A prefeitura da cidade está determinada a construir um estádio para 35 mil espectadores. Já existe um plano: até o final do ano deve-se conseguir o dinheiro com investidores privados e em meados de 2009 será iniciada a construção do estádio de Łódź (pronuncia-se uúdji). A segunda maior cidade da Polônia, promete entregar o novo estádio em 2010 e assim estar apta a ser uma das sedes da Euro2012, se em setembro próximo a UEFA decida que a Ucrânia não terá condições de ser uma das sedes do próximo campeonato europeu de seleções de futebol.
Michel Platini, presidente da UEFA, não voltou satisfeito da Ucrânia, após visita de inspeção semanas atrás. O relatório da inspeção será apresentado em setembro próximo e a possibilidade da Polônia sediar sozinha o maior evento esportivo do continente é cada vez mais real.
Łódź e Szczecin, que não foram relacionadas entre as 4 cidades sedes, nem tampouco com uma das duas cidades reservas, estão se habilitando agora. No caso de Cracóvia, houve um descrédito das autoridades locais na decisão da UEFA de escolher Polônia e Ucrânia como sede da Euro2012. Tão logo foi divulgado o resultado, a cidade histórica, tem corrido atrás, para seja como for passar de reserva a titular.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Łódź se candidata a Euro2012
Brodka: fim de carreira?
Foto: divulgação
No último espetáculo que deu em Varsóvia, no Park Sowiński, Monika Brodka praticamente cantou para ninguém. Parte da imprensa polaca se pergunta se isto seria indicios do fim de sua carreira meteórica, alavancada principalmente por sua vitória do programa "Idol" da TV Polsat. De uma simples desconhecida, o concurso de TV a transformou numa das maiores estrelas da música pop polaca nos últimos 4 anos. Dona de uma voz inconfundível e de uma beleza delicada, Brodka, parece ter perdido espaço com o furação Doda, a estonteante loira, que além de cantar muito bem, ser bela, tem no marketing pessoal sua maior marca. os que discordam dizem que a falta de público no último show de Monika deve ser creditado aos organizadores. A jovem cantora deverá ter uma carreira longa e sólida dizem outros.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
PO- venceria mais uma vez
Em comparação com a última pesquisa, realizada em junho passado, o percentual do partido de Tusk não apresentou mudanças, mas o de Kaczyński caiu dois por cento.
Outros partidos que tiveram em eleicões e pesquisas anteriores significativos votos no parlamento, não sairam de 1 e 2 por cento.
A TNS OBOP realizou a pesquisa entre 3 e 7 de julho num universo de 960 pessoas adultas de várias cidades da Polônia.
domingo, 13 de julho de 2008
Acidente mata Geremek
Seu carro foi de frente a outro quando tentou uma ultrapassagem. Geremek foi ministro entre os anos 1997 e 2000. Desde 2004 era deputado no Parlamento Europeu.
sábado, 12 de julho de 2008
A César o de César, a Polônia...
Assim, por exemplo, a Constituição do atual Estado monárquico-parlamentar da Espanha impede a manifestação, a reivindicação ou qualquer ação que o povo basco (Euskady) possa fazer para instituir um Estado Euskady (basco) para a nacionalidade basca. Ao tratar o assunto da independência de Euskady (nação basca neste idioma) como causa pétrea de sua Lei maior, o monarca e o povo espanhol denominam todos aqueles que não seguem esta instituição jurídica como terroristas.
Da mesma forma, desconhecer no presente, como era a situação de tribos, povos, nações, estados no passado é tergiversar. Tentar impor uma versão, seja ela, baseada em documentos, ou provas forjadas para explicar o presente "remodelado" é desmerecer o passado e mais do que isto, embusteiramente mentir sobre acontecimentos consagrados pela história. Sob a ótica da contemporaneidade, desvirtuam, conspurcam toda a manifestação que busca reparar, ou decididamente afrontar a versão “oficial” dos tiranos de plantão.
No caso da Polônia, então, conjugam para um mesmo propósito os atuais alemães (saxões, prussos, pomeranos do Oeste), russos, austríacos, suecos, húngaros, rutenos (denominados atualmente ucranianos) cossacos, bielo-russos, lituanos e até franceses, ingleses, espanhóis, Norte-americanos e pasmem-se, brasileiros.
