quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Wrocław pode perder a Euro2012

Estádio do Wisła Kraków - Foto: Mateusz Skwarczek

Se até o início dos campeonatos de 2010 Wrocław (vrotssuaf) não tiver um estádio acabado, então o governo irá oferecer para organização da Euro 2012 uma outra cidade. E tudo indica que esta outra cidade será Cracóvia, pois além do estádio do Wisła Kraków (vissua cracuf) estar em fase final de construção, bem próximo, está sendo erguido o estádio do Cracóvia (o outro clube centenário da cidade).
Devido ao atraso de quatro meses na execução arena de Wrocław dedicada à Euro 2012 o prefeito Dutkiewicz decidiu ontem rescindir o contrato com o consórcio liderado pela Mostostal Warszawa para a construção do estádio.
Agora Wrocław pretende negociar com a outra empresa, que participou da concorrência para a construção do estádio.
No cronograma original, o estádio de Wroclaw, deveria ser concluído em finais de 2010 e 2011. Atualmente, as autoridades da capital da Baixa Silésia, supõem que isso só acontecerá em meados de 2011. Com a quebra do atual contrato, Wrocław reduz suas chances para sediar partidas da Euro.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Łaszczów a 42ª cidade lubelska

Há cerca de dois anos acompanhei e servi de guia e intérprete a um casal de gaúchos de Porto Alegre. Ela médica, ele engenheiro. Ambos descendentes de polacos. Viajamos num carro alugado desde Cracóvia até muito próximo a fronteira com a atual Ucrânia. Ele buscava a localidade onde seu pai, de origem judaica, havia nascido.
Chegando lá procuramos saber onde se localiza o bairro judeu da cidade. Depois de perguntar a duas pessoas, uma delas, balconista num pequeno mercado, chegamos à casa do wójt (pronuncia-se vuit) - representante do distrito, uma espécie de prefeito local. Era um sábado e a família estava se preparando para ir a um casamento. Mas isto não foi empedimento para que fôssemos recebidos no jardim da casa com sucos, doces e chá.
Imediatamente o pai do wójt, um senhor de 88 anos, dispos-se a nos acompanhar num passeio pelo localidade. Foi muito bom, pois a cada pergunta do casal, aquele bom polaco ia desmistificando preconceitos.
- Onde era a escola dos judeus? Perguntava a médica.
- De judeus? Não tinha escola separada não. A cidade que ainda é pequena até hoje não comportava mais de uma escola. Estudávamos todos juntos, polacos, ucranianos, católicos, ortodoxos, protestantes e judeus.
No passeio pela pequena localidade de não mais que 3 mil habitantes. conhecemos a antiga escola, as ruínas do antigo cinema comunista, que havia sido a sinagoga dos polacos judeus. Ao passarmos por um jardim fechado, o velho polaco, pediu para que parássemos e entrássemos no jardim.
- Aqui era o antigo cemitério dos judeus. Mas durante a guerra, os alemães, destruíram tudo. Em 1994, nossa comunidade, com nosso dinheiro católico, recuperou aquele mato e amontoado de lápides. Restaurado, o antigo cemitério, ainda não foi usado para novos enterros. Não temos mais polacos de religião judaica em nossa cidade. Os últimos foram obrigados a marcharem até o campo de concentração de Belzec. Andaram mais de 30 km para depois serem mortos pelos alemães. Nós, os polacos católicos, sobreviventes, logo após encerrada a guerra, fomos atacados pelos ortodoxos ucranianos que desejam ocupar também nossa localidade, estendendo a fronteira da Ucrânia, determinada por Stalin.
Aquele velho polaco não parava de contar e omitir sua opinião sobre questões históricas importantes, como a guerra, o ataque alemão de um lado e soviético de outro, a convivência pacífica que existia antes da guerra entre polacos de diferentes credos e nacionalidades.
Os comentários que ouvi do casal de gaúchos durante a viagem até ali sobre o antissemitismo dos polacos foram cessando a cada resposta convicta e verdadeira daquele velho senhor católico, amigo de infância de outros polacos de origem judaica.
- E por que não restauraram a sinagoga? Perguntou a gaúcha brasileira
- Minha senhora, esta é uma comunidade pequena e pobre. Fizemos um grande esforço para restaurar o cemitério, de desenterramos as lápides. Nos faltou e nos falta dinheiro para tantas outras coisas. Não foi possível ainda restaurar o cinema que um dia era a sinagoga do pai e avô de seu marido. Mas se a senhora ajudar, tenha certeza que restauramos e entregamos a sinagoga para os polacos e não polacos de origem judaica.
Mas vamos deixar de memórias. Sim, por que em que pese a quase milenar aldeia, esta visita também já faz parte das memórias. Não da cidade, mas com certeza das minhas, do casal brasileiro de origem polaco-judaica e daquele simpático senhor - nosso guia e anfitrião. Vamos deixar por que a pequena aldeia é notícia nos jornais da Polônia, nestes dias.
A pequena localidade visitada por mim e os gaúchos está em festa. Neste encerrar de ano velho a pequena aldeia, que antes da segunda guerra mundial era uma cosmopolita localidade terá uma comemoração de ano novo incomum. Na véspera de 2010, os residentes de Łaszczów (uachtchuf) vão comemorar a elevação do distrito à categoria de cidade.
A atração principal do evento será a realização do show "Gwiazdy Polskiej Estrady - mandaryna" (plataforma das estrelas polacas). Um planejado espetáculo de fogos de artifício. "A noite vai ser especial para nós, porque com o badalar da meia-noite vai reivindicar o direito de sermos cidade." diz Cezary Girgiel, o wójt de Łaszczów.
O status de aldeia para cidade foi dado em 1549, para o senhor feudal, Alexander Łaszczowi, das mãos do Rei Zygmunt. Os direitos adquiridos permitam a organização de feiras e mercados. A condição de cidade vigorou até 1869, quando um forte repressão russa atingiu os direitos cívicos de 26 lugares da região.
Desde então, Łaszczów não passou da condição de ser uma gimna (distrito administrativo). O que impediu com certeza um desenvolvimento maior para a localidade. O que segundo o wójt Girgiel será mais interessante para os investidores. "É um tipo de investimento para o futuro. Com certeza a cidade vai despertar maior interesse entre os diversos tipos de empresas. Temos grandes esperanças de associar o desenvolvimento com a construção de uma divisa com o município de Dołhobyczów.", diz Girgiel.
Łaszczów se torna a 42ª cidade da região Lubelski, cuja capital é a cidade de Lublin, no Leste polaco.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Reveillon 2010 com música clássica em Cracóvia

