quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Coração de Wałęsa com problema

Foto: David Karp/AP

O ex-presidente da Polônia, Lech Wałęsa (Lérrhh vaúensa) declarou ontem, que no próximo mês será colocado um desfibrilador elétrico em seu coração. Algumas semanas atrás, exames médicos apontaram nele desritmia cardíaca. O médico então, propôs a colocação do pequeno aparelho para corrigir o problema.
"Tenho quase 65 anos e é necessário tomar cuidados consigo próprio. Além da masculinidade restou-me apenas me barbear, embora as vezes dou umas olhadas nas moças. Nesta idade deve-se contudo ouvir o médico", declarou o prêmio Nobel da Paz, Wałęsa. E completou dizendo que "O Senhor Deus já tirou pessoas do nosso convívio. Já cumprimentei Borys Jelcyn e o último reverendíssimo Lustiger, mas não espero morrer ainda".

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Neve chega dois meses antes na Polônia

Foto: Ulisses Iarochinski

O dia amanhaceu chuvoso em toda a Polônia, mas nas montanhas Tatras, no Sul do país, a neve tomou o lugar da Chuva. Zakopane, na região da MałoPolska, a mais famosa estação de esqui da Polônia, ficou toda enfeitada de branco, supreendendo turistas que foram em busca de sol.
A previsão do tempo é de que continue nevando, nesta-quinta-feira, dia 6 de setembro. A neve vai cair também nas regiões "Podkarpacie" e Beskide. A temperatura que estava em 20 graus, caiu em poucas horas para zero grau. Tradicionalmente a primeira nevada acontece no dia primeiro de novembro nestas regiões. O sol só deve aparacer no próximo domingo e temperatura voltar aos 24 graus.

Polacos de Cruz Machado

A jornalista Ana Johann, embora descendente de alemães, é de Cruz Machado, munícipio no Sul do Paraná, que já foi a maior colônia polaca em área territorial do Brasil. Documentarista formada na escola de cinema de Barcelona, ela voltou para casa com uma idéia na cabeça: fazer um documentário sobre a localidade onde nasceu. E fez "de tempos em tempos".
Na apresentação de seu filme Ana Johann diz que "Há alguns anos a imigração vem sendo o foco de muitos documentários. A abordagem é quase sempre para a história. Mas visitando e convivendo com esses povoados percebe-se que a maioria, desde os mais velhos até os mais jovens sabem pouco da sua história, até por que a história está marcada em cada célula e cada traço do corpo. São portadores móveis da sua descendência que se modifica de tempos em tempos, quando vai se misturando a outras raças e incorporando outras geografias."
De acordo com a diretora "não se trata de resgatar a história dos polacos no Paraná, mas sim documentar um povoado que sofreu grandes influências e continua carregando nas veias a sua raiz, que ora têm orgulho da sua genealogia, ora têm vergonha das suas casas por que são construídas de madeira em estilo polaco e não de alvenaria como gostariam; que sabem falar a língua polaca (e alguns dizem que é um polaco caipira por que não é igual ao da Polônia), mas que às vezes ficam acanhados por falarem errado o português; que sentam em roda do fogão para tomar chimarrão (hábito que vem da cultura indígena) e relembrar os velhos tempos, e outros momentos não querem falar dessa época que foi sofrida".
O filme já participou de alguns festivais e até foi repetido duas vezes na programação do canal TV Futura da Fundação Roberto Marinho. Quem tiver oportunidade de ir até a cidade histórica da Lapa (60km de Curitiba) poderá assistí-lo no Festival de Cinema da Lapa, que acontece de até 9 de setembro. Quem quiser comprar o DVD com o filme, basta entrar em contato com a diretora no email:
anajohann@pop.com.brPara maiores informações sobre o filme "de tempos em tempos" visite http://www.cinemanacional.com.br

P.S. 1 Posso garantir, depois de ter assistido, que o filme é belo!!! É de uma poesia de imagens, de gente e de palavras poucas vezes visto. E sabe, que emociona!!!
P.S. 2 Na foto, a diretora / roteirista Ana Johann e o pesquisador/produtor Marcos Freder.

