Hotel Ikape, na antiga colina "Mortandade", atual Harmonia, Monte Alegre
Neste 19 de abril, a Klabin comemora 110 anos de Brasil. Nos sertões inóspidos do Paraná contruíram ao longo dos últimos 69 anos a maior fábrica de papel da América Latina. Ali, na Fazenda Monte Alegre do Tibagi, atual munícipio de Telêmaco Borba, o mundo se reuniu e de mãos dadas, judeus, católicos, protestantes, muçulmanos, ortodoxos, umbadistas, agnósticos de etnias tão diferentes como os polacos, lituanos, ucranianos, suecos, finlandeses, austríacos, alemães, russos, turcos, portugueses e os mineiros, paulistas, baianos, gaúchos, catarineses, paranaenses, africanos e índios tiveram no trabalho e na Harmonia a principal razão de suas existências.
Sócios fundadores de Klabin Irmãos & Companhia - 1911.
Como filho de uma colônia multinacional, descobri muito recentemente que a colônia polaca de Monte Alegre era muito maior do que muitas tradicionais do Sul do Brasil. Porque diferente de todas as outras, Monte Alegre foi criação dos irmãos lituanos-judeus Klabin e Lafer e não de iniciativas nacionais, estaduais ou municipais.
Portanto, também posso dizer que sou filho de uma colônia polaca brasileira e por isso aqui está a história dos Klabin, dos Lafer e da Monte Alegre do Tibagi.
Avenida Brasil, em Harmonia, na atualidade
Os irmãos lituanos
Maurice Freemann Klabin, quando jovem. Retrato de 1888, Londres
Cinco irmãos Klabin tinham vindo para São Paulo, procedentes da Lituânia (ainda União das Repúblicas Polônia e Lituânia, ocupada pela Rússia desde 1795) entre 1880 e 1885: Maurice, Salomon, Hessel, Ludwig e Nessel, filhos de Leon e Sara.
Estabeleceram-se na capital paulista, onde até 1889, atuaram no comércio com a firma M.F. Klabin e Irmão. O escritório ficava na Rua São João, nr. 23. Ainda nesse ano, em fevereiro, três irmãos Maurice, Salomon e Hessel e um cunhado Michal Lafer (casado com Nessel) constituíram em substituição à primeira firma, outra com o nome de “Klabin, Irmão e Cia”, a KIC, que era uma Sociedade Mercantil para exploração do mesmo ramo de negócios, ou seja, papéis, livros, objetos para escritório e outros artigos. O capital inicial era de 80 contos de réis, sendo que o sócio Maurice entrava com o dinheiro e os outros com mercadoria. Ao final do contrato social, redigido e assinado pelos quatro sócios estava escrito “a sociedade durará pelo tempo de três anos, a contar da data do presente contrato”. (Na foto pequena Bertha e Maurice F. Klabin)
A vista áerea de Harmonia, que o presidente Getúlio Vargas
viu da janela do avião em janeiro de 1944.
A KIC estava destinada a ultrapassar um século a mais do que os três anos previstos. Comercializando com papel, em 1906, os irmãos resolveram fabricar o próprio produto que vendiam. A KIC arrendou uma máquina de uma companhia que funcionava, desde 1890, em Itú, interior do Estado. Nas duas primeiras décadas do século 20, a expansão dos negócios do grupo Klabin ocorreu apenas no Estado de São Paulo.
Em 1909, no restaurante “Progredior”, na rua XV de Novembro, da capital paulista, os sócios se reuniram numa sala reservada para fundar a “Companhia Fabricadora de Papel”, que começou a funcionar em 1911 e cuja diretoria se constituiu por Maurice F. Klabin, Hessel Klabin, Salomon Klabin, Michal Lafer e José Zucci. Em 1923, o pioneiro Maurice faleceu e pouco mais tarde Michal Lafer. À frente dos negócios ficaram Salomon e Hessel.
Em 1932, a KIC expandiu-se para o Rio de Janeiro. Os irmãos Salomon e Hessel, acompanhados por Boris Abraanson, foram ao Rio de Janeiro de carro para se encontrar com Wolf Klabin. Este era, nessa época, gerente da filial da KIC no Rio de Janeiro. Wolf os levou para visitar um velha fábrica de louças de mesa e isoladores. Os Klabin resolviam assim entrar no ramo da cerâmica, comprando a “Manufatura Nacional de Porcelana", que em pouco tempo se transformou na maior produtora de azulejos da América Latina. Possuía três mil operários e fabricava 6,5 milhões de metros quadrados de azulejos por ano, tornando assim, o Brasil autossuficiente e independente das importações, basicamente da Alemanha.
Rua Beta na Harmonia dos anos 50
Nessa época dois nomes da nova geração, já nascidos no Brasil, passaram a opinar nos destinos do grupo e foram responsáveis pela diversificação da empresa. Eram eles, Wolf Klabin e Horácio Lafer.
Era então, interventor do Paraná, o sr. Manoel Ribas, que ofereceu à KIC umas terras nos sertões da região central do Paraná. Era uma fazenda existente desde 1727, quando José Felix da Silva recebeu em sesmaria nas margens do Rio Tibagi. Manoel Ribas, gaúcho e amigo de Getúlio Vargas tinha conhecido Wolf Klabin, no Rio Grande do Sul, numas das andanças do paulista pelo Brasil.
Aracy Rosa, esposa do escritor e cônsul Guimarães Rosa salvou centenas de judeus em Hamburgo, fornecendo vistos para emigrarem para o Brasil, fugindo do nazismo. Acima, telegrama enviado pelo cientista Albert Einstein, em 1949, pedindo apoio de Wolf Klabin para um emissário de Israel.
A fazenda do Brasil colonial
A fazenda Monte Alegre do Tibagi, tinha sido palco de algumas tragédias, como a do próprio José Felix, que se casando em 1781 com a jovem Onistarda, teve os dedos da mão esquerda decepadas e cortados três dedos da mão direita e para sempre ficou coxo de uma perna. José Félix tinha sido vítima de um atentado engendrado pela esposa, que o odiava terrivelmente. A mulher foi sentenciada como criminosa, em processo criminal que aconteceu na cidade de Castro. Em 1808, contudo, foi lavrada uma escritura de “perdão”, a pedido do marido.