Quando após a segunda grande guerra mundial, a reunião dos vencedores em Podstam (próximo a Berlim destruída) decidiu inventar um novo território para nacionalidade eslavo-polaca o fizeram retirando milenares terras a Leste e devolvendo outras a Oeste que haviam sido usurpadas pelos povos saxões.
Em seu livro “Quem é o Polonês”, publicado em 1971, para comemorar os cem anos do grupo de 32 famílias silesianas-polacas que chegaram a Curitiba, em 1871, o médico e deputado Edwino Donato Tempski, realizou um minucioso trabalho de pesquisa sobre as origens da etnia polaca, embora afirme em sua conclusão que fez “através dessa despretensiosa digressão, uma ligeira e superficial incursão sobre o mundo eslavo-polaco”.
Baseando-se numa rica bibliografia de estudiosos polacos das mais diversas áreas como a história, a paleontologia, a antropologia, a sociologia, a geografia e a política, Tempski, reproduz em certo trecho de sua obra, o que escreveram J. Czekanowski, Kostrzewski, W. Antoniewicz, W. Surowiecki, W. Hensel, Kepinski, Labuda, Rajewski, Trawkowski e até Wolfgang Schultz, professor alemão de arqueologia da Universidade de Munique.
“Ao término do neolítico, os indo-europeus, então dispersos nas vastas regiões da Eurásia, já estavam divididos em vários grupos lingüísticos”. [...] No início do mesolítico, em meio das mais antigas comunidades indo européias, destacavam-se os balto-eslavos, isto porque já então apresentavam peculiaridades culturais bem distintas e definidas. [...] Em termos arqueológicos... a comunidade balto-eslava subsistiu entre os anos 2.000 a 1.200 anos antes de Cristo. [...] Entre os anos 1.400 a 1.200 a.C. os achados arqueológicos registrados, nas últimas décadas em vastas regiões da Europa Central, especialmente entre as bacias hidrográficas dos rios Odra (Oder em alemão) e Dniepr (atualmente no território da criada Ucrânia) confirmaram o predomínio de incontáveis elementos, que ausentes em épocas mais remotas, pelo seu volume e ineditismo, se constituíram num respeitável argumento para afirmar, de modo consagrador, e quem sabe definitivo, sobre a existência da comunidade proto-eslavo-polaca. [...] Em sua obra “Altgermanische Kultur in Wort und Bild”, editada em 1937 em Munique, o professor W. Schultz, publicou um interessante mapa do continente europeu, no qual, conforme podemos constatar, que a comunidade proto-eslava, ao se deslocar para o Ocidente se estabeleceu por longos séculos, não somente nas terras banhadas pelo rio Odra, mas bem mais longe, além da bacia hidrográfica do rio Elba. [...] Witold Hensel assim se pronunciou – a situação geográfica do habitat dos proto-eslavos mostra que ele tinha por vizinhos ao Noroeste os germanos, a Sudoeste as tribos proto-célticas, ao Sul as tribos ilirianas e em parte os proto-tracianos, a Nordeste os proto-baltos, a Leste os ugro-fineses, a Sudeste as tribos proto-tracianas e mais tarde as iranianas.[...] Na região denominada Luzice entre os rios Elba e Odra, somente em torno da vila de Budziszyn foram assinaladas setenta posições arqueológicas dos representantes da cultura que, em face de multisecular toponímia regional, ainda vigente, são denominados Luziczanie, Luzacien para os franceses e para a nossa comodidade lingüística- Luzacianos. [...] Ao findar a época do bronze de 1.000 a 800 a.C. era total a preponderância da cultura luzaciana em todas as regiões polacas. [...] Finalmente entre os anos 350 a 500 depois de Cristo, portanto, no transcurso das grandes migrações dos povos europeus, acentuaram-se e até já predominaram as evidências da cultura luzaciana em todo território polaco, e isso, pouco a pouco, de modo decisivo e definitivo para todos os séculos vindouros, tal como se os seus invasores deles se houvessem retirado para sempre.”
Na verdade, os luzacianos são os ancestrais diretos dos atuais polacos. E ao contrário do que afirmou Tempski, desde a formação do reino Polaco, em 966 depois de Cristo, o Oeste polaco sofreria várias outras invasões dos povos saxões, algumas vezes denominados teutônicos, prussos, ou germânicos... e mais recentemente como alemães.
