quarta-feira, 2 de julho de 2008

Palácio Branicki aberto aos turistas

Foto: Uniwersytet Białystok

O Palácio Branicki – jóia da arquitetura polaca do século 18, considerado o mais valioso edifício histórico da cidade de Białystok, e que no momento cedia a Faculdade de Medicina da Universidade daquela cidade do Nordeste Polaco, foi oficialmente aberto para o turismo.
De acordo com o assessor de imprensa da Uniwersytet Białystok, prof. Lech Chyczewski, era difícil atender aos pedidos de visitas dos moradores e turistas, pois interferia no funcionamento da Faculdade. Mas por decisão do conselho universitário, foram contratados funcionários e seguranças para poder atender a demanda de visitas e estipulado horários nos fins de semana e feriados.
Os visitantes terão acesso a Aula Magna (salão nobre da Faculdade), corredores, escadaria, três salas com uma coleção de objetos dos antigos donos Jan Krzysztof Klemens Branicki e Izabela Poniatowski Branicki e a capela com o trono papal utilizado por João Paulo II durante sua visita à cidade em 1991.
O palácio em estilo barroco foi construído entre 1691 e 1697 pelo magnata polaco Jan Krzysztof Klemens Branicki e serviu como residência de férias. Nele receberam personalidades importantes da época como os poetas Francis Karpiński e Elżbieta Drużbacka, o rei polaco August Stanisław II e também o imperador austríaco Joseph Habsburg II. Da primeira partilha da Polônia até 1807, o palácio ficou sob domínio prusso quando então passou para o domínio do Império Russo. Os alemães nazistas não o perdoaram e colocaram-no abaixo durante a Segunda Guerra Mundial. Mas o governo polaco o reconstruiu entre os anos de 1946 a 1960, e finalmente foi entregue à Universidade.
O palácio Branicki se rivaliza com o palácio Wilanów de Varsóvia. A polêmica é sobre qual dos dois é realmente o "Versalhes” polaco. Os Branicki, embora possuindo um palácio dos mais bonitos da Polônia, viviam mesmo em Choroszcz e não em Białystok.

Platini realiza inspeção

Michel Platini e o ministro dos esportes Mirosław Drzewiecki, Foto: AFP

"Tudo bem, e ficar ainda melhor", assim se manifestou o vice-diretor da comissão parlamentar de cultura física e esportes Ireneusz Raś, sobre a conversa que manteve com o presidente da UEFA, Michel Platini, e os diretores do Ministério dos Esportes e Turismo encarregados da organização da Euro2012.
A conversa de meia hora de Platini com o ministro dos esportes e turismo polaco Mirosław Drzewiecki, contou com as participações do presidente da PZPN (Federação Polaca de Futebol) Michał Listkiewicz, com o presidente do Narodowe Centrum Sport, Michał Borowski e do chefe da comissão PL2012 Marcin Herra.
Ao sair do Centro Olímpico de Varsóvia, o francês Michel Platini conversou por alguns minutos com os jornalistas. Questionado sobre o resultado da conversa, disse que, o dia estava quente e ensolarado, tal qual foram as conversações. Às 15:30 horas, o presidente da UEFA se encontrou com o primeiro ministro Donald Tusk, e às 17:45 horas estava prevista audiência com o Presidente da República Lech Kaczyński. Durante toda a visita, Platini esteve acompanhado de uma delegação da UEFA, que avaliará as condições da Polônia sediar junto com a Ucrânia a Copa de Seleções Européias de Futebol EURO-2012. Amanhã, quinta-feira a delegação da UEFA visitará a Ucrânia.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Quando Stalin era demônio