Amargo e infeliz, o fazendeiro era, contudo, um homem ativo. Em Castro atuou como juiz ordinário, juiz de conselho, ajudante de milícias e capitão de ordenanças em Piraí e Furnas. Por volta de 1796, um amigo de José Félix foi visitá-lo na Fazenda Fortaleza, 17 km do povoado de Tibagi. Brígido Álvares recusou escolta do amigo fazendeiro para voltar a Castro. No dia seguinte, com uma flecha em cada olho, sua cabeça foi espetada num dos portões da Fazenda de José Félix. Em represália, o fazendeiro ordenou a seu capataz, Antonio Machado Ribeiro que fosse a busca dos índios caingangues, que sempre habitaram aquelas terras imemoriais. Uma carta do século 18, cita o ocorrido como a “Chacina do Tibagi”. A matança generalizada dos índios ocorreu nas margens do mesmo Rio Tibagi, uns 50 km mais ao Norte. Aquela colina ficaria conhecida nos séculos seguintes como "Mortandade”, até que a Sra. Luba Klabin mudasse o nome do local, em 1941. Ali foram construídos um hospital e um hotel, muito próximos de onde hoje se encontra a maior fabricante de papel da América Latina e uma das 7 maiores do mundo: a Klabin do Paraná. Desde então, a sede da Fazenda Monte Alegre do Tibagi, deixou de ser a Fazenda Velha de José Félix da Silva para se transformar na Harmonia.
Pois foi esta fazenda que os Irmãos Klabin compraram do Banco do Estado do Paraná, já que os herdeiros de José Félix da Silva ao se associaram com um francês para criar a empresa “Companhia Agrícola e Florestal e Estrada de Ferro Monte Alegre” perderam aquelas terras na falência da empresa. A massa falida foi a leilão em 1933 e foi assim que o Banco do Estado do Paraná a arrematou por 4 mil contos de réis.
Em 1934, a Klabin do Paraná comprou a Fazenda Monte Alegre do Tibagi por 7.500 contos de réis. A empresa dos herdeiros de José Félix tinham construído 42 km de estrada até o rocio da pequena Tibagi, uma ligação telefônica entre a Fazenda e Tibagi, um casarão de madeira e alguns galpões rústicos. Das novas gerações da família, Samuel Klabin foi o primeiro a visitar aqueles sertões. Samuel depois de freqüentar o Colégio Mackenzie e a Escola de Altenburg aperfeiçoou seus estudos na Finlândia e Alemanha. Regressou ao Brasil aos 22 anos para trabalhar com fabricação de papel e foi logo incumbido por seu pai Salomon de conhecer as terras do Paraná. Num Ford 1929 e acompanhado por Reinaldo Bronnert viajou até Curitiba e dali até Tibagi, passando por Ponta Grossa e Castro. Encontrou na pequena cidade, as tradicionais famílias dos Bittencourt, Mercer, Borba, Carneiro, Guimarães que viviam do garimpo do diamante nas corredeiras do rio turbulento e sinuoso dos Campos Gerais há décadas. Como a fazenda ainda ficasse a 50 km foram aconselhados a pernoitar na antiga cidade. Morava ainda na cidade, o geólogo da empresa falida, Reinhardt Maack, que mostrou naquela mesma noite, filmes sobre Monte Alegre. Garimpavam no rio naquela época cerca de 5 mil homens, a maioria contratados das tradicionais famílias locais e muitos aventureiros. Samuel tomou nota de tudo o que viu. Voltou a São Paulo e contou tudo para a família.
Klabin ministro
Wolf Klabin junto com o primo Horácio Lafer (ministro das relações exteriores de Juscelino Kubitschek) assinou no tabelionato de Américo Alves Guimarães, em Curitiba, a escritura de promessa de compra e venda da Fazenda Monte Alegre, adquirida do Banco do Estado do Paraná, em 29 de outubro de 1934. Eram 143.516 hectares de terras. Dias antes, num outro cartório, este em São Paulo, era registrada a fundação das “Indústrias Klabin do Paraná”. Constituída por nove sócios, Salomon Klabin, Hessel Klabin, Jacob Klabin Lafer, Wolf K. Klabin, Eva Cecília Klabin Rapaport, Ema Gordon Klabin, Mina Klabin e Abraão Jacob Lafer, a empresa foi registrada no 11º. Tabelião, na Junta Comercial e publicada no Diário Oficial de São Paulo, nr. 234, nas páginas 31 e 32. Wolf Klabin morreu em março de 1957 e teve seu nome perpetuado no Colégio Estadual Wolf Klabin de Telêmaco Borba. Os Horácios, Klabin e Lafer são nomes de avenida na mesma cidade (Na foto, o Horácio Lafer quando era ministro das relações exteriores). Horácio Lafer nasceu em São Paulo em 3 de maio de 1900 e morreu em Paris, em 29 de junho de 1965. Diplomata, político e empresário durante o governo Washington Luís foi o representante do Brasil na Liga das Nações e em 1934 foi eleito deputado federal. Em 1951, durante o último governo de Getúlio Vargas, foi ministro da Fazenda e já em 1959, no governo de Juscelino Kubitschek, foi ministro das Relações Exteriores. É tio de Celso Lafer. Ao lado de seus primos, os Klabin, foi diretor e co-fundador da Klabin Papel e Celulose.
A primeira diretoria foi composta por Salomon Klabin, presidente; Hessel Klabin, vice-presidente; e Jacob Klabin Lafer, secretário. O Conselho fiscal foi composto por Harry Levine, Lazar Kadischewitz, Abraão Jacob Lafer e os suplentes, Francisco Taranto, Augusto Rodrigues da Silva e Horácio Gordon.
