terça-feira, 28 de janeiro de 2025
27 JANEIRO 2025 - LIBERTAÇÃO DOS CAMPOS NAZISTAS
sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
ESTOU AQUI E RI CHOREI RI
Enquanto almoçava, assisti às indicações históricas de um filme brasileiro à mais consagrada premiação do mundo: o Oscar da Academia de Cinema de Hollywood. Pensei: “ainda não fui assistir. Tenho que ir!” Muito antes da realização deste filme do Salles, escrevi um poema com quase o mesmo título: “Ainda estou aqui”, de 2018, publicado no meu livro "SACI", no ano seguinte..
Sim! Fiz questão de colocar todas as pessoas envolvidas na realização deste fabuloso filme. A obra cinematográfica não é feita apenas pelos intérpretes protagonistas. É uma indústria cultural que emprega inúmeras profissões e, mais importante, gera uma renda significativamente maior do que a Bolsa de Valores e os bancos.
Começo a rir na cena em que, no aniversário de Veroca, o pai a convida para dançar ao som de um samba na voz de Juca Chaves, enquanto todos os jovens ali queriam ouvir Beatles. E então vem o primeiro choro, ainda contido, quando a personagem da brasileira – a polaca de origem judaica Valentina Herszage (o dígrafo "sz" é característico do idioma polaco) – se despede rumo a Londres.
Na cena em que Rubens Paiva troca de roupa, põe terno e gravata para sair (para nunca mais voltar), segundo os agentes para prestar depoimento, uma nova emoção. Dei-me conta que o sobrenome Paiva é de vários primos e primas do Sul de Minas Gerais. Uma das seis irmãs de meu avô materno de nome Edolgina, conhecida entre nós como tia Dorja, casou-se com um Paiva. Ela teve vários filhos e agora estão espalhados pelas cidades de São Sebastião da Bela Vista, São Gonçalo do Sapucaí, Careaçu, Pouso Alegre e Silvianópolis no sul de Minas. Tem ainda descendentes da Tia Dorja em Alagoas, Recife e em Nova Laranjeiras no Paraná. Coincidência ou parentesco com as filhas e filho do Rubens. Deu um nó na garganta ao pensar que os Paiva do filme são meus parentes.
A simplicidade do filme e a textura da imagem evocam memórias da época da ditadura militar, quando tudo era gravado em película – seja para o cinema, seja para a televisão, que utilizava fitas de vídeo. Ah, e os discos? Eram todos de vinil.
Mais um choro me escapou quando o agente da ditadura exibe uma capa de LP (long play) estampada com o rosto de Caetano Veloso, cabeludo e barbudo. E quando Veroca começa a gravar tudo com a inesquecível câmera Super8, outro choro veio, desta vez carregado de recordações. Ou talvez fosse uma conexão direta com meu primeiro filme, "Telefonada", um misto de documentário e animação que roteirizei e dirigi sob a supervisão de Hugo Mengarelli, para concorrer ao Festival Internacional de Cinema Super8 da Escola Técnica Federal do Paraná de 1977.
A essas alturas, eu já havia perdido a conta de quantas vezes a história mostrada na tela me levou às lágrimas – de emoção, de raiva, de recordações pessoais. Lembrei-me das manifestações estudantis e do dia em que fui salvo, de expulsão da escola pelo diretor-geral, Ivo Mezzadri, junto com outros dois amigos - Rene Gomes Scholz e Ronaldo Itiberê da Cunha - a acusação do vice-diretor de ensino era de que estávamos fazendo política partidária durante as eleições do diretório estudantil, ao distribuir, na saída do auditório, panfletos de uma chapa contrária àquela que havia feito proselitismo dentro do auditório.
É verdade que havia poucas pessoas assistindo ao filme, na sessão das 15 horas, a maioria delas sentadas nas poltronas ao meu redor. A mais próxima, sentada três poltronas à minha direita, era uma mulher que não parava de olhar mensagens no celular (mais uma coincidência). Não faço ideia do que ela estava fazendo ali com a companheira. Enquanto eu me desmanchava em lágrimas e soluços, ela agia como se estivesse na sala de casa, assistindo ao Jornal Nacional e conferindo mensagens na telinha do celular.