Józef Stalin- Soso - Iosif Dlugaszwili

Lançado na Polônia o livro "Młode lata despoty" (O Jovem déspota) livro do historiador britânico Simon Sebag Montefiore. O livro conta como o Józef Stalin escalou o topo da hierarquia bolchevique como o "super" de Lênin. Documentação bastante substanciosa evidencia a redação do livro do historiador britânico Simon Sebag Montefiore como um sensacional romance que fala de vários mitos. Montefiore teve acesso a documentos escondidos e desconhecidos, que testemunham eventos que retratam a estrela de movimento revolucionário em primeiro plano.
Stalin, na verdade, Iosif Dlugaszwili, quando jovem chamado de Soso não só organizou assaltos a bancos e seqüestros, como também usou o fruto destas ações criminosas para ajudar na emigração de Lênin. As ações dele eram cruéis e sangrentas. Ele coordenou manifestações de trabalhadores de Tbilisi, Batumi e Baku, que terminaram em massacres.
O primeiro dos mitos sobre a figura de Stalin conta que o jovem Iosif Dlugaszwili depois da revolução de outubro em 1917 fez carreira no partido bolchevique e que somente chegou ao ápice do poder depois de árduo trabalho organizacional. Lênin, chefe dos bolcheviques, quando ouviu falar das primeiras realizações de Soso no Cáucaso, teria dito: “Este é o homem que preciso”.
O segundo mito, fala que Lênin foi responsável por uma revolução "limpa", honesta e que respeitava o ser humano, enquanto Stalin, ou Soso, era o encarregado de fazer desaparecer companheiros difíceis e de empregar métodos de intensa crueldade e ações sangrentas. Porém, para Dostojewski, ambos, tanto Lênin como Stalin, eram os “diabos” da revolução.
O livro "O jovem déspota" ajuda a entender a loucura do genocídio bolchevique, da coletividade sangrenta, da supressão dos direitos dos camponeses, da grande fome e das grandes purgações.
O livro "Stalin. Młode lata despoty", de Simon Sebag Montefiore, com tradução para o idioma polaco de Maciej Antosiewicz e publicado pela editora Wyd. Świat Książki, de Varsóvia.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Eliminação rendeu 8 milhões de euros

Foto: Jakub Wawrzyniak

A seleção de futebol da Polônia que perdeu duas e empatou uma partida, e por isso mesmo, foi eliminada na primeira fase da Euro2008 receberá 8 milhões de euros. Parte deste dinheiro deverá ser distribuído aos jogadores, pois afinal, empataram um jogo.
O vexame no campeonato europeu de seleções de futebol não impediu, portanto, que os jogadores venham a ser recompensados. Melhor que eles, estão os jogadores da Espanha, campeã na noite de ontem, em Viena, que estará recebendo 23,5 milhões de euros.
Talvez seja por isso, que fora espanhóis, holandeses, russos, turcos, croatas se viu tanta gente maltratando a bola... afinal não importa mais o sentimento pátrio, apenas o quanto vou ganhar nesta derrota ou na próxima. Quanto à pátria... o que é isso? Nada... O que importa mesmo é o passaporte. Quanto ao futebol... futebol? Bom, pelo que se viu, parece que apenas sobrou Casillas, Villa, Torres, Pujol, Sérgio e Marco Senna. E quem sabe ainda Podolski, van der Sar...

Jaruzelski será julgado

Foto: Dziennik

Não deve haver retraso no processo movido contra os autores da Lei Marcial de 1981. O General Wojciech Jaruzelski, o general Czesław Kiszczak e Stanisław Kania serão julgados em tribunal. O processo por decisão do juizado de apelações foi devolvido para o promotor responsável pelas investigações para completar informações do IPN- Instituto da Memória Nacional. Não serão ouvidos Margaret Thatcher e Michaił Gorbaczow, ou qualquer outra pessoa, arquivo, ou documento adicional que se encontre no exterior.
A partir disto, a pergunta que todos se fazem é quando finalmente se poderá ver Jaruzelski finalmente no banco dos réus. O porta-voz do Tribunal Regional de Varsóvia, Wojciech Małek, acredita que no mais tardar em outubro próximo.Além deste processo existem outros dois processos em fase de investigações contra Kiszczak e Jaruzelski. O general Kiszczak, de acordo com atestado médico, não deverá permanecer na sala de julgamentos por tempo superior a duas horas diárias. Jaruzelski também conseguiu atestado semelhante.
O último presidente do regime comunista e também o primeiro da redemocratização, general Jaruzelski está com 84 anos de idade e vive em Varsóvia, por sua vez o general Czesław Kiszczak está com 82 anos e Stanisław Kania tem 80 anos.

domingo, 29 de junho de 2008

Brasil: campeão da Euro2008

A orgulhosa torcida alemã tem que engolir seu nacionalismo, fascismo e torcer para que os estrangeiros da seleção lhes dê o título de campeã

Um dos principais jornais da Polônia, o Rzeczpospolita, traz como sua principal reportagem do caderno de esportes neste domingo, matéria sobre a final da Euro2008. Já na manchete anuncia que o maior e mais importante campeonato de futebol europeu terá como campeão um brasileiro, seja qual for a seleção campeã.