Em 1937, aparece um novo nome na diretoria da Klabin do Paraná. Era o jovem Samuel Klabin, o mesmo que havia visitado Monte Alegre em 1933. Seu cargo: tesoureiro. Em 1940, ele parte para os Estados Unidos junto com o técnico Ernest Froelish. Foram encomendar projetos e comprar máquinas destinadas ao grande empreendimento daquele família chegada no Brasil no final do século 19, a Fábrica de Papel de Monte Alegre do Tibagi.
Em 1963, famílias inteiras foram desalojadas das áreas de reflorestamento
devido ao grande incêndio que quase destruiu por completo o empreendimento.
Em 9 de setembro de 1941, uma ata de assembleia da diretoria, relata dados do empreendimento nos sertões do Paraná. Com o capital inicial quadruplicado, a denominação da empresa passa a ser, “Indústrias Klabin do Paraná de Celulose S.A. – IKPC". Tem agora novos sócios e a nova diretoria passa a ser composta por: presidente, Salomon Klabin, 1º. Vice-presidente, Olavo Egídio de Souza Aranha, 2º vice-presidente, Hessel Klabin, 3º vice-presidente, Wolf Klabin, diretor-tesoureiro Jacob Klabin Lafer, diretor-secretário, Samuel Klabin.
Wolf Klabin e Getúlio Vargas, no aeroporto de Monte Aegre, em 1954
O nome na diretoria de origem portuguesa Olavo Egídio de Sousa Aranha era um campineiro político, advogado, fazendeiro e banqueiro. Formado na Faculdade de Direito do Recife, foi vereador em São Paulo, deputado estadual, deputado federal, Secretário de Fazenda do Estado de São Paulo e Secretário de Agricultura do Estado de São Paulo. Como banqueiro foi diretor do Banco de Crédito Hipotecário e Agrícola do Estado de São Paulo e membro da diretoria das Indústrias Klabin. O outro Souza Aranha, Osvaldo Euclides de Souza Aranha, embora não tivesse parentesco com o vice-presidente Olavo Egídio, foi muito ligado aos Klabin e Lafer, por suas relações no governo Getúlio Vargas. Osvaldo que ocupou vários ministérios nos quinze anos da era Vargas foi também ministro das relações exteriores do Brasil.
Getúlio Vargas em filme da época visita Monte Alegre do Tibagi
Na Conferência do Rio, em janeiro do 1942, presidida por Osvaldo Aranha, o Brasil, e todos os países americanos decidem por romper as relações com os países do Eixo menos Argentina e Chile, que o fariam posteriormente. A decisão foi uma vitórias das convicções pan-americanas de Aranha. Em 1944, Aranha se demite do cargo de chanceler, após ser enfraquecido dentro do governo e pelo fechamento da Sociedade dos Amigos da América, do qual era vice-presidente. Para muitos observadores da época, Aranha era o candidato natural nas eleições de 1945, mas a parca base política e a fidelidade a Vargas o impediram de disputar as eleições. Voltou a cena política em 1947, como chefe da delegação brasileira na recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU). Presidiu a II Assembléia Geral da ONU que votou pela partilha da Palestina, fato que rendeu a Aranha eternas gratidões dos judeus e sionistas por sua atuação. Devido a sua presidência naquele momento é que o Brasil todos os anos abre os trabalhos anuais da organização mundial, geralmente com uma palestra do presidente da República Federativa do Brasil.
Na Conferência do Rio, em janeiro do 1942, presidida por Osvaldo Aranha, o Brasil, e todos os países americanos decidem por romper as relações com os países do Eixo menos Argentina e Chile, que o fariam posteriormente. A decisão foi uma vitórias das convicções pan-americanas de Aranha. Em 1944, Aranha se demite do cargo de chanceler, após ser enfraquecido dentro do governo e pelo fechamento da Sociedade dos Amigos da América, do qual era vice-presidente. Para muitos observadores da época, Aranha era o candidato natural nas eleições de 1945, mas a parca base política e a fidelidade a Vargas o impediram de disputar as eleições. Voltou a cena política em 1947, como chefe da delegação brasileira na recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU). Presidiu a II Assembléia Geral da ONU que votou pela partilha da Palestina, fato que rendeu a Aranha eternas gratidões dos judeus e sionistas por sua atuação. Devido a sua presidência naquele momento é que o Brasil todos os anos abre os trabalhos anuais da organização mundial, geralmente com uma palestra do presidente da República Federativa do Brasil.
A fábrica nas margens do Tibagi
Panorama da Fábrica após a última ampliação
A fábrica, apesar da segunda guerra mundial começou a ser erguida nas margens do Rio Tibagi, na antiga colina chamada de Mortandade, mas logo em seguida, denominada Harmonia, pois aquele empreendimento de vulto não poderia estar assentado numa terra com um nome de triste memória.
Para que as obras não se detivessem, os Klabin contraíram empréstimo do Banco do Brasil. Em razão disto, o presidente Getúlio Vargas ordenou que a construção da fábrica e a criação da área de reflorestamento fosse administrada por um homem de sua confiança. Assim o engenheiro Luiz Augusto da Silva Viera, do Ministério da Agricultura e famoso no Serviço Público foi morar em Monte Alegre para supervisionar as obras na construção da Usina hidroelétrica de Mauá, na represa de água de Harmonia e a organização da vida comunitária.
A legião estrangeira
Veio gente de todo lugar. Dos municípios vizinhos aos técnicos fugidos da segunda guerra mundial. Reuniu-se naquele sertão pessoas tão diferentes e tão iguais como suíço J.B. Boesh, o engenheiro polaco Ignácio Sporn, o finlandês Irjo Virta, o português Artur Carvalho, o austríaco Karl Zappert, o alemão Albert Ehlert e o polaco Leon Sisla, o austríaco Francisco Riederer, os húngaros Geza Vayda e Bella Thuroniy, o sueco Leo Wikstroem, o finlandês Irjo Salo, o polaco Jan Borkoski, o turco Dara Sekban, o belga Cláudio Lobl, o iugoslavo Peter Lemr, o austríaco Alfred Leon, o polaco Franz Kraczberg (atualmente famoso mundialmente por suas esculturas de árvores retorcidas), as irmãs polacas Leokadja e Tocsia Zaremska, os alemães Johan Rodelheimer, Wilem Willer e Johnny Schwartz, o austríaco Max Staudacher, os tchecos Vladzyslav Rys, Overbeck, Jiri Aron, Stanislav Jesek, o ucraniano Wlodomir Galat, o russo Isaak Kissim e os engenheiros florestais polacos comandados por Zygmunt Wielicka como Stanislaw Kocinski, Maurice Golebiowski, Czuprowski, Sluzanowski, Sladkoski, Kaszkurewicz, Rodolf Kohout e Wiska.
