segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Os prêmios Nobel da Polônia

Alfred Nobel

Os prêmios Nobel talvez sejam as honrarias e reconhecimentos mais prestigiados do mundo. Instituído pelo químico e industrial sueco Alfred Nobel, inventor da dinamite, em seu testamento é concedido anualmente, desde 1901, pela Academia Real Sueca. No mesmo testamento, Nobel estabeleceu que a nacionalidade não seria levada em consideração para a atribuição do prêmio. Apesar disto, a conquista é estendida sim, à nacionalidade e à cidadania atual do premiado, sendo muitas vezes entendida como uma conquista do país, principalmente pelos Estados Unidos, já que muitos de seus premiados nasceram em outros países e originalmente possuem outras nacionalidades.
Cada premiado nas áreas de Física, Química, Literatura, Medicina e Paz recebem 10 milhões de coroas suecas (ao redor de um milhão de euros), uma medalha de ouro e um diploma. A Academia Real de Ciências da Suécia não escolhe sozinha os premiados. Esta distinção cabe, além dela, ao Karolinska Institut (Prêmio de Medicina) a uma comissão do parlamento norueguês (Prêmio da Paz).
O de Economia, criado em 1969, na verdade não existe, pois é uma premiação do Banco Central sueco e não da Fundação Nobel. Este prêmio, embora criado em memória de Nobel não pode ser considerado um Prêmio Nobel, pois não estava no testamento do inventor da dinamite.
Os prêmios são entregues pelo Rei da Suécia, em cerimônia, todo 10 de dezembro, em Estocolmo, enquanto, o Prêmio Nobel da Paz é entregue pelo Rei da Noruega, em Oslo, na mesma data.

Diploma do Prêmio Nobel da Paz concedido a Lech Wałęsa em 1983.

A Polônia até hoje já conquistou várias vezes o prêmio. A primeira vez coube a cientista nascida em Varsóvia, Maria Skolodowska, mais conhecida mundialmente pelo sobrenome do marido o também cientista Curie, como Madame Curie. Ela foi a primeira mulher a ser agraciada na história do Prêmio Nobel. E ela foi também a única a receber duas vezes a premiação. A primeira vez foi o Nobel de Física de 1903 pela descoberta do Rádio. A segunda vez foi o Nobel de Química, em 1911, pela descoberta do elemento químico Polônio, que ela deu o nome em homenagem a sua pátria, Polônia.


Maria Skolodowska Curie



Dois anos depois, em 1905, o Nobel de Literatura foi para o escritor da célebre novela “Quo Vadis”, popularizada no cinema por Hollywood em película, o que levou e ainda leva muita gente a pensar que o autor desta novela é latino, italiano ou estadunidense. O primeiro polaco a receber o Nobel de Literatura nasceu na pequena vila rural de Wola Okrzejska, na região Leste da Polônia, como Henryk Adam Aleksander Pius Sienkiewicz.


Henryk Sienkiewicz


Com a volta da Polônia no panorama nos Estados mundiais, em 1918, muitos comentavam que os três Nobel conquistados foram mais políticos do que meritórios, pois havia uma campanha mundial para que a grande nação polaca reconquistasse sua liberdade e voltasse a figurar no mapa mundial. Mas a verdade é que a força desta nação e de seu idioma voltaria a sensibilizar o colegiado norueguês que indica os premiados e assim em 1924, Władysław Reymont, nascido em Kobiele Wielki, com seu romance “Chłopi”, ou “Camponês” daria o segundo Nobel de literatura aos polacos pela segunda vez.


Władysław Reymont


Muitas décadas passariam, outra guerra mundial aniquilaria muito da Polônia, seguido de um período de fechamento ao exterior com o sistema comunista até que em 1980, o polaco nascido na cidade de Setejnial, quando esta ainda fazia parte do território polaco e não tinha sido dada ainda a Lituânia por Józef Stalin para ser a capital desta nação amiga, o agora cidadão Norte-americano e professor da Universidade de Berkeley na Califórnia Czesław Miłosz ser agraciado pelos seus poemas em idioma polaco com o Nobel de Literatura de 1980.