Não foi surpresa quando as duas decidiram sair antes do filme terminar. Elas se levantaram, passaram por mim e, num gesto de gentileza, levantei-me para facilitar a saída. Foram embora e não voltaram.
As semanas de Eunice naquelas salas de interrogatório, riscando a contagem dos dias na parede, trouxeram uma nova onda de lágrimas e soluços. E pensar que ainda há quem apoie a ditadura, defenda o fechamento do Supremo Tribunal Federal e tenha promovido a maior arruaça e quebradeira nos três palácios dos poderes republicanos no dia 8 de janeiro.
Em quase 100 anos de premiação, só duas atrizes estrangeiras que não atuavam em filmes de idioma inglês conquistaram o feito: Sophia Loren, pelo italiano Duas Mulheres (1960), e Marion Cotillard, pelo francês Piaf – Um Hino ao Amor (2007).
É o ano da terceira mulher estrangeira com certeza!
Prevejo nova onda de choro para o dia da premiação de melhor atriz, melhor filme estrangeiro e melhor filme de 2025. Será de frustração, dor, por aquilo que poderia ter sido e não foi. Ou será de alegria, emoção, orgulho patriótico. Aquele orgulho que respeita a bandeira nacional como um dos quatro símbolos da República Brasileira e não aquele que anda desfilando com ela na cintura, nos ombros, no biquíni, daquele que destrói um relógio que Dom João VI trouxe ao Rio de Janeiro em 1808.
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O relógio foi restaurado e colocado de novo em seu lugar |
Contido o choro, saí da sala já iluminada. A figura que me veio ao pensamento foi a do meu avô Honorato Pereira da Silva, que me contava histórias, sentado no alpendre de seu sítio no Imbauzinho, na Estrada de Telêmaco Borba para Ortigueira, no interior do Paraná.
Numa dessas histórias ele contou o porquê acabou migrando para o Paraná. João Moreira Salles, o patriarca nasceu em Cambuí, não muito distante da cidade natal de meu avô Honorato e de todos meus ancestrais. João desde cedo trabalhou na Casa Ideal, de secos e molhados. Depois de passar alguns anos em São Paulo voltou para casa por causa da morte do pai José Amâncio de Salles, a mãe é que era Moreira, Ana. Em 1911 casou-se com Lucrécia Vilhena de Alcântara – filha de Saturnino Vilhena de Alcântara, fazendeiro em Pouso Alegre.
Meu avô contou que João acabou ficando amigo do meu bisavô José Pereira da Silva, que havia se mudado em 1912 de São Sebastião da Bela Vista para Botelhos, onde era proprietário da Fazenda Conceição. Como João Moreira Salles abriu um Armazém e uma Casa Bancária em Botelhos os dois acabaram se conhecendo e estabelecendo uma amizade duradoura.
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Hélio, Lucrécia, Walter, o menino José Carlos, João Moreira Salles e Elza, em Poços de Caldas 1924. |
Amizade que teria começado quando João Moreira Salles, de Poços de Caldas, tornou-se sócio da Casa Bancária de Botelhos, cidade a 30 km de Poços.
Em 1940 aconteceu a fusão entre o Banco Machadense (de Machado, outra cidade vizinha, a Casa Bancária de Botelhos e a Casa Bancária Moreira Salles. Nascia assim, o Banco Moreira Salles, com João como principal acionista e presidente do Conselho de Administração. Banco que se tornaria Unibanco pela reunião destas casas bancárias.
Devido a essa amizade nascida antes, mas solidificada nos anos quarenta, meu avô Honorato, que naquela época morava em Casa Branca - SP e possuía a Fazenda do Piçarrão e um casarão na frente da Estação Ferroviária, recebeu convite para o novo empreendimento do Moreira Salles no Noroeste do Paraná.
Era 1949, com a instabilidade do preço do Café, Moreira Salles decidiu se aventurar em outros negócios do que somente Casa Bancária e compra e venda de café nas regiões do Sul de Minas e de Mococa - SP. Isso foi feito através da Companhia Exportadora e Importadora União. A colonizadora adquiriu cerca de 370 mil hectares nos municípios de Goio-Erê e Campo Mourão. A sede da empresa é hoje uma fazenda no município de Moreira Salles.
