segunda-feira, 19 de abril de 2010

Imprensa polaca e os funerais no Wawel


A manchete principal do jornal Gazeta Wyborza, editado em Varsóvia, desta segunda-feira, 19 de abril è: O casal presidencial jaz no Wawel

e a manchete do Rzeczpospolita foi: Jaz no Wawel



A revista semanal Polityka traz em sua capa a manchete: Polônia lembra



A revista semanal Wprost também em sua capa diz: Vamos lembrar

O jornal Dziennik traz em sua primeira página a manchete: Última estrada do Presidente

Polacos adoram funerais


Foto: Mateusz Skwarczek


O avião, que voava com políticos de diferentes cores partidáruas, as pessoas de religiões e profissões diferentes e de diferentes cidades, tornou-se, em certo sentido, um símbolo da sociedade polaca. Cada um dos segmentos sociais sentem alguma perda. Bandeiras nas janelas, velas nas calçadas, multidões de pessoas nas ruas esperando o cortejo fúnebre. O jornal Gazeta Wyborcza entrevistou a socióloga, profa. Hanna Świda-Ziemba sobre o que parece ser uma tendência muito particular do povo polaco: ele gosta de funerais


GW - Professora, o que se precisa para viver este período de luto?
Hanna Świda-Ziemba - Comparar a situação atual com a morte do papa, para mim não é comparável. Comparável é o luto nacional, mas todo o resto é diferente. Para começar, o que é hoje um choque. Não foi com o Papa. A morte de João Paulo II pode ser comparada com a situação de uma família que perde um pai amado, um homem mais velho. Afinal ele governou sua família, ele estava conosco, mas tornou-se cada vez mais fraco, mais doente e ficou claro que ele deveria partir. Ele morreu. De alguma forma temos que lidar com isso, buscamos conforto na vida diária. Então, na nossa vida social aparecem gestos simbólicos. Mas a situação de hoje é de quase um cerimonial. O de hoje é um trauma, que beira o surrealismo.

GW - Trauma causado por ...
Hanna Świda-Ziemba - ... Acima de tudo, a composição e a intenção das pessoas que voaram naquele avião. Se apenas o presidente tivesse morrido, o choque não seria tão grande. Mas o acidente matou muitas pessoas, pessoas famosas, e pessoas que simbolizam o Estado polaco. Em um momento trágico, é eliminado - não o Estado, mas o que foi a manifestação desse país. É terrível. Outra coisa - por favor - sobre o voo foram pessoas de todos os grupos políticos: o PiS, PO, SLD, PSL, importantes pessoas junto ao público, pessoas de todos os campos, e representantes de várias profissões, mas havia soldados, padres, médico, a tripulação que eram de cidades diferentes. Esta aeronave por causa da diversidade dos passageiros foi em certo sentido, um símbolo da sociedade. Todo mundo sofreu com a perda, o luto é comum a todos. Pensemos que mesmo que estas mesmas pessoas tivessem voado para uma reunião com o presidente Obama e tivesse caído em algum lugar sobre o oceano, certamente o choque não seria tão grande.

GW - Trata-se de um "lugar maldito"'- Katyn?
Hanna Świda-Ziemba - Sim. É a coisa mais próxima que dá este sentido simbólico. As pessoas a bordo estavam unidas na intenção de fazer homenagem às vítimas de Katyn, um lugar que é um símbolo da Polônia. Alguns dizem agora: quando morreram mineiros, quando os idosos que ião a Częstochowa morreram, não sentimos tanta dor assim, e agora estamos a viver este luto imenso, só porque os mortos eram políticos, representantes do poder do povo. Bem, não é apenas um avião com o PiS e PO que caiu. Estamos todos órfãos, após o desastre, pois de alguma forma aquelas pessoas nos unem.