Czesław Miłosz



O comunismo opressor estava com seus dias contados já naquela década, e o eletricista dos estaleiros de Gdańsk, Lech Wałęsa seria homenageado mundialmente com o Nobel da Paz em 1983, por sua luta contra o comunismo soviético, sistema que cairia seis anos depois em toda a União Soviética. O líder do sindicato Solidariedade chegaria ao posto de primeiro Presidente da República, pós-comunismo.




Lech Wałęsa






Com a liberdade restabelecida mais uma vez nas terras polacas, seria a vez que uma segunda mulher receberia a premiação sueco-norueguesa, em 1996. A cracoviana Wisława Szymborska, daria o quarto Prêmio Nobel de Literatura para este idioma que não é nem o mais falado nem o mais difícil entre as gramáticas modernas, que é o idioma Polaco. Os poemas de Szymborska conquistaram o coração da academia sueca depois, muito depois, de serem reconhecidos em todo o mundo. Mas antes tarde do que nunca. Dos 8 prêmios Nobel da Polônia, três foram conquistados por duas mulheres.





Wisława Szymborska




Além destes 7 prêmios dadcos a polacos católicos, a Polônia possui outros tantos, dados principalmente a polacos de origem judaica que no momento da premiação possuíam cidadania estadunidense e outras. O exemplo, mais conhecido é o de Isaac Bashevis Singer, nascido em Leoncin, na Polônia e ganhador do Nobel de Literatura de 1978. Vivendo desde 1935, em território Norte-americano, ele está na galeria dos Estados Unidos e de Israel como ganhador deste prêmio sueco-norueguês. Também Miłosz está na galeria Norte-americana.





Isaac Singer

domingo, 14 de setembro de 2008

Animais em idioma polaco

Polaco - (pronúncia) - Português


Zwierzęta (sviejenta) - Animais
Gęś (guench) - Ganso
Lew (lév) - Leão
Kaszka (cachsca) - Pata
Kot (cót) - Gato
Koń (cónh) - Cavalo
Krowa (cróva) - Vaca
Kura (cúra) - Galinha
Mysz (mich) - Rato
Orzeł (ójéu) - Águia
Pies (piés) - Cachorro
Słoń (ssuohn) - Elefante
Świnia (schvinia) - Porco
Wróbel (vrúbel) - Pardal

sábado, 13 de setembro de 2008

É antipolaco o "Ano 1612"? Nonsens!

Foto: ITI CINEMA
O filme de Władimir Chotinienki derrubou os polacos há mais de um a o quando foi lançado em Moscou. Agora "Ano 1612" está desde ontem, sexta-feira, nas telas dos cinemas da Polônia e segundo a imprensa polaca é um filme desnecessário, pois cada fotograma transmite um sentimento antipolaco nunca visto antes na "sétima arte".
Os que já assistiram na estréia dizem que a "superprodução russa, com forte apoio do Kremlin, está mais próxima da fantasia do que da realidade histórica. A impressão que fica é a que se trata de um desfile de marionetes. O filme sugere que a posição anti-russa foi influenciada pelo Papa de Roma".

Ano 1612, produção: Rússia 2007, diretor: Władimir Chotinienko, estrelado por: Piotr Kisłow, Artur Smoljaninow, Michał Żebrowski, Wioletta Dawidowska, distribuidor: ITI Cinema.

Julgamento Jaruzelski repercute

Foto: Wojciech Grzędziński

O processo do general Wojciech Jaruzelski efetivamente é uma "nova inquisição", promovida por iniciativa dos irmãos Kaczyński - repercutiu o jornal italiano "Corriere della Sera" em sua edição de ontem. O jornal entrevistou Sergio Romano, ex- embaixador da Itália em Moscou. Para o diplomata o processo é um erro, "Jaruzelski impediu um movimento e teve a visão própria de que a repressão era o melhor para o seu país naquele momento difícil".

