Piotr Cywiński |
"É o aniversário da libertação (do campo). Lembramos as vítimas, mas também celebramos a liberdade", disse o diretor do museu, Piotr Cywiński, em comunicado.
Piotr Cywiński |
Emerson Teixeira: Os documentários serão exibidos em municípios da região dos Campos Gerais?
Ulisses Iarochinski: Sim, até agora, além das estreias em Curitiba na próxima quarta-feira, dia 11, na Cinemateca de Curitiba, já estão agendadas exibições nos Campos Gerais, no Cineclube de Irati, dia 27/09, na Câmara Municipal de Mallet no dia 28/09 e em Telêmaco Borba ainda sem data definida no aguardo de uma definição de Castro. Também sem data definida será exibido em São Mateus do Sul e possivelmente em São Paulo. A exibição contém dois filmes documentários e dois vídeo-poemas. 1. Cemitério sem Tumbas - Auschwitz Birkenau, 2. Levante de Varsóvia, e trechos dos poemas: 1. Aos que vão nascer, do poeta alemão Bertolt Brecht, 2. Manifesto 1944 do poeta polaco Julian Tuwim.
Emerson: As produções giram em torno da 2.ª Guerra Mundial?
Iarochinski: Sim. A Polônia foi o país mais devastado durante a segunda guerra mundial. E falar nestes dois documentários da principal revolta popular dos habitantes de Varsóvia contra 40 mil soldados alemães nazistas; e sobre a história dos mais icônicos campos de concentração e extermínio alemão nazista da segunda guerra mundial foi a principal motivação para a realização dos dois filmes. E o objetivo é sempre lembrar que a maior tragédia da humanidade foi causada pela extrema direita...o fascismo!
Emerson: Além da questão histórica, o que mais motivou as produções?
Iarochinski: Primeiro as comemorações que não param na Polônia neste ano de 2024. 27 de janeiro foi comemorado 79 anos da libertação dos campos de concentração nas cidade de Oświęcim e Brzezinka (respectivamente Auschwitz e Birkenau em idioma alemão)! Em 01/08 começaram as comemorações dos 80 anos do Levante de Varsóvia; em 01/09 as comemorações dos 85 anos da invasão da Polônia e a eclosão da Segunda Guerra Mundial pelas tropas de Hitler. E por fim e não menos importante o avanço da extrema direita no Brasil pregando golpe de Estado...e o ódio ter se instalado no Brasil de forma avassaladora. Fascismo é crime no Brasil e em todo o mundo.
Emerson: Perfeito!
Iarochinski: Então, mostrar os horrores da segunda guerra mundial, principalmente, aos descendentes de imigrantes da nação que mais sofreu durante a história da humanidade é meu dever. E só acrescentando...meu sobrenome assim escrito iarochinski é culpa do cartório de Castro que deveria escrever Jarosiński.
Emerson: O senhor tem origem polaca?
Iarochinski: Meu sobrenome assim escrito, iarochinski, é culpa do cartório de Castro que deveria escrever Jarosiński. Meus bisavôs Piotr e Anna Jarosiński junto com duas filhas e dois filhos chegaram em Castro e foram assentados na colônia de imigrantes do Tronco, em 1911. Um deles, meu avô Bolesław, está enterrado no cemitério de Castro. A grande maioria dos meus primos são de Castro. Já que nasceram em Castro mais duas filhas e dois filhos dos meus bisavôs. E no bairro Bonsucesso nasceu meu pai Cassemiro, que mais uma vez por erro do cartório de Castro, deveria se Chamar Kazimierz Jarosiński. Então, é quase uma obrigação minha exibir estes meus filmes em Castro.
Emerson: O senhor é natural de Castro?
Iarochinski: Não! Meu bisavô e meu avô com os filhos foram para Monte Alegre no final da década de 30 para trabalhar na construção da fábrica de Papel da Klabin. Eu nasci na Vila Operária, na Harmonia, Monte Alegre, distrito de Ventania, município de Tibagi. Que acabou virando município de Telêmaco Borba, em 1964. Meus bisavôs voltaram para Castro e foram morar na Vila Rio Branco. Meu avô também voltou para Castro para morrer em 1944. Minha avó, meu pai e irmãos continuaram vivendo em Harmonia.
Emerson: Que interessante, distrito de Ventania, harmonia, hoje se tornaram dois municípios.
Iarochinski: Sim. Mas na época eram tudo Tibagi, inclusive o município de Imbaú.
Emerson: Uma curiosidade, porque não exibir na internet?