GW - E é por isso que as pessoas foram ao velório no Palácio do Presidencial?
Hanna Świda-Ziemba - Após Bierut morrer também as pessoas estavam juntas. Elas o odiavam, mas ficaram na fila para ver o caixão de Bierut. Porque, em primeiro lugar o sofrimento une as pessoas que estão de luto. Estudos psicológicos mostram que, na tristeza, em tempos difíceis, a maioria das pessoas gosta de estar com os outros. Temos uma escolha: aproximar-nos dos outros ou ficarmos sozinhos. A maioria escolhe estar junto aos outros. Funerais demostram o quanto precisamos em um momento difícil, de que a família estaja reunida, mesmo sentado em uma mesa e falando besteiras. E sobre essa necessidade geral imposta é que os polacos gostam da tragédia, das cerimônias simbólicas para a história da nação.

GW - Por quê?
Hanna Świda-Ziemba - Como os polacos poderiam, no momento da anexação manter a identidade nacional, lá onde Russificação, a Germanização, suprimia a revolta, manter sua identidade em contraste com o culto natural? Antes das partilhas das Polônia, era Grunwald, era a memória nacional das vitórias. E às vezes parecia que as partições eram muito mais um mito de Mickiewicz, da Polônia Cristã entre as nações. Quanto mais natural era aquela situação, mais vítimas tinha, e por isso a recompensa da independência era mais bela. E veio a independência, foi um milagre no Vístula, vencemos os bolcheviques. Da mesma forma, as vítimas posteriores na Segunda Guerra Mundial causou nas pessoas a crença de que a independência viria novamente. O culto da vítima permaneceu durante toda a guerra. A famosa Mesa Redonda entre Jaruzelski e o Solidariedade nunca se tornou um objeto de adoração. Mas Lei Marcial de Jaruzelski, sim! esta os polacos adoram.

GW - Por que, depois da guerra, o culto do desastre se quebrou?
Hanna Świda-Ziemba - As potências ocidentais reconheceram o governo soviético e já se sabia que o Ocidente não viria em nosso auxílio, não veior durante a Revolta de Varsóvia. a esperança se desvaneceu. Por favor note que essa diferença: no levante do gueto de Varsóvia, onde não havia chance, foi a escolha do tipo de morte, da luta pela dignidade. O Levante de Varsóvia foi uma vítima, porque os polacos tiveram uma chance. Poderíamos esperar para sobreviver fisicamente, mas no final o Exército Vermelho aumentou ainda mais o número de vítima. E sofremos um sacrifício terrível. Quando eu amadureci, esse mito da derrota já estava morrendo. Houve muita discussão sobre se a Revolta de Varsóvia estava certa, dominado pela visão de que, no entanto, foi um sacrifício desnecessário. Mas, como você vê, depois de anos esse mito ressurge.

GW - Fomos capazes de expor alguma rara vitória - Revolta de que tão pouco foi dito, a Mesa Redonda - mas durante o mito comunista do desastre, este crescia, especialmente, porque houve propaganda contra o levante de 1944. Apenas as vítimas polacas do mito pode ter tido um sentimento de unidade.
Hanna Świda-Ziemba - É terrível. Este é um motivo adicional para o luto que se vive hoje. Esta morte é o tipo de horror que eu não sei se você pode agora voltar à velha briga política. Vamos ver.

GW - Então, você vê uma chance de parar essa unidade nacional?
Hanna Świda-Ziemba - Sim, eu vejo uma chance de mudar sem fazer esforço. Parece-me que depois desta experiência de horror que parecia estranha, se essas pessoas, políticos, começarem a lutar da mesma forma, com a mesma ferocidade. Acho que as pessoas sobreviveram ao trauma de uma fé, ao contrário, depois da morte do papa. E marcou os políticos, que não terão a energia necessária para se inventar, para gastar um absurdo com essas paixões. E este é o tipo de trauma, cujos efeitos podem ser para sempre. É como se as crianças estivessem brincando no quarto, porque depois de todos esses políticos, as estratégias são diferentes e agora alguém entrou e matou os pais. Como, então, voltar para o mesmo jogo político?