Segundo Michał Tymowski, professor da Universidade de Varsóvia e da Universidade de Paris-IV Sorbonne, “os polanos, tribo que povoava a bacia do rio Warta, mais tarde denominados Piast”, fundaram o reino da Polônia. Por todo o século 10, os polanos, liderados pelos Piast, unificaram outras tribos eslavas, ou luzacianas, que habitavam as terras entre os rios Oder (a Oeste) e o Bug (a leste), do Báltico ao Norte, aos Cárpatos ao Sul. Os Piast “conquistaram sucessivamente, a tribo dos kuiavianos, com seu principal burgo em Kruszwica; dos mazovianos, com o burgo de Płock, a tribo dos lendianos com o burgo de Sandomierz; as tribos dos pomeranos com os burgos de Gdańsk e Wolin; a tribo dos vistulanos de Cracóvia, os silesianos de Wrocła, Opole e Legnica.”
Tymowski diz que o primeiro príncipe polaco, Mieszko I, criador do reino da Polônia, antes de se casar com a princesa Dąbrowa, da Bohemia, encontrou um dilema político que iria acompanhar toda a história seguinte dos polacos. “Qual deveria ser o relacionamento do Estado criado pelos Piast face ao Império Germânico e ao Papado. A expansão militar aniquiladora do Estado alemão nas terras acima do rio Elba, “subjugação das tribos eslavo-polacas, que as habitavam, colocaram o Estado polaco face a este vizinho potente, perigoso, mas ao mesmo tempo atraente pela sua civilização.[...] o batismo com a introdução, assim, da Polônia no círculo da civilização cristã européia e, ao mesmo tempo, o acerto das relações com o Império Germânico com base no princípio do reconhecimento relativo da supremacia do mesmo. "
Manter o território do Estado polaco para a nacionalidade polaca é certamente uma das maiores aventuras de um povo em todo o mundo ao longo de mais de mil anos. De um lado os saxões, do outro os suecos, do outro os russos, do outro os tártaros, do outro os austríacos, do outro os húngaros, do outro os turcos, do outro os cossacos, do outro, os rutenos tentando dizimar os polacos e a sua Polônia. Nação única no meio deste mundo de protestantes e ortodoxos por todos os lados, os polacos convertidos ao catolicismo apostólico romano tiveram que ouvir muitas mentiras sobre a sua existência contadas pela versão “oficial” do inimigo.
Sobre a questão se os atuais ucranianos são rutenos ou não, há que se considerar, que da mesma forma como o estado monárquico-parlamentar da Espanha considera o basco como espanhol, também os iugoslavos consideravam os sérvios, os croatas, os bósnios, os macedônios como sendo nacionais iugoslavos.
Para evitar discussão desnecessária por falta se subsídios ponderados, é imperioso manifestar o que significa ruteno, rutênia, ucraniano, ucraíno, ucrânia, rusyns e outras denominações criadas pelas mudanças geopolíticas impostas por aqueles que se consideram os donos do mundo, os donos de tudo, que abdicando a si o poder da presunção e da sapiência que não adquiridas na leitura e nos estudos da história, mas apenas na conveniência do momento criado, inventam versões.
Rutênia ou (Ruténia como grafam os portugueses) é nome geográfico e étnico-cultural de partes da Europa Oriental povoada por eslavos orientais, bem como para antigos Estados russos que existiram nesses territórios.
Essencialmente, a palavra é uma grafia latinizada para o antigo local-nome Rus. Hoje, o território histórico da Rus, em sentido amplo, é formado com partes das terras da Ucrânia, Bielorrússia, Rússia, uma pequena parte do nordeste da Eslováquia e ainda uma pequena faixa no Leste do atual território da Polônia.
O termo "Rutênia" tem significa diverso, dependendo a quem o termo se aplica e a quando, por que e para qual período. Rutênia tem ligação com a palavra eslava Rus, ou Ros. Esta, por sua vez, tem várias versões para sua origem. Uma delas diz que ela teria origem normanda, mais precisamente dos Varegues, povos que se fundiram no século 9 com a população eslava. Rus seria derivado do finlandês, cuja origem etimológica estaria no norueguês antigo roðs, ou roths. Esta palavra se referia a remadores, ou melhor aos varegos suecos. Ela ainda existe no idioma finlandês e em algumas palavras estonianas Ruotsi e Rootsi para designar a o país Suécia. Alguns estudiosos modernos usam a grafia Rutênia quando se referem à Idade Média em textos ingleses. Contudo, os antigos Estados da Rus não possuíam um nome próprio além da frase zemlya ruskaya e, portanto havia diferentes grafias para línguas diferentes.
