segunda-feira, 12 de junho de 2017

Universidade Iaguielônica é considerada a melhor da Polônia

Collegium Novum da Uniwersytet Jagielloński, no Planty, em Cracóvia
A Universidade Iaguielônica - Uniwersytet Jagielloński - mais uma vez se consagra como a melhor escola de ensino superior da Polônia, segundo a Fundação Educacional "Perspektywy".

A primeira universidade polaca criada em 1364, pelo Rei Casimiro - o Grande e a segunda mais antiga da Europa Central, estabelecida em Cracóvia, é a escola superior que concedeu os títulos de doutores entre outras personalidades mundiais a Mikołaj Koperniko e Karol Wojtyła.

Este ano, a Universidade de Varsóvia dividiu a primeira colocação com a Iaguielônica de Cracóvia.

O ranking de 2017 atualizou o mapa da qualidade das universidades polacas e colocou no primeiro posto as duas principais universidades do país. O terceiro lugar ficou para a Universidade de Tecnologia de Varsóvia - todas elas universidades públicas.

Entre as universidades privadas a Akademia Leon Koźmiński foi considerada novamente a melhor do país.

O ranking da Fundação Perspektywy elegeu 68 instituições da Polônia pela qualidade de ensino. A Fundação leva em conta 29 indicadores agrupados em sete critérios: Prestígio, quantidade de formandos no mercado de trabalho, o potencial científico, eficácia científica, o potencial didático, inovação e internacionalização.

Isso torna o ranking da Perspektywy um dos mais conceituados em todo o mundo no que diz respeito a qualidade de ensino das universidades. Ele também é um dos quatro que possuem certificado de qualidade internacional. Sua metodologia é desenvolvida por um corpo de jurados presidido pelo prof. Michał Kleiber, presidente da Academia Polaca de Ciências.

"Nosso ranking, publicado pela 18ª vez, é necessário tanto para os candidatos a entrarem numa faculdade, buscando o melhor para si e as próprias universidades, como a comunidade acadêmica. É como uma espécie de espelho. Ele mostra sucessos, mas também deficiências que precisam ser melhoradas." Diz Waldemar Siwiński, presidente da Fundação para as Perspectivas da Educação, a entidade promotora do ranking.

O ranking das perspectivas do ensino superior para 2017 são, na verdade quatro listas diferentes que refletem as missões realizadas pelas universidades polacas. São eles:
- Ranking Acadêmico das Universidades, que abrange todas as instituições de ensino superior (com exceção das academias de arte) que conferem o grau de doutor;
- Ranking das Universidades Particulares, que inclui escolas privadas de ensino superior com o direito ao ensino pelo menos no grau de mestre;
- Avaliação Universidades Estatais Profissionais, que compreende instituições públicas autorizadas a um conceder o título de mestre ou licenciatura em engenharia.
- Avaliação de Cursos Superiores, que compreende 68 deles. Um número recorde de áreas de estudo (21 a mais do que no ano anterior).

A cerimônia de premiação ocorrerá no próximo dia 12 de Junho, na Biblioteca Agrícola Central em Varsóvia, ulica (rua) Krakowskie Przedmieście, 66.

A Fundação
A Fundação Educacional Perspectivas é uma organização independente, sem fins lucrativos, criada em 1º de junho de 1998 para promover e apoiar a educação na Polônia. O Conselho de Fundação é composto em sua maioria por reitores das universidades polacas. As atividades da Fundação "Perspektywy", concentram-se na promoção da educação superior polaca no exterior.

A Fundação colabora estreitamente com a Conferência dos Reitores das Escolas Acadêmicas da Polônia (CRASP).

Em 2005, ambos instituições iniciaram um programa plurianual de promoção das universidades polacas chamado "Study in Poland" (Estudo na Polônia) e, em junho de 2007, assinaram acordo formal, sublinhando a importância da internacionalização do ensino superior polaco.

A Fundação "Perspektywy" organiza debates públicos e seminários sobre educação e faz um ranking nacional anual de universidades e um ranking das melhores escolas secundárias do país. Ela publica e distribui eletronicamente todas as instituições de ensino superior na Polônia, em também um boletim informativo sobre o ensino superior em outros países e sobre o processo de internacionalização.

A Fundação "Perspektywy" é membro da Associação de Cooperação Acadêmica (ACA) e participa ativamente de seus projetos.

A primeira colocada
Quadro da fundação da Universidade  com Jadwiga e Jogaila- de Jan Matejko
A Universidade Iaguielônia (em polaco Uniwersytet Jagielloński, ou UJ; em latim Universitas Jagellonica Cracoviensis) é uma universidade na Polônia, sediada em Cracóvia, e que está em primeiro lugar no ranking mundial "Times Higher Education Supplement" (Ranking Britânico), como a melhor universidade da Polônia.

Foi fundada em 1364 por rei Casimiro III - o Grande com o nome de Academia de Cracóvia, um nome este que perdurou por séculos.

Quadro de Bacciarelli
Em 1817, ela foi renomeada para seu nome atual Jagielloński, em homenagem à dinastia de mesmo nome, cujo primeiro rei foi Jogaila, Grão-Duque da Lituânia, esposo consorte da Rei Jadwiga Andegaweńska (sobrinha herdeira de Casimiro III Piast e filha de Luiz Anjou da Hungria e Elżbieta Piast - irmã do rei da Polônia).