Campeonato Europeu para o Brasil

O polaco Podolski e o brasileiro Kuranyi

Se nas cadeias austríacas houvesse televisores, os torcedores alemães, que antes do jogo com a Polônia gritaram nas ruas palavras nazistóides, poderiam ter assistido como um polaco marcou dois gols para sua seleção. Orgulhosos de suas nacionalidades teriam visto que o melhor artilheiro, Łukas Podolski não Se alegrou com os gols, que fez contra a seleção do país de seus familiares. Nos dois gols também estava colocado nos lances, Mirosław Klose, jogador nascido na cidade polaca de Opole, que igualmente Se orgulha de sua origem polaca.
A atitude alemã de abrir as portas de sua seleção nacional para jogadores estrangeiros permitiu que nomes nada alemães surgissem como Mario Gomez. Aos 91 minutos, Klose foi substituído por Kevin Kuranyi, que chegou a Alemanha aos 15 anos vindo do Rio de Janeiro, e que por isso, além da seleção de Joachim Löw poderia jogar nas seleções, canarinho do Brasil, do Panamá ou da Hungria. No banco de reservas da equipe alemã, ainda estavam Piotr Trochowski e Tim Borowski (polacos), e o africano David Odonkor.

Campeão será brasileiro
Roger Guerreiro

A seleção alemã não é a única que conta com o concurso estrangeiro. No segundo tempo de jogo contra os alemães, numa camisa da águia branca, podia-se ver Roger Guerreiro, que recebeu a cidadania polaca em dois dias no último mês abril. Roger foi o melhor jogador da seleção polaca nesta Euro2008. Bastou a ele 45 minutos, para que ficasse claro que aquele lugar na seleção era dele, se não por nascimento, com certeza por conhecimento. E ainda algumas semanas antes nas arquibancadas dos estádios polacos se podiam ouvir gritos racistas contra Roger.
Assim como aconteceu com Emmanuel Olisadebe, que após ganhar a cidadania apareceu nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002 vestindo a camisa alvirrubra, e das arquibancadas foram jogadas bananas no campo. Se o Congresso FIFA de maio não tivesse permitido aos estrangeiros jogar por seleções européias, Roger não teria ido ao campeonato realizado na Áustria-Suíça, pois para poder receber a cidadania polaca são necessários cinco anos de moradia em território da Polônia. Roger só vive aqui a dois anos.

o brasileiro Marcos Senna da seleção espanhola


Estatisticamente, antes do início do campeonato europeu, já estava previsto que um campeão será um brasileiro. Se os alemães ganharem nesta decisão, um campeão será Kuranyi. Se a Espanha vencer, então o campeão será Marcos Senna. Os brasileiros estiveram presentes em cinco seleções, justamente as que estavam mais credenciadas para o título: Espanha, Alemanha, Polônia, Portugal e Turquia.
E é preciso não esquecer que Se não tivesse Se contundido estaria jogando nesse torneio Eduardo da Silva – a maior estrela do futebol croata. Portugal teve dois jogadores brasileiros, Deco e Pepe, além do técnico Luiz Felipe Scolari e seu auxiliar Murtosa. Na equipe turca, despontou Mehmet Aurélio, na verdade, Marco Aurélio jogador nascido no Rio de Janeiro e que começou sua carreira no Flamengo. Sendo vendido depois para as equipes turcas do Trabzonspor e Fenerbahce. Aurélio se tornou o primeiro jogador estrangeiro naturalizado na história da seleção do Bósforo.

sábado, 28 de junho de 2008

Cinema histórico socumbe às multissalas

Foto: Administração Kino Ton

Białystok, cidade importante no Nordeste da Polônia, perde seu tradicional sala de cinema "Kino Ton", de grande tradição no país. A concorrência das multissalas que vitimou importantes casas de projeção em todo mundo faz das suas também na Polônia. Assim como Curitiba e Rio de Janeiro, que em seus melhores dias possuíram suas Cinelândias nos respectivos centros de cidade, também a Polônia vê impotente estes monumentos à sétima arte serem destruídos. Atualmente Białystok já conta com um complexo de salas de cinema localizada no Shopping Center "Galeria Biała" com 8 salas e capacidade para 1700 espectadores. No outono serão inauguradas novas salas multiplex na "Galeria Alfa".
Assim o TON está sobrando, segundo a exploração imobiliária que tomou conta da Polônia, desde sua entrada na União Européia, em maio de 2004.

P.S. Cine em idioma polaco é Kino.