O termo Ruteni apareceu primeiro na forma rex Rutenorum nos anais de Augsburgo do século 12. Fazia parte da tradição de batizar os povos bárbaros pelos escritores latinos. Assim, os dinamarqueses eram chamados de dácios e os atuais alemães de teutões. Os Rus passaram a ser denominados por estes autores latinos como Rutenos.
Em um documento sobre geografia latina do século 12, produzido na França, que diz que a Rússia é também chamada de Rutênia, segundo a frase de Lucano, “Polonia in uno sui capite contingit Russiam, quae et Ruthenia, de qua Lucanus: Solvuntur flavi longa statione Rutheni. " Anteriormente, a Rus tinha sido mencionada como Rugi (uma das primeiras tribos dos godos) e Rutuli (uma tribo itálica mencionada por Virgílio em Eneida). No final do século 12, a palavra Rutênia foi usada, como uma grafia alternativa para Ruscia e Rússia, nos documentos papais em latim para indicar as terras anteriormente dominadas pelo Principado de Kiev. No século seguinte, o termo se tornou a palavra mais usada para se refirir a Rus nos documentos em latim. No século 14, a Rússia de Kiev se fragmentou em vários principados. O Principado de Vladimir-Súzdal e a República de Novgorod, no Norte, foram usurpados pelos mongóis. O principado de Vladimir-Súzdal veio a ser mais tarde o principado de Moscou, que acabaria por assumiu o controle da maioria dos principados do Norte da Rus. O Principado de Moscou, por sua vez se constituiu mais tarde no Reino da Rússia.
Aquelas tribos que habitavam aquela região usavam outras formas da palavra Rus para caracterizá-los e diferenciar de russos, polacos, eslovacos e cossacos e algumas dessas formas também foram latinizadas. Os territórios da Galícia austríaca, da Volínia, de Kiev e outros no Sul foram assaltados pelos mongóis em 1320 e terminaram por se inserir na guarda dos reinos católicos romanos da Lituânia e da Polônia e justamente por isso passaram a ser denominados apenas pela palavra em latim de Rutênia, porque o Papa preferia esta grafia. Ele a usava, por exemplo, quando proclamou um dos príncipes locais, Danilo, como o "Rei da Rutênia".
No idioma polaco estas regiões eram grafadas como, Ruś Halicko-Wołyńska ( Halych-Volínia); Ruś Halicka (Halych); Ruś Biała (Rutênia Branca, Rússia Branca ou Bielorrússia); Ruś Czarna (Rutênia Negra, parte da atual Bielorrússia); Ruś Podkarpacka (Rutênia Subcarpática); Ruś Czerwona (Rutênia Vermelha, pequena faixa da Polônia, na região da cidade de Przemyśl) e a parte ocidental da atual Ucrânia (ou seja a Galícia do Império Austro-Húngaro).
A Polônia monárquica denominada toda aquela região como Voivodia da Rutênia. Os bielorrussos, ou russos brancos sempre foram uma etnia a parte, quando ainda não tinham um Estado, eles se auto-intitulavam litvins, ou seja lituanos. Isto porque, viviam no Grã-Ducado da Lituânia e a palavra rutenos, portanto, não era sempre aplicados a eles.
Contudo, logo após a Segunda Guerra Mundial, os bielorrussos da região de Kresy, na Polônia, que se encontravam em acampamentos formados por refugiados das zonas ocidentais ocupadas da Alemanha pós-guerra, evitar confusão com o termo "russo" e a conseqüente repatriação para a União Soviética (que anexou a região de Kresy depois da guerra), os termos rutenos brancos, e crivianos foram largamente usados. O último desses termos deriva do nome de uma antiga tribo eslava oriental chamada de Krivichs, que foi usado pelos habitantes da Bielorrússia.