Segundo Romano, em 1981 a União Soviética ficou irritada com a movimentação dos trabalhadores polacos. A intenção dos russos era intervir na Polônia, como já havia feito na então Tchecoslovaquia e na Hungria. "O Solidarność, naturalmente, não tinha nenhuma simpatia pelo general. Mas 10 anos depois, quando a Polônia já era uma democracia, houve um reconhecimento de que o Jaruzelski havia se comportado com honra naqueles episódios." E Romano segue escrevendo que "sem vinganças e com respeito" a Polônia vinha seguindo até que aparecem os gêmeos Kaczyński que em seus estilos, forma de conduzir a política e falta de sentido cultural para analisar uma tragédia "promovem uma nova inquisição nos século 21 e instalam um estado de guerra doméstica, a qual o país já havia decidido dar por encerrada".
Alguns jornais polacos saíram as bancas hoje dando repercussão ao que escreveu a imprensa internacional sobre o julgamento do General que impôs a Lei Marcial em 13 de dezembro de 1981. Para alguns, ele foi o herói que impediu a invasão soviética, para outros ele retardou a democracia polaca em quase 10 anos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Começa julgamento de Jaruzelski

Os generais comunistas Jaruzelski e Kiszczak

Um tribunal em Varsóvia abriu processo contra o General Jaruzelski e dois outros por ter sido o responsável pela decretação da Lei Marcial na Polônia em 1981. O julgamento por ter imposto a lei marcial em 13 de dezembro de 1981 começou nesta manhã no Tribunal da capital polaca.  
Os principais acusados no processo são o antigo Primeiro-Secretário do Partido dos Trabalhadores Unidos Polacos(PZPR), General Wojciech Jaruzelski, o antigo Ministro do Interior Czesław Kiszczak e o antigo Primeiro-Secretário do PZPR, Stanisław Kania. Eles são acusados de estabelecer o Conselho Militar da Salvação Nacional (WRON) que agiu como um governo ditatorial na administração da República Popular da Polônia durante a Lei Marcial, considerada hoje como uma organização criminal.  
A primeira parte dos trabalhos do tribunal foi a leitura da acusação pela promotoria que representa o Instituto da Memória Nacional (IPN), estabelecido para investigar e documentar suas descobertas sobre crimes nazistas e comunistas cometidos na Polônia. 
O Tribunal decidiu começar a audiência apesar da ausência do General Kiszczak que não compareceu devido a sua saúde debilitada.
A juíza Ewa Jethon informou que Kiszczak apresentou um atestado médico da Universidade de Medicina e de um cardiologista que lhe concedeu licença antes do julgamento no tribunal.
De acordo com a defesa, os acusados não são culpados dos crimes alegados, tinham agido “por razões de alta gravidade, resultado da ameaça de invasão soviética” nos tempos turbulentos de greves do Sindicato Solidariedade pelo país.

Corpo humano em idioma polaco

Bíceps (bíceps) - Bíceps
Biodra (biodra) - Quadril
Broda (broda) - Queixo
Broda (broda) - Barba
Brzuch (bjurrhh) - Barriga
Brwi (Brvi) - Sombrancelha
Ciało (tchiauo) - Corpo
Czoło (tchouo) - Testa
Dłon (duon) - Palma da mão
Głowa (guova) - Cabeça
Jęzik (ienzik) - Língua
Łokieć (uokietss) - Cotovelo
Łydka (uidka) - Barriga da perna
Kark (cark) - Nuca
Kobieca (cobietssa) - Seios
Kobieta (cobieta) - Mulher
Kolano (colano) - Joelho
Kręgosłup (crengossuup) - Coluna vertebral
Krocze (crotche) - Virilha
Noga (noga) - Perna
Nos (nos) - Nariz
Pas (pás) - Cintura
Palce (paltsse) - Dedos
Palec (Paletss) - Dedo
Pazkonieć (pasconietss) - Unha
Pępek (penpek) - Umbigo
Piersi (pierchi) - Peito
Pięta (pienta) - Calcanhar
Policzek (polichek) - Bochecha
Plecy (pletssi) - Costas
Płuco (puutsso) - Pulmão
Pośladk (pochladk) - Nádega
Przedramie (pjedramie) - Ante-braço
Ramię (ramien) - Ombro
Ręka (renka) - Mão
Oko (oco) - Olho
Oczy (otchi) - Olhos
Serce (serce) - Coração
Stopa (stopa) - Pé
Szyja (chiia) - Pescoço
Tułów (tuuuf) - Tronco
Twarz (tvaj) - Rosto
Ucho (urro) - Orelha
Udo (udo) - Coxa
Usta (usta) - Boca
Uszy (uchi) - Orelhas
Warga (varga) - Lábio
Włosy (vuoci) - Cabelo
Ząb (zomb) - Dente