Robert Kabara, diretor da Sinfonietta Cracovia - Foto: Mateusz Skwarczek

Os amantes de música pode escolher as propostas de comemoração preparadas para a passagem do Ano Novo em Cracóvia. Os concertos de gala incluem: Capella Cracoviensis, Kamerata Krakowa, Filharmonia, Opera, Centrum Kultury Żydowskiej e Kopalnia Soli em Wieliczka.
Uma maneira inusitada de passar o reveillon é o que propõe a Capella Cracoviensis. Os concertos na ulica (ulitssa - rua) Basztowa nr. 8 terá instrumentos históricos, banda e um grupo de solistas, sob a regência de Jan Tomasz Adamus que executará a ópera "Rodelinda" de George Frideric Handel. O concerto de Ano Novo terá início às 20 horas.
Valsa vienense e mestres da opereta reverberarão no teatro Julius Slowacki às 16 e 19:30 horas. Nos dois concertos, a Kamerata Krakowska e o grande maestro alemão Hermann Matthias serão os protagonistas. Os concertos terão como solista a mezzo-soprano Urszula Kryger.
No teatro Filharmonia será apresentada a Abertura da opereta, "Carnaval em Roma" e "Uma Noite em Veneza" de Johann Strauss, "Carnaval Romano ", "op. 9" de Hector Berlioz, "Capriccio", "op. 45" de Piotr Tchaikovsky, e os fragmentos de "La Boheme de Giacomo Puccini. Partcipações de: Iwona Socha (sopran), Barbara Gutaj (sopran), Pavlo Tolstoy (tenor), Adam Szerszeń (baryton), Czesław Gałka (bas), Maciej Drużkowski (baryton), Krzysztof Dekański (bas), Józef Dwojak (tenor) e coro e orquestra FK sob direção de Paweł Przytocki. O concerto será realizado na sexta-feira, às 17:00 horas e sábado, às 18 horas na ulica Zwierzyniecka nr 1.
A Opera de Cracóvia, por sua vez, apresentará os maiores sucessos da ópera, das operetas, das canções napolitanas e música da Espanha. Os solitas serão Magdalena Barylak, Agnieszka Cząstka, Przemysław Firek, Tomasz Kuk, Michał Kutnik, Adam Sobierajski, Paweł Wójtowicz e Opera e Ballet da Opera de Cracóvia sob a regência de Ruben Silva. O concerto será realizado, na quinta-feira, no Grand Opera House de Cracóvia, na ulica Lubicz nr. 48 às 18:30 horas. Na sexta será será repetido o concerto no mesmo horário.
Na quinta-feira à noite, na virada do ano, os amantes da música clássica terão no Centro de Cultura Judaica, na ulica Meisels nr. 20, às 17 horas, shows com serão com o Kwintet Śląskich Kameralistów (quinteto de Câmara Silésia). Nessa mesma noite serão apresentadas árias e cenas de balé, incluindo "A Bela Adormecida" e "O Lago dos Cisnes" de Tchaikovsky. A apresentação ficará a cargo da Krakowskiej Opery Kameralnej. Será na ulica Miodowa nr. 15, às 20 horas. Solitas como Anna Filimowska-Wolfinger (soprano) e Maciej Gallas (tenor) abrilharantarão a noite.
A mina de sal de Wieliczka, patrimônio da humanidade, abre seus porões para a mais de 100 metros abaixo da superfície, fazer soar o melhor da música clássica. O Concerto de Gala, na catedral de sal, terá como virtuosos como Bogusław Kaczyński, Iwona Tober, Sylwia Lorens, Ewa Romaniak, Jan Zakrzewski, Tadeusz Szlenkier, Leszek Świdziński e a orkiestra Obligato sob regência de Jerzy Sobeńki.
E no dia 3 de janeiro, no Centro Cultural Nowa Huta (al. Jana Pawła II, às 18 horas. Soará os temas mais populares da música de cinema e popular. O Concerto de Ano Novo será apresentado pela Krakowska Orkiestra Staromiejska.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ano novo em mosteiro

Mosteiro Beneditino Tyniec em Cracóvia - Foto: Adam Golec

Neste ano, várias centenas de polacos quando perguntados onde vão passar o Ano Novo, têm a resposta na ponta da língua: "Vou passar num mosteiro."
O mais famoso dos mosteiros, embora seja o mais antigo é o mais novo a proporcionar a festa de São Silvestre. É ele o mosteiro dos padres beneditinos, no bairro de Tyniec, em Cracóvia. Costuma-se dizer: "aquele do outro lado do rio Vístula. Já que no lado de cá, da cidade, está o mosteiro de Kamedłów.
Quando os monges beneditinos pela primeira vez convidaram a população para comemorar o reveillon de uma forma diferente, eles anunciaram: "Bem vindos ao antysylwestra. Nós garantimos isso conosco. Você será capaz de se concentrar, de acalmar-se, de meditar sobre a impermanência".
Um ano atrás, 60 pessoas se reuniram Tyniec. "Para este ano, no início de dezembro, já tinhamos 88 solicitantes", diz Jadwiga Pribyl, do Instituto Beneditino de Cultura. Se houvesse mais lugares com certeza o mosteiro receberia muito mais pessoas para passarem o Ano Novo de uma forma diferente. Sem festas, algazarras e bebedeiras.
Os padres deste mosteiro cracoviano são os mesmos que traduziram a Bíblia, diretamente do aramaico e grego antigo para o idioma polaco. A bíblia polaca pode ser adquirida em qualquer livraria da Polônia, mas especialmente ali no Mosteiro de Tyniec ela é vendida com um algo mais, arriscando-se pode se conseguir um autógrafo de um dos monges na página de rosto do livro sagrado.
Mas não é só neste mosteiro que os polacos vão passar o dia dedicado a São Silvestre. Os pedidos para a meditação alcançou os mais de 100 mosteiros do país.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Arranjos natalinos polacos



Neste vídeo, produzido para Internet pelo jornal Gazeta Wyborcza, é mostrado a quantidade de arranjos decorativos de natal usados atualmente na Polônia, para as comemorações natalinas, ou Boże Narodzenie.

Arranjos - episódio 1 - Santa inspiração

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Vai esquentar na Polônia: 15 graus negativos

Em Zakopane com apenas 14 cm de neve ainda é preciso produzir neve para cobrir as pistas de esqui que são as mais procuradas da Polônia. Foto: Marek Podmokły

Nas montanhas do Sul da Polônia começa a soprar o vento Halny. Com isso, segundo os metereologistas a tendência é que no final de semana, a temperatura suba. O que para brasileiros tropicais, vivendo a entrada do verão mais quente dos últimos anos, a previsão dos metereologistas polacos pode parecer piada. Sim, porque a previsão é que no domingo esta alta de temperatura alcance os 15 graus negativos.
Também assolada pelas nevascas que cairam em todo hemisfério Norte, a Polônia registrou temperaturas de 20 a 30 negativos nos últimos dias.
Nos Tatras (parte polaca da cadeia de montanhas dos Cárpatos) as rajadas de vento do Halny podem atingir até 110 km por hora. Na região Podhale o tempo está ensolarado, mas ao longo dos Montes Tatras o vento cobre o céu com nuvens pesadas. Em Zakopane, a capital do inverno polaco, distante ao Sul de Cracóvia, 95 km, ainda são apenas 14 centímetros de neve acumulada cobrindo ruas e casas, mas no alto dos Tatras está quase meio metro.
Ao contrário dos britânicos, que não vem uma nevasca tão forte desde 1897, polacos e russos estão felizes com a neve, pois ela é sinônimo de prosperidade, pois os negócios de inverno dependem do manto branco que cobre tudo. E como russos e polacos são mais desenvolvidos que os poderosos britânicos, por aqui os transportes não entraram em colapso. Tudo funciona perfeitamente, trens, ônibus e aviões circulam normalmente. Claro, sempre tem um engavetamento de carros aqui e ali, mas isso é normal.
O halny é um vento que sopra no sul da Polônia e Norte da Eslováquia na cadeia de montanhas Cárpatos. O halny mais turbulento sopra em Podhale, vindo do sul, pelas encostas das montanhas Tatra, do lado da Eslováquia, que fica do outro lado das montanhas, e vai para o Norte, onde está a Polônia.
O halny é um vendaval quente que sopra através dos vales. Muitas vezes, é desastroso, arrancando telhados, provocando avalanches e, segundo algumas pessoas, pode ter alguma influência sobre os estados mentais dos moradores da região.
A maioria dos ventos halny ocorrem em outubro e novembro, por vezes em fevereiro e março, raramente em outros meses. Portanto, nas vésperas do Natal, faz tempo que não ocorria