Meu avô Honorato ficou quase cinco meses gerenciando a Companhia no local. Sozinho, a esposa, os 9 filhos, 4 cunhados ficaram em Casa Branca. Ser empregado não era para ele. Já tinha se separado da família do seu pai Zeca por ser ele a administrar a Fazenda Conceição em Botelhos, enquanto os dois irmãos e seis irmãs só passeavam e se divertiam. Uma das irmãs, Edolgina voltou lá para São Sebastião e se casou com o antigo namorado de sobrenome Paiva, o Sebastião, com quem teve vários filhos.
Meu avô recebeu sua parte na futura herança em dinheiro e em seguida comprou a Fazenda Morro das Bicas, no município vizinho de Cabo Verde. Infelizmente Honorato foi acometido de uma doença. Os médicos não sabiam como tratar. Depois de 8 meses prostrado na cama, foram aparecendo curandeiros que a medida que faziam seus trabalhos, o estado de saúde foi melhorando. O último curandeiro - um preto velho - disse que não era doença, mas sim, um feitiço muito forte. Honorato iria levantar da cama e mudar de Estado. Mas por cinco gerações seus descendentes seriam pobres e ele perderia todas suas posses.
Recuperado vendeu a fazenda em Cabo Verde e se mudou para Caconde, no Estado de São Paulo, distante 30 km de Botelhos. Nesta cidade não encontrou nenhuma fazenda que lhe agradasse. Mais uma vez, por interferência e sugestão de João Moreira Salles, comprou a Fazenda Piçarrão, em Casa Branca.
Mas péssimas colheitas de café, doenças no gado, a situação em 1948 era grave. Eram 10 filhos, três cunhadas e um cunhado vivendo às suas custas.
Mas a estada na companhia de Moreira Salles serviu para Honorato tomar a decisão de vir para o Paraná. Encontrou uma grande fazenda em Santo Antônio da Platina, Norte Pioneiro do Paraná. Passados alguns meses trabalhando na fazenda começou a receber visitantes que diziam ter comprado a mesma fazenda.
O vendedor ainda não havia passado a escritura das terras para o nome do meu avô. O sétimo visitante apareceu com a escritura em mãos e exigiu que meu avô desocupasse a fazenda. Sem casa, sem fazenda e sem dinheiro que lhe pudesse e devesse ser devolvido, minha avó Maria, pode confirmar os presságios do terceiro curandeiro.
Sem rumos a serem seguidos, indeciso se voltava para Botelhos, se permanecia ali onde se encontrava há 3 anos. Soube da existência do grande empreendimento dos Irmãos Lafer-Klabin, na Fazenda Monte Alegre, no município de Tibagi. Colocou a mudança e a família no caminhão chevrolet que tinha importado dos Estados Unidos quando da venda das propriedades em Casa Branca e seguiu para a Harmonia, sede da Fábrica de Papel e Celulose Klabin.
Honorato virou funcionário da fábrica, assim como os tios, tias e minha mãe encontram emprego em alguma função na Klabin. Ah! Se Honorato não tivesse aceitado o convite de João Moreira Salles, minha mãe Eunice não teria conhecido o filho Cassemiro (Kazimierz em polaco) de um casal de imigrantes polacos Bolesław (motorista de caminhão da Klabin) e de Paulina (costureira que fazia os jalecos dos médicos e enfermeiras do hospital local) e eu e meu irmão Cícero não teríamos nascido e eu não estaria escrevendo este longo texto causado totalmente pela exibição do filme de um Salles sobre um Paiva. Ambos de origem mineira como a minha família materna e quem sabe parentes.
Não!
Definitivamente esta não é uma crítica cinematográfica sobre o filme "Ainda Estou Aqui", é mais um relato das histórias paralelas da minha família materna com a de Rubens Paiva, e de Moreira Salles que também tinham e tem suas origens no sul de Minas Gerais. Conexões e coincidências que muito, provavelmente, foram despertadas pela continua emoção, derramar de lágrimas e soluços durante a projeção do filme de Walter Moreira Salles.
Texto: Ulisses iarochinski
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Significados e tradução de sobrenomes polacos
Estes sobrenomes são comuns, existentes ao longo de vários séculos, alguns já extintos na Polônia, como por exemplo da minha avó paterna Paulina Hazelski (sobrenome de solteira).
