Texto de Ulisses Iarochinski
Neste 27 de janeiro de 2025, foram comemorados os 80 anos da libertação dos
campos de concentração e extermínio nazistas alemães no Museu de Auschwitz –
Birkenau – Monowitz. A cerimônia contou com a presença de reis, rainhas,
presidentes e primeiros-ministros, e, à tarde, cerca de 50 sobreviventes
participaram de um evento especial. Entre os ausentes estavam o presidente
do Brasil e seu embaixador em Varsóvia, bem como o presidente e o
primeiro-ministro de Israel. No entanto, o ministro da Educação israelense
esteve presente. Também não compareceram o presidente e o primeiro-ministro
da Rússia, mas o presidente da Ucrânia marcou presença. Vladimir Putin não é convidado há 3 anos, desde que invadiu a Ucrânia, mesmo sendo do país que libertou os Campos.
"Testemunhamos hoje uma enorme onda de antissemitismo, e foi precisamente o
antissemitismo que levou ao Holocausto", alertou Marian Turski, de 98 anos - jornalista polaco de ascendência judaica. É presidente do Instituto Histórico Judaico em Varsóvia -
em frente a um dos vagões de trem usados para transportar prisioneiros para
Auschwitz.
Leon Weintraub, médico de 99 anos com cidadania sueca e nascido
em Łódż, na Polônia, condenou a proliferação de movimentos de inspiração nazista na
Europa.
Alguns sobreviventes vestiam bonés e cachecóis listrados em azul e
branco, relembrando seus antigos uniformes de prisioneiros.
Em 2005, durante as comemorações dos 60 anos da libertação dos
campos, a solenidade ocorreu ao ar livre, diante do Monumento Internacional às Vítimas do Campo, em Birkenau. Agora, nos 80 anos, o evento foi realizado em uma grande
tenda branca montada em frente ao portão de entrada de Birkenau.
No Brasil,
as notícias, artigos e reportagens da imprensa e da televisão nacional deram
a impressão de que o evento foi apenas uma comemoração do Holocausto (o
genocídio do povo judeu) e não uma homenagem ao esforço do governo da
Polônia em preservar todos os campos alemães situados em seu território.
Esses incluem Majdanek (pronuncia-se máidánéc), Sobibór (pronuncia-se
sóbibur), Chełmno (pronuncia-se réumno), Treblinka (pronuncia-se tréblincá),
Bełżec (pronuncia-se béljéts), Monowice (pronuncia-se mónówits), Płaszów
(pronuncia-se puachóv), entre outros campos menores nas proximidades.
A
Segunda Guerra Mundial não teve como objetivo inicial o extermínio de
pessoas de origem judaica, mas fazia parte de um plano muito mais amplo.
A
ascensão de Adolf Hitler ao poder começou em setembro de 1919, pouco após o
término da Primeira Guerra Mundial. Hitler ingressou no partido político
conhecido como Deutsche Arbeiterpartei (abreviado como DAP – Partido Alemão
dos Trabalhadores), que, em 1920, passou a se chamar Nationalsozialistische
Deutsche Arbeiterpartei (Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores
Alemães, mais conhecido como Partido Nazista).
Fatores como a Grande
Depressão Americana (1929), o desemprego em massa, as decisões do Tratado de Versalhes
(1919), o descontentamento social com o regime democrático ineficaz, o apoio
popular a partidos nacionalistas e o temor de uma revolução socialista
levaram a alta burguesia alemã, empresários e o clero a apoiarem a
extrema-direita do espectro político, optando por partidos extremistas como
o Partido Nazista.
Após as eleições de julho de 1932, os nazistas se
tornaram o maior partido no Parlamento, com 230 cadeiras. No entanto, não
alcançaram maioria parlamentar até que Hitler fosse nomeado chanceler da
Alemanha, em 27 de fevereiro de 1933.
Em 14 de julho de 1933, a Alemanha foi
oficialmente declarada um Estado de partido único por meio de um
decreto-lei:
“O Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães
constitui o único partido político da Alemanha. Aquele que tentar manter ou
formar um novo partido será punido com trabalhos forçados por até três anos
ou com prisão de seis meses a três anos, caso a ação não esteja sujeita a
penalidade maior, em conformidade com outros regulamentos.”
Em 24 de maio de
1933, o Congresso aprovou o Ato de Autorização, transferindo suas funções
legislativas para o poder executivo, que, no caso, estava sob o controle de
Hitler.
Em 2 de agosto de 1934, Hitler unificou os cargos de Presidente e
Chanceler (Primeiro-Ministro) sob o novo título de Führer und Reichskanzler
(Líder e Primeiro-Ministro do Império), assumindo também o comando das
forças armadas.