E chegamos finalmente ao tema que tem despertado polêmica, mais pelo desconhecimento do método de análise conjuntural da história, do que por posição contrária ao pensamento que norteia este blog, ou seja, o de dar a César o que é de César, mas principalmente, o de dar a Polônia o que é da Polônia, e o de dar aos polacos, o que é dos polacos. Pois da versão dos vencedores, dos usurpadores, dos invasores a literatura mundial já está cheia de inverdades... E o que é pior, confundindo e tornando mentiras em verdades.
No caso da atual Ucrânia é necessário repetir que esta palavra só passou a ser usada, com o fim da segunda guerra mundial e da decisão do georgiano Józef Stalin de manter uma República Socialista Soviética em terras polacas. Antes a única denominação que existia era Rutênia. Quando o Império Austro-húngaro criou fez a Galícia, em 1772, com terras que eram polacas, os Habsburgos quiseram distinguir o povo eslavo local dos polacos e dos russos que habitavam aquela região. A palavra usada pelos habitantes locais em seu idioma, Rusyny, soava como a palavra alemã para russos, Russen. Então, os austríacos adotaram a designação Ruthenen, ou seja, rutenos e continuaram a usá-la oficialmente até a queda do império por volta de 1918.
Mas então de onde vem estas palavras Ucrânia e ucraniano, ou ucraíno?
A resposta está mais uma vez na análise conjuntural da história e não na oficialidade contemporânea dos nomes. Desde 1840, os nacionalistas rutenos encorajaram às pessoas a substituírem o nome "Pequena Rus" pelo de Ukrayina. Que teria o sentido de “em nosso país”.
Entre 1880 e 1900, a campanha daqueles nacionalistas começou a ganhar mais adeptos e paulatinamente Ucrânia foi substituindo a quase milenar Rutênia entre aquele povo que embora eslavo não era polaco, não era eslovaco, não era russo, não era bielorrusso, não era cossaco. Com a reafirmação da república socialista soviética, no pós-guerra, muitos rutenos se recusaram a ter uma nova denominação, eles não aceitaram o termo ucraniano e/ou ucraíno para defini-los, preferiram manter-se fiéis ao antigo nome.
Assim, acabaram por se constituir numa minoria dentro no estado criado impulsionado por Stalin, aqueles que não emigraram para a Polônia, Estados Unidos e outros países ficaram restritos à região da atual Ucrânia Ocidental, ou seja, na fronteira com a Polônia e conseqüentemente nas terras que milenarmente sempre pertenceram a Polônia. Ainda no período entre guerras, os rutenos, ou “Rusyns”, habitaram preferencialmente a região ao Sul da cadeia de montanhas Cárpatos, no Reino da Hungria, denominada Rutênia Subcarpática (que abrangia as cidades de Mukacheve/Mukachovo/Munkács, Uzhhorod/Ungvár e Presov), povoadas pelos Cárpato-Rusyns, grupo de montanheses eslavos orientais. Nessa época, os rusyns da Galícia aceitaram quase que totalmente serem denominados ucranianos, de modos que os cárpato-rusyns foram os últimos eslavos orientais a manterem seu nome histórico. A Rutênia Subcarpática fez parte do reino da Hungria desde o final do século 11, onde ela era conhecida por Kárpátalja. Em 1918, foi incorporada à Tchecoslováquia, como uma entidade autônoma. Depois desse ano, os rusyns foram divididos basicamente em três orientações. A primeira, daqueles que pensavam que os rusyns faziam parte da nação russa; a segunda, daqueles que pensavam que os rusyns faziam parte da nação ucraniana; e, finalmente, daqueles que diziam que os cárpato-rusyns formavam uma nação separada e queriam desenvolver o idioma e a cultura rusyn.
Em 1939, o presidente da Rutênia Subcarpática, Avhustyn Voloshyn, defensor de uma maior aproximação com a Rússia, declarou sua independência como Cárpato-Ucrânia. Em 15 de março de 1939, as tropas do Exército regular húngaro cruzaram novamente a fronteira em direção à Tchecoslováquia, agora o Estado da Cárpato-Ucrânia. O regime de ocupação húngaro era contrário a essa aproximação. Em 1944, o Exército soviético ocupou a Rutênia Subcarpática e em
Embora a maioria da população da oblast Transcarpátia (Zakarpats'ka "Oblast" = "Província") da atual Ucrânia se denominem ucranianos, há ainda uma minoria, que insiste em tentar preservar o idioma e a cultura rutena (rusyn). Uma minoria rusyn também permaneceu depois da Segunda Guerra Mundial no nordeste da Tchecoslováquia (atual Eslováquia). As pessoas da região rapidamente se identificaram com a cultura eslovaca, porque o seu idioma é muito próximo ao da Eslováquia e porque se recusaram a ser chamados de ucranianos, como o governo comunista, depois de 1953, desejava que fossem. O termo rutenos (embora todos os ucranianos sejam rutenos) é atualmente usado apenas para designar a nacionalidade e o idioma de quatro grupos principais de rutenos ( rusyn) que vivem nos Cárpatos.