sábado, 19 de dezembro de 2009

Encontraram a inscrição de Auschwitz


Quatro dos cinco detidos sob suspeita de serem os autores do roubo da inscrição do portão de Auschwitz foram ouvidos pela promotoria doTribunal Regional de Cracóvia. E segundo o promotor o mais grave no delito perpetrado pelos indíviduos do Norte da polônia diz respeito ao furto de bens de especial importância para a cultura e os seus consequentes danos. Os ladrões que confesaram o crime podem pegar até 10 anos de prisão.
Os indivíduos têm várias passagens pela polícia e já foram anteriormente condenados por vários crimes, incluindo roubo, agressões e brigas. Todos são moradores da voivodia de Kujawia-pomorski. Têm entre 20 a 39 anos de idade. Um deles tem uma empresa de construção civil, os demais estão desempregados. De acordo com informações disponíveis, os presos não pertencem a neo-grupos nazistas e tampouco pareciam ter a intenção de vender a inscrição em alemão "Arbeit macht frei" para terem lucro.
Rádio RMF FM informou que a placa roubada deverá estar de volta ao local de origem, ou seja, o portão, antes do evento que marca o 65º aniversário da libertação do campo de concentração e exterminação alemão-nazista, em 27 de janeiro de 2010. A afirmação foi do comandante da polícia da voivodia da Małopolska, Andrzej Rokita, ao ser entrevistado pela emissora líder de audiência.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Roubaram a inscrição alemã de Auschwitz


O papa Bento XVI saindo pelo portão, após sua visita histórica ao campo
Foto: Krzysztof Miller

A placa com a frase irônica em idioma alemão sobre o portal de entrada do Campo de Concentração e Exterminação Alemão Nazista, em Auschwitz 1, na cidade polaca de Oświęcin foi roubado.
"Arbeit macht frei" (o trabalho dá liberdade) foi roubado na noite desta quinta-feira. "Não foi um roubo de forma aleatória. Os ladrões tiveram que preparar bem", disse Jarosław Mensfelt, porta-voz do museu.
O porta-voz disse ainda que a inscrição famosa não seria tão fácil de retirar e o ato foi complexo mesmo para alguém que soubesse como fazê-lo.
O Vice-ministro das Relações Exteriores da Polônia, Andrzej Kremer disse que o roubo deste símbolo particular do campo da morte "é um ato de ultrajante. Barbárie, escândalo, ultrapassou todos os limites".
Já foi colocado no portão histórico uma cópia. A mesma que foi usado quando da restauração realizada 2006.
A polícia está oferecendo 5 mil złotych (algo em torno de 3.200 reais) a quem der uma pista concreta sobre os ladrões e o paradeiro da inscrição. A Polícia acredita que foram 3 a 4 pessoas, os participantes no roubo... e que fugiram de automóvel. Caso contrário os cães vigilantes teriam agido. Acredita-se que o roubo aconteceu entre 3 a 5 horas da madrugada.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Confusão diplomática polaco-russa


O porta voz do ministério russo das Relações Exteriores disse que a Polônia não precisa pedir permissão para conceder um prêmio a qualquer cidadão russo. A afirmação contradiz pronunciamento divulgado anteriormente pelo gabinete do presidente polaco Lech Kaczyński.
A confusão sobre o protocolo diplomático ocorreu depois do gabinete do presidente Kaczyński afirmar que não poderia premiar o jornalista dissidente russo e ativista dos direitos humanos, Alexander Podrabinek, em uma cerimônia especial em Varsóvia, no mês passado, isto porque teria que ter tido autorização do Kremlin russo.
Gabinete do Presidente Kaczyński tinha dito que a Polónia tinha acordos semelhantes com a Bielorrússia, Canadá, França, Itália e Reino Unido.
Mas o canal de notícias TVN24 informou que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Alexander Nesterienko afirmou que não existe tal acordo entre Moscou e Varsóvia. "O lado polaco sabe disso".
Enquanto isso, dissidente Alexander Podrabinek diz que não quer o prêmio dado pelo presidente Kaczyński para notáveis dissidentes internacionais se Varsóvia tiver que perguntar primeiro para Moscou.
Alexander Niestrenienko foi um ativista da oposição soviética da década de 1970 e, dois anos atrás escreveu um livro, alegando que psiquiatras são usados como método de opressão política na Rússia. O jornalista nasceu em Moscou em 5 de Agosto de 1953. Ele é editor chefe da Agencia de Noticias Prima.
Este é o endereço de seu blog: http://podrabinek.livejournal.com

A referência de seu livro é: Alexander Podrabinek. Punitive Medicine, Karoma Pub; 1st ed edition (March 1980), ISBN 0-897-20022-5

Wiosna de Campo Largo, o vencedor

Permanência das tradições começa nas crianças

No dia 09 de dezembro foi realizado em Curitiba o 3º Festival Infanto-Juvenil de Folclore Polaco do Sul do Brasil. O evento aconteceu por iniciativa do Consulado Geral da Polônia em Curitiba. Apresentaram-se 9 grupos folclóricos sendo 7 do Estado do Paraná, 1 de Santa Catarina e 1 do Rio Grande do Sul.
O resultado final deu a vitória nas duas categorias ao grupo folclórico Wiosna (primavera) de Campo Largo (cidade da região metropolitana de Curitiba).

CATEGORIA INFANTIL
média grupo

1º lugar 91,67 G.F.P. Wiosna (Campo Largo - PR)
2º lugar 90,33 G.F.P. Mazury (Mallet - PR)
3º lugar 89,25 G.F.P.P. Wisła (Curitiba - PR)
4º lugar 80,25 G.F.P. Niezapominajka (Campo do Tenente - PR)
5º lugar 78,58 G.F.P. Wawel (Col. Murici / S. José dos Pinhais - PR)

CATEGORIA JUVENIL
média grupo
1º lugar 91,75 G.F.P. Wiosna (Campo Largo - PR)
2º lugar 91,33 G.F.P. Mazury (Mallet - PR)
3º lugar 90,00 G.F.P. Jupem (Erechim - RS)
4º lugar 86,42 G.F.P.P. Wisła (Curitiba - PR)
5º lugar 83,08 G.F.P. Wawel (Col. Murici / S. José dos Pinhais - PR)
6º lugar 78,42 G.F.P. Mali Polacy (Virmond - PR)
7º lugar 78,42 G.F.P. Hercílio Malinowski (São Bento do Sul - SC)
8º lugar 73,58 G.F.P. Więzy Polskie (Itaiópolis - SC)
9º lugar 71,58 G.F.P. Niezapominajka (Cempo do Tenente - PR)

O festival, este ano, aconteceu no Colégio Bom Jesus.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ano Chopin no Brasil

Tradução livre: Se apenas dirigiram tal autoestrada para o Concurso de Chopin.

A UNESCO decretou que 2010 é o ANO CHOPIN e as comemorações de 200 anos do nascimento do pianista e compositor polaco Fryderyk Chopin ocorrerão em todo o mundo. No Brasil há preparativos em Brasilia, São Paulo, Santa Catarina e em Curitiba.


