram assentados na colônia do Pilarzinho, onde já se encontravam estabelecidas algumas famílias de origem saxônias, ou prussas (os atuais alemães), que décadas antes haviam chegado ao Paraná. A convivência no início foi bastante difícil entre os dois grupos imigrantes da capital do Paraná.
Muito dos preconceitos cultuados contra o imigrante polaco tiveram início justamente na concorrência “involuntária” ocorrida na comercialização dos produtos agrícolas dos novos assentados. As famílias de imigrantes saxônios, entre eles os Schaeffer e os Weber, que abasteciam a cidade com verduras e hortaliças começaram a espalhar boatos de que os polacos eram beberrões, vagabundos e perturbadores da ordem pública. Estas famílias saxônias do Pilarzinho tinham origem no primeiro grupo de imigrantes estrangeiros que chegou ao Paraná, em 1829. Eles tinham sido assentados na localidade de Rio Negro, quando o Paraná ainda pertencia à quinta comarca da província de São Paulo.
Na afirmação de Neda Mohtadi Doustdar: “A ação de despolonização, fazendo do extermínio da nacionalidade polonesa a condição de existência da Prússia [...] impulsionando-os à emigração.” Esta uma das causas primeiras da continuidade do conflito que continua a ocorrer em Brusque e no Pilarzinho entre polacos e saxônios. Em sua tese, Doustdar busca explicar as condições em que se encontravam os polacos na Polônia ocupada como determinantes do processo de segregação, discriminação e preconceito que os imigrantes desta nação acabaram encontrando no Sul do Brasil. Suas justificativas vêm acompanhadas de teorias sócio-econômicas.
"Vindo se instalar no Brasil como agricultor, compartilha de situações semelhantes com os alemães já estabelecidos, gerando conflitos na luta pela terra, na concorrência do mercado e, mais uma vez, o medo da despolonização. [...]A unidade de produção nessas colônias era a família ocupada com trabalhos manuais, valorados negativamente pela ideologia escravista do meio. Nessa atividade era confrontado com o caboclo, que tradicionalmente desenvolvia a agricultura de subsistência. [...] Ela só atua associada com aquelas características históricas, tendo como reforço as práticas de auto-segregação fundadas num tipo específico de nacionalismo, mesclado de religiosidade. Não é este ou aquele fator isoladamente que seria o responsável por esse tipo particular de preconceito, mas a conjunção dos três numa realidade sócio-econômica particular.”
Doustdar é categórica em suas conclusões, quando afirma que os estereótipos condicionados a ideologias étnico-raciais construídas a partir de imagens feitas acerca de outros e superpostas no particular de cada um acabou transformando o polaco em um indivíduo que “não conseguiu ser reconhecido nem como brasileiro, nem como imigrante polonês. A expressão que no longo processo o transfigurou no consenso da sociedade local foi a sua aceitação como –polaco-.”
Antes, porém, de apresentar uma série de referências onde ficam patentes as discriminações cometidas contra os imigrantes da Polônia, convém, verificar o que se discute sobre preconceito. Pois para Bernardo Kucinski, o preconceito não é algo simples. E porque não é assim tão simples, o uso do termo por essa retórica é, também, um uso preconceituoso. Isto porque preconceito é a noção, ou teoria formulada antes de se possuir dados suficientes para que essa noção, ou teoria se torne provável. É o pré-juízo elaborado antes de qualquer exame e que exclui a possibilidade de que possa ser destruído por provas em contrário. “É nesse mar, por exemplo, que brotam e navegam os preconceitos sociais”.
Justamente este pré-juízo, ou o preconceito étnico e a discriminação foram, entre as dificuldades encontradas pelos imigrantes polacos no Brasil, os maiores obstáculos à integração e assimilação na nova pátria. Dificuldades tiveram todas as etnias, a começar pelos escravos africanos e mesmo pelos índios que ali já viviam, mas as difamações iniciadas por aquelas famílias de origem alemã da colônia Pilarzinho desembocariam em perseguições culturais, discriminações e estudos científicos equivocados sobre a etnia polaca no Brasil. O preconceito contra os polacos ao longo das décadas permeou vários dos elementos de identificação étnica destes imigrantes e seus descendentes. Expressões como “polaco sem bandeira”, “polaco burro”, “preto do avesso” e simplesmente “polaca”, como designação de prostituta, forçaram a mudança do termo da língua portuguesa falada no Brasil que designa a nacionalidade da etnia. Polaco deixou de ser polaco para virar polonês.
