Foto: Natalia Kolesnikova AP
Ao que parece, lendo os jornais e colunistas polacos, a visita do primeiro-ministro Donald Tusk a Moscou não passou deste aperto de mão com Vladimir Putin. Nenhum dos grandes temas que envolvem as duas nações no momento teve avanços. Nas conversas entre polacos e russos e repercussões na imprensa dos dois países se falou muito pouco da base antimíssil Norte-americana em território polaco e tcheco, do gasoduto passando pela Polônia, das bases militares russas no mundo, da OTAN, e até mesmo do filme de Andrzej Wajda nominado ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2008 contando sobre o assassinato de 40 mil oficiais polacos em Katyń pelo exército russo durante a Segunda Guerra Mundial. De concreto mesmo apenas este aperto de mão. Pode ser o início de uma aproximação necessária não só para os dois países, mas para a União Européia e relações internacionais envolvendo os Estados Unidos. A imprensa brasileira que deu pouco destaque a este encontro está perdendo a oportunidade de entender o papel da Polônia, que já foi o campo de operações de duas guerras mundiais, da queda do mundo soviético e do Papa mais mediático da história. Sobram noticias sobre o Iraque, Miami e faltam sobre Lisboa, Luanda, Paris, Roma e Londres. Enquanto as reuniões de pauta forem inspiradas no New York Time e na revista Time pouco se perceberá sobre a importância da Polônia, Rússia e União Européia. Seria preconceito ou cegueira jornalística?
Um comentário:
O que você espera de um país que possue um política internacional vermelhinha a imprensa segue a mesma linha!!!!
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