Eventos da International Federation of Chopin Societies para o ano de 2010
18 de Junho 2010, UNESCO Hall in Paris
Concerto Ceremonial Concert sob os auspícios da UNESCO
Orchester „Sinfonia Iuventus”, conductor Jerzy Semkow, François René Duchâble
organizador: Société Chopin à Paris in cooperation with International Federation of Chopin Societies
Festivais
20 de Junho a 14 de Julho 2010, 26º Festival „Chopin à Paris”
Orangerie du Parc Bagatelle, Paris
organizador: Société Chopin à Paris
Julho a Agosto 2010, Festival „Rencontres Internationales Frédéric Chopin”, Nohant (França),
organizador: Musique au Pays de George Sand
6 a 14 de Agosto 2010, 64º International Chopin Piano Festival, Duszniki Zdrój organizador: Foundation of International Chopin Festivals in Duszniki Zdrój (Polônia)
19 a 22 de Agosto 2010, 26º Chopin Festival, Kartause Gaming (Áustria)
organizador: Internazionale Chopin-Gesellschaft in Wien
Agosto 2010, 29º Festival „Chopin 2010”, Cartoixa de Valldemossa (Mallorca)
organizador: Associació Festivals Chopin de Valldemossa
Agosto 2010, 51º Chopin Festival Mariánské Laźné, Mariánské Laźné (República Tcheca)
organizador: Fryderyk Chopin Society da República Tcheca
Outubro 2010, Festival „Pianotune” Hasselt (Bélgica)
organizer: Chopin Association de Flandes
Novembro 2010, Festival Chopin 2010, Grand Hall of the Conservatory, Genebra (Suíça)
organizador: Société Chopin à Genève
Outros Festivais
10 de Fevereiro a 14 de Novembro 2010, Taiwan Chopin Bicentennial Gala Festival, Taipei (Taiwan)
organizador: The Frederic Chopin Foundation of Taipei
27 de Fevereiro a 1º de Março 2010, Festival „Chopin 2010”, Maasmechelen (Bélgica)
Trabalhos completos de Chopin; 6 recitais, concerto sinfônico
Baden Baden Symphony Orchestra, conductor: Pavel Balev
organizador: Chopin Association de Flandes
Março 2010, Tirana Chopin Festival, Tirana (Albânia)
organizador: Shoqata „Frederic Shopen”
Março a Julho 2010, „Chopin Festival de Jerusalém”, Jerusalém (Israel)
Trabalhos completo – piano solo, dois pianos, piano a quarto mãos, canções, música de câmara e trabalhos com orquestras
organizador: The Chopin Society de Israel
Abril 2010, Chopin Festival, Vancouver (Canadá)
organizador: The Vancouver Chopin Society
25 a 26 de Setembro 2010, Festival Chopin finlandês para jovens pianistas, Sibelius Academy, Helsinki (Finlândia)
organizador: Chopin Society da Finlândia
Setembro a Outubro, International Piano Festival „Chopiniana”, Buenos Aires (Argentina)
organizador: Fundacion Chopiniana
Concertos
18 de Janeiro 2010. Chopin Marathon in Villa Gyllenberg, Helsinki (Finlândia)
27 a 28 Fevereiro 2010, „Bon Anniversaire Monsieur Chopin”, Châteauroux, Paris (França)
10 espetáculos sucessivos (27 de Fevereiro : 6 concertos em Tarmac de Châteauroux, 28 de Fevereiro: 4 concertos na Salle Pleyel em Paris)
organizador: Société Chopin à Paris e „Musique au Pays de George Sand”
18 de Abril 2010, Chopin Gala Concert, Concerto no Hall of the Sibelius Academy, Helsinki (Finlândia)
organizador: Chopin Society da Finlândia
Competições
20 a 28 de Fevereiro, National Chopin Piano Competition, Olympia Theater no Gusman Centre of the Performing Arts, Miami (USA)
organizador: The Chopin Foundation of the U.S.
Março, Chopin Piano Competition, Genebra (Suíça)
organizador: Société Chopin à Genève
11 a 15 de Março, III „Chopin + ...” International Piano Competition para jovens menores de 15 anos, Budapest (Hungria)
organizador: György Ferenczy Foundation
11 a 15 Março, IV International Chopin Piano Competition para jovens até 25 anos, Budapest (Hungria)
organizador: György Ferenczy Foundation
26 a 31 de Abril Forum Competition, Dnepropetrovsk (Ucrânia)
organizador: Frederick Chopin Society da Ucrânia
2010, VII “Flora Guerra Contest” Santiago do Chile, Chile
organizador: Sociedad Frederico Chopin de Chile
Conferências, Simpósios, Masterclasses
Janeiro 2010, Aulas com Andrzej Jasiński, Jerusalém (Israel)
organizador: The Chopin Society de Israel
20 a 24 de Março, Annual Music Teachers Conference dedicated to the person of Fryderyk Chopin and his output, Albuquerque (USA)
organizador: Chopin Foundation of the United States in cooperation with Music Teachers National Association
Abril, „Chopin and Austria”, Universidade da Música de Vienna (Áustria)
organizador: Internationale Chopingesellschaft in Wien, Scientific Centre of PAN in Vienna
Abril, Aulas com Andrzej Jasiński e Jerzy Artysz, Valldemossa (Mallorca)
organizador: Association „Festivals Chopin de Valldemossa”
Outros Projetos
Centre de Recherche Culturel Chopin, Charmes (France)
Publicação do segundo livro de Gabriel Ladaique „L'enracinement de Nicolas Chopin”
organizador: Centre de Recherche Culturel Chopin
Tour „Sur le pas de Chopin” incluindo os lugares onde Chopin viveu e Festivais Chopin na Europa (Varsovie, Duszniki, Valldemossa, Nohant)
organizador: Musique au Pays de George Sand and Kazimoto Agency
• Series de Concertos Chopin: Hannover, Taunus, Basel, Wien, Buenos Aires, Miami („Chopin for all” – os concertos são precedidos pela leitura de textos sobre a vida e a música de Chopin), Bangkok
• Publicações: „Chopin in the World” (Varsóvia), Chopin-Blätter (Viena), „Polonaise” (Miami)
• Exibições: An Exhibition of Bangkok Chopin Piano Competitions Posters (7 edições)
7 a 11 de Outubro 2010, Encontro de Delegados da International Federation of Chopin Societies durante o XVI Competição Internacional Chopin de Piano. Varsóvia.
organizador: Secretaria de Varsóvia the International Federation of Chopin Societies

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Zakopane já está bem fria

Turistas em Zakopane a espera de mais neve - Foto: Marek Podmokły

A temperatura de 17 graus negativos foi registrada na noite de sábado para domingo em Zakopane. A cidade, considerada a capital do inverno polaco fica no Sul do país, na região montanhosa conhecida por Tatras.
Funcionários do Observatório Meteorológico de Kasprowy Wierch informaram que na próxima semana mais neve e uma onda de frio mais intensa. Nos Tatras e na região de Podhale o tão esperado inverno finalmente deve deixar as montanhas polacas cobertas de neve, para alegria de moradores e comerciantes que faturam nesta época do ano, o que não conseguem no restante dos meses.
Em Zakopane, a neve que caiu cobriu a terra com 10 cm de branco, ja no alto das montanhas que circundam a cidade, a neve já alcança quase meio metro de depósito sobre a terra.
Nos próximos dias a temperatura vai cair bastante à noite na região de Podhale, a previsão de que chegue a 20 graus Celsius negativos. Nas pistas de esqui ainda é muito pouca neve para esquiar, mas os "canhões" de neve estão trabalhando a todo vapor para compensar o que a natureza não está conseguindo produzir, devido aos efeitos climáticos que atingem o planeta.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Opłatek - confraternização polaca


Os polacos comemoram a Vigília do Natal com a partilha do pão ázimo, ou como é conhecido na Polônia, o Opłatek (pronuncia-se opúaték).