Para compreender melhor estas ações contra a etnia polaca lembramos Halbwachs, quando diz que todo movimento migratório apresenta características de um fenômeno coletivo. Nesse sentido, os homens que se deslocam fazem parte de uma corrente social. O que os liga é o fato de se sentirem membros de um mesmo grupo, ou em outras palavras, “de participarem dos pensamentos e sentimentos próprios do agregado em que estão compreendidos, desde que entram efetivamente na categoria dos migrantes”. Mas também se pode dizer que os conceitos de sociedade de origem e sociedade de adoção são muito vagos e que excluem “de um lado, as possíveis diferenças ou semelhanças históricas entre as duas sociedades e, de outro, as diferenças em cada uma delas”. Dessa forma, a discriminação contra o polaco se fundamenta na herança social e cultural e sua ligação com a estrutura encontrada no Paraná. Esta situação associada aos padrões impostos pela sociedade de adoção desembocou nas expressões já mencionadas. Para Lara Bueno, o preconceito contra a etnia polaca para ser entendido não pode prescindir das “condições sociais do passado, em que aqueles fenômenos assumiram uma configuração definida e operante no meio social em que se inscreviam”. A historiadora paranaense afirma que o estereótipo criado em relação ao imigrante polaco se baseava em algumas premissas que o apontavam como alguém que “seria dado a bebidas alcoólicas; que teria inclinação especial pelas atividades agrícolas; cujas filhas teriam predileção pelas atividades domésticas, etc.”. Conclusões essas, que foram disseminadas pelas citadas famílias alemãs do Pilarzinho. Sociologicamente, com menor, ou maior propriedade se pode dizer que eram idéias preconcebidas, “de estereótipos que foram elaborados em determinadas circunstâncias histórico-sociais da comunidade e que, dada a significação social que possuem para os diversos grupos raciais em interação prevalecem até a atualidade.”
Em seu trabalho, Lara Bueno, destaca algumas entrevistas que fez como demonstrações de preconceito incorporadas pelos próprios integrantes da etnia. É o caso, por exemplo, de Maria L. Kowalski que entendia que o termo polaco era empregado para ofender: “Ah! Aqueles polacos aí {!}”. Mas que quando as outras pessoas a chamavam de polonesa, ela se sentia mais respeitada em seus valores e cultura. Lara Bueno esclarece, contudo que isso somente ocorria “num confronto de sociedades diversas, porque entre os pares utilizava-se simultaneamente polaco, polano ou polonês”.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
A "irmã" do Papa João Paulo II
domingo, 21 de junho de 2009
Comemoração dos polacos de Brusque
Permito-me discordar da afirmação de 140 anos no Brasil. Evidentemente, esta quantidade de anos é referente, apenas, ao grupo que chegou em Brusque, Santa Catarina, em 1869, e não pode ser mais considerado o primeiro grupo a chegar ao Brasil.
Zeglin, com certeza, em sua proposição faz menção aos imigrantes que chegaram no "navio Victoria, com escala em Antuérpia, na Bélgica, e no Rio de Janeiro, no porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, em 1869. Do porto catarinense, as primeiras 16 famílias de silesianos foram encaminhadas para Brusque. Os chefes destas famílias eram: Franciszek Polak, Mikolaj Wós, Bonawentura Polak, Tomasz Szymanski, Szymon Purkot, Filip Kokot, Michał Prudlo, Szymon Otto, Dominik Stempki, Kasper Gbur, Balcer Gbur, Walenty Weber, Antoni Kania, Franciszek Kania, Andrzej Pampuch e Stefan Kachel.