P.S.  A maioria das palavras em polaco são paroxítonas, ou seja, a síbala forte de pronúncia  é a penúltima... as proparoxítonas em sua maioria são palavras de origem latina como gramatyka. Assim a pronúncia do sobrenome do corredor de Fórmula 1 é: cuBItssa. E as vogais são sempre abertas, assim é: pálétss (dedo) e não pálêtss (no caso aqui a sílaba forte é pá). 

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Polônia adotará Euro em 3 anos


A manchete principal do jornal Rzeczpospolita desta quinta-feira, 11 de setembro de 2008 diz: "Premier: euro za trzy lata", ou seja, "Primeiro-ministro: euro daqui a três anos". Os economistas reagiram a declaração do chefe-de-governo afirmando que ela é tremendamente otimista.

Na outra manchete, a empresa polaca PKN Orlen encabeça a lista das 500 maiores empresas das Europas Central e do Leste.  O ranking contempla companhias de 18 países e entre as 500 maiores, 176 são polacas. A Orlen atua na distribuição de combustíveis e recentemente adquiriu o controle de uma refinaria de petróleo em Możejki.  Para Wojciech Heydel, presidente do grupo PKN Orlen, a liderança deve ser motivo de orgulho não só para a empresa, mas para toda a Polônia. Pois nos países vizinhos estão empresas vigorosas. 

Kuba ante o tribunal

Foto: TVN

Kuba Wojewódzki, apresentador do programa de entrevistas na TV, "Kuba Wojewódzki Show" vai responder a processo em tribunal por ter destruído automóvel de uma pessoa que o provocou numa rua de Varsóvia. O incidente ocorreu na Ulica (ulitssa - rua) Ludnej. Kuba Wojewódzki foi destratado de forma grosseira por um homem quando caminhava na rua. Em seguida, Kuba, não teve dúvidas em destruir o carro do provocador.  Segundo a própria "estrela" na televisão privada TVN, o promotor encarregado do caso vai livrar sua cara, sugerindo ao juiz uma pena alternativa, como ajuda social. Segundo a promotoria, a reação de Kuba, foi típica de integrante de grupos de "holligans", ou seja, destruição de patrimônio alheio para liberar instintos. o advogado Roman Giertych, diz que seu cliente não pode ser tratado como qualquer um, pois é uma estrela da televisão, que por seu estilo polêmico desperta emoções fortes, mas que nem por isto pode ser contido nas ruas por descontentes de forma agressiva.  A "reação de Kuba foi de alguém que foi agredido.  A próxima seção do tribunal será no dia 22 de setembro.
O polêmico jornalista que aterroriza seus entrevistados como uma mistura de Jô Soares e os piores "talk shows" Norte-americanos é também músico, percursionista, publicitário e cômico.  Nos anos 80 ele fez parte de um grupo "punk" que fez relativo sucesso no panorama musical polaco. Depois foi diretor musical do Festival de Rock de Jarocin - o mais baladado entre os jovens da Europa Central, algumas vezes comparado exageradamente com o mítico Woodstock americano.
Com seu estilo excêntrico logo estava apresentando programas para jovens da TV Polsat. Logo em seguida foi para a TVP 1 e TVP2. O sucesso na TV levou-o às telas do cinema. Desde o ano de 2000, ele já trabalhou em sete filmes. Amado e cortejado por uns, ele simplesmente é odiado por boa parte dos telespectadores polacos. Estes devem estar comemorando esta situação judicial pela qual está passando o polêmico apresentador de TV.

