A cônsul Dorota Joanna Barys, da República da Polônia, continua brindando a comunidade curitibana e sulbrasileira com importantes realizações culturais. Apenas para lembrar um dos eventos promovidos por ela na Biblioteca Pública do Paraná com grande êxito foi, "Mil anos de Judeus na Polônia", ano passado.
Agora, nesta quarta-feira, 4 de novembro, no mesmo espaço da principal biblioteca paranaense Dorota Barys abre a exposição "Em Defesa de Valores Comuns”.
Segundo o material de divulgaçao, "esta exposição é excepcional, pois exibe documentos arquivados verdadeiramente únicos, na maioria dos casos oriundos de fontes estrangeiras, tais como: despachos de espionagem, declarações de governos, ordens e declarações de comandantes eminentes, declarações de políticos, fotografias, desenhos e, também, documentos de correios e filatelia. Esta colagem não convencional de fatos demonstra, pela primeira vez em um âmbito tão abrangente, as atitudes de vários países da Europa e do mundo perante os acontecimentos que tiveram um impacto decisivo sobre o destino da Polônia e dos polacos."
A mostra de fotos, cartazes e textos apresenta acontecimentos cruciais do século XX, abrangendo o período de mais de oitenta anos de luta dos polacos pela recuperação da independência e pelo retorno da Polônia ao mapa dos Estados europeus. A história do Estado Polaco, documentada em fontes primárias, conta mais de mil anos. As relações com a civilização mediterrânea e a da Europa Ocidental formaram nos polacos durante este período de mil anos, fortes laços e afeições para com os valores universais.
"Os polacos não somente se identificam com estes valores, mas também, contribuíram muito para a formação e fortalecimento destes valores no Velho Continente. Muitas vezes defenderam os valores comuns, pagando por isto o máximo preço.", segundo o informativo do Consulado.
A exposição inicia com painéis que fazem lembrar os acontecimentos históricos dos anos 1914 – 1921, quando tiveram lugar as lutas pela recuperação da independência e pelo retorno da Polônia ao mapa político da Europa.
A Polônia foi o primeiro país a colocar suas tropas contra a invasão nazista e, depois, contra as tropas soviéticas. A campanha de 1939 não poderia terminar com vitória. Os polacos mais enfraquecidos militarmente e abandonados pela comunidade europeia e Liga das Nações, perderam muito, mas jamais as autoridades assinaram qualquer ato de capitulação e o povo nunca se deu por vencido pela violência. No país ocupado, criou-se o Estado Clandestino e surgiram diversas organizações militares. Esse “NÃO” arrojado contra Hitler, fez com que a Grã-Bretanha e a França entrassem na guerra e proporcionou, em resultado, a criação da coligação anti-hitleriana.
Os polacos combateram em todas as frentes de batalhas na Europa, no Ocidente, no Sul e no Leste, também ao norte da África, por terra, mar e ar. No entanto, no território ocupado da Polônia, as autoridades policiais e administrativas do Terceiro Reich construíram, nos anos de 1940 – 1942 campos de concentração e centros de extermínio para os polacos cristãos, ciganos e judeus.
O símbolo histórico deste sistema são os nomes que, com o decorrer do tempo, ganharam o valor dos conceitos relacionados com a nova qualidade do crime: o genocídio. Alguns dos muitos destes nomes ficaram marcados para sempre na história da humanidade como, Auschwitz-Birkenau, Monowitz, Chelmno-Kulmhof, Treblinka, Majdanek, Sobibór, Belzek, Gross-Rosen e Stutthof.
Desta forma foram exterminados cerca de 2,7 milhões de judeus de nacionalidade polaca e e outros 3 milhões de polacos de outros credos e religiões, assassinados pelos nazistas nos centros de extermínio fundados pelo aparelho do terror do estado de Hitler nomeadamente no território ocupado da Polônia.
Mais de 2 milhões de cristãos polacos foram vítimas deste terror sangrento. Quatro em cada quatro padres católicos polacos, quatro em cada quatro intelectual polaco, cinco em cada cinco professor polaco foram vítimas do crime. Estes números não incluem as experiências de cerca de 2,3 milhões de pessoas expulsas de seus lares, mais de 2,5 milhões de trabalhadores forçados e cerca de 200 mil crianças expatriadas a fim de serem germanizadas, das quais 75% nunca regressaram para suas famílias na Polônia.
Os materiais, únicos, compilados nesta exposição, demonstram um grande esforço militar e o martírio dos polacos visto à distância, pelos olhos dos outros povos, pelos aliados. Graças aos documentos arquivados e materiais iconográficos aqui apresentados, podemos seguir o caminho do combate das Forças Militares Polacas durante todo o período da guerra, ao lado dos aliados: as lutas na França e na Noruega em 1940, a Batalha da Inglaterra e do Atlântico, as lutas no deserto da Líbia, na frente italiana nos anos de 1944 – 1945, até o vitorioso Maio de 1945, na Frente Ocidental.