domingo, 18 de abril de 2010

Casal presidencial jaz na cripta do Wawel




Após a cerimônia fúnebre na Catedral de Wawel, os caixões de Maria e Lech Kaczyński foram depositados no sarcófago, na cripta Pilskudski, no Castelo Real. Em seguida soaram 21 salvas de canhão. No pátio interno, do castelo, começaram a serem dadas as condolências e a assinatura do livro por parte dos representantes das mais altas autoridades estrangeiras aos familiares Kaczyński e aos presidentes, em exercício da república, do congresso nacional, ao primeiro-ministro e ao ministro das relações exteriores. Após a assinatura do livro, as autoridades foram convidadas ao jantar na sala do trono do Castelo Real.
O sarcófago, onde foram enterrados tem forma simples e nobre nas dimensões de 238 x 154 x 60 cm. Seu projeto arquitetônico elaborado por Marta Witosławska. Na placa superior, com peso superior a 400 kg, foi escavado um grande sinal da cruz sobre e na lateral foram colocados os nomes do casal presidencial. O sarcófago ficou próximo parede contígua da cripta românica. O sarcófago foi produzido pelo artista cracoviano Jan Siuta.
Já neste domingo, à noite, cripta do Wawel, com o sarcófago do Presidente Lech Kaczyński e sua esposa Maria estará aberto para aqueles que pretendem prestar homenagem a eles.

20 ainda sem identificação

Chegada do corpo da aeromoça Justyna em sua cidade natal, Bialystok

Enquanto acontecem os funerais do casal presidencial em Cracóvia, Paweł Grass, porta-voz do governo polaco, informa que 20 corpos, dos 96 que morreram no desastre do avião ainda não foram identificados. O processo, em Moscou, ainda deve durar alguns dias.

O enterro do ex-presidente no exílio, Ryszard Kaczorowski, será enterrado, amanhã, em Varsóvia, enquanto o vice-presidente do Sejm - Câmara dos Deputados, Krzysztof Putra, será realizado em Białystok juntamente com aeromoça Justyna Moniuszko na terça-feira.

Sodano: esperança de união

Em sua homilia, na Basílica Mariacka, em Cracóvia, durante a missa de corpo presente do casal presidencial polaco, o representante do Vaticano, Cardeal Angelo Sodano, diria que o Papa Bento XVI refere-se à vontade da nação polaca, para que o país se mantivesse unido com o consentimento e a cooperação ativa de outras nações, garantindo assim ao mundo uma era de verdadeira civilização.
A homilia foi lida pelo núncio apostólico na Polônia, arcebispo Józef Kowalczyk. A homilia não pode ser lida pelo próprio Sodano, já que tanto ele como toda a delegação italiana, inclusive Silvio Berlusconi, não puderam chegar pessoalmente nesta Basílica Mariana em Cracóvia.
No texto da homília, lido pelo núncio, está dito que:
"Também a vós, chefes de Estado e de governo que vieram a Polônia, nesta hora de luto nacional a mensagem é de grande esperança para o futuro. É a esperança de que aqui na Europa, assim como em todo o mundo irão se fortalecer os laços de amizade e cooperação entre as nações. É a esperança de uma grande solidariedade entre os povos felizes e tristes no momento de sua história, no que diz respeito à sua identidade e cultura nacionais."

Polônia e Rússia: tragédia une

Os primeiros-ministros da Polônia e Rússia, Tusk e Putin,
colocam flores e velas no local onde caiu o avião
A revista Época, que circula no Brasil, neste domingo traz artigo intitulado "Uma catarse na Polônia". Nele, a revista faz uma análise do momento crucial que vivem as duas nações eslavas, desunidas a séculos, por guerras, ocupações e principalmente incompreensão de ambos os lados.