Wajda lança livro sobre filme Katyń

Apareceu, segunda-feira, nas livrarias da Polônia, o álbum “Katyń” relatando o novo filme de Andrzej Wajda (pronuncia-se andjei vaida). Ao lado do texto do cineasta, encontram-se fotos e o plano de filmagem feito por Piotr Bujnowicz (pronuncia-se piótr buinóvitch), além do calendário do massacre das forças armadas polacas na localidade de Katyń, escrito por Andrzej Krzysztof Kunert (pronuncia-se andjei kjichtóf kunért). O álbum é uma narrativa pessoal de Wajda sobre seu filme e sobre o massacre da segunda guerra mundial.

“É um relato sobre uma família separada para sempre, sobre a grande ilusão e a brutal verdade (...) Filme de apresentação da dor causada pela cruel verdade, a qual os heróis não são os oficiais assassinados, mas as mulheres que esperam cada dia pela volta, cada dia, sobrevivendo à desumana incerteza”. Escreveu o cineasta no livro, lembrando ainda que, “O verdadeiro tema do filme sobre Katyń é sobre o segredo e a mentira que foram defendidos durante anos e fizeram do tema um tabu”.

O livro (um "making-off" gráfico) traz ainda reproduções de mapas históricos, fotografias, documentos de arquivo e imagens do monumento existente no local da tragédia. O texto de Andrzej Kunert começa em 23 de agosto de 1939 com a assinatura do pacto Ribbentrop-Mołotow, e termina em 21 de abril de 2005, com a carta enviada pelo Pen Clube russo para o Pen Club polaco nos 60 anos do término da Segunda Guerra Mundial.

Também no livro, estão as fotos dos artistas que participam do filme e de muitos dos oficiais polacos assassinados pelos russos. Já o filme tem estréia no próximo dia 17 de setembro no Festival de Cinema de Gdynia.

O episódio conhecido por Massacre da Floresta de Katyń foi noticiado pela primeira vez pelos alemães em abril de 1.943. Numa colina coberta de abetos dominando o Rio Dnieper, perto de Smolensk, na Rússia, soldados nazistas tinham encontrado os cadáveres de vários milhares de oficiais empilhados em valas comuns. Os russos revidaram imediatamente acusando os nazistas da autoria do crime. A versão russa, contudo foi de que, "Quando os exércitos vermelhos se retiraram de Smolensk, em julho de 1.941, tiveram de deixar para trás os oficiais poloneses prisioneiros. Os nazistas fuzilaram os poloneses, forjando então a história de Katyń com fins de propaganda."

No alto a capa do álbum lançado segunda-feira e abaixo cartaz de propaganda soviética na Ucrânia mostrando um soldado do exército vermelho um oficial da Armada Polaca.

A terra do Âmbar


A Polônia também é conhecida pelo título de "Terra do Âmbar", já que sua costa no Mar Báltico é a mais rica em "Bursztyn" (pronuncia-se burchtien) de todo o mundo. A palavra em polaco deriva da alemã "bernstein", que por sua vez significa pedra que queima. Durante o século 13, os Cruzados Teutônicos (ancestrais dos atuais alemães que invadiram e dizimaram toda a população polaca da região da Pomerânia) controlaram a produção do âmbar na Europa, proibindo sua coleta desautorizada das praias na costa do Báltico, sob seu controle, punindo infratores desta ordem com a morte. Já em português a palavra âmbar vem do arábico anbar, porém esta palavra referia-se originalmente a ambargris, que é uma substância animal completamente distinta do âmbar amarelo. O âmbar verdadeiro tem sido chamado às vezes de karabe, uma palavra da derivação oriental significando "o que atrai a palha", em alusão ao poder que o âmbar possui de adquirir uma carga elétrica pela fricção. Do ponto de vista geológico o âmbar é um mineralóide de origem orgânica, consistindo de diversos corpos resinosos, associado a uma substância betuminosa, derivada de resinas de árvores coníferas e plantas leguminosas que, enterradas durante milhões de anos, sofreram um processo de polimerização (Uma das formas de fossilização). É encontrado na forma de nódulos irregulares de coloração amarelo-parda, às vezes turva devido à inclusão de minúsculas bolhas de ar. Sua composição média é C10H16O. Acredita-se, que esta rezina tem origem no período terciário e com depósitos do Eocene. Muitas peças encontradas contém além de espécimes vegetais em seu interior belamente preservados, também numerosos insetos, aranhas, anelídeos, crustáceos e outros organismos minúsculos que foram envoltos quando a exudação era fluídica.
Em toda a Polônia é possível encontrar joias com âmbar, desde Gdańsk, até Bielsko Biały no Sul. Aliás é mais barato comprar em Cracóvia e Bielsko Biały do que nas cidades balneárias do Norte como Gdańsk e Sopot. Em Cracóvia são muitas as lojas na Sukiennice do Rynek que vendem colares, anéis, broches, lustres e abajures com âmbar.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