É apresentado também o Exército Polaco na Frente Leste e o seu caminho na Batalha de Lenin, via Varsóvia até Berlim. Durante 2078 dias, os polacos lutaram pela Polônia livre contribuindo para a libertação dos outros povos da Europa. Na ultima fase da II Guerra Mundial, em unidades regulares de todos os países aliados houve, em conjunto, cerca de 600 mil polacos e várias centenas de milhares no Exército Clandestino. Entre os anos 1939 e 1989 constituem um período de lutas contra a supremacia nazista e comunista, de extermínio, de campos de concentração, holocausto, martírio, perseguições e exílio na “terra desumana”.
No folheto de divulgação da exposição, a explicação sobre o porque terem permanecido sob a esfera do comunismo soviético, "Uma grande parte da exposição ilustra a história dos polacos por trás da Cortina de Ferro. Nos tempos quando, sempre figurando no mapa geográfico da Europa, pertencíamos – contra nossa vontade própria – à zona dos valores e normas diferentes, mantínhamos as nossas raízes européias. A afeição pelos valores europeus, que são nossos, não poderia deixar-nos passivos perante a ocupação soviética."
Numerosas fotografias, declarações e enunciações de políticos, cartas e panfletos volantes ilustram os motins do povo contra o regime comunista nos anos de 1956, 1970, 1976 e 1980.
As seguintes gerações de polacos no país e no estrangeiro referem-se às tradições da independência. No mundo livre foram criados numerosos centros políticos e culturais, concentrando a emigração política, atuando em favor o país oprimido.
A exposição apresenta de forma muito original, o nascimento e o primeiro período de existência do “Solidariedade”, a Lei Marcial e as visitas de João Paulo II à Pátria. As transformações polacas, evoluindo dos ideais e do programa do “Solidariedade”, iniciaram a transição do Estado Totalitário para a Democracia Parlamentar. A exposição termina com um acontecimento de grande importância histórica: a entrada da Polônia em 12 de março de 1999 como membro da OTAN.
A exposição “Em Defesa de Valores Comuns” reflete o desejo humano de sempre, ou seja, o de vivermos em liberdade, segurança e democracia. Um dos autores principais das transformações que se sucederam na Europa e no mundo durante os últimos anos, João Paulo II, disse: “A paz fica não só nas mãos dos indivíduos, mas também nas mãos do povo. É aos povos que cabe a honra de construir a paz, baseada na convicção de que a dignidade humana é sagrada e no respeito da igualdade incontestável de todos”.
Agora, nesta quarta-feira, 4 de novembro, no mesmo espaço da principal biblioteca paranaense Dorota Barys abre a exposição "Em Defesa de Valores Comuns”.
Segundo o material de divulgaçao, "esta exposição é excepcional, pois exibe documentos arquivados verdadeiramente únicos, na maioria dos casos oriundos de fontes estrangeiras, tais como: despachos de espionagem, declarações de governos, ordens e declarações de comandantes eminentes, declarações de políticos, fotografias, desenhos e, também, documentos de correios e filatelia. Esta colagem não convencional de fatos demonstra, pela primeira vez em um âmbito tão abrangente, as atitudes de vários países da Europa e do mundo perante os acontecimentos que tiveram um impacto decisivo sobre o destino da Polônia e dos polacos."
A mostra de fotos, cartazes e textos apresenta acontecimentos cruciais do século XX, abrangendo o período de mais de oitenta anos de luta dos polacos pela recuperação da independência e pelo retorno da Polônia ao mapa dos Estados europeus. A história do Estado Polaco, documentada em fontes primárias, conta mais de mil anos. As relações com a civilização mediterrânea e a da Europa Ocidental formaram nos polacos durante este período de mil anos, fortes laços e afeições para com os valores universais.
"Os polacos não somente se identificam com estes valores, mas também, contribuíram muito para a formação e fortalecimento destes valores no Velho Continente. Muitas vezes defenderam os valores comuns, pagando por isto o máximo preço.", segundo o informativo do Consulado.
A exposição inicia com painéis que fazem lembrar os acontecimentos históricos dos anos 1914 – 1921, quando tiveram lugar as lutas pela recuperação da independência e pelo retorno da Polônia ao mapa político da Europa.
A Polônia foi o primeiro país a colocar suas tropas contra a invasão nazista e, depois, contra as tropas soviéticas. A campanha de 1939 não poderia terminar com vitória. Os polacos mais enfraquecidos militarmente e abandonados pela comunidade europeia e Liga das Nações, perderam muito, mas jamais as autoridades assinaram qualquer ato de capitulação e o povo nunca se deu por vencido pela violência. No país ocupado, criou-se o Estado Clandestino e surgiram diversas organizações militares. Esse “NÃO” arrojado contra Hitler, fez com que a Grã-Bretanha e a França entrassem na guerra e proporcionou, em resultado, a criação da coligação anti-hitleriana.