A queda do Tupolev Tu-154 da Força Aérea Polonesa em Smolensk, na Rússia, no sábado passado (10), entrelaçou os destinos da Polônia e da Rússia mais uma vez. A aeronave que carregava o presidente Lech Kaczynski, a primeira-dama, Maria, o presidente do Banco Central, toda a cúpula militar, 18 parlamentares e outras personalidades importantes caiu no fim de uma viagem que serviria para celebrar o aniversário de 70 anos do massacre de Katyn, no qual 22 mil poloneses foram mortos pela polícia secreta soviética. Ao contrário do que se podia imaginar, poloneses e russos, tomados pela incredulidade da coincidência, se aproximaram na dor.
Rússia e Polônia compartilham uma história trágica desde o fim do século XVIII, quando o Império Russo teve papel determinante na divisão dos territórios poloneses. O episódio mais tétrico nessa rivalidade talvez tenha sido o massacre de Katyn, cujo objetivo era minar o futuro da Polônia, facilitando a permanência do país como um Estado satélite da União Soviética após a Segunda Guerra Mundial. Nas últimas décadas, o rancor não foi superado. E um bastião da mágoa era justamente Lech Kaczynski.
Em seu período na presidência, ele fez de tudo para aproximar a Polônia da Ucrânia e da Geórgia, duas ex-repúblicas soviéticas, e trabalhou para que os dois países fossem incluídos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar da qual a Rússia não faz parte. Nacionalista combativo, Kaczynski também fez campanha para que a Polônia recebesse uma parte do escudo anti-mísseis que a administração de George W. Bush na Casa Branca queria construir em países próximos à Rússia.
A relação de Kaczynski com Moscou era tão ruim que o evento do qual ele participaria em Smolensk não era oficial. Mas o massacre de Katyn é um assunto importante na Polônia. Tanto é que Kaczynski teria pressionado o piloto do Tupolev a pousar mesmo sem boas condições de visibilidade. Segundo os controladores de voo russos, o piloto foi avisado quatro vezes de que a névoa atrapalharia o pouso, mas mesmo assim prosseguiu.
Logo após a tragédia, o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, e o primeiro-ministro, Vladimir Putin, se apressaram em enviar mensagens de condolências aos poloneses. As autoridades dos dois países cooperaram no resgate e no reconhecimento dos corpos e a TV russa até transmitiu o filme Katyn, indicado ao Oscar, mas até então censurado no país.As demonstrações amistosas entre os vizinhos foram uma novidade. "Essa tragédia pode servir como uma catarse na relação entre a Polônia e a Rússia", avalia Piotr Maciej Kaczynski, analista do Centro Europeu de Estudos Políticos (CEPS), baseado em Bruxelas. "Os países dividem uma história que não pode ser esquecida, mas que precisa ser compreendida pelas duas partes", afirma. Segundo o analista, ainda é cedo para falar saber o futuro do diálogo russo-polonês, mas é certo que pela primeira vez na história há poloneses falando "nos amigos do leste".
Dentro da Polônia, a morte de Kaczynski lembrou a comoção com a morte do papa João Paulo II, em 2005. O país viveu momentos de união nacional, mas logo as divisões apareceram. O estopim foi o anúncio de que o presidente e a primeira-dama seriam enterrados na Catedral de Wawel, em Cracóvia, um santuário para os heróis do país. Pequenos protestos foram realizados nas ruas da cidade, enquanto uma comunidade no Facebook contra o enterro em Wawel reuniu 30 mil pessoas. "O país está unido da tragédia, mas quando o luto passar, vai começar um novo período turbulento na política", diz Kaczynski, do CEPS.
Antes de morrer, o presidente desfrutava de uma popularidade de apenas 28%, mas concorreria à reeleição mesmo assim. Agora, o partido conservador que comandava, o Lei e Justiça, ficou sem candidato e terá que se reorganizar. O presidente interino, Bronislaw Komorowski, que comandava a câmara baixa, é o favorito para as eleições, que serão realizadas em 20 de junho.