A cerimônia costuma ocorrer nas residências das famílias. Antes da cena que antecede a vigília e ao redor da mesa servida e adornada com a choinka (rroinca - árvore de natal) e o presépio, todos aguardam o aparecimento da primeira estrela no céu. Nesta época costuma escurecer na Polônia por volta das 4 horas da tarde. Normalmente o chefe da família, o pai, ou na ausência deste a mãe, faz uma oração e distribui o Opłatek (óstia não consagrada na igreja e a venda e todos os quiosques e lojas de artigos natalinos).
Todos os integrantes da família, oferecem-se uns aos outros a óstia. Cada um quebra um pedacinho da óstia do outro e come. Partilham assim o pão, perdoando-se e desejando votos de Feliz Natal.
Após a cerimônia da partilha do pão e ao som das Kolendy (cantos natalinos), todos se sentam à mesa, repleta de 12 pratos, cada um represetando um apóstolo de Jesus Cristo. Não se come carne na vigília natalina polaca. Apenas peixes (na maior parte das casas o peixe preparado assado, cozido em saladas, em sopas e frito) é a carpa. Tem muito pierogi (de ricota com batata, de repolho com cogumelos e de frutas silvestres).
O significado da partilha do pão está, sobretudo, no perdão mútuo e na confraternização entre os membros da família e da comunidade. O profundo conteúdo da partilha do Opłatek nasce no mistério central do cristianismo, a Eucaristia, chamada a Partilha do Pão.
Se na Polônia esta cerimônia é quase obrigatória, entre os descendentes de polacos no Sul do Brasil, especialmente, a tradição tem ganhado a cada ano que passa mais adeptos. Curitiba costuma celebrar a cerimônia nos clubes sociais e entidades folclóricas.
Nas demais cidades sulistas, cada entidade folclórica reúne a comunidade de origem polaca e a celebra. Em São Mateus do Sul, a tradição vai ser relembrada no domingo 20 de dezembro no CEPOM, na Rua Atonio Bisinelli, s/n, na Colônia Iguaçú, às 11:30 HORAS.
Os organizadores pedem que os interessados em participar devem levar um prato doce, saladas ou salgado, menos carne vermelha.
Em Curitiba, o Opłatek pode ser comprado na igreja Santo Estanislau, na rua Emiliano Perneta e no Bosque do Papa João Paulo II.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Lublin em pé de guerra


Revolta na Polônia. Empresários de Lublin reclamam que o governo central não constróe as estradas, que foram elaboradas a região pobre do Leste do país. Novamente é favorecido a rica região Oeste. Nesta região ocidental, mais próxima da Alemanha e o resto da União Européia o ritmo de construção da autoestrada A é acelerado.
Lublin procura impacientemente pelo grande investimento em estradas, do qual 350 mil estariam destinados a ligar Lublin, a maior cidade à leste do rio Vístula com o Ocidente e a Ucrânia, sede conjunta da Euro2012 com a Polônia. De acordo com muitas promessas, incluindo o governo, este centro acadêmico vibrante com uma encantadora cidade velha era para ser conectado a partir de Varsóvia com Białystok e Rzeszów. Por Lublin deverá passar uma verdadeira multidão de fãs do futebol com destino a Kiev e Lwów, as duas principais sedes ucranianos do campeonato europeu de seleções 2012.
Infelizmente, esses planos parecem bons apenas no papel. Os empresários locais alarmam que a autoestrada ligando Lublin com a rica Europa e a imensidão do Oriente é grande chance da região se desenvolver. "Parte do investimento foi adiado para mais tarde. E ele é a chave é para nossa via expressa até Varsóvia", reclama Maciej Maniecki, o presidente do Conselho de Empresários de Lublin.
Maniecki adverte que, sem boas estradas não há nenhuma possibilidade de novos empregos e salto de civilização ocidental na região. As estradas também irão ajudar a atrair investimentos também da e para a Ucrânia.
Os empresários lubelskis reclamam que o governo favorece apenas o Oeste da Polônia. O programa de autoestradas, ligando Gdańsk, Wrocław, Varsóvia e Poznań não parece querer contemplar a ligação da União Européia com a Europa do Leste e o Oriente distante.
Com a situação neste momento mais do que grave, em virtude dos prazos para início da Eurocopa, os empresários de Lublin enviaram outra carta ao ministro da Infraestrutura e estão fazendo lobby junto aos deputados locais. O advogado-geral da Direção Nacional de Estradas e autoestradas Martin Hadaj não ter uma boa notícia para os empresários: "Agora, toda a energia da nossa administração é direcionada para preparar as rodovias e estradas essenciais para o Euro. Lublin não está lá contemplada."

P.S. embora Lublin seja conservadora e portanto não vote normalmente com o governo de Donald Tusk, a verdade politica e administrativa é cega. A Euro2012 não vai acontecer apenas nas 4 cidades do Oeste-Norte Polaco, mas também na Ucrânia. Aliás os investimentos todos da União Européia e da UEFA é no sentido de atrair a Ucrânia e deixá-la sem acesso, só porque os deputados de Lublin não votam com o partido do primeiro-ministro Tusk é no mínimo ignorãncia, para não dizer outra coisa. Penalizam o Leste do país só porque faz fronteira com o Oriente ucraniano-russo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Bajm faz 30 anos


O grupo musical polaco Bajm está comemorando 30 anos de existência. No próximo domingo, um grande concerto celebra a longevidade do grupo.
A líder do grupo, a cantora Beata Kozidrak concedeu entrevista a Arthur Tylmanowski publicada no jornal (gratuito) Metro, sobre a história musical dela e do grupo Bajm.
Arthur - O sucesso aconteceu na tua vida, mas isso não teve reflexos na família. Este é fenômeno raro, não?
Beata - Não, se você não constrói sua carreira em cima de escândalos. Preciso ter meu asilo, lugar onde carrego as baterias, para seguir em frente e ter mais idéias. Gosto de ter arranjado o meu próprio mundo.
Arthur - Por isso você ainda vive em Lublin?
Beata - Na verdade, perto de Lublin. E todos estes 30 anos. Lublin é a minha cidade natal.
Arthur - Você nunca ficou tentada a viver em Varsóvia?
Beata - Fiquei tentada sim. Mas na verdade, minha carreira sempre foi tão estável que eu poderia viver em qualquer lugar. E, em Lublin, eu tenho minha família, minha mãe, que me pajeia. Perdi meu pai há dois anos.
Arthur - Quem vai aos concertos do Bajm após 30 anos?
Beata - Quase todas as três gerações. Mas dominam os de 20 a 30 anos de idade.
Arthur - VocIe escreve todas as letras do Bajm?
Beata - Sim.
Arthur - Nestes 30 anos qual foi a letra de música mais importante que você escreveu?
Beata - Muitas, mas de algumas eu sou muito orgulhosa. Como a lembrada "Szklanki wody", a "Małpy", a "Krótkiej historii". Ninguém pode me acusar de ser simples. Mas certamente eu não sei escrever sobre algo que não sei.

Festival Polaco em Curitiba

Grupo Folclórico Mazury de Marechal Mallet.