Os dados foram retirados de coleções genealógicas privadas, de Addresssbuch Landkreis Oppeln (livro de endereços de Opole) 1926, das certidões de batismo da vila de Stare Siołkowice. Vila rural de onde saíram as famílias polacas que chegaram na Colônia Pilarzinho em Curitiba, em 30 de setembro de 1871.
Podemos classificá-los de acordo com diferentes tipologias, tais como:
Sobrenomes
ADAMIEC – derivado do nome Adam – Ter Adão.
BABAC – da baba – mulher, avó
BALDY – do nome germânico Baldwin - corajoso, ousado.
BARCIK – derivado do nome Bartłomiej, ou talvez do polaco antigo barczyć - rugir, berrar, então também um Bartolomeuzinho.
BARTOSEK – chamado Bartłomiej – diminutivo do diminutivo bartolomeuzinho.
BARTYLA – derivado do nome Bartłomiej – Bartolomeu, no diminutivo Bartolomeuzinho.
BASTEK – diminutivo Sebastião – Sebastiãozinho, Tiãozinho (1748)
BAUCZ – provavelmente a partir do bauen alemão – construtor de edifício
BIAŁAS – derivado de biel –homem com cabelos brancos.
BIALUCHA – de biały – diminutivo de branco, branquinho.
BIENIARA – derivado do nome Benedito.
BIELECKI – derivado de biel – diminutivo de branco, branquinho
BIENIEK – do nome Benedito – Diminutivo Beneditinho.
BIENIUSA – derivado do nome Benedito.
BISGIEL – de birzgieł – espécies de aves, em italiano o pássaro uccello.
BLACHA – de chapa metálica, chapa fina de metal (1537); von Blacha, nobre da Silésia.
BALCER – Baltazar
BONK – de bąk – moscardo (mosca grande)
BORONOWSKI – a partir do nome local Boronów (de Częstochowa, Brasão da cidade (1628) – boronosense.
BOROŚ – de Borosie – antigos habitantes da atual Floresta de Borów Stobrawski; homem da floresta (por D. Simonides); outras grafias: Borosch, Borosch (1743)
BRYKSY – do nome do Santo Brykcjusz, origem celta – do santo francês, o bispo Brykius
BRZEZICEK – derivado de Brzoza – diminutivo Vidoeirozinho.
BRZOZA – espécie de árvore chamada de Vidoeiro (também bétula)
BRZOZOWSKI – derivado de Brzoza – Vidoeirense, natural de Vidoeiro.
BUCHTA – de buchta – tipo de massa de fermento, um grande pedaço de pão (1507)
BULIK – de bula – caroço, tumor.
BURIAN – de bura – briga, homem de temperamento intempestuoso.
BURSY – de bursa – bolsa,
BZDOK – derivado de bździć – peidar, falar bobagem, balbuciar tonterias.
CEBULA – a planta vegetal Cebola.
CHRIST – derivado do nome Krzysztof - Casimiro
CYRYS – do nome Cyril – Cirilo, o padre grego que inventou o alfabeto cirílico.
CZECH –homem com origem na República Tcheca (1440)
CZOK – de czokać – acariciar, beijar.
DANISZ – de nome Daniel, está no diminutivo Danielzinho
DAWID – do nome David
DEHNO – a partir do alemão Dein, do nome próprio Dagenhart – Guerreiro forte
DENDERA – do antigo idioma polaco dunder – diabo.
DLUGI – um homem alto;
DOŚKA – derivado do nome próprio Dominik – Dominiquezinho, no diminutivo
DRAS – de drasować – drapejar, fazer dobras no vestido para ficar ondulado.
DRATWA – de drastwa - fio de sapateiro, linha de costura.
DREŚNAK – de drasować - drapejar – debulhar com um mangual; Dresnak do século XVIII
DUBIEL – de polaco antigo dubiel – tolo, espécies de peixes (1424)
DUDZIK – de duda – instrumento musical, péssimo músico, diminutivo
DZIUBA – Bicada (de bico).
FABISZ – derivado do nome Fabian - Fabianozinho
FAUTSCH – derivado do nome de Faustyn - Faustino
FIECH –– bovino
FIECEK – derivado do nome Wincenty - Vicentezinho
FILA – derivado do nome Felipe – diminutivo Felipizinho.