Em outubro de 1933, a Alemanha retirou-se da Sociedade das
Nações. O país transformou-se em um Estado nacionalista, no qual não-arianos
e opositores do nazismo foram excluídos da administração pública. O sistema
judiciário tornou-se submisso ao regime nazista, e campos de concentração
foram criados para aprisionar opositores políticos.
O primeiro deles,
Dachau, localizado em território alemão, foi inaugurado em 20 de março de
1933. Na noite de 9 para 10 de novembro de 1938, ocorreu o evento conhecido
como a "Noite dos Cristais" (Kristallnacht). Nesse pogrom organizado, forças
das SA e civis alemães atacaram violentamente a comunidade judaica na
Alemanha e na Áustria. O regime nazista apresentou o ataque como uma
"resposta espontânea" ao assassinato do diplomata alemão Ernst vom Rath por
Herschel Grynszpan, um polaco de origem judaica, em Paris.
Antes desses
acontecimentos na Alemanha, a Polônia, que havia recuperado sua
independência em 11 de novembro de 1918, firmou um acordo secreto com a
França em fevereiro de 1921. Esse tratado estabelecia que, no caso de uma
das nações ser atacada, "ambos os governos se comprometeriam a defender seus
territórios e proteger seus legítimos interesses".
Em outubro do mesmo ano,
a Polônia assinou outro acordo com a Romênia, assegurando ajuda mútua em
caso de agressão externa.
Em 25 de julho de 1932, a Polônia firmou em Moscou
um pacto de não agressão com a União Soviética. Temendo tempos difíceis, o
governo polaco assinou em 26 de janeiro de 1934 um acordo de não agressão
com a Alemanha.
O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Józef Beck,
acreditava que esses tratados tornariam a Polônia um parceiro estratégico
para França e Inglaterra. No entanto, o primeiro-ministro britânico Neville
Chamberlain agravou a situação ao adotar uma política de apaziguamento
diante da crescente ameaça de guerra.
Em 12 de março de 1938, a Alemanha
invadiu a Áustria, anexando-a ao Império Nazista. Posteriormente, os
governos da Itália, França e Grã-Bretanha firmaram um acordo com Hitler,
entregando-lhe a região dos Sudetos (uma cadeia de montanhas localizada na
fronteira entre a República Tcheca, a Polônia e a Alemanha). Ainda em março,
a Alemanha invadiu a Tchecoslováquia, seguida pela Lituânia.
A Polônia
esperava pelo apoio da França e da Inglaterra, mas o primeiro-ministro
britânico, Neville Chamberlain, ignorou os acordos e afirmou: “De nós,
evidentemente, dependerá que ação consideraremos como ameaçadora à
independência da Polônia. Isso nos preservará de sermos envolvidos em uma
guerra por causa de um problema fronteiriço.”
No final de 1938, Hitler
exigiu que a Polônia aceitasse a anexação de Gdańsk e a construção de um
corredor exclusivo para uma rodovia e uma ferrovia ligando Berlim a Gdańsk.
Varsóvia, naturalmente, recusou tal exigência absurda.
Em 22 de agosto de
1939, Hitler ordenou que a Polônia fosse atacada quatro dias depois. Ele
declarou: “A destruição da Polônia é a prioridade. Que a piedade não tenha
espaço em vossos corações. Atuem brutalmente.”
No entanto, a data do ataque
foi adiada para 1.º de setembro devido ao Pacto Ribbentrop-Molotov, assinado
em 23 de agosto, que definiria as futuras fronteiras entre a Alemanha e a
União Soviética após a extinção da Polônia.
Em 17 de setembro, os soviéticos
(russos e ucranianos) invadiram a Polônia pelo leste.
Atacada por ambos os
lados, a Polônia resistiu bravamente, mas não conseguiu deter a dupla
invasão. A resistência polaca durou seis semanas sem capitular, um feito que
a França, com um contingente militar superior, não conseguiu repetir,
rendendo-se em apenas duas semanas.
Fatos menos conhecidos evidenciam o
papel crucial da Polônia na derrota de Hitler e da Alemanha Nazista:
1. A
Polônia organizou o maior movimento de resistência de toda a Europa ocupada.
Os polacos sabiam que lutavam pela preservação de sua nação e de seu
território.
2. O maior e mais terrível dos campos de concentração e
extermínio nazistas foi construído em terras polacas.
3. Para expandir suas
fronteiras para o oeste, a União Soviética assassinou 22 mil oficiais do
exército polaco na Floresta de Katyń e outros 3 mil em Charków, Starobielsk
e Ostaszków.