A polaca do tênis

Foto: AFP

Depois da ótima vitória sobre a musa russa Maria Sharapowa (2° do ranking) os polacos já estavam vendo sua mais nova revelação Agnieszka Radwańska no pódium do US Open de Nova Iorque, mas não deu! O sonho acabou na derrota para a israelense Shahar Peer por dois sets a zero (4-6, 1-6). Mas com apenas 18 anos, o futuro de Agnieszka tem tudo para ser brilhante e de muitas alegrias. É só torcer e não cantar vitória antes das raquetes começarem a bater.
Por sua vez, a vitoriosa de ontem, Shahar é a primeira israelense da história a participar de um torneio do Grande Slam e atualmente está no segundo ano do serviço militar obrigatório. É portanto, uma soldado dentro das quadras.

Polacos sempre

Recebi esta mensagem pedindo ajuda. É mais um caso de brasileiros que buscam a cidadania polaca. Respondi procurando apenas esclarecer questões históricas:

Quero solicitar a cidadania, que acreditava ser polaca, mas agora não tenho certeza, por isso busco aqui uma orientação para qual consulado recorrer. Já consegui alguns documentos originais dos meus avós, mas não estão em português, e os poucos que foram traduzidos se contradizem quanto ao país natal. Ora polacos, ora ucranianos, quando não há a junção dos dois ou o acréscimo da Bósnia! Quanto à minha avó, esta nasceu em 1900, na cidade de Belz, integrante da antiga Galicja. Em todos os documentos traduzidos, inclusive na certidão de óbito, consta nacionalidade polaca, além de o próprio passaporte ser polaco (PASZPORT). No entanto, parece que Belz pertence à Ucrânia desde 1951. Em todos os documentos (originais e traduzidos) consta Belz, integrante de Nowa Dubrowa (varia para também para Nowa Dabrowa), o que eu deduzo ser o Estado ou equivalente, mas não encontro dado nenhum sobre esse lugar. Vou tentar simplificar, mas a história se enrola quando outro documento de 1922, certidão de nascimento da minha tia, consta a mesma Nowa Dubrawa como parte integrante da Comarca de Banja Luka que por sua vez é associada ao Distrito de Prnjavor, ambos na Bósnia. Só para me deixar mais confusa, minha outra tia, também nascida na tal Nowa Dubrowa, é Iugoslava (1919). Meu avô nasceu em Porchowa (1898), território atual da Ucrânia (?), mas assim como minha avó, está como polaco na maioria dos documentos e segundo o passaporte, Porchowa também é cidade pertencente a Nowa Dubrowa! Passaporte estes expedidos em Zagreb, Croácia... sem comentários. Como pode um lugar tão importante não ter registro nenhum na internet, não constar em mapa algum? Será que entre partilhas de território esse espaço mudou de nome?
Começo por responder que até 1918, tanto a Galícia (na Polônia) como Nowa Dubrowa (na Bósnia), pertenciam ao Império Austro-Húngaro. A partir de 1918, a Galícia voltou a ser parte do Estado Polaco e a Bósnia passou a fazer parte do reino da Sérvia. Portanto, quando teus avós se casaram em Nowa Dubrowa, esta fazia parte da Sérvia. A Iugoslávia só viria a ser criada depois da Segunda Guerra Mundial, em 1946, englobando Bósnia, Herzegowina, Sérvia, Croácia e etc. Assim, as duas filhas do casal nunca foram iugoslavas. As filhas, no momento do nascimento, eram servas de nacionalidade, mas bósnias de nascimento, mas filhas de polacos. Isto, apesar de Nowa Dubrowa, no município de Banja Luka, ser na milenar Bósnia (pelo menos desde sua criação em 1189). Aquela terra balcã começou a ser invadida em 1463 e estas agressões não pararam até 1992, quando finalmente a Bósnia voltou a ter seu Estado próprio e independente junto com a Herzegowina. O que você não tem são os registros de nascimento de teus avós em Porchowa e Beltz. Locais, atualmente no território da Ucrânia e que devem ter ainda as igrejas Ortodoxas do rito Russo, religião à qual pertenciam teus avós. Seria importante obter estes batistérios e reconhecê-los em um cartório na Polônia. Porque apesar de você já ter o passaporte original, as autoridades de Varsóvia andam refratárias a pedidos de cidadania. O Departamento de Emigração responsável pode exigir estas certidões de nascimento, pelo menos a de teu avô, pois a de tua avó, como era mulher, não é valida para o processo. Pois existe uma lei que a cidadania só é concedida por via materna, para ascendentes que nasceram depois de 1951. Portanto, tua avó como nasceu, em 1900, não serve como referência para o processo de concessão da cidadania polaca aos descendentes dela.