Os 78 polacos, sendo 32 adultos e 46 crianças, foram instalados em Sixteen Lots, nas colônias Príncipe Dom Pedro e Itajahy. No ano seguinte chegaram outras 16 famílias, com 32 adultos e 54 crianças. Os chefes destas novas famílias eram: Fabian Barcik, Grzegorz Chyły, Leonard Fila, Baltazar Gebrza, Leopold Jelen, Andrzej Kawicki, Marcin Kempka, Błazej Macioszek, Walenty Otto, Wincenty Pampuch, Paweł Polak Marcin Prudlik, Jozéf Purkot, Jozéf Skroch, Tomasz Szajnowski e August Walder. No total dos dois grupos eram 164 pessoas".
Contudo, estudos do Padre Jan Pitoń, reunidos em minha tese de doutoramento pela Universidade Iaguielônia de Cracóvia, confirma que não são 140 anos de imigração polaca, o que se comemora neste ano - 2009 - no Brasil.
O primeiro grupo não é este de Brusque, que mais tarde foi transladado para a colônia Pilarzinho em Curitiba, mas sim o grupo do Espírito Santo de 1847. Estamos, portanto, comemorando 162 anos da chegada do primeiro grupo de imigrantes polacos no Brasil. Esta sim, deveria ser a comemoração, a de Zeglin é 140 anos do chegada do grupo de Brusque. Para reforçar o equívoco, basta dizer que antes destas 32 famílias chegarem a Santa Catarina, "Hieronim Durski, já havia chegado em 1851, em Joinvile, com um grupo 13 poznanianos. Além de outros 11 polacos Durski estava acompanhado de sua esposa Wincencja e de seu filho Julian".
"Segundo Pitoń, outro grupo de imigrantes polacos teria precedido Durski. Na opinião dele, o primeiro grupo significativo de polacos em terras brasileiras chegou à província do Espírito Santo em 1847. O grupo era formado por 120 famílias polacas vindas da Prússia Oriental e da Silésia (regiões ocupadas pelos prussos). A posição de Pitoń contraria as afirmações de que a presença polaca no território do Espírito Santo iniciou em 1870 e se consolidou em 1929, com a fundação da colônia Águia Branca. Corroborando sua afirmação, Pitoń recupera informação de Teodor Matejczyk:
- W publikacji z okazji 50-lecia pobytu Zgromadzenia Werbistów w Brazylii, 1895-1945, „Matejczyk i Gorzik”, kapłani pracujący w Espírito Santo naliczyli „Pomeranos” już 770 dusz. 1847/59 – Vitória 2.142 osób. Reasumując ruch migracyjny od 1851 – 1869 r. należy wyciągnąć następujące wnioski: Masowa emigracja do Brazylii rozpoczęła się dużo wcześniej, bo w 1851 r., pojawienie się ośmiu rodzin z Poznańskiego. Emigracja ta pochodziła z zaboru pruskiego, Pomorza Zachodniego, Śląska i Poznańskiego. W zestawieniu statystycznym przedstawia się następująco: „Polacos Pomeranos”, rodzin 211 z 914 osób; „Polacos Silesianos”, rodzin 36 z 151 osób; Poznańskie, rodzin 8 z 13 osób; Razem: rodzin 442 z 2.400 osób. Emigracja powyższa nie była dotychczas brana pod uwagę, była nieznana i zapomniana przez polskich badaczy.
Uma década mais tarde, outro grupo chegou a Santa Cruz, na então província do Rio Grande do Sul. Em 1857, 320 famílias procedentes das mesmas regiões do grupo mencionado anteriormente receberiam a companhia de um terceiro grupo na mesma Santa Cruz. Pitoń afirma que aqueles pomeranos chegados nas duas províncias eram católicos e com sobrenomes polacos. Portanto, não poderiam ser alemães, pois estes eram em sua maioria protestantes.