Em seu testamento, Jadwiga deixou todos os seus bens pessoais, como herança, para que fossem usados pela universidade (então Academia) no desenvolvimento e abertura de novos cursos. Entre eles, o de matemática e astronomia, considerados os primeiros cursos universitários em todo o mundo.

Jadwiga canonizada santa, em 2000 pelo Papa João Paulo II, também é conhecida como Santa Edwirges.

Sim, ela foi Rei. Embora mulher, seu título era de rei e não rainha, pois ela exerceu o cargo e o termo na Polônia, equivale ao sentido de embaixatriz e consulesa, que são apenas esposas do embaixador e do cônsul, e portanto não exercem os respectivos cargos.
Sarcófago da Santa Edwirges, na Catedral de Cracóvia
A rei Santa Edvirges é considerada a padroeira da União Europeia, da Polônia e apóstola da Lituânia.

Há uma outra Santa Edvirges, conhecida como Jadwiga Śląska, de origem bávara, mas também da Polônia, já que foi a esposa do príncipe Henryk - o Barbudo - da Silésia, na época em que a nação polaca estava dividida em principados.

Esta Santa Edvirges era Filha de Bertoldo IV, duque de Merânia (na Baviera) e de Inês de Rochlitz. Viúva, foi morar no Mosteiro de Trzebnica, na Polônia, onde faleceu. Ela é considerada a padroeira dos pobres e endividados e protetora das famílias. Foi canonizada no dia 26 de março de 1267, pelo Papa Clemente IV. A comemoração de Santa Edviges é dia 16 de Outubro.
É para ela que os brasileiros fazem oração: “Ó Santa Edwiges, Vós que na terra fostes o amparo dos pobres, A ajuda dos desvalidos e o socorro dos endividados, E no céu agora desfrutas do eterno prêmio da caridade que na terra praticaste Suplicando te peço que sejais a minha advogada, Para que eu obtenha de Deus O auxílio que urgentemente preciso (fazer o pedido) Alcançai-me também a suprema graça, da salvação eterna, Santa Edwiges, rogai por nós, Amém!"

P.S. Foi na Universidade Iaguielônica de Cracóvia, que passei 8 anos da minha vida estudando: 2 anos de curso superior de idioma e cultura polaca, mestrado em cultura internacional e doutorado em história.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Mapa da Polônia de 1570


Mapa polaco de 1570 mostrando as áreas de cidades no ano em que a Polônia já não era mais Reino, visto que, em 1530, pelo acordo de Lublin, tinha sido criada a República das Duas Nações Polônia Lituânia.
A Polônia naquele ano se transformou na primeira República do mundo pós-renascença.
No canto inferior esquerdo vemos os algarismos romanos que datam MDLXX, o que corresponde ao ano de 1570.

Clique neste link para ver este mapa em grande formato e com os nomes da cidades mais visíveis


A precisão é surpreendente. No canto inferior esquerdo, em latim está o nome do autor, o cartógrafo, "Authore Venceslao Grodecio Polono", ou seja, Wacław Grodecki Radwan (pronuncia-se Vatssúaf grotsqui dvan).


Grodecki Radwan nasceu por volta de 1535.
Como esta impressão é de 1570, o autor tinha na época 35 anos de idade, e segundo estudiosos, a impressão, na verdade, é uma cópia de um mapa que tinha sido publicado em 1558.

Em detalhes, veja abaixo, algumas regiões:

A foz do rio Vístula, Gdańsk e a península de Hel, ao Norte.



E assim se apresentava a Małopolska. Pode-se ver no centro, Cracóvia Tarnów mais à direita.



Na parte central do mapa da Mazóvia está Varsóvia, que se tornou capital da República, apenas em 1596.




E a Volínia, região que atualmente está no território da Ucrânia (república criada em 1922, por Lênin). No canto inferior esquerdo, está a cidade polaca de Lwów, que os ucranianos renominaram para Lviv.




A VERDADE
Ucranianos encontram este mapa, abaixo, datado de 1648, na Internet, e tentam justificar que a atual República da Ucrânia já existia há séculos.
Buscam esconder com isso que o país só foi criado em 1922, pelo russo Vladimir Lênin, como República Socialista Soviética da Ucrânia. E também esconder, que antes desta data, este valoroso povo, vivia em terras do Reino e depois República da Polônia (ocupada ou não) como rutenos que são. Sua nação está registrada em livros do Vaticano, na idade média e após, como Rutênia.
Também buscam ocultar que o famoso Principado Kievano (de Kiew) do século 10 foi criado não pelo povo ruteno, mas pelo guerreiro Oleg, um viking e suas hordas vindas das terras da Escandinávia.
E escondem, que parte dos rutenos, que se negaram, em 1922, a trocar o nome da nação e do gentílico - Rutênia e Ruteno - são tratados como um minoria étnica, no sudoeste do atual território da Ucrânia, e mais: como se fossem outro povo. 

MAPA DA POLÔNIA DE 1648
O mapa, abaixo, foi uma encomenda da República da Polônia ao militar francês Guilherme le Valseur de Beauplan.

Como aparece na legenda a palavra polaca Ukraina, os atuais ucranianos tentam justificar uma existência anterior do país a 1922.

Na verdade, no idioma polaco, a palavra Ukraina significa Campos Desertos, conforme atesta a legenda escrita em latim: "Projeto Geral dos Campos Desertos, vulgo Ucrânia, com províncias adjacentes. Bem público criado por Guillaume le Valseur de Beauplan. S.R.M. Arquiteto militar e capitão".