FILIP – Felipe
FRACH – derivado do nome Franciszek - Francisco (1748)
FRONIA – derivado do nome Franciszek - Francisquinhozinho
FUNFARA – de fanfarra
FUSSY – de polaco antigo – pedante
GABRIEL – de Gabriel
GACKA – de gac – bastão
GAJDA – aquele que crê em contos de fadas.
GALUS – do nome do cronista Gallus da Polônia
GALUSKA – do nome Gallus conhecido desde o século XII; o diminutivo Galuzinho
GAMROT - de gamrat – camarada.
GANDYRA – de ganso.
GBUR – de gbur – do camponês (1387)
GBURCZYK – derivado da palavra gbur – camponesinho.
GIEMZA – de giemza – da cabra, couro feito de cabra
GIEROK – derivado do nome Hieronim - Jeronimozinho
GIZA – de giża – perna traseira de porco, carvalho.
GLADKI – de liso, mesmo, arranjado.
GLASDER – de origem alemã: Glaeser – vidro
GŁOWANIA – da cabeça
GMERA – de gmerać – alavanca, aquele que está procurando, o tolo.
GOGOL – do antigo polaco gogoł – espécie de pato selvagem, (1427)
GOJOWCZIK – da goić – de curar, de tratar, no diminutivo.
GOLA – od golić – corte, barbear.
GOLENIA – de goleń – canela, osso da perna (1494)
GOLUSDA – de goły: diminutivo de desnudo, nuzinho
GONSIOR – de gąsior – gansos machos
GORDALA – derivado do nome de Gordan ou de Garda – orgulhoso
GREGULEC – derivado do nome Grzegorz - Gregoriozinho
GROMOTKA – bando – pequena concentração de pessoas
GRUCHAŁA – od gruchać – arrulhar, voz de pássaro
GRZONA – calor, aquecido
GRZONKA – calor, aquecido no diminutivo
HALAMA – de halama – um homem desajeitado; (1690)
HUDY – de chudy – alguém magro, magro
HUNTSCHA – do nome pessoal alemão Hunn – de Huno, diminutivo Hunozinho
HYLA – derivado de chylić się - inclinado
JAGNESCOK – derivado do nome Agnes, Agnieszka – de Inês
JAKUBEK – derivado do nome Jakub – diminutivo de Jacó – Jacózinho
JAMBOR – Derivado do nome próprio Ambrósio
JANKE – derivado do nome Jan – diminutivo de João – Joãozinho
JASIK – derivado do nome Jan – diminutivo de João – Joãozinho e também Jasiek
JELEN – Cervo
JENDRO – derivado do nome Andrzej – André.
JENDROSSEK – derivado do nome Andrzej – André, diminutivo Andrezinho
JENDRUSCH – derivado do nome Andrzej – André, diminutivo Andrezinho
JĘDZIEWSKI - derivado do nome Andrzej - Andresense
JOŃCZYK – derivado do nome Jan - Joãozinho
JONIEŃĆ – derivado do nome Jan - Joãozinho
KAŁUŻA – de poça – pequeno reservatório de água, poça d’água.
KAMLA – derivado de kamień – pedra (1743)
KAMPA – do acampamento alemão Kamp – pente, pente de tecelão
KANIA – da Kania – ave predatória do gênero falcão; (1399)
KANIUT – de Kania – ave predatória do gênero falcão; alguém pertencente a vila de Kaniów; Diminutivo.
KANSZCZYK – do nome pessoal alemão Kans; talvez do polaco kania – de muito com diminutivo muitinho
KASELLA – do nome Kasia – Catarinazinha (XVIII)
KASPRZIK – derivado do nome Kacper -
Gasparzinho.
KASZURA – derivado do diminutivo Kasia, Katarzyna – Catarinazinha.
KILIAN – derivado do nome celta Kilian - Chiliana em italiano
KIWUS – de Kiwać –cambaleado, dobrado
KLEINERT – de origem alemã Kleiner – diminuir, coisas pequenas
KLENK – parte da arado; de ajoelhar-se, ajoelhar-se
KLIMEK – de Klemens; diminutico de Clemente (1385)
KLIMIONT – derivado do nome Klemens, diminutivo de Clemente, Clementezinho.