Stan Espírito Santo przyjął polskich osadników „Pomeranos” wraz z narodowością szwajcarską i niemiecką w latach 1856-1873, w liczbie 348 osób, sprowadzonych przez Towarzystwo kolonialne – „Associação Colonial” pod kierunkiem Caetano Dias da Silva. Kontyngent wynosił 3.600 osób, który został ulokowany w terenie górskim nad rzeką Itapemirim w osadach Santa Isabel, Santa Leopoldina. Oddajmy głos autorowi dzieła Tschudi J.J. Reisen durch Sudamerica, Leipzig, str.82: ´Upór i siła oraz liczba 384 rodzin pomorskich „Pomeranos” przybyłych w latach 1856-1873, katolików, obok setek rodzin protestanckich, przyczyniły się do rozwoju i postępu ekonomicznego. Prawda, że „Pomeranos”, grupa etnicznie i społecznie zróżnicowana, nie była przyzwyczajona do terenów górskich, warunków klimatycznych podzwrotnikowych, lecz w pionierskiej pracy kolonizacyjnej i osadniczej, okazała się wytrzymała i zdolną w codziennym trudzie”[...] „Pomorzanie dzisiaj wśród osadników niemieckich w Santa Leopoldina, stanowią główną podstawę kolonii, która z latami jednak się rozproszyła w kierunku północnym, nad rzekę Rio Doce Dyrektorem kolonizacji Alberto Jahn, urodzony w Królewcu, kpt. artylerii pruskiej, zakontraktowany przez rząd cesarski w 1851 r. Później na prośbę Friederica Eichmana, poszła pruskiego w Rio de Janeiro, został przerzucony do São Leopoldo w Rio Grande do Sul w charakterze tłumacza. Również w Espírito Santo i stanie Rio Grande do Sul bawił Guilherme Mtschitzki, botanik z Gdańska. W 1857 r. istniały już cztery osiedla, najliczniejsza Santa Leopoldina, Santa Isabel 1847, Santa Teresa, Tirol, łącznie 7.297 Osób. [...] Jeden z pierwszych osadników Pomorzanin Feliks Rembiński, redaktorowi Świata Parańskiego, potwierdził obecność z przed 50 laty w Santa Leopoldina około 100 – 120 rodzin. Oto kilka nazwisk: Trzosek, Frąckowiak, Rafalski, Grałek, Jaździewski, Włodkowski, Kapicki, Gołąbek, Ponczek, Adamek, Rudzki, Śąryber, itd. Istnienie elementu polskiego „Pomeranos” pochodzących z Kwidrzynia, Starogardu, katolików w odróżnieniu od Niemców protestantów potwierdzają pastorzy: Urban Fischer i Wellman w swoich sprawozdaniach do Konsystorza Ewangelickiego i „Obra Missionária Luterana”, obecnie Marthin Luther Bund. W relacjach pastorzy uskarżają się na trudności przy sprawowaniu kultu oraz współżyciu.´Byliśmy często wyśmiewani i „vivamente hostilizados”.[...] Był to rodzaj idiosynkretyzmu, wstręt i antypatia do podopiecznych. Polacy starali się oswobodzić z kurateli niemieckiej i gdy tylko nadarzyła się sposobność opuszczali gościnne progi osad, Również to samo stało się w Espírito Santo. Sposobnością taka była budowa drogi kolejowej Vitória – Belo Horizonte nad rzeką Rio Doce. Pomorzanie przenieśli się w rejon prac kolejowych i z rolników przeszli na robotników, proletariat. O pobycie przy budowie drogi kolejowej świadczą nazwy stacji: „Baunilha dos Polacos”, „Patrimônio dos Polacos” oraz liczne kaplice MB Bolesnej, św. Antoniego, itp. Z braku opieki religijnej Pomorzanie korzystali z posługi oo. kapucynów z odległego miasteczka „Figueira”.
"Naquele grupo considerado alemão existiam pessoas que estavam em permanente conflito, mais por razões éticas e religiosas, do que por um pedaço de terra. E as causas destas desavenças seriam compreensíveis se de fato se reconhecesse que parte daquele grupo era polaco, segundo Pitoń. A presença destes imigrantes naquele ano, no Rio Grande do Sul, por sua vez, comprova que o grupo de Brusque (que chegou ao Porto de Itajaí, Santa Catarina, em agosto de 1869 e que era composto de 164 polacos procedentes de Biała Góra, em Sialkowice, na Silésia Meridional.), comemorado como o marco inicial da imigração polaca no Brasil seria na verdade o quarto e não o primeiro."