A moderna Rodovia do Papel substituiu as antigas estradas de macadame da Fazenda
Um outro Klabin que marcaria seu nome para sempre naquelas terras foi Horácio Klabin, fundador do jornal "O Tibagi" e da Rádio Sociedade Monte Alegre. Entusiasta do esporte fez do CAMA uma das maiores equipes de futebol que o Paraná já viu jogar. Em sua origem o clube se chamava Klabin Esporte CLube. Com o desenvolvimento da indústria e com a proposta de divulgar o nome de Monte Alegre, foi então quem em 1° de maio de 1946, o CAMA surgia para no futuro obter uma das mais importantes conquistas de sua história. Mesmo já fundado, a equipe continuou utilizando o nome de Klabin EC por algum tempo.O grande Coritiba Futebol Clube da capital, viu sua sequência de títulos ser quebrada com o aparecimento daquela esquadra chamada de "pantera negra" na década de 50. E foram duas vezes, uma em 1955, com o título da primeira equipe do interior do Estado e em 1958, quando o Atlético Paranaense foi campeão com a maioria dos jogadores do CAMA de 55, além do técnico Motorzinho e do artilheiro Taíco. Horácio pessoalmente trouxe para o sertão paranaense jogadores do Corinthias, do Flamengo, como Bolivar, Pequeno, Taíco e outros.O estádio de Harmonia recebeu a denominação de “Estádio Dr. Horácio Klabin”, inaugurado em 10 de abril de 1949, numa partida entre o Clube Atlético Paranaense e o Corinthians Paulista, a partida encerrou empatada em 3 a 3. A campanha vitoriosa de 1955 com 28 partidas, teve o CAMA como vencedor em 18 jogos, tendo empatado 4 e sofrido 6 derrotas. O técnico Rui Santos, conhecido por “Motorzinho”, montou com a ajuda de Horácio Klabin “uma máquina de jogar futebol”.
Equipe do CAMA- Clube Atlético Monte Alegre de 1949
O CAMA foi o vencedor dos dois primeiros turnos e decidiu com o Clube Atlético Ferroviário, vencedor do terceiro turno, numa melhor de três. O primeiro duelo aconteceu no estádio Durival de Brito, em 08/04/1956, jogo que terminou em 2 a 2. O segundo confronto foi em casa, no dia 15/04/1956, onde o Pantera Negra suplantou o adversário inapelavelmente por 3 a 1. A terceira e decisiva partida aconteceu no dia 22/04/1956, no estádio Joaquim Américo, onde o CAMA venceu pelo placar de 1 a 0, gol de Nelson. Artilharia Pesada no ano da conquista - César Frízio e Ocimar anotaram cada um 15 gols; Taíco 14; Nelson 10; Nestor 7; Isaac e Torres 4; Aloísio 2 e Rubens, Juths e César Veiga, cada um, assinalou 1 gol. A equipe campeã, a primeira do interior do estado era formada pelos seguintes jogadores: Bolívar, Aurélio, Juths, Pequeno, Juninho, Augusto, Isaac, César veiga, Nestor, César Frízio, Taíco, Ocimar, Nelson, Orlando, Aloísio, Torres, Rubens, Osvaldo, Lúcio e Amaro.
Outro nome importante na história recente do Brasil está ligado a Monte Alegre. É ele Celso Lafer, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e ex-ministro das Relações Exteriores, em duas ocasiões, em 1992 e de 2001 a 2002, nos governos de Fernando Collor e no de Fernando Henrique Cardoso, além de embaixador do Brasil junto à OMC, embaixador do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU) de 1995 a 1998. Celso é filho de A. Jacob Lafer, que ainda estudante na década de 50 passava suas férias em Monte Alegre. Fazia pique-niques no Salto Aparado e na Praia da Lontra Mansa com a turma de jovens montealegrenses como Marianne Zappert, Maria Emilia Steiger, Zelma Tavares, Nucha Snutianoski, Wanda Tobich. Celso por esta época gostava de ler e discutia com seus amigos de Monte Alegre sobre literatura, política e filosofia. Nos meses de dezembro costuma se divertir na barragem do Harmonia Clube. Celso ora se hospedava na casa da diretoria (quando vinha com seus pais), ora na casa de João Teixeira de Mendonça. Celso foi o representante da quarta geração dos clãs que mais frequenta Monte Alegre. Esteve presente na inauguração da máquina seis.
Atualmente Celso Lafer é coordenador da área de Concentração de Direitos Humanos da Faculdade de Direito da USP, presidente do Conselho Deliberativo do Museu Lasar Segall e co-editor da revista Política Externa. Integra também o Conselho de Administração de Klabin e desde 2002 é membro da Corte Permanente de Arbitragem Internacional de Haia.
Atualmente Celso Lafer é coordenador da área de Concentração de Direitos Humanos da Faculdade de Direito da USP, presidente do Conselho Deliberativo do Museu Lasar Segall e co-editor da revista Política Externa. Integra também o Conselho de Administração de Klabin e desde 2002 é membro da Corte Permanente de Arbitragem Internacional de Haia.