O Consulado Geral da República da Polônia é um dos organizadores do 3º. Festival Infanto-Juvenil de Folclore Polaco, que acontece em Curitiba, no próximo sábado, dia 12/12, a partir das 15:00 horas, no Teatro do Colégio Bom Jesus (centro). O evento terá participação de grupos folclóricos dos três Estados do Sul. São eles:
Hercílio Malinowski - São Bento do Sul/SC
Jupem - Erechim/RS
Maly Polacy - Virmond/PR
Mazury - Mallet/PR
Niezapominajka - Campo do Tenente/PR
Wiezy Polski - Itaiópolis/SC
Wiosna - Campo Largo/PR
Wawel - Col. Murici - S. José dos Pinhais/PR
Wisla - Curitiba/PR.
Outros como Águia Branca de Guarani das Missões/RS, Wesoly Dom de Araucária/PR e Junak de Curitiba não se inscreveram... o que é uma pena.
A entrada é franca.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A Varsóvia de antes da II Guerra Mundial

O texto Steve Dougherty foi originalmente publicado no jornal New York Times Sindicate e reproduzido na Folha de São Paulo. A tradução para o jornal paulistano é de George El Khouri Andolfato. Steve Dougherty é um escritor freelance de Nova Iorque. Seu mais recente artigo para a seção Viagem foi a respeito de um festival de música em Essaouira, Marrocos. O texto foi publicado originalmente no jornal estadunidense em setembro passado.


Quando, em uma tarde fria de outono em 1937, o engenheiro de armamentos alemão, marido traidor e espião Edvard Uhl chegou a Varsóvia para um encontro regado a champanhe e espionagem com uma encantadora condessa polaca, a capital cintilante mas condenada estava desfrutando de um momento final de paz.
"Acima da cidade, o céu estava em guerra", escreve o romancista Alan Furst na abertura de "The Spies of Warsaw" (Random House), o mais recente de seus dez romances de espionagem, tensos e ricos em atmosfera, que se passam na Segunda Guerra Mundial.
Por ora, é apenas uma tempestade em formação: duas frentes agourentas, uma vindo da Alemanha, a outra se estendendo por todo o leste até a Rússia, estão prestes a colidir sobre a capital polaca. Mas a atmosfera carregada, que logo trará o Armageddon a Varsóvia, apenas serve para aumentar a excitação do obstinado Uhl e da condessa, ela também uma espiã e, como Uhl, uma personagem menor chave, retratada ricamente, que ajuda a mover a ação.
Os dois primeiro se conhecem em um pequeno restaurante alemão e, após manobras hábeis por parte da condessa, eles se veem em Varsóvia, no elegante salão de jantar do Hotel Europejski duas semanas depois, onde bebem champanhe e comem lagosta. E então, "após o bolo de creme", escreve Furst, "eles sobem".
O autor deixa o que se segue para a imaginação habilmente provocada do leitor. Mas o cenário para as intrigas de seus espiões -os bulevares arborizados, grandes salões de baile, cafés românticos, bares animados e ruas sinistras de uma cidade à beira da catástrofe -é descrito de forma vívida. Ele também fornece uma ajuda visual magnífica no início do livro: um mapa de Varsóvia antes da destruição. Onde a ficção se mistura com história, o mapa sobrepõe uma à outra, para que os visitantes modernos possam seguir os passos dos personagens de Furst pelas ruas da Varsóvia pré-guerra.
"Há algo na cidade e na Polônia que considero magnético", disse Furst de sua casa em Sag Harbor, Nova York, às vésperas do lançamento em "paperback" (edição capa mole) de "The Spies of Warsaw", meses atrás. "Apesar de Varsóvia ter sido completamente destruída na Segunda Guerra Mundial, seu passado ainda está vivo. Ele está lá... é possível senti-lo quando se está na Cidade Velha e olhando para o Vístula, vendo o rio cortando a cidade. É como olhar para a história."
Muitas cidades europeias sofreram com as conflagrações e misérias causadas por Adolf Hitler há 70 verões, mas nenhuma mais que Varsóvia -a primeira cidade que ele bombardeou e a última que ele destruiu. Uma bela cidade no coração de uma planície frutífera, ela não tinha cadeias de montanhas ou oceanos para conter os ataques. Com apenas duas estradas lamacentas como "barreira sazonal contra a expansão alemão", como escreve Furst, Varsóvia foi um primeiro alvo fácil para a blitzkrieg nazista não provocada que deu início à Segunda Guerra Mundial, em 1º de setembro de 1939.
Cinco anos depois, em um último ato épico de ódio, um Hitler derrotado ordenou a destruição sistemática de Varsóvia. A cidade foi incendiada, bombardeada e dinamitada até virar escombros. Foi a brutalidade final de Hitler contra uma cidade já condenada como área de execução de um genocídio. Seis milhões de polacos foram assassinados - e judeus e não-judeus morreram em número aproximadamente igual - e seus fantasmas estão por toda parte. "Graças a Hitler", disse Juliusz Lichwa, um estudante da Universidade de Varsóvia cujo avô sobreviveu a Dachau, "todas as nossas ruas são sepulturas".
Determinados a retirar sua capital do domínio da morte, os polacos reconstruíram a cidade tijolo por tijolo - uma tarefa nada fácil, já que grande parte de Varsóvia foi pulverizada. Usando de tudo, de pinturas a óleo a cartões postais, fotos de jornal e velhos álbuns de família, os arquitetos e engenheiros reconstruíram meticulosamente a Praça do Mercado medieval da Cidade Velha e a adjacente Cidade Nova do século 15, do zero. Virtualmente tudo o que um visitante vê lá hoje é uma recriação, assim como a maioria dos palácios, catedrais e marcos da cidade.
Mesmo assim, a velha Varsóvia se foi para sempre. E é essa cidade perdida, a grande capital cintilante e vibrante pré-guerra que Furst conjura em "The Spies of Warsaw". Em sua cidade, a Varsóvia da memória está no presente, e o futuro se aproxima agourentamente a cada página.