Críticas de Miedwiediew

Foto: AFP

Não quer defesa anti-mísseis e tampouco lhe agrada os fundamentos de solidariedade da União Européia. Foi o que manifestou o novo presidente russo Dmitrij Miedwiediew no encontro Rússia-UE que acontece na Sibéria.
Apesar da voz forte do presidente russo, o presidente da Comissão Européia, o português José Manuel Barroso, o encontro tem acontecido num clima de tranquilidade e produtividade nas conversações.
Tomas Valasek, especialista inglês do CER-Centro de Reforma Européia, acredita que a UE não deveria ficar tranqüila nas negociações nestas novas conversações com Miedwiediew. "Primeiro, porque ainda não existe nada de concreto sobre quem de verdade, na Rússia, é responsável pela politica exterior: Putin ou Miedwiediew? Em segundo lugar, a UE não está ainda preparada para conversar a respeito de defesa anti-misseis na Polônia com os russos".
Seja como for, o novo presidente da Rússia ao falar grosso neste encontro, está sem dúvida querendo manifestar que o poder está dividido na Rússia. Além do atual primeiro-ministro Putin agora existe também um presidente que atende pelo nome de Dmitrij Miedwiediew.
E no caso polaco, sempre a Rússia será uma "pedra no sapato" e qualquer cuidado é pouco. Os russos não esquecem nunca que os polacos foram os únicos a vencê-los em Guerra duas vezes (o Japão foi a outra nação a vencer os russos uma única vez em 1905). Mas os polacos, em 1612 e 1920 ocuparam Moscou. E isto continua entalado na garganta russa, em que pese os quase 40 anos de opressão comunista e os 127 anos de ocupação entre os séculos XIX e XX.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Minha origem está ligada a esta igreja

Foto: Ulisses Iarochinski
Nesta Igreja, do século XVI, foram batizados minha bisavó Anna Ognik-Filip, meu avô Bolesław e seus irmãos Józef, Wiktoria e Marianna. Também aqui minha bisavó se casou com meu bisavô Piotr Jarosiński. E foi desta cidade a 65 km de Lublin, no Leste da Polônia, chamada Wojcieszków, que estas seis pessoas partiram para o distante Brasil, em maio de 1911. Fixaram-se na cidade de Castro, nos Campos Gerais do Paraná, em julho de 1911.
A emoção de encontrar as minhas origens nesta localidade foi uma das maiores da minha vida. Já estive lá duas vezes e realmente senti que alguma coisa me liga a esta rua e a esta igreja.

Wałęsa: vão pros infernos

Foto: Bartek Sadowsk

O ex-presidente polaco Lech Wałęsa (pronuncia-se lérrrrhhh vaúensa) afirmou na Rádio Polônia 3, nesta quinta-feira, que não vai mais responder a nenhuma pergunta sobre o assunto dele ter ou não cooperado com os serviços de segurança do regime comunista da Polônia. "Querem-me, contudo, picar um pouco. Não existe modo. Infernizam-me, mas não me machucam e todos vocês, quarenta milhões, mas eles não me forçaram a reconhecer algo que é falso. Por nenhuma soma em dinheiro." Wałęsa garantiu que nunca serviu nenhum lado e nunca cooperou com a polícia secreta. "Ninguém me derrotará deste modo. E o que eu joguei - nem tudo de minha luta foi só inferno e vitórias - isto sim, é verdade. Assinei documentos, sim, isto é verdade. Mas nunca cooperei, apenas agi como todos naquela época. Assim é a verdade, mas vocês não querem acreditar nesta verdade".
Para finalizar, o ex-líder do Solidariedade, disse que esta foi sua última entrevista sobre este assunto e praguejou: "Agora(...) vão pros infernos. Não vou responder mais nenhuma pergunta sobre isto. Perguntem-me outras coisas, pois tenho muito de interessante para dizer." Ainda teve tempo para ironizar: "façam o que quiserem. Querem que eu tenha sido agente, ótimo, fiquem felizes, fui. Um agente que derrubou o comunismo, que lhes deu a mão, e vocês nada neste sentido fizeram. Dêem salvas ao agente!"

quinta-feira, 26 de junho de 2008

UEFA já está preocupada com Euro2012

Foto: AFP
A inspeção da UEFA na Polônia e na Ucrânia deverá acontecer no início de julho, segundo decisão do presidente da UEFA, o ex-jogador Michel Platini. Dependendo do que vejam os inspetores a EuroCopa de 2012 pode ser retirada dos dois paises eslavos. Itália e França já anunciaram que se isto acontecer elas já estão prontas para sediar o próximo evento de seleções européias de futebol.
Os inspetores estarão nos dois países nos dias 2 e 3 de julho, mas só devem apresentar o resultado e consequente decisão no outono europeu, ou seja após setembro.
A Polônia precisa construir 6 estádios e modernizar sua infraestrutura de transporte, entre outras coisas, para cumprir o caderno de encargos da UEFA. Apenas o estádio de Cracóvia está em fase final, os demais ainda não colocaram estacas. Mas Cracóvia, é apenas cidade reserva por enquanto. Os italianos torcem para que os eslavos (polacos e ucranianos) não consigam cumprir as exigências.