Meu avô
Vista aérea atual com a cidade de Telêmaco Borba, o rio Tibagi e a Fábrica de Papel
O engenheiro polaco Zigmunt Wielicka, o "gralha azul"
plantou 100 milhões de pés de araucária (pinheiro do Paraná) em Monte Alegre
Junto aos estrangeiros, muitos outros também com sobrenomes difíceis de pronunciar e escrever vieram em busca do paraíso verde do trabalho, como os brasileiros descendentes de polacos, ucranianos, alemães, italianos como Swieski, Tobich, Styber, Massoquete, Jantas, Roda, Gotardelo, além dos sobrenomes portugueses de Péricles Pacheco da Silva, João de Paula Pinto, Dimas Cardoso, Benedito Dutra, Euclides Marcola, Paulo Rios Fernandes, Joaquim Batista Ribeiro, David Natel, Alexandre Kassab, Lourival Elias, Francisco Tito Quadrado, René Pucci, Teodoro Castro Ribas, Jorge Mesquita de Oliveira, Adolfo Taques, Nemézio Boska, Aldo Sani e tantos outros (e até o assassino do meu pai.. Nadal Banik, fugitivo que não foi julgado e nunca pagou por seu crime).
Meu avô, o polaco de Wojcieszków-Polônia, Boleslaw Jarosinski,
entre colegas e caminhões do setor de transportes,
quando da construção da fábrica em 1941
Também o meu bisavô polaco Piotr Jarosiński, de Dobre - Minsk Mazowiecki, meu avô polaco Bolesław Jarosiński, meu tio Frederico Blanc Mendes, meu avô mineiro Honorato Pereira da Silva e outros tios, tias e primas fizeram a história de Monte Alegre do Tibagi, infelizmente denominada Telêmaco Borba, quando de sua emancipação política, em 1963, da bicentenária Tibagi. O nome dado para o novo município foi uma imposição dos descendentes deste curitibano, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Tibagi, moradores de Tibagi e Curitiba, inclusive um ex-governador.
Telêmaco Augusto Morosines Borba, alguém que nada fez por Monte Alegre do Tibagi, por Harmonia, por Mandaçaia, por Barro Preto, por Mauá, por Lagoa, por Miranda, por Mirandinha, por Imbaú, por Mina de Carvão teve seu nome perpetuado numa criação que é toda dos Klabin e os estrangeiros e brasileiros de todos os rincões do mundo. Um dos descendentes de Telêmaco Borba, o historiador castrense Oney Barbosa Borba conta em seu livro "Telêmaco Mandava Matar", que o seu ancestral famoso teria sido o mandante do assassinato do então prefeito de Tibagi, Coronel Espírito Santo. Os verdadeiros assassinos seriam seu filho Euzébio Borba e o negro Jocelim. Na tentativa de encobrir o crime, muitas outras pessoas foram mortas, inclusive o neto do coronel de nome Aparício Borba que bebeu o café de uma xícara envenenada que estaria destinada ao escrivão José Rachael Pinto, um dos participantes do julgamento, que embora compadre de Telêmaco contava para todos que aquilo tudo tinha sido uma farsa para encobrir o mandante. Telêmaco que era então presidente da Câmara de vereadores com a morte do prefeito e seu adversário político assumiu a prefeitura e sem oponentes ganhou as eleições seguintes.
Mudar o nome do município?
Quando as famílias Klabin e Lafer comemoram 110 anos de fundação da empresa familiar nada mais justo seria que o município passasse finalmente a se chamar Monte Alegre do Tibagi, Monte Alegre do Paraná, Harmonia, Klabinlândia, Klabinburgo, ou outra qualquer denominação que faça jus a história do lugar, ou aos que transformaram um sertão numa das maiores indústrias de papel e maior parque de reflorestamento particular do mundo.
Entrada principal da cidade de Telêmaco Borba
Como filho nascido nos fundos da fábrica, no sopé da antiga colina Mortandade e atual Harmonia, quando ainda era município de Tibagi, nada me faria mais feliz do que o enterro definitivo de Telêmaco Borba na memória de infelizes idéias marcadas por imposições políticas de famílias tradicionais, que tudo fizeram para tornar dificil o desenvolvimento da região.
Como também, que a lei inconsequente dos vereadores do munícipio ao mudar o nome da praça Jiri Aron, na confluência das avenida Paraná e Samuel Klabin, para praça da Bíblia fosse revogada, não só porque é inconstitucional (lei Federal impede que se troque denominação de logradouros públicos que já possuam nomes de pessoas para outros quaisquer), mas porque fere a memória do judeu Aron, que durante a década de 1955 a 1966 foi responsável pelo período de maior redimento econômico da IKPC, desde sua fundação.
* texto extraído em parte do livro "Monte Alegre cidade-papel" da jornalista Hellê Velloso Fernandes, publicado em 1974, em Curitiba. Fotos antigas cedidas por Lúcia Swieski, álbum de família Iarochinski e acervo iconográfico "pioneiros" da USP.
23 comentários:
olá,
Li se blog e percebi que o Sr. exalta bastante a Klabin. Li tambem que sua familia foi funcionario da empresa e li sobre o cel Espirito Santo, meu familiar. O sr sabe a verdade sobre sua familia? Eu sei sobre a minha e sei que a Fazenda Monte Alegre foi como posso dizer, tomada emprestada para uso da celuloso. O sr sabia que os verdadeiros donos da Harmonia, tiveram suas familias mortas até agora e que os nossos pinheiras antes de ser deles foram queimados, dizimados? Para que eles pudessem entrar? Oh Nobre Sr, a historia verdade é tao diferente...sabia?
Uma abraço
Carina
Minha cara Carina
Primeiro quero dizer que não é redundância. Seu nome em italino vem de cara, carinhosa, IMPORTANTE.
Sobre minha família eu sei tudo. Inclusive descobri minhas origens aqui na Polônia. Nossa árvore genealógica que estou construindo com um primo polaco começa em 1701 e já conta com mais de 1700 parentes em cinco continentes.
Em relação a Klabin, não vejo porque que não exaltar.