Quanto à grande maioria dos descendentes de polacos do Sul do Brasil, cujos ascendentes nasceram e chegaram ao Brasil antes de 1918, segundo os funcionários que analisam os pedidos em Varsóvia, não terão a cidadania polaca. Pois, segundo o Consulado da Polônia, em Curitiba, apenas um pequeno grupo de imigrantes de Erechim-RS e Guarapuava-PR compareceu no Consulado depois de 1920 (criação do consulado) para se declararem cidadãos polacos. Ao que consta todos aqueles polacos que viviam no exterior depois de 1918 deveriam comparecer a um posto consular e se declararem polacos, independente de se, quando nasceram suas cidades estavam ocupadas por potências estrangeiras e seus documentos (certidão de nascimento, casamento, óbito) dissessem que eles eram austríacos, russos ou prussos (depois alemães). O curioso é que ninguém de Curitiba compareceu ao consulado. Será que não foram comunicados? O cônsul da época, ou posteriores (período de Getúlio Vargas e Segunda Guerra Mundial) preferiu jogar fora os arquivos destes registros? Ou ninguém queria ser declarado polaco, mas simplesmente brasileiros? No caso de teus avós, eles nasceram na Polônia (quando era ocupação Austro-húngara) e eram cidadãos polacos, pois assim confirma o passaporte que eles fizeram em 1926, no consulado polaco de Zagreb, na Sérvia. O que confirma também, que eles apenas moravam em Nowa Dubrowa, na Bósnia quando resolveram imigrar para o Brasil, em 1926. As filhas nasceram na Sérvia, mas como filhas de polacos também podem ser consideradas cidadãs polacas (ao mesmo tempo, que servas e/ou bósnias), já que estão relacionadas no passaporte familiar de teu avô. Apenas como adendo, informo que em 1795, o reino Polaco foi invadido pelo Norte-Oeste pelos prussos (atuais alemães), ao Sul e Sudeste pelo Império Austro-húngaro e ao Centro e Leste pelos russos. Esta invasão durou 127 anos de ocupação nas terras polacas. Em 1918, com o fim da primeira guerra mundial e o esfacelamento do Império Austro-húngaro (a primeira guerra começou justamente pelo assassinato na Sérvia do herdeiro do trono Austro-húngaro), a Polônia recuperou seu Estado e pode voltar a existir com tal status no novo mapa europeu que saiu na Primeira Guerra Mundial.
Todos os polacos que nasceram neste período de ocupação estrangeira perderam a cidadania polaca, pois apesar de nasceram no território da milenar Polônia, de falarem polaco, de comerem pierogi e repolho azedo eles passaram a ser cidadãos dos Estados ocupantes. Galícia foi o nome dado pelos Austro-húngaros às terras polacas do Sudeste da Polônia. Este império era governado pela família real Habsburgo (mesma família que reinou na Espanha, Portugal e Brasil entre 1580 a 1640). O nome Galícia, já existia no Reino Espanhol. O nome daquela região tinha sido dado pelos Romanos muito tempo atrás. Portanto, esta Galícia na Polônia, foi apenas um nome dado àquela região polaca entre 1795 e 1918. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os vitoriosos soviéticos, impuseram aos aliados (Inglaterra, França, EUA, Brasil e etc.) um novo mapa da Europa Central... E foi assim criado o Estado moderno da Ucrânia (o povo ucraniano sempre existiu, com esta e outras denominações... Eles eram rutênios ao Oeste e cossacos a Leste do atual território da Ucrânia). A Polônia que tinha quase 700 mil km quadrados viu seu território ser reduzido a 312 mil km quadrados. Toda aquela faixa do Sudeste, que os Austro-húngaros denominaram Galícia, ficou para o Estado recém-criado da Ucrânia. Teus ancestrais, portanto, eram polacos, nascidos naquelas terras. O passaporte deles confirma a cidadania polaca, já que todos aqueles que viviam no território milenar da Polônia e que estavam com documentos de cidadania dos ocupantes foram declarados cidadãos polacos e aqueles que haviam emigrado para outras partes do mundo, deveriam se apresentar nas repartições consulares e se declararem cidadãos polacos. Aqueles que não o fizeram, consciente ou inconscientemente negaram a si e a seus descendentes a cidadania polaca.