KLIŚ – derivado do nome Klemens, diminutivo de Clemente, Clementezinho. (1572)
KNOSALA – perseguido, apressar.
KOBIENIA – do antigo idioma polaco – de mulher
KOCIOK –gato pequeno, gatinho
KOKOT – galo, galinha
KOŁODZIEJ – de kołodziej – rodas de carpinteiro, homem fabricante de rodas de madeira.
KOMOR – mosquito
KONDZIELA – od kądziel – roca, dispositivo de fiação. (Século 19)
KONIECZNY – od koniec – de fim - homem que vive no final da vila (Popiels XVIII)
KOPKA – de kopać – de escavar, homem associado à mineração; (1307)
KOROL – derivado do nome Karol - Carlos
KOSZYK – od koszyk, – Cesta
KOŚNY – de kosa, kosi - foice
KOZIOŁ – cabra, bode.
KRECIK – diminutivo do
nome de Kret; Outra grafia: Kretzik - verruguinha
KRET – verruga
KRETSCHMER – do palavra alemã Kretschmar – dono de estalagem, mascate
KUBIS – derivado do nome Jakub - do Jacó
KUC – de kaszleć – tosse, homem que tosse
KUCZERA – do antigo polaco kuczer - carroceiro, motorista
KUKA – de kukać, fazedor do ruído, ku ku
KULIG – de kulik – pássaro pernalta; (1370)
KUPCZYK – derivado de Kupić - de comprar – diminutivo compradorzinho
KUPIEC – derivado de Kupić - comprar, comerciante; (1382)
KUPILAS – derivado de Kupić - comprar, o homem que comprou a floresta.
KURDA – do polaco antigo Kord – uma espada curta, ou de Kordas – corda com a qual os monges se amarravam
KUPKA – de escavar, homem associado à mineração; (1399)
KURPIERZ – do idioma polaco antigo kurp – fazedor de tamancos de madeira da Tilia
KUTYMA – de kutać – para embrulhar, abraçar
KWOSEK – de kwas – ácido, azedo no diminutivo azedinho.
LAKSY – derivado do nome de Aleksy (século XIII) abreviação de Alexandre.
LAZIK – do łazić – andarilho.
LAZINKA – de wathe – move-se lentamente, campo cultivado na floresta foi excretado
LECYBYŁ – arreio de cavalo
LEDWOLORZ – de ledwo, ledwy – de mal, apenas, logo que – pessoa mau caráter
LESIK – do polaco antigo – bosque, floresta, no diminutivo bosquezinho.
LISOWSKI – de Lis – raposa, com wski agregado fica – raposense, de raposa.
LOCWI – de Łowczy - caçador
LUBDA – de Lubić – de gostar
LUDENIA – derivado do nome Ludwik - Luiz
LUKA – derivado do nome Łukasz - Lucas
LUKASCZYK – derivado do nome Łukasz – no diminutivo Luquinho
LYGA – do antigo idioma polaco ligać - ter medo, cavar, deitar-se
ŁYSOŃ – derivado de łysy – calvo, careca – sem pêlos
MACIEJ – derivado do nome Maciej, Matias.
MACIOSZEK – derivado do nome Maciej, filho de Maciej (1438) no diminutivo Matiazinho.
MAINKA – de maić, maj – nome do mês, maio no diminutivo maiozinho.
MAŁEK – diminutivo Mały de (1204) Pequenininho
MARSOLEK – derivado de Marszałek – na Idade Média, gerente da corte real, presidente do Senado. No diminutivo presidentinho do senado.
MARYNIK – derivado no nome pessoal Maryna (século XV) Marinazinha
MEHL – de Mehl de origem alemã – farinha
MILEK – derivado de miły - amável, gentil, no diminutivo amavelzinho
MIŚ—derivado de niedźwiedź – Urso
MŁYNEK – moinho, moedor, (1370) no diminutivo moinhozinho
MOCZKO – de Moc, Mocny – Forte, fortinho
MORCINEK – derivado do nome Marcin (século XIII), Martinho.