Só não entendi: você está acusando a Klabin de tomar a Fazenda? Está afirmando que é mentira que ela comprou a Fazenda do Banco do Estado do Paraná? Está acusando a klabin de ter assassinado as famílias que eram posseiras da fazenda (sim porque sesmaria signficava receber do rei para uso e não propriedade ou compra? Você está acusando a Klabin de devastar os pinheiros da Fazenda? Você está acusando a Klabin de queimar os pinheiros da Fazenda? Se tudo o que dizes é história verdade, nobre senhora por favor, apresente-me que terei imenso prazer em publicar em meu blog. Só não posso aceitar que me incluia no rol de tuas acusações. No aguardo de suas provas e histórias, inclusive do coronel Espírito Santo teu ancestral. Gostaria muito de saber mais a respeito dele. E será que voc~e também teria histórias da minha família polaca para contar que eu não sei? atenciosamente e a teu dispor, nobre senhora, Ulisses Iarochinski
Caro Ulisses,
Parabéns pela iniciativa. Independentemente de tudo, os irmãos Klabin foram pioneiros. Eu mesmo coloquei a história do Maurício Klabin no meu novo livro intitulado MANUAL DO EMPREENDEDOR, recém-editado pela Atlas aqui no Brasil, o qual, para mim, foi o mais empreendedor de todos, pois atravessou o Atlântico em busca do sonho. Como diz o amigo, pena que o nome da cidade seja Telêmaco Borba. Os irmãos Klabin, como todos os empreendedores de bem, aproveitaram uma oportunidade. Faltou um personagem muito ativo nessa empreitada, o Sr. Pedro Gonetecki, que trabalhou 44 anos na Klabin e se aposentou em Lagoa, o qual foi também o meu primeiro chefe quando eu ainda tinha 15 anos e entrei na Klabin.
Sou da turma do Colégio Manoel Ribas, amigo da Rita Domansky, Paulo Madalena, Francisco Quadrado e outros amigos ilustres. Um grande abraço e parabéns pelo seu trabalho.
Jeronimo Mendes (Lagoa)
Curitiba - PR
Prezado Senhor Ulysses:
Como descendente do Coronel Telemaco Morosine Borba, gostaria de exercer o contraditório, pedindo-lhe que leia O indomável Republicano, do recém falecido escritor paranaense Tulio Vargas - aliás, também descendente de Telêmaco Borba. Telemaco Borba foi um homem público que se destacou pelos serviços prestados ao Paraná, cuja memória deve ser honrada e respeitada.Não há evidências que comprovem as afirmações de Oney Barbos Borba mas na biblioteca da Assembléia Estadual o senhor poderá conhecer os discursos e posições defendidas pelo Deputado Telëmaco Borba.
Penso que buscar suas origens, conhecer seus ancestrais e saber a história que nos causou é um trabalho que possibilita nos apropriarmos de nossa própria história. Mas isso não pode ser feito atacando, de forma leviana, a memória de outros. Para mudar o nome de um município no Brasil, basta haver uma consulta à população, um instrumento da democracia.
Atenciosamente,
Marai Cristina Carneiro Roorda
Caríssima Marai
Inicialmente meus agredecimentos pelo acesso e mais pelo seu contraditório.
Sim, conheço, tenho e li, não só o "Indomável Republicano" e outros como "A última viagem do Barão do Serro Azul.
Odilon Túlio Vargas, filho do deputado Rivadavia Vargas e de Dalila Rolim Vargas, era bisneto de Têlemaco Borba. Foi também deputado federal, deputado estadual, secretário de estado da justiça e presidente da Academia Paranaense de Letras.
Como pode ver, cara Marai, uma pessoa altamente comprometida com a memória de Telêmaco Borba. Seus livros são uma louvação a figura do bisavô. E tal qual o outro descendente Oney Barbosa Borba pode ser também considerado "leviano" em sua exaltação. Como diria a vizinha, em briga de parente não nos metemos. Mas aqui no caso, entrar na questão significa mostrar os dois lados de uma mesma moeda, ou seja Telêmaco Borba. Se a A Assembleia Legislativa guarda os pronunciamentos de Telêmaco Borba, além de um livro dele sobre os índios do Paraná, o que o elevou à denominação de "indigenista. Mas também guarda pronunciamentos de muitos políticos corruptos que se elegeram neste Estado.
Antes de qualquer intenção ou julgamento, de que peque por exaltação ou leviandade, duas característivas que não fazem parte do exposto em meu blog, reafirmo que Telêmaco Borba nada fez por Monte Alegre, nem pelo empreedimento da Klabin, visto que viveu muito antes disto. Para seu conhecimento, as injunções políticas, que a senhora sabem muito bem existir, pois leva o sobrenome de um ex-governador de Estado que barrou a denominação de Klabin para o novo munícipio, houve na "Cidade Nova" uma tentativa na Câmara Municipal em 1967 de realizar um plebiscito entre a população para que o nome fosse "Monte Alegre do Paraná", mas foi abortada pelos políticos ligados à memória de Telêmaco Borba, assim o plebiscito não foi realizado. Curioso que a senhora cobre tal consulta popular, que aliás não foi feita antes da criação do munícípio. Aliás a idéia do munícipio é de 1960, mas o governador Guataçara Borba Carneiro impediu a criação. Somente quando ele não mais exercia o cargo é que o munícipio foi criado e assim mesmo com a imposição de Tulio Vargas e da esposa do ex=governador Moises Lupion de que o munícipio só podia ser criado se tivesse o nome de Telêmaco Borba.
Uma pergunta: Porque não mudaram o nome de Tibagi para Telêmaco Borba? Seria mais apropriado não, já que ele foi prefeito de Tibagi e não de Monte Alegre. Ali quem mandou foi José Felix da Silva.
Seria muito bom que pudesse ser esclarecido ao povo do atual munícipio toda a verdade da história e aí sim, ser convocado um plebiscito para mudança ou não....Eu voto por Monte Alegre do Tibagi...por que como a senhora eu sou Tibagiano, quando nasci Harmonia e Monte Alegre faziam parte do munícipio de Tibagi e não de Telêmaco Borba.
E só mais uma curiosidade: o filho do legendário Ulisses da epopéia do grego Homero era Telêmaco. Engraçado não? Ulisses pai de Telêmaco e não filho de Telêmaco...