Cores em idioma polaco

Kolory - (pronúncia) - Cores

Amarantowy - (amarantóvi) - Roxo
Beżowy - (bejóvi) - Bege
Biały - (biáui) - Branco
Czarny - (tchárni) - Preto
Szary - (chári) - cinza
Siwy - (chívi) - grisalho
Czerwony (tchervóni) - Vermelho
Indygo - (índigo) - Azul anil
Niebieski - (niebiésqui) - Azul
Zielony - (jielóni) - Verde
Żółty - (júuti) - Amarelo
Złot - (zuót) - ouro
Śrebro - (Chrébro) - prata
Wioleta - (violeta) - violeta

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Estréia do filme russo "1612" na Polônia


Dez meses após o lançamento em Moscou, estréia nos cinemas da Polônia, "Ano 1612", o filme russo resposta ao Katyn de Wajda. Dirigido pelo russo Władimir Chotinienki, o filme mostra a crueldade dos exércitos polacos sobre a população russa no ano de 1612. O popular ator polaco de telenovelas, Michał Żebrowski é o astro da "carnificina polaca" produzida com apoio do próprio Kremlin. Nos últimos meses, alguns setores na Rússia chegaram ao cúmulo de negar a norte dos 40 mil soldados polacos, na localidade de Katyn, durante a segunda guerra mundial. Alguns disseram que mais uma alucinação polaca. Seja como for o pai do cineasta polaco Andrzej Wajda, um daqueles 40 mil oficiais polacos, não voltou para casa, depois daquela viagem para Moscou, interrompida nas florestas de Katyn.

Fim da linha para Beenhakker

Treinador Leo Beenhakker: Foto: Rzeczpospolita
O treinador holandês do selecionado polaco de futebol recebeu medalha do Presidente da República por classificar, em primeiro lugar, a Polônia nas eliminatórias da última Eurocopa 2008. Mas foi só isso, ou seja, deu uma classificação inédita para o país de Lato no campeonato europeu de futebol. Mas o que se viu no torneio foi lastimável. Dos três jogos, os polacos empataram um e perderam dois. O jogador mais comentado foi o cidadão de última hora o mediano brasileiro Roger Guerreiro.
Muitos esperaram que seria o fim da carreira do holandês na seleção polaca. Mas que nada, ele continuou impassível no cargo, ou melhor, continua não oferecendo nada para a melhoria da seleção nas eliminatórias da Copa do Mundo 2010, na África do Sul. Com um futebol, feio, pobre, sem criatividade, a Polônia empata até com a seleção amadora de San Marino. Leo Beenhakker ao ser criticado e cobrado pelos torcedores responde com ironia: "Não faltam arrogantes no país que afirmam que deveríamos vencer a tudo e a todos os pequenos países."
Mais adiante, quando perguntado se ele anda muito nervoso nas últimas semanas com a cobrança de todos, ele responde que da mesma forma que "Piechniczek, Wójcik, Engel, Boniek, Janas" ocuparam o cargo de selecionador por não mais que dois anos, ele também está sendo pressionado de forma injusta. Ele afirma que nos últimos 20 anos, o futebol polaco não evoluiu, período álias, que coincide com o capitalismo no país. Em outras palavras, para justificar a permanência no cargo onde não acrescentou nada até agora, o holandês de forma arrogante não insulta a memória e as queixas justas da torcida polaca.
Já está na hora da Federação Polaca de Futebol dar a vez a alguém realmente competente no comando da seleção e que definitivamente o futebol dos clubes polacos se profissionalize. Sai ano entra ano e a decepção nas Copas UEFA e dos Campeões é cada vez maior... Só dão vexame!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O monstro disse: tinha direito sobre ela

Na principal manchete do jornal Gazeta Wyborcza, o mostro da região dos bosques polacos: "Mówil: mam do niej prawo", ou, "Disse: tenho direito sobre ela."