O herói do romance é o arrojado adido militar francês, o tenente-coronel Jean-François Mercier de Boutillon. Devido à localização estratégica de Varsóvia, a cidade está repleta de espiões. De vários deles, e por iniciativa própria, Mercier reúne evidência indicando que a Alemanha não está apenas planejando invadir a Polônia; ela também está desenvolvendo táticas de guerra de tanques que lhe permitirão atacar a França onde é mais vulnerável. Com os agentes de segurança alemães em seu encalço, Mercier tenta alertar seus superiores que Hitler está formulando planos para invadir o oeste pela floresta de Ardennes.
Furst usa uma única imagem sucinta para transmitir as terríveis consequências da guerra: "...o que veio a seguir", ele escreveu, "foi ofensa, ataque, casas queimando à noite".
O escritor coloca o elegante e imponente Hotel Europejski de Varsóvia no centro da ação de "Spies", o que é adequado, já que fica localizado no centro geográfico da cidade. Ela dá vista para a grande avenida de palácios da capital, a Rota Real ou Nowy Swiat, que forma o eixo centro norte-sul da cidade, e liga seus marcos mais proeminentes.
Na vida, como na ficção, o Europejski foi um grande hotel europeu, cenário de grandes bailes e banquetes cintilantes, como aquele em que Mercier esteve presente no suntuoso salão de jantar privado, onde "porcelana chinesa com frisos em ouro reluziam sob a luz de uma dúzia de candelabros". O hotel histórico - construído em 1857 por Enrico Marconi, o arquiteto italiano que projetou vários dos marcos mais belos de sua cidade adotiva - foi seriamente danificado pela ocupação alemã.
O Europejski foi trazido de volta à vida após a guerra, mas infelizmente ele não sobreviveu à paz.
Em 2005, o hotel fechou para "amplas reformas", segundo seu site, e seus quartos espaçosos nos andar superior estão fora dos limites para os hóspedes desde então. O antigo grande saguão agora abriga uma galeria de arte pouco visitada e uma exposição de fotos da glória pré-guerra do hotel, o que ressalta quão acabado está hoje. Uma elegante escadaria de mármore - como a que Mercier e os cavalheiros e damas do corpo diplomático de Varsóvia sobem e descem no romance - leva não a um salão de jantar formal com candelabros de cristal, mas a uma grande parede.
Apesar de seu interior triste, a fachada do Europejski é composta de três andares de janelas em arco e suntuosidade neoclássica. E ainda há vida no grande hotel. O exterior costuma servir como cenário de fundo de fotos de moda. E três dos cantos arredondados no térreo são ocupados por cafés, um ligado a um animado clube noturno. A antiga cozinha do hotel agora abriga o excelente restaurante U Kucharzy. E um café bar no canto sudoeste oferece uma vista da Praça Pilsudski, que leva o nome do grande general que derrotou o Exército Vermelho às portas de Varsóvia, em 1920.
Uma estátua do marechal Jozef Pilsudski monta guarda sobre a vasta praça vazia que agora leva seu nome. Na época de Mercier, entretanto, a praça era margeada por dois palácios esplêndidos: o Kronenberg ao sul e o Palácio Saxão, antes lar dos reis alemães que governavam a Polônia dividida quando os czares da Rússia não estavam. Ambos os prédios foram destruídos pelas bombas alemãs. Tudo o que resta é um fragmento do Palácio Saxão, uma colunata em arco que agora adorna o Túmulo do Soldado Desconhecido da Polônia.
Sagrada para os polacos, a Praça Pilsudski sofreu uma blasfêmia durante a ocupação alemã, quando foi rebatizada de Praça Adolf Hitler. Em 5 de outubro de 1939, Hitler voou para Varsóvia para saudar seus exércitos vitoriosos enquanto marchavam pela Rota Real. Ele jogou sal na ferida após a parada militar ao caminhar triunfantemente pelo antigo lar de Pilsudski, o Palácio Belvedere, ao sul do centro da cidade, no arborizado Parque Lazienki.
É um mistério como Hitler conseguiu ter tanta sorte, mas segundo historiadores locais, enquanto sua comitiva atravessava de carro o que é atualmente a Rotatória De Gaulle (que recebeu o nome do futuro presidente da França, um adido militar em Varsóvia que também serviu de modelo para o Mercier de Furst), seu Mercedes passou por cima de uma bomba plantada na rua pela resistência polonesa. Ela não detonou e Varsóvia - e toda a Europa - sofreram as consequências.
O passeio de Hitler pela cidade também o levou ao sul, ao longo da Avenida Ujazdowska até o distrito das embaixadas, onde as mansões imponentes foram ocupadas pelos comandantes nazistas e, portanto, poupadas pelas equipes de demolição. Furst escolheu um sobrevivente, o "prédio elegante, de cinco andares", no nº 22, como endereço do generoso apartamento de dez cômodos de Mercier. As acomodações, cortesia da embaixada francesa, são um pouco excessivas para o modesto adido, mas ele as suporta.
O prédio de fato data de 1895 e foi inspirado, segundo um marco histórico, pelas casas do canal veneziano. Como na ficção, o nº 22 se ergue ao lado de um prédio de pedra escurecido por fuligem de carvão. Mas a Ujazdowska, "a Champs-Élysées de Varsóvia" no tempo de Mercier, está consideravelmente mais degradada hoje. E perto dali, a Catedral de Santo Alexandre Nevski, na Praça das Três Cruzes, que está presente no conto de Furst, foi destruída na guerra. Sua substituta é uma versão drasticamente reduzida da beleza original inspirada no Panteão Romano.
Como em todos os romances de Furst, uma boa dose de desejo alimenta o andamento da trama. Mercier é apresentado ao seu interesse amoroso, a intrigante Anna Szarbek, por um colega que lhe diz: "Você vai gostar da minha amiga. Ele é terrivelmente brilhante". Na recepção no Europejsk, uma idosa distinta de longa linhagem de militares descobre que Anna é uma advogada da Liga das Nações. "Que noção otimista...", ela se maravilha. "Quão longe chegamos neste mundo terrível!"
O mundo, é claro, estava prestes a dar um grande salto para trás no abismo da guerra. E entre os inúmeros belos lugares que nunca retornaram desse abismo foi a Broadway de Varsóvia, a Avenida Marszalkowska. Uma "rua animada e elegante com árvores, toldos, clubes noturnos e lojas", como diz Furst, o bulevar largo era elétrico em empolgação quando a paz reinava.
Agora, mais de meio século após o fim de sua vida, a avenida é apenas um cadáver, uma terra de ninguém de pequenos centros comerciais pobres e tristes conjuntos habitacionais de era soviética. No romance, Mercier encontra um "santuário perfeito" em um café na Marszalkowska, onde ele se senta "com vista para a avenida, por onde um mundo menos privilegiado passa correndo". Nenhum santuário como esse existe na avenida sem charme atual.
Quando Mercier cruza o Vístula para encontrar um agente em Praga, o distrito operário na margem leste do rio, ele se disfarça vestindo um sobretudo velho que o faz parecer "como alguém que perdeu a alma, sentenciado a viver em um romance russo", como escreve Furst. Um bairro em ruínas de prédios de apartamentos e fábricas de chocolate e vodca abandonadas, Praga hoje está repleta de artistas, estudantes e empreendedores, assim como trabalhadores.
Os guias em língua inglesa frequentemente alertam que Praga é perigosa e deve ser evitada à noite. O que é uma pena, pois é onde estão alguns dos cafés, bares e restaurantes mais bacanas de Varsóvia. E como os alemães não a bombardearam e os russos que vieram depois a deixaram em paz, Praga dá aos visitantes a visão mais precisa de como Varsóvia parecia antes de 1945.
De volta à outra margem do Vístula, o plano de Furst dá uma guinada tensa quando o agente alemão de Mercier, Edvard Uhl, é atacado por seguranças em um hotel chamado Orla, na Rua Gesia. A tensão é aliviada momentaneamente quando o autor habilmente revela que, na tradução, o Hotel Águia está localizado na Rua Ganso. Ambos estão indicados no mapa incluído na edição que eu trouxe comigo para Varsóvia. Quando não encontrei nenhum traço de ambos, eu suspeitei que foram incluídos no mapa como uma espécie de arremate visual à sua piada.
Apenas posteriormente, quando eu segui a Rota da Luta e do Martírio, um tour a pé autoguiado pelo local do amplo gueto judeu, onde os alemães aprisionaram inocentes atrás de paredes de tijolos de três metros de altura, é que percebi que o mapa de Furst era preciso. A Rua Ganso de fato existiu, até ser dinamitada e nivelada juntamente com o restante do gueto. Ela ficava localizada a poucas quadras ao sul do local na Rua Mila 18, onde os judeus insurgentes lutaram pela última vez no levante do Gueto de Varsóvia de 1943.
O levante no gueto e o subsequente levante de 1944, quando exército polaco de resistência enfrentou as tropas alemãs antes de ser esmagado, é fonte de grande orgulho para os jovens de Varsóvia. "Os judeus que lutaram e morreram aqui também eram polacos", disse Martyna Gorska, 20 anos, uma estudante da Universidade de Varsóvia que me ajudou a encontrar os únicos dois fragmentos restantes do muro do gueto (um fica na mesma quadra da Rua Sienna onde Furst situa parte da ação de "Spies").
"Assim como os heróis do exército polacos, os judeus na Rua Mila eram da minha idade", ela disse. "A história deles é a minha história." Alan Furst não poderia ter dito melhor.