Cinema brasileiro em Wrocław


Depois de Varsóvia, Lublin, Katowice e Cracóvia (por várias vezes) chegou o momento de Wrocław (pronuncia-se vrótssúaf) promover uma mostra de filmes brasileiros. Será entre 17 e 27 de julho próximo e fará parte do Festival Internacional de Cinema Era New Horizons.
A escolha dos filmes para fazer parte da mostra foi do crítico de cinema Luiz Carlos Merten, que optou por "Carlota Joaquina", "O Invasor", "Cinema, Aspirinas e Urubus", "Carandiru", "Terra Estrangeira"e "Cidade de Deus". Este filme por sinal, já cumpriu duas temporadas no circuito comercial de cinema da Polônia com muito êxito. Da última vez ficou três meses em cartaz, mas sempre é bom vê-lo de novo. Merten diz que procurou "oferecer um retrato das tendências do nosso cinema hoje".
Outros filmes programados são: Céu de Suely. Mutum Sandry Kogut (2007), Cão sem Dono Beto Branta e Renato Ciasci (2007), A Via Láctea Liny Chamie (2007) e Não por Acaso Philippe Barcinski (2007), Santiago i Jogo de Cena, 33, Serras da Desordem Andrei Tonacci (2006). Já confirmaram presença na mostra e consequentemente no Festival Novo Horizonte, os diretores: Thomas Farkas, Phillipe Barcinski, Sandra Kogut, Lina Chamie, Kiko Goifmann e Lirio Ferreira. Além do curador Luiz Carlos Merten, Danilo Miranda (diretor do SESC), José Carlos Avelar (consultor do Programa Petrobrás Cultural), Kátia Machado (da COO Vereda Filmes e representante do Programa Cinema do Brasil, na Ancine e Ministério da Cultura).
A polaca Urszula Groska radicada em São Paulo há muitos anos é a responsável por aproximar Polônia e Brasil através desta mostra.
Está prevista para a abertura da mostra um show de José Miguel Wisnik com um grupo de músicos brasileiros. A apresentação destes filmes na Polônia está sendo possível graças a uma parceria da Ancine (brasileira) e Instuto Polaco do Filme. A proposta da parceria é estabelecer um projeto de co-produção audiovisual entre Brasil e Polônia.
Ainda dentro desta parceria estão os planos de gravar um documentário sobre Zibgniew Ziembinski, ator, diretor e cenógrafo polaco, considerado o pai no moderno teatro brasileiro, que revolucionou o palco do Brasil em 1947 com a peça "Vestido de Noiva" em parceria com o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues (para alguns a peça nada mais foi do que um plagio do maior texto da dramaturgia polaca "Wesele" de Stanisław Wyspiański, escrita em 1902), e o filme "A Marcha da Vida".
O "8. Międzynarodowy Festiwal Filmowy ERA NOWE HORYZONTY" além da mostra de filmes brasileiros apresentará outros 460 filmes, sendo 100 deles em avant-première. 13 salas da cidade estarão abertas entre 17 e 27 de julho.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Goleiro polaco é o melhor da Euro2008


Artur Boruc já é considerado o melhor goleiro da Eurocopa 2008, segundo várias enquetes realizadas entre jogadores, técnicos e torcedores. Suas atuações no arco da Polônia foram decisivas para que a seleção não passasse vergonha maior. Nos três jogos além da boa colocação teve sempre um golpe de sorte a mais. O holandês van der Sar, o italiano Giovanni Buffon e o espanhol Iker Casillas (mesmo com a defesa dos dois penaltis na classificação da Espanha) sempre nas listas dos melhores do mundo, desta vez foram superados pela frieza polaca. E entre os melhores só a revelação russa, o nr. 10 Arszawin lhe tira o título de melhor do torneio. Numa enquete jogo a jogo, onde eram dadas notas de 0 a 10, a BBC de Londres, apresenta os dez melhores jogadores da Euro 2008 e suas respectivas notas:

