O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirma que ameaça de conflito global é real.
A Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia, a Rússia e Bielorrússia, está alocando 4,7% de seu produto interno bruto para incrementar suas Forças Armadas em 2025.
Tusk, nesta sexta-feira (22), disse que depois que a Rússia disparou um míssil balístico hipersônico de alcance intermediário contra uma cidade ucraniana.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, havia dito do dia anterior, quinta-feira (21) que o ataque foi uma resposta ao fato dos Estados Unidos e a Grã-Bretanha terem permitido que Kiev atacasse o território russo com armas ocidentais avançadas, uma medida que, segundo ele, deu ao conflito “elementos de caráter global”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou o ataque de mísseis russo de outra escalada após o envio de tropas norte-coreanas para o solo russo.
“A guerra no leste está entrando em uma fase decisiva, sentimos que o desconhecido está se aproximando”, disse Tusk em uma conferência de professores.
“O conflito está assumindo proporções dramáticas. As últimas dezenas de horas mostraram que a ameaça é séria e real quando se trata de um conflito global.”
A Polônia tem sido uma das principais vozes a pedir que os membros da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) gastem mais em defesa, e está alocando 4,7% de seu produto interno bruto para incrementar suas Forças Armadas em 2025.
A Rússia disse que uma nova base de defesa contra mísseis balísticos dos ESTADOS UNIDOS no norte da Polônia levará a um aumento no nível geral de perigo nuclear, mas Varsóvia disse que as “ameaças” de Moscou apenas reforçaram o argumento a favor das defesas da Otan.
Fonte: Agência Reuters
Reportagem de Alan Charlish, Pawel Florkiewicz e Anna Wlodarczak-Semczuk.