Ulisses Iarochinski
Caro Ulisses,
Embora não seja oriundo da terra (nasci em Ponta Grossa), fui para Lagoa aos 9 meses de idade e lá me criei correndo pelas florestas de pinus e eucalipto, portanto, me considero um legítmo cidadão montealegrense. O Sr. Pedro Gonetecki, que trabalhou na Klabin por 44 anos (só tinha menos tempo que o Sr. João Tirano) lamentava sempre o fato de os políticos terem interferido em nome de outro político e não em nome de Telêmaco Borba. Pena que não estejamos mais lá para iniciar um levante e uma nova consulta popular. Assim, poderíamos ter de volta o nome MONTE ALEGRE, o qual nunca deveria ter sido mudado. Tenho a esperança de que algum dia alguém tenha o bom-senso de voltar às origens para associar o nome da cidade a algo que valha a pena a gente expressar de boca cheia, como diz o ditato.
Jeronimo
Concerteza sr. o nome Telêmaco Borba não foi escolhido a toa, como descendente direta do cel. defendo com unhas e dentes a memória do mesmo, e sinto muito se não foi alguém da sua família o homenageado com o nome da cidade.
MARIA PAULA BORBA
oi jarosinski tudo bem? apesar de ser jovem meus pais nasceram e cresceram em telemaco e achei muito bonita a homenagem a historia da cidade meu paí é da familia stadler e minha mãe da familia reis. tem familia ainda em telemaco meu tio é davi machado membro da igreja congregação cristã no brasil...gostaria de saber mais sobre a historia meu e-mail e thais.stadler@hotmail.com.
Olá sr. Ulisses, estou usando seu blog para uma pesquisa, li e achei muito interessante, meu nome Brügge, herdei de meu avô que trabalhou na klabin logo no inicio e meu pai tb trabalhou nela.Quanto ao nome da cidade acho o nome feio. Já tive aportunidade de folhear o livro "Telemaco manda matar", vou le-lo com muita atenção, pois fiquei muito curiosa. O nome da cidade deveria ter ficado Monte Alegre.Um abraço.
Obrigado amigo por proporcionar um pouco da história dessa cidade tão maravilhosa que tive o prazer e a sorte de viver a minha infância e pedaços de minha juventude. Me sinto no dever de proferir algumas palavras com relação ao pouco que conheço deste lugar, nasci em São Jerônimo da Serra, morei em Ibaiti, Figueira, Cambuí e em 1964 fui morar em Monte Alegre, (Sim esse era o nome que todos conheciam), fui muito feliz por todos os anos que morei neste lugar, tenho muitas saudades, estudei no "Grupo Escolar Leopoldo Mercer", Admissão no sindicato, "Colégio Estadual Wolff Klabin" , SENAI.
Trabalhei na Klabin do Paraná por Duas vezes, sendo uma no Setor 7 Manutenção mecânica, e a outra vez na maquina 6. Sinto muitas saudades desse tempo, que foram momentos memoráveis em minha vida. Aos meus amigos desse tempo se tiverem o oportunidade de lerem essas palavras, recebam o meu abraço.
Amigo, muito obrigado por me trazer a lembrança e me fazer voltar ao passado de uma forma tão intensa.
Quanto ao nome, "Eu acho que MONTE ALEGRE", é muito bonito, eu gosto.
Ah, só uma curiosidade.:
Dizem que Harmonia tem uma história triste, como o seu Blog relata fatos sobre a Klabin, gostaria de ler a história de Harmonia.
Um grande abraço e muito obrigado.
Caro Sr. Iaroshinki,
Estou editando um guia Ache Fácil e uma Revista para Telêmaco Borba, e gostaria de publicar tudo que tem aqui no seu blog, inclusive as fotos. Posso mencionar seu blog, nome, fonte, e tudo que for necessário, conforme suas exigências.
Confesso que fiquei emocionada quando vi essas fotos antigas e histórias de Harmonia, quando ainda não conhecia nada do que o senhor escreveu. Peço autorização ao Senhor para tal publicação. Se assim me autorizar, enviarei no seu endereço (após me informar) alguns exemplares do meu trabalho.
Um grande abraço e parabéns pelo seu blog.
(e-mail: globalstardobrasil@gmail.com)
Ana Lucia Diniz
Gostei muito de ler essa história que tive o prazer de fazer parte da continuidade da mesma, pois trabalhei na Klabin do Paraná desde 1966 até 1996 e depois, ainda trabalhei até 2005 como funcionário de empreiteiras. Também participo da idéia de que o nome da cidade deveria continuar sendo Monte Alegre, Abraços.
Oi
Meu genro encontrou esse blog e mandou-me o link; já o conhecia devido a um convite com direito a jogo de basquete com o Vidal...
Infelizmente, naquela oportunidade estava muito ocupada e depois esqueci-me.
Achei ótimo ser lembrada dessa oportunidade de entrar em contato com as histórias antigas e novas, assim como apreciei muito as fotos.
Também li o livro da d.Hellê.
Parabéns!
Depois postarei alguma coisa a respeito ao que sei da Cidade Nova.
Um abraço
ilona
Adorei saber um pouco mais da historia do meu municipio, e não
se incomode aparecerá muitas pessoas para receber o créditos,
Parabens sr. pela iniciativa.
Abços
Foi com muita saudade que li tudo que consta! Pois me criei nesta terra, nos viemos para Monte Alegre em l950, eu tinha um ano e mio.Meu pai veio com uma construtora para construir a estação, casas, caixa d'água, represa,bomba para abastecer as locomotivas.Tudo no KM 28[estação de olaria]onde era o final da linha. Todo o papel do klabim era transportado com caminhões até ali.Mais tarde em 1951 já com as obras acabadas, meu pai ingressou na RVPSC,e ficou com a função de bombeiro hidráulico. As locomotivas eram todas maria fumaça .Mais tarde meu pai em sociedade com meu tio compraram dois caminhões Chevrolet, para transporte de lenha e lasca de pinheiro da Fazenda Velha para a Harmonia. Tenho muita saudade de lá. Toda vez que vou a Telemaco Borba dou uma ida até o 28.É uma lastima pois não tem mais nada, nem mesmo a estação que meu pai construiu.Um forte abraço e parabens.