1. Andriej Arszawin (Rosja) - 9.02

2. Artur Boruc (Polska) - 8.37

3. David Villa (Hiszpania) - 8.13

4. Wesley Sneijder (Holandia) - 8.00

5. Edwin van der Sar (Holandia) - 7.96

6. Arda Turan (Turcja) - 7.85

7. Arjen Robben (Holandia) - 7.76

8. Ruud van Nistelrooy (Holandia) - 7.57

8. Fernando Torres (Hiszpania) - 7.57

10.Gianluigi Buffon (Włochy) - 7.53

terça-feira, 24 de junho de 2008

Paweł Świderski nie żyje

O Cônsul Honorário do Brasil em Cracóvia, Dr Paweł Świderski, faleceu no último dia 21 de junho em virtude de grave enfermidade. Além de cônsul brasileiro era presidente da Fundação Universidade Jagielloński e professor (leitor) na Universidade Jagielloński.
Como diplomata serviu o governo da Polônia em missões comerciais em vários países, entre eles o Brasil, quando foi durante quatro anos adido comercial no Consulado da República da Polônia em São Paulo. Falava de forma excelente o idioma português-brasileiro, tendo defendido tese de doutoramento sobre "Partidos Políticos Brasileiros", na Akademia Pedagogiczna de Cracóvia. Gostava de dizer que conhecia o Brasil "de cabo a rabo" depois de viajar por vários Estados brasileiros. Desde que assumiu o Consulado Honorário do Brasil em Cracóvia teve como uma de suas metas principais o congraçamento da pequena comunidade brasileira da cidade. Patrocinava todo e qualquer evento onde o nome Brasil estivesse envolvido.
Seu enterro será nesta sexta-feira, 27 de junho, às 13:00 horas no cemitério de Mała Góra - Bieżanów.


Pesâmes

O Pawel", seu Consul", como nos chamavamos era com certeza uma pessoa que merecia representar o Brasil, e o fazia da melhor maneira possivel, mesmo que fosse de uma forma voluntária o fazia de uma maneira digna e eu posso dizer que até muito melhor que muitos dos diplomatas que eu conheco. Sempre procurando integrar os brasileiros que vivem em Cracóvia e promover eventos culturais que envolvessem a nossa cultura. Fica além da saudade do nosso querido por todos Cônsul, um lugar que com muita dificuldade será preenchido por alguém que executasse com tanto carinho e dedicação como nosso querido Cônsul Pawel. Meus sinceros sentimentos a toda familia.
Josiane Faganello

A familia Wolsky e Cotrim externam seus sentimentos à família do saudoso Sr. Paweł Świderski, desejando que descance em paz e na glória do Reino de Deus.
Claudio Cotrim
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Favor encaminhar os nossos pêsames a familia.
Ficará em nossa memória a grande pessoa do *Paweł*,
Marco Weber
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Realmente uma grande perda para todos nós. Sempre atento e pronto para ajuda, Pawel foi pessoa extraordinária.
Lourival Araújo Filho
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To jest niemozliwe............
Co sie stało???????
Dziekuje,ze jestem na Twojej liscie dystrybucyjnej.
Sylwia.
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mandei comprar rosas p/ ele...com respeito ao seu carinho pelo Brasil, nosso Brasil.
abracos e que te tenhas bem...
Edilson
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Tormenta em Cracóvia


Foto: Jurek/Alert24

Apesar do bom sistema de escoamento das águas pluviais, Cracóvia foi surpreendida na tarde de ontem com uma curta, mas intensa tormenta acompanhada de chuva de granizo. Aqui a rotatória Kocmyrzowski ficou completamente inundada. O temporal atingiu não só a Małopolska, mas também partes da Silésia, como a cidade de Bielsko Biała.

Europa censura internet?

Manchete principal do jornal Rzeczpospolita desta terça-feira, 24 de junho de 2008 diz "Czy w Internecie grozi nam cenzura", ou "Na Internet nos ameaça a censura?".
Governos de países como Suécia, Finlândia, Grã-Bretanha se movimentam no sentido de impor regulamentos que controlem o conteúdo exposto na Internet.
A censura também vem sendo mencionada na União Européia. O comissário de justiça e segurança, Franco Frattini pessoalmente teve sua página na Internet bloqueada, depois de ter sido invadida e mostrado como se constrói uma bomba. Na Polônia, ainda não houve nenhuma tentativa política neste sentido, mas como um dos 27 países da UE terá que forçosamente adotar o que vier a ser decidido no parlamento europeu.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Livro sobre Bolek esgotado