Comida rica e lembranças tristes
Onde ficar
Le Meridien Bristol (Krakowskie Przedmiescie 42/44; 48-22-551-1000; www.lemeridien.pl) tem apenas um papel periférico em "The Spies of Warsaw", mas o autor do romance, Alan Furst, considera o Bristol um substituto mais que adequado para o Europejski, o grande hotel atualmente fechado do outro lado da Rota Real. "O melhor hotel em Varsóvia é o Bristol", ele escreveu em um e-mail. O serviço é de primeira qualidade e o preço é justo: quartos agradavelmente mobiliados estão listados por 385 zlotys (cerca de US$ 130, com o dólar cotado a 2,94 zlotys).
Onde comer
O restaurante favorito de Furst em Varsóvia, o U Fukiera (Praça da Cidade Velha 27; 48-22-831-1013; www.ufukiera.pl), é uma gruta excêntrica a luz de velas, com abajures vermelho bordel e uma gaiola com periquito. Ele atende principalmente turistas estrangeiros. A proprietária, Magda Gessler, se vê como uma espécie de embaixadora da culinária camponesa polaca tradicional. Os pratos incluem arenque coberto com molho cremoso, cebolas picadas e alcaparras, e bolinhos de carne de vitela com torresmos de porco. Jantar para dois, cerca de 200 zlotys.
O Cwaniak Warszawski, na Cidade Nova (Ulica Walicow 9; 48-22-654-7141; www.walicow9.pl), serve bolinhos tradicionais polacos, receitas de pato e porco (entradas a partir de 29 zlotys). Decorado com fotos da Varsóvia pré-guerra, o restaurante atrai os moradores locais que gostam de porções extra-grandes e música muito alta.
O Cafe Literatka (Krakowskie Przedmiescie 87/89; 48-22-827-3054; www.literatka.com.pl), um café de calçada com vista para a Praça do Castelo, não existia na época de Mercier, mas muitos pontos aconchegantes como ele prosperavam na Varsóvia pré-guerra. Uma sopa farta de bacon, ovos e linguiça é servida ao estilo camponês, dentro de um filão de pão cavado, que permite às pessoas tomarem a sopa e comerem o recipiente, com tampa e tudo.
Por gerações de polacos, o lugar em Varsóvia para ir atrás de pączki, sonhos recheados com geléia pelos quais Mercier, o herói de "Spies", "seriamente viciado", é o A. Blikle (Nowy Swiat 35; 48-22-828-6325; www.blikle.pl).
Onde ir
O mapa encontrado no início de "The Spies of Warsaw" permite aos leitores seguir os passos dos personagens pela cidade como ela era em 1937; ele também pode servir como um guia geral para o centro da cidade atual.
O Hotel Europejski (Krakowskie Przedmiescie 13) está fechado e não mais recebe hóspedes. Seus banquetes suntuosos, como os frequentados por Mercier, são glórias do passado. Mas o prédio elegante ainda se encontra no coração de Varsóvia, e sua cozinha prospera como lar do popular U Kucharzy (Ulica Ossolinskich 7; 48-22-826-7936; www.gessler.pl).
O apartamento de Mercier no segundo andar de um prédio elegante na Ulica Ujazdowska 22, no distrito das embaixadas, ficava a fáceis 15 minutos de caminhada na direção norte até seu escritório na Nowy Swiat. Assim como para os visitantes atuais.
Furst não fornece nenhum endereço para o apartamento na Rua Sienna onde Anna e Mercier continuam seu romance enquanto prossegue a contagem regressiva para a guerra. Mas a Rua Sienna tem uma importância na vida real. Em 1940, a ocupação alemã construiu um muro de tijolos de três metros de altura na Rua Sienna, o limite mais ao sul do chamado pequeno gueto. Um fragmento do muro ainda existe hoje, no pátio do Nº 55. O acesso é possível por uma passagem no endereço Ulica Zlota 62.

Doda - a escandalosa

Na última sexta-feira, Doda, juntamente com Nergal apareceu na gala "Night Brands 2009". A cantora polaca (muito mais bonita e mlehor cantora que a novaiorquina Lady Gaga) usava um vestuário "skimpy", que revelava generosamente sua "dupa". Nada de novo, certo? A não ser que é inverno na Polônia e a temperatura só subiu naqueles momentos pela aparição da exuberante Dorota Rabczewska.

Escola Mazowsze em Criciúma

Foto: divulgação Mazowsze

Luiz Henrique da Silveira foi o primeiro Governador do Estado de Santa Catarina a visitar a Polônia. E o fez duas vezes, a primeira em 2004 e a segunda, neste último mês de outubro. Foi até a terra de Karol Wojtyła ativar parcerias nos campos econômico, tecnológico e cultural. Enquanto isso os governadores do Paraná e Rio Grande do Sul, Estados brasileiros com o maior contigente de descendentes dos imigrantes polacos que chegaram ao Brasil no fim do século 19 e início do século 20, nem mesmo sabem o nome do Presidente atual da Polônia.
Luiz Henrique da Silveira que já havia trazido para sua Joinville a escola de balé clássico mais reconhecida em todo o mundo, o Bolshoi de Moscou, nestas suas duas visitas à Polônia, conseguiu assinar em termo de cooperação com Escola do Balé Nacional da Polônia, a famosa Mazowsze, considerada a mais conceituada companhia de dança folclórica do mundo. Localizada nos arredores da capital polaca, região geográfica conhecida como Mazóvia, a escola se dobrou aos sonhos da comunidade polaca de Santa Catarina.
O governador inspirado por lideranças culturais de seu Estado, em particular pela cidade de Criciúma (reconhecida como a capital polaca de Santa Catarina), onde se destaca Iara Maria da Silva Gaidzinski, que com perseverança e ousadia conseguiu transformar um sonho de milhares de polacos que vivem em solo catarinense. Assim a mais conceituada Cia, de Canto e Dança Folclórica do Mundo – Mazowsze, foi instalada concretamente na Capital Brasileira do Carvão, no dia 26 de Novembro de 2008.
O Governador Luiz Henrique da Silveira exprimiu o sentimento da alma polaca: “O fato marcante dessa nossa nova relação com a Polônia de Chopin e Rubinstein é termos conquistado, para Criciúma, a única filial da Escola do Teatro Mazowsze, um grupo de música, canto e dança folclórica que se constitui – dentro dessas características – no melhor do mundo. Em outras palavras: é o Bolshoi da dança folclórica e histórica!”
A seleção dos futuros alunos já começou. Em março de 2010 as aulas têm início.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Duelo dos melhores na Polônia

Foto: Mateusz Skwarczek

Enquanto no Brasil, as finais do campeonato brasileiro prometem emoções do alto ao fundo da tabela de classificação, na Polônia, a rodada deste fim de semana promete tão ou mais emoção. Estarão frente a frente, o campeão do outono e tricampeão polaco o Wisła Kraków (vissua krakuf) e a equipe sensação da temporada, o Ruch Chorzów (Rurrr rrójuf). Os azuis são os melhores nos jogos em casa e os águias brancas são os melhores na casa do adversário.
A equipe cracoviana do treinador Maciej Skorży, em sete partidas fora de casa venceu seis. Só perdeu para o Lech Poznań. Já a equipe silesiana não perdeu nenhuma em casa.
A partida é no domingo a partir das 14:45 (hora polaca) no maior estádio na Polônia, em Chorzów, na grande Katowice.