Os polacos combateram em todas as frentes de batalhas na Europa, no Ocidente, no Sul e no Leste, também ao norte da África, por terra, mar e ar. No entanto, no território ocupado da Polônia, as autoridades policiais e administrativas do Terceiro Reich construíram, nos anos de 1940 – 1942 campos de concentração e centros de extermínio para os polacos cristãos, ciganos e judeus.
O símbolo histórico deste sistema são os nomes que, com o decorrer do tempo, ganharam o valor dos conceitos relacionados com a nova qualidade do crime: o genocídio. Alguns dos muitos destes nomes ficaram marcados para sempre na história da humanidade como, Auschwitz-Birkenau, Monowitz, Chelmno-Kulmhof, Treblinka, Majdanek, Sobibór, Belzek, Gross-Rosen e Stutthof.
Desta forma foram exterminados cerca de 2,7 milhões de judeus de nacionalidade polaca e e outros 3 milhões de polacos de outros credos e religiões, assassinados pelos nazistas nos centros de extermínio fundados pelo aparelho do terror do estado de Hitler nomeadamente no território ocupado da Polônia.
Mais de 2 milhões de cristãos polacos foram vítimas deste terror sangrento. Quatro em cada quatro padres católicos polacos, quatro em cada quatro intelectual polaco, cinco em cada cinco professor polaco foram vítimas do crime. Estes números não incluem as experiências de cerca de 2,3 milhões de pessoas expulsas de seus lares, mais de 2,5 milhões de trabalhadores forçados e cerca de 200 mil crianças expatriadas a fim de serem germanizadas, das quais 75% nunca regressaram para suas famílias na Polônia.
Os materiais, únicos, compilados nesta exposição, demonstram um grande esforço militar e o martírio dos polacos visto à distância, pelos olhos dos outros povos, pelos aliados. Graças aos documentos arquivados e materiais iconográficos aqui apresentados, podemos seguir o caminho do combate das Forças Militares Polacas durante todo o período da guerra, ao lado dos aliados: as lutas na França e na Noruega em 1940, a Batalha da Inglaterra e do Atlântico, as lutas no deserto da Líbia, na frente italiana nos anos de 1944 – 1945, até o vitorioso Maio de 1945, na Frente Ocidental.
É apresentado também o Exército Polaco na Frente Leste e o seu caminho na Batalha de Lenin, via Varsóvia até Berlim. Durante 2078 dias, os polacos lutaram pela Polônia livre contribuindo para a libertação dos outros povos da Europa. Na ultima fase da II Guerra Mundial, em unidades regulares de todos os países aliados houve, em conjunto, cerca de 600 mil polacos e várias centenas de milhares no Exército Clandestino. Entre os anos 1939 e 1989 constituem um período de lutas contra a supremacia nazista e comunista, de extermínio, de campos de concentração, holocausto, martírio, perseguições e exílio na “terra desumana”.
No folheto de divulgação da exposição, a explicação sobre o porque terem permanecido sob a esfera do comunismo soviético, "Uma grande parte da exposição ilustra a história dos polacos por trás da Cortina de Ferro. Nos tempos quando, sempre figurando no mapa geográfico da Europa, pertencíamos – contra nossa vontade própria – à zona dos valores e normas diferentes, mantínhamos as nossas raízes européias. A afeição pelos valores europeus, que são nossos, não poderia deixar-nos passivos perante a ocupação soviética."
Numerosas fotografias, declarações e enunciações de políticos, cartas e panfletos volantes ilustram os motins do povo contra o regime comunista nos anos de 1956, 1970, 1976 e 1980.
As seguintes gerações de polacos no país e no estrangeiro referem-se às tradições da independência. No mundo livre foram criados numerosos centros políticos e culturais, concentrando a emigração política, atuando em favor o país oprimido.
A exposição apresenta de forma muito original, o nascimento e o primeiro período de existência do “Solidariedade”, a Lei Marcial e as visitas de João Paulo II à Pátria. As transformações polacas, evoluindo dos ideais e do programa do “Solidariedade”, iniciaram a transição do Estado Totalitário para a Democracia Parlamentar. A exposição termina com um acontecimento de grande importância histórica: a entrada da Polônia em 12 de março de 1999 como membro da OTAN.
A exposição “Em Defesa de Valores Comuns” reflete o desejo humano de sempre, ou seja, o de vivermos em liberdade, segurança e democracia. Um dos autores principais das transformações que se sucederam na Europa e no mundo durante os últimos anos, João Paulo II, disse: “A paz fica não só nas mãos dos indivíduos, mas também nas mãos do povo. É aos povos que cabe a honra de construir a paz, baseada na convicção de que a dignidade humana é sagrada e no respeito da igualdade incontestável de todos”.