Judeus de Rolânia

Lucius de Mello lança hoje, em Curitiba, às 19h, na Livraria Curitiba Megastore no Shopping Estação, o livro “A Travessia da Terra Vermelha – Uma Saga dos Refugiados Judeus no Brasil”. A obra, resultado de quatro anos de pesquisa, conta a saga das famílias alemãs, judias e cristãs, que fundaram a cidade de Rolândia. Para escrever o romance o autor ouviu, praticamente, todos os descendentes diretos dos pioneiros no Brasil e na Alemanha. Mello, que é de Foz do Iguaçu e formado na Universidade Federal do Paraná foi ator em Curitiba e repórter das TV Iguaçu, TV Independência, TV Globo-SP e TV SBT-SP. É autor de outros dois livros e mostra em "Travessia da Terra Vermelha" as dificuldades que os pioneiros tiveram que enfrentar no meio do mato, como doenças, insetos, bichos, preconceito, falta de socorro médico e a saudade dos amigos e parentes que não conseguiram fugir e morreram nos campos de concentração.

Estação de trem em 1940. Foto, acervo de Wanderley Duck.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Missão da UFPR

O reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Augusto Moreira Júnior, deu-se conta da importância da etnia polaca na formação do Paraná e esteve em Cracóvia, no final do último mês de maio, para renovar acordos com a Uniwersytet Jagielloński. Na oportunidade, além dos protocolos firmados com a sexta mais antiga universidade do mundo (onde estudaram Mikołaj Koperniko e Karoł Wojtyła), o reitor conheceu pontos turistícos, museus e conversou com estudantes polacos e brasileiros. Contratado pela TV UFPR, produzi reportagem sobre a missão do reitor da UFPR em terras polacas. Falam na matéria, o reitor Carlos Moreira, os professores Ana Moreira, Regina Przybycien, Antonio Gondim e os estudantes Anna Grudzien, Joziane Faganello, Justyna Kozaczyka, Rodrigo Kurek e Gicele Rakowski.

