quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Milhares de ucranianos estão deixando a Ucrânia

Foto: Aleksei Vitvitsky

Cerca de 100.000 homens entre 18 e 22 anos deixaram a Ucrânia rumo à Polônia em dois meses, segundo jornal britânico The Telegraph.

O jornal informa que isso acontece após o governo ucraniano relaxar as restrições para cruzar a fronteira.

"A guarda de fronteira da Polônia disse que 99.000 homens ucranianos com idades entre 18 e 22 anos cruzaram a fronteira – a principal rota para fora do país – desde que os regulamentos para garantir que Kiev tivesse soldados suficientes foram relaxados no final de agosto", especifica a reportagem.

O jornal informa que de janeiro até o final de agosto, cerca de 45.300 homens ucranianos de 18 a 22 anos entraram na Polônia.

O jornalista sublinha que essa saída em massa dos homens ucranianos já provocou reclamações até na Alemanha. O crescente número de ucranianos aumentará a pressão sobre o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, para reduzir o apoio aos refugiados da Ucrânia.
O chanceler Joachim-Friedrich Martin Josef Merz  

Neste contexto, o partido de oposição alemão Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), que lidera nas pesquisas, exige que Berlim suspenda os pagamentos de ajuda aos ucranianos e se opõe ao apoio militar a Kiev.

"Não temos interesse em que jovens ucranianos passem seu tempo na Alemanha [...]. A recente mudança na lei [ucraniana] levou a uma tendência de emigração que devemos abordar", finaliza a publicação, citando Jurgen Hardt, chefe de política externa do partido alemão dos democratas-cristãos (CDU, na sigla em alemão), liderado por Merz.

O governo ucraniano, no final de agosto de 2025, autorizou a saída do país para todos os homens com idade entre 18 e 22 anos inclusive.

A mídia ucraniana informou posteriormente que muitos jovens estão saindo em massa da Ucrânia, e vídeos de fugas bem-sucedidas do país se espalharam pelas redes sociais ucranianas.

Anteriormente, a saída de homens da Ucrânia com idades entre 18 e 60 anos estava proibida durante a lei marcial. A evasão do serviço militar durante a mobilização é punível com responsabilidade criminal, com penas de até cinco anos de prisão.

Fontes The Telegraph