Dziwisz para Miedwiediew: reconciliação


Durante sua homilia na Basílica de Santa Maria, o cardeal Stanisław Dziwisz, voltou-se para o presidente russo, Dimitry Miedwiediew:

"70 anos atrás Katyn afastou duas nações, e ao esconder a verdade sobre o derramamento de sangue inocente não tiveram permissão para curar as feridas dolorosas. Oito dias atrás uma outra tragédia desencadeou várias sentimentos de bondade, inerentes aos povos e as nações, a compaixão e apoio que temos vivido nestes dias de irmandade com os Russos, dão a esperança de reaproximação e reconciliação das duas nações eslavas - estas palavras dirijo a você que é o presidente da Rússia. Esta é uma tarefa para a nossa geração, nós devemos nos tornar generosos, rezar para o presidente falecido. No discurso, que ele não fez em Katyn, ele diria, "o Caminho que traz nossas nações aqui, deve ir em frente, sem parar sobre ele, nem recuar."

Missa está sendo rezada na Mariacka

A filha Marta e o irmão gêmeo Jarosław


Chegada do presidente da Letônia, Valdis Zatlers na Mariacka

Os caixões do casal presidencial entram na Basílica Mariacka, em Cracóvia, para missa de corpo presente.

Controle: só entra no rynek quem retirou bilhete no sábado

Os polacos que não conseguiram bilhete para o Rynek,
acompanham nas ruas que dão acesso à praça central de Cracóvia

Os polacos acompanham a missa, no telão, no Rynek, do outro lado do prédio Sukiennice

sábado, 17 de abril de 2010

Nuvem vulcânica impede presidentes e reis


Angela Merkel e Barack Obama, cancelaram sua participação no funeral do casal presidencial em Cracóvia. Assim, se juntam à lista de 15 delegações de outros países que não virão por causa da nuvem vulcânica sobre a Europa.