Após um período de independência, quando conseguiram formar um Estado ajudados pelos revolucionários bolcheviques, entre 1917 e 1921, foi criada a Ucrânia, em 1922, como uma das Repúblicas Soviéticas fundadoras da URSS. O território da República Socialista Soviética da Ucrânia foi ampliado na direção Oeste após a Segunda Guerra Mundial e, novamente, em 1954, com a transferência da Criméia. A Ucrânia ganhou sua independência após o colapso da União Soviética em 1991, tornando-se pela primeira vez na história do povo ruteno um Estado soberano, com o nome de Ucrânia e seu povo com o nome de ucranianos.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
A tragédia da Volínia
Foto: Piotr Kowalczyk
Está sendo comemorado, hoje, os 65 anos da tragédia ocorrida contra os polacos da Volínia e na Małopolska (Pequena Polônia) do Leste.
Em 11 de julho de 1943, um grupo de nacionalistas rutenos (hoje denominados ucranianos) assassinaram a maioria dos moradores daquelas regiões. Em algumas localizades, os enfurecidos rutenos dizimaram completamente a população polaca.
A Volínia, hoje no território da República da Ucrânia há mais de mil anos tinha sido terra polaca. Mas nos acordos pós-segunda guerra mundial, o poderoso da URSS, Stalin exigiu dos aliados ocidentais, que aquelas terras deveriam ficar sob seu controle, na República Socialista Soviética da Ucrânia, criada em 1922 por Lenin. Tanto o povo, como o novo Estado que nasceu sobre as terras polacas, há dezenas de séculos, eram denominados respectivamente como Rutenos e sua nação como Rutênia. De um poema do século 19 é que forjaram o nome da nova república: Ucrânia.
Aqueles guerrilheiros rutenos aproveitaram-se do enfraquecimento da Polônia, atacada de todos os fronts, por nazistas alemães e soviéticos russos para o ato mais sangrento nas relações históricas entre polacos e rutenos (ucranianos) e assassinaram cerca de 120 polacos, em sua maioria crianças, mulheres e idosos. Não encontraram reação, porque os soldados do exército polaco estavam se debatendo contra alemães e russos.
Para os organizadores deste dia da memória da tragédia, os atuais ucranianos não devem ser considerados culpados por aquela tragédia, pois inclusive muitos daqueles rutenos (ucranianos da época) ajudaram seus vizinhos polacos a se defenderem dos ataques perpetrados por aquele bando de guerrilheiros. Nesta defesa muitos acabaram morrendo também, assassinados que foram por seus próprios compatriotas.
A voivodia da Volínia foi uma unidade da divisão administrativa do período entre-guerras na Polônia, de 1921 a 1939, além do período da República das Duas Nações Polônia-Lituânia do século 14 a 1795. Sua capital foi Łuck enquanto ainda era a Volínia polaca. Hoje é Lutsk na atual Ucrânia.
Quando polaca, ela era constituída por 11 powiats (munícipios), 22 cidades e 103 distritos rurais (vilas). Em 1921, era habitada por 1.437.569 pessoas e sua densidade populacional era de 47,5 pessoas por km². Embora pouco mais da metade da população fosse de origem rutena, outro tanto era polaca católica, judia e cigana.
Precisamente, 10% eram polacos de origem judaica que viviam apenas nas cidades. Entre os camponeses também existiam algumas pessoas de origem saxônica (atual Alemanha). Os tchecos haviam chegado na região no século 19.
Havia evidentemente os católicos romanos e os ortodoxos do Rito Oriental, assim como haviam judeus e até tártaros de crença islâmica. Em 1939, a população chegou a 2.085.600 e a densidade a 58,4 pessoas por km².
Inicialmente, a área da voivodia era de 30 274 km² (até 1930).
