Os aliados de Washington na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desconheciam os planos dos EUA de atacar o Irã, afirmou o vice-ministro da Defesa polaco, Paweł Zalewski, nesta segunda-feira (23).
Os Estados Unidos atacaram três instalações nucleares iranianas em Natanz, Fordo e Isfahan na madrugada de domingo (22).
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse após o ataque que Teerã "deve agora concordar em encerrar esta guerra" ou enfrentar consequências muito mais graves.
"Os Estados Unidos fizeram isso em absoluto sigilo", disse Zalewski à rádio RMF FM quando questionado se a Polônia sabia das intenções de Washington.
Os ataques dos EUA receberam ampla condenação internacional.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, os descreveu como uma escalada perigosa e uma ameaça à paz global.
A Rússia denunciou veementemente os ataques, classificando-os como graves violações do direito internacional, da Carta da ONU e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, e instou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a responder com imparcialidade.
O Irã nega a dimensão militar de seu programa nuclear.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não viu evidências concretas de que o Irã tenha um programa ativo de armas nucleares, afirmou o diretor-geral Rafael Grossi na última quarta-feira (18).
Avaliações da inteligência norte-americana chegaram a uma conclusão semelhante de que o Irã não estava buscando ativamente armas nucleares, informou a CNN no dia 17 de junho, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
O ex-embaixador do Reino Unido no Uzbequistão, o ativista de direitos humanos Craig Murray, disse que o Irã foi "extraordinariamente responsável e paciente" nos últimos anos, apesar das ações de Israel.
Fonte: Agências de Notícias Internacionais
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