Padre Jan Pitoń, originário de Zakopane, na Polônia, chegou ao Brasil como pároco, procedente de Cracóvia, em 1933. Mais tarde, na condição de Reitor da Missão Católica Polaca percorreu milhares de quilômetros evangelizando, construindo igrejas, capelas, orfanatos e escolas. Além das atividades religiosas, tinha como missão pessoal registrar tudo e todos que possuíssem ascendência polaca. Ele anotava quantos eram os integrantes da família, quem chegou primeiro, quando, quantos morreram, quantos reimigraram. Depois disso, confrontava suas pesquisas com dados de cartórios, igrejas, cemitérios, arquivos públicos, bibliotecas e periódicos, no Brasil e/ou na Polônia. Procurou sempre discutir com outros pesquisadores e na maior parte das vezes, cedia seu trabalho, que geralmente era publicado como de autoria de quem se servia de seus estudos. Pitoń com sua meticulosidade, com seu empenho de mais de 50 anos, reuniu números, informações e análises como nenhum outro o fez sobre a emigração polaca para o Brasil. O resultado de seu trabalho, infelizmente não está publicado. Mas está sob guarda da Universidade Jagielloński, nos arquivos da Biblioteca do Przegorzały, em Cracóvia.
Aos 95 anos de idade, ele se confessava triste para Ulisses Iarochinski: “Um professor de Curitiba várias vezes enviou carta para mim. Ele pedia por minhas tabelas estatísticas. Eu então fotocopiava todo o material pedido. Depois os colocava no correio em pesados envelopes. Gastava meu dinheiro de aposentado para fazer isso. Nunca recebi uma carta de agradecimento. E o pior é que agora lendo seu livro “Saga dos Polacos” verifico que minhas tabelas estão publicadas nele, mas com crédito, fonte, para aquele professor ".
Em 23 de janeiro de 2006, o padre Jan Pitoń morreu em Cracóvia, aos 97 anos de idade e foi enterrado em sua Kościelisko, gmina ao lado da cidade de Zakopane, nos Tatras polacos, mesma localidade onde ele nasceu em 3 de fevereiro de 1909.
De 1933 em diante passou a viver como missionário da Congregação São Vicente de Paula no Brasil. De 1933 a 1938 foi o vigário paroquial em Alto Paraguaçu - Itaiópolis, Santa Catarina, pároco da paróquia de Guarani Missoes de 1938-1942, na freguesia do Ivaí, Paraná de 1942-1948, na freguesia Irati de 1948-1950, professor do Seminário, em 1949, em Curitiba, pároco na freguesia do Bairro do Abranches, em Curitiba, de 1950-1955, pároco de Porto Alegre 1955-1962, reitor da Missão Polaca Católica no Brasil de 1962-1972. Em 1974, ele retornou à Polônia, passando a viver em Cracóvia, onde começou a escrever suas memórias e estudos estatísticos da imigração polaca no Brasil. Infelizmente seus trabalhos não foram ainda publicados, mas encontram-se sob a guarda da Universidade Iaguielônia de Cracóvia. Foram estes estudos base de um dos capítulos de minha tese de doutorado nesta universidade.
P.S. Os parágrafos entre aspas e em itálico são trechos traduzidos de minha tese de doutoramento, escrita originalmente em idioma polaco.
sábado, 20 de junho de 2009
O lamentável Presidente do Tribunal
8 contra 80 mil. 8 contra 180 milhões. Este é o título do artigo da Federação Nacional dos Jornalistas após a lamentável decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil de acabar com a obrigatoriedade do diploma de ensino superior para o exercício da profissão. O presidente de nossa maior instituição de justiça que passa por cima das determinações de um juiz de primeira instância colocando na rua a ave de rapina Daniel Dantas, que não se cansa de desfilar diante das câmeras da TV Globo com seu sorriso maroto e irônico, que compara o exercício da profissão do quarto poder de uma nação , a imprensa, com culinária, não pode julgar nada. Esta mais do que na hora de um "empeachment" desta triste figura do judiciário brasileiro. Até quando os 180 milhões de brasileiros ainda terão que aguentar seus equívocos e seu desvio de inteligência.