4. Entre 1.º de agosto e 2 de outubro de 1944, durante o
Levante de Varsóvia, o povo varsoviano enfrentou sozinho 22 mil soldados
nazistas, enquanto tropas russas e ucranianas observaram passivamente, sem
prestar qualquer auxílio, do outro lado do rio Vístula.
Mas voltemos aos
judeus, em sua maioria polacos natos. A decisão final de eliminar os
europeus de origem judaica surgiu em uma carta do general nazista Reinhard
Heydrich ao diplomata Martin Franz Juliusz Luther, do Ministério das
Relações Exteriores da Alemanha.
Na carta, Heydrich solicitava a
implementação da "Solução Final para a Questão Judaica", planejando remover
os judeus dos territórios ocupados pela Alemanha. Em 31 de julho de 1941,
Adolf Hitler ordenou que Heydrich lhe apresentasse um plano geral para
exterminar todas as pessoas de origem judaica, independentemente de suas
nacionalidades ou cidadanias. Esse plano começou a ser executado em 20 de
janeiro de 1942.
No final da guerra, a Polônia sofreu mais do que qualquer
outro país envolvido no conflito. Mais de 25% de sua população foi dizimada,
e Varsóvia foi completamente destruída. Segundo o coronel polaco Eugeniusz
Kozłowski, "a Polônia foi a primeira vítima da guerra iniciada pela Alemanha
de Hitler e, ao mesmo tempo, o primeiro país da Europa que não capitulou sem
luta, interrompendo as anexações do Terceiro Império Alemão."
Do contingente
de 1 milhão de soldados polacos, 239.800 foram mortos, 218.100 ficaram
feridos e 619.900 foram feitos prisioneiros pelos exércitos alemães. Por
outro lado, 76.100 soldados alemães morreram e outros 11.700 ficaram
feridos. Nenhum soldado alemão foi capturado pelos polacos.
Quando a guerra
começou, a Polônia tinha uma população de 23 milhões de habitantes. Desses,
18,5 milhões eram polacos de origem eslava, 3 milhões eram polacos de origem
judaica, e 1 milhão era composto por ciganos, alemães, rutenos-ucranianos,
eslovacos, tchecos, romenos e outros grupos étnicos.
Segundo Paul Johnson,
em toda a Europa viviam 8.861.800 pessoas de origem judaica. Na Polônia,
residiam 3,5 milhões deles, o que representava 39,22% da população judaica
europeia, tornando-se a maior concentração desse povo em um único
território.
Isso se devia ao fato histórico de que os judeus estavam na
Polônia há mais de mil anos. Foram crescendo em número desde que começaram a
ser expulsos de diversos reinos europeus, como os sefarditas da Península
Ibérica, em 1492 pelo reino católico da Espanha.
Durante o reinado de
Casimiro, o Grande, os judeus de todo o mundo conhecido foram convidados a
se estabelecer no reino católico romano da Polônia. Nesse período, foi
criada uma cidade murada ao lado da então capital do reino, Cracóvia,
chamada Kazimierz, que hoje é um bairro da cidade.
Os seis grandes campos de
concentração e extermínio nazistas na Polônia foram as principais áreas de
genocídio em território ocupado. O complexo de Auschwitz, por exemplo,
consistia em três unidades principais e 45 subcampos:
• Auschwitz I, na
cidade de Oświęcim, era o centro administrativo do complexo. Antes da
ocupação nazista, funcionava como um quartel do exército polaco. Ali, foram
assassinadas cerca de 70 mil pessoas, a maioria composta por polacos
étnicos, prisioneiros soviéticos e ciganos.
• Auschwitz II, conhecido como
Birkenau, foi construído sobre uma vila na cidade de Brzezinka e tornou-se o
principal local de extermínio do complexo. Com quatro crematórios
instalados, 960 mil judeus foram assassinados, incluindo polacos católicos,
protestantes e ortodoxos; húngaros, alemães, gregos, eslovacos, tchecos e
outras nacionalidades. Além disso, morreram 75 mil polacos não judeus
(professores universitários, soldados e líderes políticos) e 19 mil ciganos
polacos.
• Auschwitz III, localizado em Monowice, conhecido por Monowitz, servia como
campo de trabalho forçado para a fábrica de borracha sintética Buna-Werke,
da IG Farben.
Outros campos de extermínio em território polaco também
testemunharam atrocidades em grande escala:
• Majdanek, localizado em um
bairro da cidade de Lublin, operava exclusivamente como campo de extermínio.