MOSIEK – derivado do nome Moisés, no diminutivo Moiseizinho
MRUCZEK – de mruk – um homem ingrato, de ronronar – fala pouco claro, (1408)
NALEWAJA – de derramado
NANIK – talvez do antigo idioma polaco nan – pai ou mãe no diminutivo paizinho
NIEDBALA – de nie dbać – Desleixado, não cuidadoso
NIEDWOLORZ – de nie + dowrak – não é um cortesão
NIEDWOROK – de nie + dworak – não cortesão (não é da corte, não é da nobreza)
NIEDŹWIEDŹ – Urso
NIESTROY–mal-vestido
NIKISZ – derivado do nome Nicolau ou Nicodemos.
NIMPSZ – do alemão medieval – Nome.
NIWA – papel, campo, (1629)
NOGOSEK – perna, pelo diminutivo perninha
NOWACZEK – de novo, “algo recém-chegado, filhinho de Nowak”
NOWAK – de novo – recém-chegado (1335)
OWCORZ – pastor de ovelhas.
PALUSSEK – de palić– dedo pequeno, filho de Palucha
PAMPUCH – derivado de pączek (sonho em português do Brasil), panqueca.
PAWOLEK – derivado do nome Paweł – Paulo
PIECHOTA – peregrino ou soldado da infantaria no exército (1385)
PIEGZA – de pieg, espécies de aves, (1317)
PIEKNY – de piękny – belo, agradável, bonito.
PIEKORZ – de fogão homem que faz fogão
PIENTOK – da parte de trás do pé.
PIERZINA – de penas.
PIETEREK – do nome Piotr, diminutivo de Pedro, pequenino Pedro (1514)
PIETREK – do nome Piotr (século XV), Pedrinho.
PIETRON – do nome Piotr, Pedro em português
PIETRZIK – do nome Piotr, Pedro
PODLEISKA – do nome de Podleski – um homem que vive próximo da floresta.
POGRZEBA - de enterrar - para enterrar, cair, ser enterrado, coveiro.
POLLOK – também Polak - homem nascido Polônia.
PRODLIK – corruptela do Prudlo– vendedor
PRODLO – da frente – vender, retirar dinheiro.
PROKOP – do nome Procópio.
PROKOT – do nome Prokop, de Prok – dispositivo para atirar pedras
PRZIBYLA – de chegada, recém-chegado.
PSIORZ – de cão, homem cuidando do cão.
PSYK – da psique – sibila.
PSYKALA – sibila, o homem que sibila
PURKOT – de peido - azedo, pescar, deixar ir, soltar os gases, do purkot – o fedor.
PYKA – de pykać – um pássaro tentilhão (chupim, pardal-castanheiro)
PYLA – de poeira – pó, poeira. Outra grafia: Pylla - ganso pequeno
REK – do antigo polaco rek – câncer, marisco.
RESEL – talvez do alemão medieval – forte
RODZIS – de família
ROSA – de orvalho – umidade da manhã
RUDEK – de vermelho – cor de cabelo, ruivinho
RYCHLIK – do polaco antigo – cedo, que vem logo, do rychle tcheco – rapidamente (1436)
SLENSOK – de Ślązak, residente da Silésia.
SCHLICHTING – do alemão medieval, sliht – em linha reta, lisa
SCHOLZ – grafia em polaco Szolc - chefe da vila
SDZUJ – do nome eslavo Zdziuj - espécie de peixe.
SIEKIERKA – de machado – pequeno machado.
SIWEK – de cinza – cor do cabelo, um homem com cabelos grisalhos (1415)
SKÓRA – de couro ou pele – rápido, disposto a fazer algo. Outra grafia: Skora (1370)
SKROBOCZ – de raspagem – arranhões, escrita feia, arranhar, de restos – patinação
SKROCH – de garupa – migalha
SKRZYPIEC – de guarda florestal –de violino – o som do rangido
SLUGA – da fechadura, caracol – vara, não convidado no casamento
SMOLKA – de alcatrão – subproduto da destilação a seco de madeira, de alcatrão – sujo
SMYK – do idioma polaco antigo Smyk – Cinza, Músico (1386)
SPRY – de sprys – apoio da árvore para a fortificação de paredes, para apoiar o barco.