A notícia que escandalizou a Polônia ontem, correu o mundo, chegando inclusive ao jornal Bom Dia Brasil da TV Globo. Um polaco de 45 anos de idade por mais de seis anos prendeu e violou a própria filha na pequena vila rural de Grodzisk próximo a cidade Siemiatycz na região dos grandes bosques do Nordeste da Polônia. A filha atualmente com 21 anos teve duas crianças como fruto do incesto paterno. As duas crianças foram dadas em adoção.

A jovem de nome Alicja conversou com o jornal Gazeta Wyborcza.

Alicja. Foto: Agnieszka Sadowska / AG

Alicja: - Isto começou, quando eu tinha 14 anos.

A mãe Teresa B.: - Alertei meu marido que isto não era correto, logo que nossa filha reclamou pela primeira vez. Ele dormia com ela, a tocava onde não se pode. E como eu quisesse com ele conversar, então meu marido falava: "Tenho direitos sobre ela! Era como se ela fosse uma coisa dele. Eu dizia e aquilo nunca mudava. Ele não se importava com a dor de ninguém. Depois me dei conta que ao redor das 21 a 22 horas ele ia para o quarto dela. Nada podia ouvir porque ele colocava música para tocar. Dizia que tinha direito de relaxar. Isto ocorria duas vezes na semana. Eu enquanto isto assistia televisão

Gazeta: - A senhora via que sua filha lutava contra?

Teresa B.: - Comecei a pensar que algo de errado estava realmente ocorrendo porque ele começou a presenteá-la com presentes caros. Não queria acreditar... queria que fossemos uma família para o bem de Janka (irmão de Alicja de 11 anos).

Alicja: - Quando um estranho apareceu e viu que eu estava grávida, ele disse: " Não sei, de onde isto é. Como tentatavam me ajudar eu dizia que o pai era desconhecido. Tanto o primeiro como o segundo bêbe foram deixados no hospital. Não quero falar sobre isto. Já foi.

Teresa B.: - Falou que como a luz nasce diariamente, perdermos estas vidas. Pensava que eramos bobas, que ninguém nos acreditaria. E a polícia da Polônia poderia fazer ainda pior. Bem agora ele tem este pior. Fomos na Polícia, porque...

Alicja: - Ultimamente trabalhou na Bélgica e me levou na marra para lá. Mas consegui fugir dia 11 de julho. Dormi na casa do meu namorado em outra cidade. Na noite de domingo para segunda-feira (uma semana atrás) fizemos lá um churrasco com minha mãe. Mas meu pai me buscou, observou em Krzaków. A noite fiquei numa casa de Siekiera Meu namorado dormiu na poltrona e eu na cama comecei então a vestir-me, pois estava de pijama. Então ele chegou com dois homens. Seu irmão esperou no carro atrás do bosque. Queria me levar para Rzewuszek na casa da vovó e lá prendeu-me. Mas fugi. Então com mamãe decidimos que era preciso ir a Polícia. Interessante como agora sinto, que ele está na prisão em Hajnówce. Sempre fugi dele, mas ele chegava e dizia para mim: "Eu estou na montanha. Que morra naqquele inferno".

Gazeta: Porque vocês nunca fugiram?

Teresa B.: - E para onde poderíamos ir. Minha família morreu, sou filha única. Aqui vive desde os dois anos de idade. Não conheço ninguém aqui. Parentes me abandonaram sim, uma vez desamparada por eles isto era para sempre.

Gazeta: Como ele a tratava?

Teresa B.: - Péssimo. As vezes dormia comigo algum tempo. Eu ficava no sótão. A filha ele tratava como esposa. Fiquei com cíumes, porque afinal fui jogada fora. Fiz de tudo para ser feliz. Quando mudamos para perto de Wrocław em Pasikurowice, ele foi muito bom para nós. Nunca dei conta que alguma coisa com ele estava errado. 21 anos moramos lá. O filho e a filha nasceram lá.

Gazeta: Bebia?

Teresa B.: - Não, apenas durante algum feriado. Todas as coisas fez para nós. Era um homem normal.

Krzysztof B. no momento em que era preso pela polícia. Foto: agencia AG