Nele, morreram 1.380.000 pessoas, incluindo polacos étnicos, polacos de
origem judaica e indivíduos de outras religiões e etnias.
• Treblinka,
próximo à cidade de Siedlce, foi responsável pela morte de 800 mil pessoas.
• Bełżec, nas proximidades da cidade de Tomaszów Lubelski, viu o extermínio de 600 mil
pessoas.
• Chełmno, próximo à cidade de Łódź, exterminou 340 mil pessoas.
•
Sobibór, perto da cidade de Włodawa, foi o local de morte de 250 mil pessoas. Destas,
cerca de 180 mil eram de origem judaica, sendo metade deles nascidos na
Polônia, e o restante formado por judeus da Holanda, Bielorrússia e
Lituânia.
Segundo o Museu de Auschwitz, os nazistas trouxeram para os três
campos do complexo do Campo de Concentração e Extermínio Alemão de Auschwitz 1.300.000 pessoas. Destas, 1.100.000 eram de origem
judaica (incluindo polacos e indivíduos desta etnia de outros países), 150.000 eram
polacos não judeus (católicos e protestantes), 23.000 eram ciganos (a
maioria nascida na Polônia), 15.000 eram prisioneiros soviéticos (russos,
ucranianos, bielorrussos e outras nacionalidades) e 25.000 pertenciam a
outros grupos étnicos.
O professor doutor Czesław Madajczyk apresenta uma
visão divergente em relação aos números geralmente aceitos sobre o genocídio
de pessoas de origem judaica durante a Segunda Guerra Mundial. Enquanto o
criador do termo "Holocausto", Simon Weisenthal (nascido na cidade polaca de
Buczacz), estimou que 6 milhões de judeus foram assassinados, Madajczyk
afirma que o número seria de aproximadamente 2,7 milhões de indivíduos desta
origem étnica. Dentre esses, cerca de 500.000 morreram em assassinatos em
massa nos guetos das principais cidades da Polônia, enquanto 200.000 foram
executados nas ruas.
O restante, entre 1,6 milhão e 1,95 milhão de pessoas,
incluindo polacos de diversas religiões e origens, foi assassinado nos
campos de Treblinka, Sobibór, Bełżec, Majdanek e Chełmno. Assim, do total de
6 milhões de vítimas, cerca de 3,3 milhões eram polacos de origem não
judaica. Desses, aproximadamente 500.000 polacos católicos foram mortos na
União Soviética.
Entre os sobreviventes, 530.000 ficaram inválidos; 40.179
foram vítimas de experimentos médicos; 60.000 desenvolveram debilidade
mental; e mais de 1 milhão sucumbiram a enfermidades adquiridas durante a
guerra, mesmo após o término do conflito.
A Polônia foi o segundo país mais
afetado economicamente durante o conflito, com prejuízos estimados em 50
bilhões de dólares. Em primeiro lugar, ficaram as 15 repúblicas socialistas
soviéticas, que registraram perdas de 128 bilhões de dólares. Após a guerra,
a Polônia foi entregue ao controle soviético, e Moscou retirou 40% de seu
território, repassando-o para a Ucrânia, Bielorrússia e Lituânia. Alguns
argumentam que a Polônia não deveria reivindicar seus antigos territórios na
Volínia, Podólia e parte da Małopolska, uma vez que recebeu de volta regiões
historicamente polacas, como a Silésia e a Pomerânia, que haviam sido
ocupadas pela Alemanha por 127 anos, de 1793 até 1918.
Enquanto isso, a
algoz Alemanha Ocidental, uma das principais responsáveis pela guerra, foi
reconstruída com ajuda dos Estados Unidos por meio do Plano Marshall,
idealizado pelo Secretário de Estado George Marshall.
O país recebeu bilhões
de dólares na época. No total, a Grã-Bretanha ficou com 26% dos recursos do
Plano Marshall, a França com 18%, e a Alemanha com 11%. Moscou, por outro
lado, bloqueou qualquer assistência às nações sob sua influência, como
Tchecoslováquia, Hungria, Alemanha Oriental e Polônia. Até mesmo Portugal,
que não participou ativamente da guerra, recebeu 140 milhões de dólares em
ajuda do plano.
“Com a diminuição do número de sobreviventes do Holocausto,
a responsabilidade pela memória recai sobre nossos ombros e sobre as futuras
gerações”, afirmou o rei Charles III durante sua visita ao Centro de Justiça
Comunitária de Cracóvia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Żeleński, que se
declara de origem judaica, esteve presente na cerimônia em Birkenau e
declarou que o mundo precisa se unir "para deter o mal", uma afirmação
amplamente interpretada como uma referência à Rússia.
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