Como relator do processo e presidente do STF, o senhor Gilmar Mendes abre possibilidade para que a própria profissão dele, advogado, não necessite também da obrigatoriedade do diploma de ensino superior para se exercer a "defesa de outrem" ou decidir a "vida de outrem". Na Inglaterra, os cidadãos que desejarem não precisam contratar advogados. Se lá na terra da Rainha Elizabeth é possível, por que aqui não é? Gilmar Mendes, segundo outro ministro do Supremo, há muito envergonha a justiça brasileira. Quem não se lembra das imagens semanas atrás veiculadas em todas as TVs do Brasil? Será que não está na hora dos juízes dos Tribunais Superiores serem eleitos pelo povo em eleição direta, assim como é para Presidente, Senador, Deputados, Governadores, Prefeitos e vereadores? Por que somente um Poder da República é isento de voto?
Joaquim Barbosa atacou dizendo que o presidente do STF não tinha conhecimento da realidade brasileira, pois só se preocupava em aparecer em jornais e revistas e televisões. "Saia à rua, ministro Gilmar. Saia à rua! Faça o que eu faço. Vossa Excelência não está na rua não. Vossa Excelência está na mídia destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso", atacou o magistrado.
Constrangido, Gilmar Mendes sorria e pediu respeito ao companheiro de toga. "Vossa Excelência não tem condição de dar lição a ninguém", disparou Mendes. "E nem Vossa Excelência. Vossa Excelência me respeite. Vossa Excelência não tem condição alguma. Vossa Excelência está destruindo a Justiça desse País e vem agora dar lição de moral em mim? Vossa Excelência não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite!", rebateu Barbosa.
Golpe 1 | 18/06/2009 19:13 |
Oito contra oitenta mil Oito contra 180 milhões | |
Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania. A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira e, neste caso em especial, ao baronato que controla os meios de comunicação do país. A sanha desregulamentadora que tem pontuado as manifestações dos ministros da mais alta corte do país consolida o cenário dos sonhos das empresas de mídia e ameaça as bases da própria democracia brasileira. Ao contrário do que querem fazer crer, a desregulamentação total das atividades de imprensa no Brasil não atende aos princípios da liberdade de expressão e de imprensa consignados na Constituição brasileira nem aos interesses da sociedade. A desregulamentação da profissão de jornalista é, na verdade, uma ameaça a esses princípios e, inequivocamente, uma ameaça a outras profissões regulamentadas que poderão passar pelo mesmo ataque, agora perpetrado contra os jornalistas. O voto do STF humilha a memória de gerações de jornalistas profissionais e, irresponsavelmente, revoga uma conquista social de mais de 40 anos. Em sua lamentável manifestação, Gilmar Mendes defende transferir exclusivamente aos patrões a condição de definir critérios de acesso à profissão. Desrespeitosamente, joga por terra a tradição ocidental que consolidou a formação de profissionais que prestam relevantes serviços sociais por meio de um curso superior. O presidente-relator e os demais magistrados, de modo geral, demonstraram não ter conhecimento suficiente para tomar decisão de tamanha repercussão social. Sem saber o que é o jornalismo, mais uma vez – como fizeram no julgamento da Lei de Imprensa – confundiram liberdade de expressão e de imprensa e direito de opinião com o exercício de uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), como entidade de representação máxima dos jornalistas brasileiros, esclarece que a decisão do STF eliminou a exigência do diploma para o acesso à profissão, mas que permanecem inalterados os demais dispositivos da regulamentação da profissão. Dessa forma, o registro profissional continua sendo condição de acesso à profissão e o Ministério do Trabalho e Emprego deve seguir registrando os jornalistas, diplomados ou não. Igualmente, a FENAJ esclarece que a profissão de jornalista está consolidada não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. No caso brasileiro, a categoria mantém suas conquistas históricas, como os pisos salariais, a jornada diferenciada de cinco horas e a criação dos cursos superiores de jornalismo. Em que pese o duro golpe na educação