Kurytyba é Curitiba

W dniu 5 lutego 1993 Rada Miasta Krakowa przyznała Kurytybie tytuł Honorowego Miasta Bliźniaczego Krakowa. Kontakty mają charakter okazjonalny. W sierpniu 2003 r. odwiedził Kraków Burmistrz Kurytyby wraz z małżonką. Wizyta ta miała charakter kurtuazyjny. W dniu 27 listopada 2003 r. w Krakowie gościła delegacja Kurytyby, której przewodniczył Pierwszy Sekretarz Rady Miasta. Tematem spotkania były kwestie transportu miejskiego i inwestycji komunikacyjnych w Krakowie, systemu gospodarki odpadami w Krakowie, oraz edukacji. Zainicjowane rozmowy oraz wola kontynuacji podjętych kontaktów wyrażona przez oba miasta stanowią podstawę do dalszych działań. Niemniej jednak, z powodu znacznej odległości między miastami, realizacja wspólnych projektów jest bardzo kosztowna.
O trecho acima é o que está registrado oficialmente na Prefeitura de Cracóvia sobre o título dado a Curitiba em 5 de fevereiro de 1993 de Cidade Gêmea de Honra de Cracóvia. E informa ainda que um prefeito de Curitiba esteve em Cracóvia em 2003 numa visita de cortesia e que em 27 de novembro de 2003 um secretário municipal de Curitiba esteve em Cracóvia abordando o tema do sistema de transporte coletivo e educação. Ao final menciona que a realização dos projetos apresentados por Curitiba são de um custo bastante elevado.
Cracóvia é parceira de 25 cidades no mundo e apenas Curitiba e Serena (no Chile) são gêmeas de honra. Mas apesar das duas visitas curitibanas de cortesia nada foi feito até hoje entre as duas cidades e depois ainda tem gente que confunde "cracoviano" com etnia. Por isso que Kurytyba é Curitiba e Cracóvia é Kraków!