Neste ano, o munícipio de Sarny da voivodia da Podláquia foi anexado à voivodia da Volínia. A área de Sarny era de 5.455 km² e devido a essa mudança, a região aumentou para 35.729 km² (tornando-a a segunda maior da Polônia).
A Volínia, localizava-se na parte sudeste da Polônia, na fronteira Leste com a União Soviética; a Oeste da voivodia de Lublin, a Norte com a voivodia da Podláquia e com as voivodias de Lwów e Tarnopol ao Sul.
A superfície de seu território era em grande parte plano com pequenas colinas. Ao Norte, havia uma faixa plana chamada de Voliana, que se estendia por cerca de 200 quilômetros a partir do rio Bug Ocidental até a fronteira com a União Soviética.
O Sul possuía mais colinas, principalmente no extremo Sudeste, próximo da cidade histórica de Krzemieniec, que está localizada nas montanhas Gologory. Os principais rios eram: o Rio Styr, o Rio Horyn, o Rio Slucz.
A capital Łuck tinha uma população de quase 35.600 habitantes (em 1931). Outras localidades importantes eram: Równe (em 1931 pop. 42.000 hab.), Koweł (pop. 29.100 hab.), Włodzimierz Wolyński (pop. 26.000 hab.), Krzemieniec (pop. 22.000 hab.), Dubno (pop. 15.3000 hab.), Ostróg (pop. 13.400 hab.) e Zdolbunów (pop. 10.200 hab.).
Destas localidades sairam muitos emigrantes que acabaram no Sul do Brasil e, portanto, muitos dos atuais brasileiros são descendentes de polacos e rutenos (atuais ucranianos) que viviam na Volínia polaca.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Polônia na parede
O jornal "Gazeta Wyborcza" divulga um avançado "Relatório sobre o capital intelectual Polaco", que será apresentado pelo primeiro-ministro no mercado financeiro de Varsóvia.
Os conselheiros de Tusk o pressionam para que implemente violentas reformas. “Com liberdade tudo irá ser feito, para que o funcionamento do Estado se racionalize. Deveriam todos ter isto na cabeça, que até o final do ano serão eliminadas as barreiras para os negócios.”, confessa Michał Boni, chefe dos conselheiros de Tusk.
Mas que não esperem por efeitos espetaculares, pois estes não poderão ser vistos tão claramente. Não existe lei que elimine os trastes legais., não há reforma financeira pública., reforma da administração, que descentralize o Estado e facilite a administração das grandes cidades, pois estas não virão ainda do governo. Elas deveriam ter chegado ao Congresso em meados de maio passado.
Os autores do relatório prevêem que se nos cinco próximos anos não for feita a reforma do sistema educacional, do ensino superior e da aposentadoria se perderá a chance de ver a Polônia se tornar um dos melhores países da Europa. Os conselheiros alarmam que se o governo não invistir no capital intelectual polaco, os especialistas do futuro não estarão preparados para as novidades da economia.
Atualmente os adolescentes polacos estão na traseira da Europa, no que diz respeito à educação primária. Apenas 41% das crianças vão à pré-escola. Na França, Espanha, Itália, Bélgica a pré-escola é obrigatória. Porque, segundo os consultores é justamente nesta faixa etária que 0 conhecimento intelectual e social se desenvolve. A pré-escola é a chance para as crianças de famílias pobres e excluídas. Esta, podem assim, receber um capital que nunca terão em suas casaa.
Outra área a ser investida é a da preparação e formação de professores, porque os resultados da firma de consultoria McKinsey, aponta que a chance para o desenvolvimento da criança,é mais importante que o aspecto financeiro e que professores na educação na pré-escolar é o fundamento mais importante a ser buscado.
“É muito bom que a Polônia possa apresentar seu primeiro relatório no tema capital intelectual”, reagiu o prof. Witold Orłowski, principal economista da agência de consultoria PricewaterhouseCoopers, ao saber do relatório.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Com um bom custo de vida, por que ir ao estrangeiro?
Na capital polaca, um empregado pode comprar mais com seu dinheiro do que em Paris e pouco menos do que em Londres. Com a cotação do zloty polaco cada vez mais em alta, tanto a libra britânica como o euro estão ficando relativamente baratos para um comprador poloco. Mas se é assim, por que muitos polacos ainda vão trabalhar no estrangeiro?