Foto: Jerzy Dudek

O que Lech Wałęsa menos desejava neste momento era ver as imensas filas que estão se formando em frente as livrarias da Polônia para disputar a compra do livro do IPN-Instituto da Memória Nacional escrito em parceria por Sławomir Cenckiewicz e Piotr Gontarczyk, "SB a Lech Wałęsa. Przyczynek do biografii" (SB e Lech Wałęsa. Contribuição para a biografia).
Tudo o que o ex-presidente da República e líder do Sindicato Solidariedade e um dos principais responsáveis pela queda do comunismo na União Soviética e seus países satélites, Lech Wałęsa queria, está acontecendo: o povo polaco faz filas nas livrarias para comprar o livro dos dois historiadores que revela que o homem que derrubou o comunismo era um espião do próprio regime. Pelo menos foi isto que ele fez (segundo o livro), antes de se tornar líder dos trabalhadores de Gdańsk e lutar pela queda do regime stalinista que imperava nos países socialistas desde a segunda guerra mundial.
Os responsáveis pela publicação certamente terão que fazer uma segunda edição, pois os 4 mil exemplares já foram praticamente todos vendidos e com certeza é o mais novo best-seller da Polônia. Em função disto já tem exemplar sendo vendido pela Internet ao preço de 315 złotych. (230 reais), quando o preço nas livrarias é de 65 złotych (47,50 reais).
Sławomir Cenckiewicz, um dos autores não esconde que a história de Lech Wałęsa tem um grande peso de qualidade. Cenkiewicz sublinha, que a identificação de Wałęsa como "TW Bolek", ou seja, como agente do terrível serviço secreto polaco SB até 1976 é algo que trai a consciência da luta pela democratização da Polônia.
Os dois historiadores sustentam que a comprovação de Lech como agente secreto do regime comunista é verdadeira. Mas o próprio ex-líder do Sindicato Solidariedade não se cansa de desmentir os dois autores nas últimas semanas .


domingo, 22 de junho de 2008

Wianki - flores mágicas da noite

Foto: Iza Kapuściarz
Mas de 100 mil pessoas se divertiram muito neste sábado, 21 de junho, em Cracóvia durante a festa do Wianki, ou festa da entrada do verão. As estrelas do anoitecer foram os integrantes do grupo britânico Jamiroquai, que antecedidos pelos artistas polacos Novika e Andrzej Smolik, enlouqueceram os cracovianos com sua música. Nas margens do rio Wisła (vissua - Vístula) em frente as muralhas do castelo de Wawel, a atmosfera foi alegria, dança e música ao ritmo de funk e acid-jazz. O espetáculo do Jamiroquai, foi um mix de velhas com as mais últimas canções lançadas pelo grupo.
A noite se encerrou com um grande show pirotécnico intitulado "Kwiat magicznej nocy" (kviat maguitchnei notssi - flores mágicas da noite). A festa custou aos organizadores mais de 2,5 mln zł.
Este evento do Wianki vem sendo organizado pela prefeitura de Cracóvia desde 1992. Contudo, esta festa tradicional ocorre sempre no sosticio de verão desde os tempos pagãos com o nome de Noc Kupały. Depois da adoção do cristianismo pelos polacos, a festa recebeu nova denominação, ou seja, "Noc Świętojańska" (Noite de São João). Alguns elementos originais permaneceram, contudo, tal como o costume de desejar sorte aos amigos, jogar cartas de amores sobre as águas dos rios e pular fogueira.
Depois da Lei Marcial de dezembro de 1981, a festa deixou de ser organizada até recomeçar em 1992. Esta festa é o grande dia do Vístula, um rio que parece ser esquecido pela cidade na maioria dos meses do ano. A cidade de Cracóvia decididamente não valoriza o Vístula como fazem cidades como Paris, Lisboa, Roma,Viena, onde o Sena, o Tejo, o Tevere e o Danúbio, respectivamente, são parte integrante do dia-a-dia de suas cidades. O Vístula no Wianki parace ser redescoberto pelos moradores, que sentam-se às suas margens, para assistirem aos shows de música e fogos de artíficio.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Szot - orgulho para o Brasil e para a Polônia

O imenso sorriso de Liza Minnelli recebeu um aturdido Paulo Szot no palco do Radio City Music Hall, em Nova York, na noite de domingo.