Caro Ulisses,
A verdadeira história de Telêmaco Borba infelizmente não sei, talvez voce possa me ajudar saber da verdade. Mas o que entendi desta história e penso é que os Klabin judeus ricos fugidos do império Nazista, e como eles são fortes na irmandande (motivo pelo qual o führer Adolf Hitler queria exterminá-los para não perder o poder) se estabeleceram na região também através da política judia estabelecida aqui no Brasil desde a chegada das caravelas. Perceba que na verdade os verdadeiros donos do local eram os índios caigangues, os quais infelizmente não tínham nada a haver com as artimanhas do império alemão, bem como,nem sabiam o que era política (coitados) foram os mais injustiçados... e no blog não se fala nada sobre o que os homens brancos faziam com eles, mas sim que eles eram muito malvados com suas flechas...
Agora eu pergunto: Talvez aqui entre a figura dos Coronéis da época, os quais foram os desbravadores do local, e com fama de assassinos, pois como sobreviver a defesa de um povo indígena nativo?
Este blog fala das benfeitorias de sucesso que os judeus trouxeram ao local, as quais muitas famílias (maioria judias)entre as quais os pais do próprio autor se beneficiaram, realmente méritos que não se podem de forma alguma se negar, parabéns!
O que gostaría de colocar aqui, que houve um trabalho histórico (história é a verdade) bem feitora para o homem branco da época no local, que começou justamente por estes Coronéis da época defendendo suas fazendas e povoados (o que a Dona Carina quis dizer), como por exemplo José Felix da Silva, Espírito Santo,Telêmaco Morosine Borba (assassinos?!?),que foram se tornando a minoria com a chegada dos estrangeiros... e bem mais tarde com a chegada de uma outra etapa imposta pelos donos do capitalismo do mundo (judeus) que através da política governamental interventora (alheia) lhes concedem.
Se realmente questiona-se um merecido nome para o local, então sugiro o mais certo: CAIGANGUENÓPOLIS!
TFA.
Joaquim Telêmaco Carneiro.'.
Senhor Klabin, responsável por esta página,por favor se puder responder, gostaria de saber se na sua família, atualmente, há ramos de Judeus Ultraortodoxos com o sobrenome Klabin no Brasil? Faço esta pergunta pois estou fazendo uma pesquisa.
Caro Anônimo,
O autor deste blog não é um Klabin....portanto, não posso lhe dar essa informação. procure o Museu Klabin em São Paulo, por favor.
Ulisses Iarochinski - autor e responsável pelo blog
Caro Ulisses Iarochinski,
Meu avô trabalhou na IKPC em Monte Alegre entre 1952 e 1962. Era refugiado de guerra, vivendo sob a identidade francesa, com o nome 'André Denis'. Meu pai também trabalhou em Monte Alegre entre 1959 e 1961, como médico no hospital. Estou escrevendo um livro sobre tudo isso, e gostaria muito de trocar uma idéia com você. Caso você tenha interesse, peço que entre em contato comigo pelo e-mail: rafael105@oi.com.br
Abs, Rafael Cardoso
Olá amigos,morei nessa linda cidade,onde passei parte da minha infância,nos anos de 1960 a 1965.meu trabalhava nessa industria de papel Klabin,morei nos seguintes bairros,Sucumi,Santa Rita,Macopi e Cem Casa,daí saí para Curitiba Capital,o que marcou-me,foi o grande incêndio que aconteceu no ano ano de 1964 para 1965,0 povo dizia que estava acabando mundo,e que marcou também foi o Bonde Aéreo de Telêmaco Borba,podemos dizer que não é só o rio de Janeiro que tem um pão de açúcar,mais o Paraná também tem,em nossa querida cidade (Telemaco Borba)monte Alegre Pr.
Meu nome é Antonio Eugenio Taranto Gianfratti sou neto do Sr Francisco Taranto conhecido como CHICO da KLABIN e que trabalhou quase 70 anos nesta renomada e que desde o inicio no pequeno negócio de papelaria ja era funcionario,galgou varios postos , recebeu homenagens significativas quando completou 50 anos de serviços ao Klabin e depois quando completou 60 anos de serviços ao Klabin e veio a falecer em 1976 quando completaria 70 anos de serviços prestados a empresa, acredito ser unico no mundo a trabalhar por 70 anos em uma mesma empresa , inclusive quando veio a falecer esta com um cargo honorario no qual mantinha uma sala que todos os dias de segunda a sexta frequentava, aqui mesmo no seu blog esta mencionado o nome dele como diretor suplente na primeira diretoria da klabin Fabricadora de papeis,gostariamos muito a familia Taranto que possa pesquisar este fato real de quem se dedicou com muito afinco e amor a esta grande empresa, jamais se aposentou e faleceu ainda vinculado a Klabin, antecipadamente grato
Olá amigo, belo trabalho
Nasci em Harmonia, Monte Alegre, registrado no cartório de Ventania, em 19.08.52, meu pai comerciante tina lotes de terra no antigo Bairro das Cem Casas, perseguido pelojagunços e grileiros de Lupion teve que voltar para Itararé terra de sua origem. Eu tinhaseis meses e fui criado em Itararé.Nunca aceitei o nome de Telêmaco Borba, e pelo que soube era um bandido. O que vc teria a dizer a respeito. Abraços. Silas Correa Leite. www.artistasdeitarare.blogspot.com/ - e-mail: poesilas@terra.com.br
Parabéns pela bela apresentação da história de Monte Alegre, e quanto ao nome escolhido eu lamentei muito desde meus 9 anos quando infelizmente 'mudaram' o nome da Cidade Nova para Telêmaco Borba...sou o filho do meio do último citado (Aldo Sani) e gostei demais de relembrar os nomes dos adultos com quem tive contato e conhecimento de muitos no HC (Harmonia Clube) e me lembro bem sempre de meu pai citar o 'gralha azul' quando falava das plantações e dos araucárias que fazem parte da minha memória. Grato pelo blog, um abraço
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