O argumento financeiro certamente é o menos importante, assim só resta imaginar que os polacos estão procurando uma oportunidade para aprender idiomas, ganhar experiência e novas habilidades novas e finalmente poderem voltar com uma experiência internacional. Pelo é isto o que entende, Jeremi Mordasewicz, especialista em mercado de trabalho.
Voltar aqui - Santor
Gdy los cię rzuci gdzieś w daleki świat,
gdy zgubisz szcęście swe i poznasz życia smak,
zatęsknisz do rodzinnych stron i wrócisz tu,
wrócisz gdzie twój dom.
Powrócisz tu, gdzie nadwiślański brzeg.
Powrócisz tu zza siedmiu gór i rzek.
Powrócisz tu gdzie płonie słońcem wrzos i głóg,
gzdie cienie brzóz, jak mazowieckich dróg.
Powrócisz tu, gdzie wierzby pośród pól.
Powrócisz tu, gdzie klucze białych chmur.
Powrócisz tu, by szukać swoich dróg i gwiazd,
by słuchać znów jak wiosną śpiewa las...
Powrócisz tu...
Pod niebem wielkich miast swój zgubisz ślad,
osiągniesz to co chcesz za rok, za parę lat,
lecz gdy zdobędziesz wszystko już -
z dalekich stron kiedyś wrócisz tu...
Tradução livre (Ulisses Iarochisnki):
Quando o destino te leva ao fim do mundo,
quando perdes tua alegria e reconheces o sabor da vida,
sentes saudade da parte da família e voltas aqui,
voltarás onde está tua casa.
Voltarás aqui, onde estão as margens do rio Vistula.
Voltarás aqui por trás das sete montanhas e rios.
Voltarás aqui onde o sol quente esquenta e arde,
onde as sombras da bétula são estradas da Mazovia.
Voltarás aqui, onde salgueiro fica sempre no meio.
Voltarás aqui, onde estão as chaves das nuvens brancas.
Voltarás aqui, a procurar tua estrada e tuas estrelas,
a escutar novamente como canta a floresta na primavera...
Voltarás aqui...
Debaixo do céu das grandes cidades onde perdes teu rumo,
alcançarás isto o que queres a cada ano, durante vários anos,
cuide quando já tiveres tudo -
na outra parte distante do mundo quando voltares uma vez aqui...
terça-feira, 8 de julho de 2008
Faszerowana kapusta
o repolho faz parte da culinária polaca, desde "priscas" eras. O repolho azedo então, nem se fale. Na Polônia, ele é produzido em imensos barris de madeira e não se chama chucrutes, não! Seu nome é kapusta kwaszona (pronuncia-se capusta kvachona). Um receita bastante apreciada é esta de repolho com almôndegas. Nesta receita, entretanto, o repolho utilizado é fresco.
Ingredientes
- 1,5 kg de folhas grandes de repolho
- Folhas de louro
- pitada de pimenta do reino (1 grama)
- pitada de sal (8 gramas)
- 650 gramas de pernil de porco
- 280 gramas de carne de vaca
- 25 gramas de banha
- 120 gramas de cebola
- 2 pães velhos
- 1 ovo
Modo de fazer
Depois do repolho estar bem limpo, colocá-lo em água fervendo. Das folhas da cabeça, recortar o talo. Molhar na água um dos pães e expremê-lo. Moer o pão com a carne acrescentando os temperos, o ovo com a cebola rapidamente frita. Jamais adicionar cebola crua. Misturar e colocar uma porção deste ingrediente na folha de repolho previamente preparada, enrolando-a nos dois lados de fora para dentro. colocar firme na panela com os demais temperos e água. Tapar a panela e cozinha. Sirva com molho de tomates.
Praia de sol na Polônia
Quem estiver pensando em curtir um verão polaco na Praia, pode optar pelas praias de Świnoujście, na Pomerânia polaca. este prédios são novissímos a cem metros de uma praia do Báltico, completamente virgem. Os apartamentos podem ser alugados via internet no site www.baltichome.pl Świnoujście fica quase na fronteira com a Alemanha, a cerca de duas horas de viagem de Berlim.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Maior festival do mundo
P.S. O festival é a resposta para a manifestação despropositada do rabino de Tel Aviv sobre o anti-semitismo polaco.