Andei viajando e por isso não deu para acompanhar o noticiário brasileiro esta semana. Nem mesmo o noticiário da Polônia foi possível. Assim, que perdi de saber com antecedência sobre a grande vitória de um filho de polacos nos palcos de Nova Iorque.
Paulo Szot, barítono brasileiro-polaco conquistou "Prêmio Tony", a máxima honraria para uma peça da Broadway novaiorquina. Szot (pronuncia-se chót) é o melhor ator de musicais de Nova Iorque pelo espetáculo "South Pacific". A conquista permitiu além da glória, fama, reconhecimento a assinatura de um novo contrato com um aumento salarial de 500%.
A seguir, trecho da entrevista, que o filho do sr. Kazimierz Szot (imigrante polaco que chegou ao Brasil depois da Segunda Guerra Mundial), deu ao jornal "O Estado de SPaulo":



O musical alterou muito sua rotina?

Sim, vivo 24 horas em função do espetáculo. Apesar de não exigir como uma ópera, ou seja, eu não canto tanto como, por exemplo, em Bodas de Fígaro, a responsabilidade é enorme. É a primeira vez que atuo com texto falado, então meu grau de concentração agora é maior do que tudo já fiz na vida.

Como foram as audições?

Inicialmente, eu estava apenas curioso pela experiência, pois não acreditava que um estrangeiro fosse escolhido, especialmente na Broadway, em que o domínio é dos americanos. Mas, na primeira audição, eu já me convenci de que teria chance. Eles analisaram mais a interpretação, pois queriam um cantor de ópera que conseguisse atuar. Depois de escolhido, participei ainda de mais duas audições para escolher o meu par.

Como é participar de um musical? Há uma exigência vocal diferente para um cantor lírico?

A experiência é fascinante, pois atuamos com uma orquestra com 30 músicos, algo pouco habitual até para a Broadway. Vocalmente, não há muita diferença, pois South Pacific é um exemplo daqueles musicais escritos há 60 anos, ou seja, com uma concepção que se aproximava da ópera. Assim, não preciso cantar como nos musicais modernos. Também não tenho muita coreografia. E a expectativa é grande, porque temos casa lotada até junho.

Como ficou sua carreira lírica?

Ainda estou negociando minha participação em duas óperas: Sansão e Dalila, em setembro, em São Paulo, e La Bohème, em outubro, no Rio. Gosto muito de cantar no Brasil. Tenho compromissos agendados em 2009 e 2010, mas minha carreira tomou uma nova direção. Essa oportunidade em musicais vai abrir um novo caminho.

Como você encara o preconceito na ópera contra o cantor lírico que atua em musicais?

Aqui, nos Estados Unidos, também tem isso. É normal entre os puristas, que se fecham em seu mundo. Sempre fui aberto a todo tipo de música - no início da carreira, aliás, preferia musicais a ópera (fiquei emocionado ao assistir Chorus Line). Mas prefiro não falar nada. Cada um deve fazer o que julga ideal.

Perfil de Paulo Szot

Descendente de polacos de primeira geração, Paulo Szot iniciou a carreira ao estudar música a partir dos 4 anos: piano, violino e depois o canto. Começou como tenor e depois passou para o registro mais grave de barítono. Com 18 anos, embarcou para a Polônia, onde aperfeiçoou os estudos vocais. Ingressou na Companhia Estatal de Canto Slask, do Grande Teatro de Varsóvia, no qual atuou durante quatro anos. Lá, experimentou pela primeira vez papéis que, mais tarde, formariam a base de seu repertório. Entre seus papéis na ópera, destacam-se Figaro no Il Barbieri di Siviglia (Rossini) e no Le Nozze di Figaro (Mozart); Escamillo, na Carmen (Bizet); Marcello em La Bohème (Puccini); Silvio em I Pagliacci (Leoncavallo); Lescaut, em Manon (Massenet); o protagonista de Eugene Onegin (Tchaikovsky); e Belcore, em L’Elisir d’Amore (Donizetti).

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Lech insiste: Não é verdade

Foto: jornal Rzeczpospolita

Lech Wałęsa finalmente pode ler nos manuscritos de Sławomir Cenckiewicz e Piotr Gontarczyk, o documento onde os dois historiadores querem provar que o ex-presidente foi espião do serviço secreto do comunismo polaco em 1970. Lech mais uma vez afrimou categoricamente que tudo isso não passa de mentira o que eles querem é vender este livro horrível. O livro patrocinado pelo Instituto da Memória Nacional deve ser lançado no próximo dia 23 de junho, em Varsóvia.