superior, os cursos de jornalismo vão seguir capacitando os futuros profissionais e, certamente, continuarão a ser a porta de entrada na profissão para a grande maioria dos jovens brasileiros que sonham em se tornar jornalistas. A FENAJ assume o compromisso público de seguir lutando em defesa da regulamentação da profissão e da qualificação do jornalismo. Assegura a todos os jornalistas em atuação no Brasil que tomará todas as medidas possíveis para rechaçar os ataques e iniciativas de desqualificar a profissão, impor a precarização das relações de trabalho e ampliar o arrocho salarial existente. Neste momento crítico, a FENAJ conclama toda a categoria a mobilizar-se em torno dos Sindicatos. Somente a nossa organização coletiva, dentro das entidades sindicais, pode fazer frente a ofensiva do patronato e seus aliados contra o jornalismo e os jornalistas. Também conclama os demais segmentos profissionais e toda a sociedade, em especial os estudantes de jornalismo, que intensifiquem o apoio e a participação na luta pela valorização da profissão de jornalista. Somos 80 mil jornalistas brasileiros. Milhares de profissionais que, somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o jornalismo. Para o bem do jornalismo e da democracia, vamos reagir a mais este golpe! Brasília, 18 de junho de 2009. Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ |
Descendentes para defender a Polônia
O leitor Rajmund Wilczek, de Telêmaco Borba, no Paraná, envia sugestão de notícia sobre a autorização da Federação Polaca de Futebol para se buscar brasileiros descendentes de polacos no Brasil.
A notícia publicada originalmente no jornal Przegląd Sportowy e reproduzida pelo portal Wirtualna Polska se pergunta: "Brasileiros para fortalecer a seleção da Polonia?"
E o próprio jornal responde: "Isto é bastante possível".
Segundo o jornal seria necessário apenas alterar as regras da FIFA, permitindo assim que jogadores que não tenham servido a seleção de seus países de nascimento em jogos oficiais, possam integrar as seleções dos países de seus ancestrais.
"A Federação Polaca de Futebol decidiu explorar esta possibilidade e por isso já está em contato com um empresário brasileiro, que ajudaria a pesquisar na Terra do Café futebolistas com raízes polacas."
E o jornal vai mais longe em seu artigo, publicando que o Brasil pode oferecer uma imensa variedade de jogadores para a Polónia. Existiriam, no Brasil, segundo o jornal, "entre 800.000 a 3.000.000 de pessoas com ascendência polaca".
o primeirO reforço em potencial seria o brasileiro Luis Filipe Kasmirski. O jogador tem 24 anos e joga atualmente no Deportivo La Coruña da Espanha. Segundo o jornal os ancestrais de Luis Felipe emigram do Sul da Polónia para a América no final do século 19 e a grafia correta do sobrenome seria então Kaźmierski.
"Luís Filipe é um grande lateral esquerdo. Equipes como o Barcelona e a Juventus de Turim estão interessados em contratá-lo. Ele além da cidadania brasileira, tem passaportes italiano e polaco. A luta para tê-lo será muito difícil. Kasmirski pode ser convocado para a seleção canarinho do Brasil, onde a lateral esquerda ainda não foi preenchida por um titular estável. Seria uma oportunidade excelente se o presidente da PZPN, Grzegorz Lato tivesse acesso a esta reportagem. Sabemos que uma ação nesse sentido está prevista. Kasmirski têm para oferecer o status de estrela para a seleção da Polônia. Podemos correr atrás dele então."
A segunda busca de exploração de potenciais defesonsores da seleção polaca será a Alemanha. Ali, o empresário a ser contatado é Maciej Chorążyk. Na Alemanha, o treinador Leo Beenhakker poderá escolher entre:
Goleiros: Christoffer Mattisiewew (nascido em 1992, Clube: Djurgården de Estocolmo), Martin Kompalla (nascido em 1992, Clube: Borussia Moenchengladbach), Damian Onyszko (nascido em 1992, Clube: FC Fyn).
Zagueiros: Damien Perquis (1984, Sochaux), Sebastian Boenisch (1987, Werder Bremen), Nick MEAC (1990, Wigan Athletic), Sven Madziarski (1991, SC Langenhagen), Sebastian Kedzierski (1992, Treviso), Amadeus Piontek (1992, Borussia Dortmund), Kamil Wałdoch (1992, Schalke 04 Gelsenkirchen), Mateus Protasiewicz (1993, Twente Enschede), Adrian Fox (1993, Roda Kerkrade), Meike Karwot (1993, Alemania Aachen).