Entre eles estão reis da Suécia e o príncipe de Gales, Charles. Também o rei Juan Carlos e o primeiro-ministro Jose Luis Zapatero, da Espanha; o presidente da Turquia, Abdullah Gul; a Presidente da Irlanda, Mary McAleese; o primeiro-ministro Stephen Harper, do Canadá; o presidente Tarja Halonen, da Finlândia; o Príncipe Albert II de Mônaco; o Rei Harald V e Ministro das Relações Exteriores, Jonas Gahr Store, da Noruega; o presidente Demetris Christofias de Chipre, Rainha Margarida e o Ministro das Relações Exteriores da Dinamarca; Lene Spersen, e o presidente George Papandreou da Grécia.
Confirmaram suas desistências, amanhã, domingo, no funeral o presidente da Macedónia Gjorge Ivanov; o Ministro das Relações Exteriores da Índia SM Krishna, Satsuki Eda; o Presidente do Parlamento japonês; o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Unchan Chung; a ministra das Relações Exteriores mexicana Patricia Espinoza Cantalleno; da Nova Zelândia, o governador-feral Satyanand Anand; o ministro da defesa do Paquistão, Mukhtar Chaudhry Ahmad; o ministro do Egito para a Cooperação Internacional Aboulanga Fayza.
Originalmente foram anunciadas a chegada dos representantes de 98 países: 69 delegações nacionais e de 29 embaixadores. 21 delegações nacionais a partir dessa lista já informaram que não poderão participar nas celebrações dominicais em Cracóvia. Ainda não confirmaram desistência e por isso são esperados:
- Rússia, presidente Dmitrij Miedwiediew
- Ucrânia, presidente Wiktor Janukowycz, premier Mykoła Azarow e Wołodymyr Łytwyn.
- Alemanha, presidente Horst Köhler
- França, presidente Nicolas Sarkozy
- Lituânia, presidente Dalia Grybauskaite, ex-presidente Valdas Adamkus e o Premier Andrius Kubilis.
- R. Tcheca, presidente Vaclav Klaus
- Eslováquia, presidente Ivan Gaszparovicz, representante do parlamento Pavol Paska e o premier Robert Fico
- Bielorrússia, presidente do parlamento Boris Batura
- Bulgária, presidente Georgi Pyrwanow
- Bośnia e Herzegowina, presidente prezydium BiH Haris Silajdić
- Montenegro, presidente Filip Vujnovic, ministro das relações exteriores Milan Rocen
- Islândia, presidente Olafur Ragnar Grinsson
- Israel, presidente Szymon Peres, ministro das relações exteriores Awigdor Liberman
- Hungria, presidente Laszlo Solyom e o premier Gordon Bajnai
- Rumênia, presidente Traian Basescu
- Afganistão, presidente Hamid Karzaj
- Armênia, presidente do parlamento Howik Abrahamia
- Albânia, presidente Bamir Topi
- Moldávia, president Mihai Ghimpu
- Mongólia, vice-presidente do grande conselho nacional
- Austrália, governador genral Quentin Bryce
- China, ministro dos transportes Li Shenglin
- Iraque, ministro Fawzi Fransa Toma
- Kosowo, presidente Fatmir Sedjiu
- Palestina, especial representante do presidente Mahmouda Abbasa Nabil Shaath
- Malta,chanceler Jean Pierre Mazery
- Azerbaijão, premier Artur Rasi-zade
- Egito, ministro Cooperação Internacional Aboulanga Fayza
- Estônia, presidente Toomas Hendrik Ilves, Premier Andrus Ansip (przyjazd odwołany)
- Geórgia, president3 Micheil Saakaszwili e esposa
- Iran, vice-ministro das Relações Exteriores Ali Ahani
- Holanda, príncipe Aleksander e premier Jan Peter Balkenende
- Catar, Emir Hamad Bin Khalifa Al Khani e esposa
- Cazaquistão, representante do parlamento Urał Muchamedżnanow
- Kuwait, Emir do Kuwait
- Letônia, presidente Valdis Zatlers e esposa
- Servia, presidente Boris Tadic
- Eslovênia, presidente Danilo Turk
Já estão em Cracóvia, ex-presidente da Ucrânia, Wiktor Juszczenko, que viajou de automóvel e a delegação do Morrocos.
O Brasil e a Lituânia foram os únicos países a decretarem 3 dias de luto, quase duas dezenas de outros decretaram 1 dia de luto.

O último adeus em Varsóvia

A praça do Castelo real, próxima a Catedral de Varsóvia, foi tomada por milhares de polacos para o último adeus aos casal presidencial. Aqui, eles passam em vígila toda a noite. Amanhã, 7 horas, os caixões do casal, seguem para Cracóvia, para serem depositados na cripta Pilsudski, no Castelo de Wawel, Panteão Nacional da Polônia.