SOBEK – do nome Sebastião
SOBIECH – de Sobek – Sebastião
SOBOTA – de sábado – dia da semana
SOJKA – de soja– pássaro da família dos corvos (1389)
SOLGA – de sal, salzinho
SOLORZ – de homem de comércio de sal
SONSALA – de origem no nome francês, alemã Sans - Sem preocupação
SOPA – de sopać – soluço
SOSNA – pinho
SOŚNIK – pinheirinho
SOWADA – de zawada – obstáculo
SPISLA – de spisać się - fazer o bem, alistado no exército
SPYRA – de
gmerać - busca, remexer
STAMPKA – um dispositivo para esmagar, abate ou uma armadilha de urso
STANIK – do diminutivo do nome
Stanisław, ou Stanek - Estanislauzinho
STELLMACH – de do alemão stelmach – artesão que faz peças de madeira para carrinhos
STENCEL – do nome alemão Stenzel, do nome Stanisław - Estanislau
STILLER – do alemão da idade média quieto – acalme-se
STOCHMIOT – de stochmal – pó de farinha no moinho
STONDZIK – de se estar em pé no diminutivo
SUCHLA – de suchnąć - seco, estéril (1405)
SUSA – de sus – salto em distância ou derivado do nome Zuzanna (Suzana)
SYGULLA – de sygać – arremessador
SYLLA – Sila
SYMA – do nome Simão
SYMALLA – do nome de Szymon, coloquialmente Syma, outra ortografia: Szyma’a
SYNOWSKI – de filho
SZEJCA – do Scheitz alemão, e isto do xeque lússiano – sapateiro, outra ortografia: Scheitza,
SZEMICZEK – do nome Szymon – Simão, diminutivo Simaozinho
SZMECHTA – acariciar
SZWAGIEREK – de cunhado, irmão da esposa ou marido (1705)
SZWEDA – do sueco – provavelmente um apelido dado às crianças nascidas após a inundação sueca (criança de trinta anos.
SZYMAINDA – do nome Szymon – de Simão
ŚMIEJA – rir, homem alegre
ŚWIEC – sapateiro
TOMA – do nome Tomasz - Tomás
TOMALA – do nome Tomasz – derivado de Tomás
TORKA – do abrunheiro, ameixa selavagem
TRETEL – marchando como um homem da cidade de Tirol do Sul (Áustria), do início do século XIX.
UNRUH – da Unruh alemã – ansiedade
URBAN – derivado do nome próprio Urbano
URBIK – Diminutivo de Urbano, Urbanozinho.
WAINDOK – diminutivo de vara, varinha
WAKAN – de wakować - ser livre, vagar.
WALA – derivado do nome Walentyn - Valentim
WALDYRA – do alemão wald – floresta, outra grafia: Waldera
WALECKO – do nome Walentyn – diminutivo Valentininho
WARKOCZ – trança – cabelo trançado, de tranças
WARZECHA – concha, colher de pau grande
WEBER – a partir da palavra alemã Weber – tecelão
WIECZOREK – de wiechór – diminutivo noitinha
WIENCH – guincho
WIERZGALA – de wierzgać – dar coice.
WITTEK – de witać – saudar, cumprimentando alguém na reunião.
WODARZ – de włodać – governar, exercer o poder, ser o dono de algo
WOJCIK – derivado do nome Wojciech – diminutivo de Adalberto, Adalbertozinho
WOJTASEK – derivado do nome Wojciech – diminutivo de Adalbertozinho
WOLIK – da wola – vontade, isenção do dever do proprietário da terra
WOŚ - derivado do nome Wojciech – máximo diminutivo de Adalberto. Outra grafia germanizada pelo invasor: Wosch
WOŻNY – Zelador.
WRÓBEL – nome do passarinho pardal
ZIEŃCZYK – de zięć – diminutivo de genro.
ZIMOLONG – de zimoląg (p’assaro martin-pescador) – homem que sente muito frio.
ZOSIK – diminutivo de Sofia - Sofiazinha
ZOŚKA – diminutivo de Sofia – Sofiazinha
ZOSIA - diminutivo de Sofia - Sofiazinha
Esta lista será gradualmente expandida com nomes menos populares. Todos os comentários e sugestões e sugestões devem ser enviados para o seguinte endereço: wisny.rattan@wp.pl