Iarochinski: Não iriei colocar na TV, nem na Internet. As exibições serão sempre em auditórios e salas longe dos cinemas. Sempre com entrada franca. É uma terra de ninguém…desrespeito aos direitos autorais, roubo e uso indiscriminado de produções de outros. Não ganho nada com a Internet. Mas nas exibições em auditórios e salas de exibição, embora não fature nada, pelos menos posso ver e sentir a reação dos espectadores.
Ulisses iarochinski exibe na Cinemateca de Curitiba seus documentários "Levante de Varsóvia"(13min) e "Cemitério sem Tumbas - Auschwitz Birkenau.
Será dia 11 de setembro de 2024, às 19 horas. Entrada Franca:
A cidade mais bonita da Polônia é Cracóvia.
Ela ficou à frente de Gdańsk e Wrocław.
De acordo com a última pesquisa realizada pelo Painel Nacional de Pesquisa "Ariadna", Cracóvia foi reconhecida como a cidade mais bela da Polônia.
A pesquisa de opinião, encomendado pelo portal Wirtualna Polska, abrangeu uma amostra representativa de 1.132 pessoas e teve como objetivo determinar qual cidade polaca é considerada a mais atraente. Os resultados da pesquisa mostram que 19% dos participantes escolheram Cracóvia como a cidade mais bonita do país.
Turistas e residentes adoram a capital da voivodia (Estado) da Małopolska (Pequena Polônia).
Se me fosse perguntado, as mais belas pela ordem para mim são:
1. Cracóvia
2. Sandomierz
3.Lublin
4. Zakopane
5. Kazimierz Dolny
De longo tempo...
Conheci o curitibano da Colônia Abranches, Mauro Longaretti Kraenski (Kraiński) em frente ao Dom Poloni, sede da Stowarzyszenie "Wspólnota Polska" em julho de 2000, em Cracóvia.
Eu tinha ido fazer o curso de idioma e cultura polaca desta entidade que está para a Polônia, como a Alliance Française está para a França, o Instituto Goethe está para a Alemanha, o Instituto Cervantes está para a Espanha e o Instituto Camões está para Portugal.
Mauro já estava em Cracóvia desde 1988, quando ganhou uma bolsa do Ministério da Educação da Polônia para estudar numa Universidade polaca.
A amizade se solidificou ao longo dos anos e até já trabalhamos juntos numa série para TVN (Rede de televisão da Polônia). Na foto, estamos na plateia do Teatro Guairão, em Curitiba, onde fomos assistir ao maravilhoso espetáculo, no último domingo, do Grupo Folclórico Wisła de Curitiba, o mais antigo do mundo, em homenagem ao povo polaco que se rebelou contra a invasão nazista de Hitler, entre agosto e outubro de 1944 e que ficou conhecido como o Levante de Varsóvia.
Mas falando do espetáculo foi o melhor e maior espetáculo em muitos anos Curitiba é a capital latinoamericana do folclore. São 62 anos do mais importante festival de etnias e folclore das Américas.
E o maior e maís antigo grupo folclórico polaco do mundo é o Wisła de Curitiba, que está comemorando 96 anos de existência. Ontem à noite no palco do Teatro Guairão aconteceu de tudo: Bailados, Música, Orquestra, Cinema, Documentários, teatro, canto coral.
E o responsável por tudo: o diretor e coreógrafo Lourival Araújo Filho. Lourival é formado em coreografias folclóricas pela Universidade Católica de Lublin.
Lourival no centro do palco na cidade de Ożarów, na Polônia
O Wisła (Vístula) fez uma homenagem emocionante ao Levante de 44 (revolta do povo de Varsóvia contra a ocupação nazista de mais de 4 anos) com a participação dos artistas Simone Spoladore e Pedro Inoue.
E aquele luminar de cores vermelha e branca das lanternas dos celulares foi a salva de palmas para o memorável espetáculo artístico de Curitiba. E o público foi o maior do ano, mais de 2 mil pessoas lotaram a plateia e os primeiro e segundo balcão
P.S. O Mauro continua morando em Cracóvia, onde trabalha como intérprete simultâneo e tradutor.
Restaurante judeu Ariel no Kazimierz |
Local de uma das cenas de "Lista de Schindler", no Kazimierz |
Catedral abaixo da superfície na Mina de Sal de Wieliczka |
A palavra pode parecer estranha, mas ela está nos dicionários de língua portuguesa há muito tempo.
O primeiro-ministro Donald Tusk e o prefeito de Varsóvia, Rafał Trzaskowski, no comitê eleitoral da Coalizão Cívica, em Varsóvia. Foto – Leszek Szymański / PAP |
Em Vermelho, as voivodias que votaram nos partidos de Centro para a Esquerda. Em Azul, as voivodias que votaram do centro-direita para a extrema-direita. |