A missa fúnebre em Curitiba

Fotos: Ulisses Iarochinski

A missa de 7° dia em louvor aos mortos do desastre de avião Tupolev, com 96 polacos, próximo a Smolenski, Rússia, celebrada pelo arcebispo metropolitano Dom Moacir José Vitti e padres de origem polaca, reuniu representantes da comunidade em Curitiba. Cidade que tem a maior comunidade de etnia polaca da América Latina.
O prefeito Luciano Ducci foi convidado para a missa pela cônsul da Polônia em Curitiba, Dorota Joanna Barys. O posto consular da Polônia em Curitiba que está comemorando 90 anos, agora em 2010, foi o primeiro do mundo após a Polônia independente. Ducci nas palavras que proferiu, no púlpito da basílica, disse estar bastante triste com o acidente, do último dia 10 de abril e que vitimou o presidente da Polônia, esposa e autoridades polacas. Lembrou que Curitiba é a terceira maior concentração da etnia em todo mundo, sendo ultrapassada apenas pela Polônia e a cidade de Chicago nos Estados Unidos. Disse que a influência dos imigrantes polacos na cultura curitibana e paranaense é imensa e que todos de alguma forma se sentem irmanados na dor desta brava gente da Polônia.
A orquesta e coro da PUC-PR Pontíficia Universidade Católica do Paraná acompanhou toda a missa, que teve ainda a participação de integrantes do grupo folclórico polaco Wisla do Paraná, todos com trajes típicos e que fizeram a oferenda dos fiéis, levando para a frente do altar, um retrato com o Presidente Lech Kaczyński e esposa.
Também a guarda de honra da Polícia Militar se postou no altar com as bandeiras de Curitiba, Paraná, Brasil, Polônia e Missão Católica Apostólica Polaca no Brasil. Também estavam presentes, todo o corpo consular acreditado em Curitiba, o vice-presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Tito Zeglin e o vereador emérito José Gorski. O jornalista Ulisses Iarochinski fez a Primeira Leitura do Evangelho e o padre Zdzislaw Malczewski, reitor da Missão fez um discurso inicial agradecendo em nome da Polônia, e dos descendentes de polacos no Brasil, os gestos do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, Ministro Celso Amorin e do governador Orlando Pessuti, a decretação dos 3 dias de luto no Brasil e no Paraná em louvor aos mortos no desastre.
Ainda em sua homília, o Arcebispo Metropolitano de Curitiba, Dom Moacyr Vitti, lembrou a inabalável fé católica do presidente Kaczyński e das provções que este teve que passar em sua vida para um dia ver a sua terra livre do jugo inimigo e com muita luta poder proporcinar liberdade religiosa, social, econômica e política a sua Pátria.
A Cônsul Dorota J. Barys, bastante emocionada agradeceu a todos os presentes e as autoridades brasileiras pela comunhão na dor e no luto.

Prefeito Luciano Ducci

Arcebispo de Curitiba Dom Moacyr Vitti

Cônsul Dorota J. Barys

O retrato do casal presidencial falecido

A comunidade polaca de Curitiba

Os funerais em Varsóvia

Devido ao fuso horário, as cerimônias em Varsóvia já começaram às dez horas da manhã, na Praça Pilsudski.

A partir das 10:00 - chegada dos participantes da cerimônia oficial
11:30 - Canções tristes interpretadas pelo Coral do Grande Teatro,
11:40 - Chegada dos integrantes das honras militares,
11:59 - Alerta - trompetista toca o sinal de "atenção"
12:00-2 minutos de silêncio - trompetista toca a canção "Dorme, meu amigo"
12:04 - leitura solene dos nomes das vítimas do desastre
12:20 - Execução do "Hino da República da Polônia"
12:22 - pronunciamentos do:
- Presidente em exercício Bronislaw Komorowski
- Chefe de Gabinete do Presidente da Polônia Maciej Łopiński
- Isabella Saryusz-Skąpska
- Donald Tusk, primeiro-ministro

12:40 Salvas de Honra
Reflexões Musicais
13:05 - Missa
Oração Ecumênica
Bênção
14:40 Coral interpreta "God of Poland"
14:55 final da cerimónia
17:30 - transferência dos caixões com os corpos do presidente e sua esposa, a partir do Palácio Presidencial para a Catedral de Varsóvia.
18:00 - Santa Missa em intenção do Presidente Lech Kaczynski e sua esposa Maria Kaczynski na Catedral de Varsóvia. Celebrações serão presididas pelo Arcebispo Metropolitano de Varsóvia, Kazimierz Nycz. O Primaz vai entregar uma homilia a Henryk Muszynski.
Após a Santa Missa - vigília na madrugada.

Varsóvia, 18 de abril de 2010

7.00 - cerimonial da passagem dos caixões com os corpos do casal presidencial no aeroporto militar de Okecie.
8.00 - avião com os corpos do casal presidencial a bordo levanta voo em direção ao aeroporto de Balice em Cracóvia.