Deixa ela novelar


Parece que a depressão é da própria "atriz", já que ela nunca é encontrada em seu posto de trabalho. Os alunos da escola de cinema de Pinhais que o digam. A causa da depressão deles deve ser justamente falta de aulas. E depressão por depressão, parece que ela é que vivia deprimida no Rio. Era uma incompreendida. Um passado de "feitos extraordinários" e nada de trabalho, apenas umas figurações. Aí, conseguiu emprego de diretora de escola em Pinhais e passou a ser lembrada novamente. Ela, ao que parece foi contratada por ter um currículo, que consta ter sido, no passado longíncuo, uma "bela" figurante em filmes de Glauber Rocha e peças no Teatro Oficina. De atriz à diretora de escola de cinema, esta senhora, deve estar pensando, que virou antropóloga. Ledo engano! O que ela precisa mesmo é de quem a compreenda. E talvez seja melhor deixá-la fazer figuração em novelas cariocas. Ela, pelo que sugere suas estúpidas opiniões, não aprendeu nada com Eugênio Kusnet e José Celso Martinez Côrrea. Será que a velha atriz velha está gagá? Que pena, ela poderia pelo menos ter aprendido o que é respeito!
Por outro lado, parece que a publicação das declarações da atriz gaúcha teria fins políticos. Reportagem da Rádio CBN Curitiba alerta que alguns alunos da "escola de cinema" estão reclamando que não foram ouvidos pela "Gazeta do Povo" (jornal que publicou as polêmicas declarações da atriz). Estes estariam se posicionando ao lado da declarações da diretora. Eles próprios concordam que os alunos são depressivos. Afirmam que um estudante ouvido pelo jornal não estuda lá já faz dois anos (Mas se a escola inaugurou justo em 2005!). Mas não dizem porque são depressivos, nem relacionam com seres descendentes das etnias ofendidas pela professora deles. Com uma situação dessas é de se pensar se realmente a atriz disse aquelas frases ao jornal? Ao se acreditar que a matéria foi forjada, ela teria objetivos nitidamente políticos, ou não? Será que estariam a "forasteira" como bode espiatório? Prefiro, acreditar como jornalista, que o repórter da Gazeta do Povo realmente ouviu as bobagens da atriz. Seja como for, outros estudantes da escola de cinema de Pinhais criaram uma comunidade no sitio "Orkut". Nela, denunciam irregularidades na escola dirigida pela atriz, que também é professora. Ela, assim como outros "especialistas" em cinema não estariam habilitados para a função acadêmica. Ainda segundo estes alunos, ninguém está disposto a se manifestar para a imprensa com medo de represálias da diretora Nandi, pois está pode prejudicá-los não só como estudantes, mas também no futuro quando eles forem profissionais.
Longe dos objetivos políticos que possam existir, a questão aqui se resume apenas ao desrespeito, preconceito e discriminação contidos nas frases da atriz e publicadas no jornal. Pois, em aceitando como verdadeiras as declarações não se pode aceitar, que uma diretora de uma unidade de ensino superior confunda cracoviano com etnia e que ignore por completo a importância dos imigrantes para o desenvolvimento cultural, educacional e sócio-econômico de Curitiba, do Paraná, do Sul do país e de todo Brasil. Se a "atriz" não sabe, ela deveria ter a informação, por exemplo, de que foram os alemães de Curitiba que trouxeram a árvore para comemorar o Natal em 25 de dezembro (quando a tradição portuguesa-espanhola, que havia antes, comemorava somente o "Dia de Santos-Reis, em 6 de janeiro); que foram os polacos a ensinar brasileiros a transportar erva-mate em carroções com cavalos e não em lombo de jumentos, ou carros de bois (como era antes); que foram Zaco do Paraná (polaco - escultor), Groff (alemão - cineasta), João Turin, Poty Lazarotto, Theodoro de Bona (italianos - artistas plásticos) Morozowicz (polaco - diretor de teatro, música e dança) e tantos outros que com cultura, alegria e felicidade, tornaram-se mestres de muitos artistas do Trópico de Capricórnio para cima. Vai ver que de tanto morar no Rio de Janeiro e São Paulo, a gaúcha acabou por não saber a importância que tem o Rio Grande do Sul para o cinema e as artes do Brasil.
P.S. se ela não disse nada disso, que sirva para outros que pensem assim, mas se foi já passou da hora dela ser demitida...e mais: ser impedida de voltar a morar no Rio e obrigada a passar o resto da vida dela em Curitiba, ou Pinhais...já que ali bem pertinho fica a casa grande de Piraquara.

domingo, 2 de setembro de 2007

O Wisła Kraków goleou

Quando ficar pronto, o estádio terá capacidade para 40 pessoas.

Na inaguração da segunda tribuna de seu estádio, o Wisła Kraków (pronuncia-se vissúa crácuf e se traduz Vístula Cracóvia) goleou o Lech Poznań (pronuncia-se lérrrehhh posnanh e se traduz L Posnania) por 4 a 2. Pela primeira vez, o estádio recebeu mais de 20 mil torcedores em sua história. A construção do estádio de Cracóvia é a que está mais adiantada para a Eurocopa 2012, os demais estádios das cidades escolhidas nem começaram as fundações e Cracóvia nem está na lista principal de sedes. A venda do ídolo Żurawski (pronuncia-se Jurávsqui) para o Celtic da Escócia e a constante troca de treinadores derrubaram o clube mais rico da Polônia para as posições intermediárias no campeonato do ano passado.
O brasileiro Jean Paulista, que andava na reserva meio desprestigiado pelo novo técnico Maciej Skorża (pronuncia-se Mátchiei Scoja), entrou e fez dois gols, Os outros foram do polaco Paweł Brożek (pronuncia-se Páveu Brojék). O também brasileiro, lateral-esquerdo Cleber entregou o ouro marcando contra, o segundo gol do Lech. Apesar da vitória o Wisła segue na segunda posição na tabela do campeonato, atrás do Legia Warszawa (pronuncia-se Léguia Varsóvia).