Armadores: Ludovic Obraniak (1984, OSC Lille), Christoph Dabrowski (1978, VfL Bochum), Matuschyk Adam (1989, FC Colonia), Alan Stulin (1990, FC Kaiserslautern), David Blacha (1990, Borussia Dortmund), Andre roupa ( 1991, Karlsruher SC), Sebastian Czajkowski (1992, VfL Bochum), Andre Dej (1992, MSV Duisburg), Jacob Przybyłko (1993, Arminia Bielefeld), Kacper Przybyłko (1993, Arminia Bielefeld).
Atacantes: Podrygała Patrício (1991, Hertha Berlim), Dominik Kruczek (1991, Borussia Moenchengladbach), Patrick Schikowski (1992, Bayer Leverkusen), Michael Szymków (1992, FSV Mainz).
E no Brasil, quem está habilitado? Seria o caso de se verificar nos registros da CBF quantos possuem sobrenome polaco. Está aí, uma tarefa difícil, pois nem todos possuem a grafia correta em polaco de seus sobrenomes e muitos ainda "pensam" que são descendentes de austríacos, russos, prussos, alemães.
Os polacos vão à "la playa"
No verão, Gdynia, Sopot, Hel, Uska, Kołobrzeg e Świnoujście ficam lotadas de "peles rosadas" sobre areias mais grossas que as da Ilha do Mel, no Paraná, e tão desertas quanto as paranaenses.
Aqui, a poucos metros da fronteira com a Alemanha, no ponto mais Noroeste da Polônia, uma das extensas praias de Świnoujście.
Jarosław e seus campos da morte
Em Jarosław, cidade no Sudeste da atual Polônia, este imenso painel, numa parede lateral de um edifício do século 17, mostra os diversos campos de concentração, extermínio, crematórios e trabalhos forçados de judeus, instalados pela ocupação alemã-nazista.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Fórmula 1 na Polônia?
Cracóvia já havia manifestado sua vontade, ano passado, de contar com uma prova do campeonato mundial de Fórmula1. Planos foram apresentados para o autódromo ser construído no bairro do Krowodzia, nas proximidades do aeroporto internacional de Balice.
Embora o desempenho do cracoviano Robert Kubica (pronuncia-se cuBÍtsa) não seja dos melhores na atual temporada, agora é Varsóvia que deseja ter uma prova do polêmico campeonato dos astros Button, Nelsinho Piquet, Massa e Hamilton.
O Grande Prêmio de Varsóvia, segundo seus idealizadores, seria uma prova de rua. Com suas grandes avenidas, no melhor estilo eixões de Brasília, a capital polaca acredita que tem tudo o que a FIA-Federação Internacional de Automobilismo exige. A proposta de percurso já foi desenhada pelo arquiteto Robert Młodzińskiego, contemplando traçado exigido para uma prova de Fórmula 1. Ele alerta, contudo, será necessária uma minuciosa modernização da superfície, pois as ruas teriam de ser perfeitamente iguais. O traçado de 4,6 km seria nas proximidades do Estádio Nacional de Futebol, que está sendo construído para a Euro2012. Seriam utilizadas as avenidas Zielenieckiej, Poniatowskiego, Wybrzeża Szczecińskiego, a rua Zamoyskiego, parte da linha férrea e Sokolej
Jakub Szałamach, da LG Electronics Polska, diz que o assunto é sério. A empresa está organizando um plebiscito para que os polacos possam eleger qual a cidade da Polônia que poderia receber os bólidos da Fórmula1 em prova válida pelo campeonato. Os polacos podem votar no portal www.torformuly1.pl até o dia 31 de Julho. O internauta poderá escolher entre Gdynia, Cracóvia, Varsóvia e Wrocław.
A idéia de um grande prêmio na Polônia foi incentivada por Bernie Ecclestone, chefão da F1, que disse, ano passado, que "Gostaria que a Polônia tivesse uma corrida de F1".