quinta-feira, 26 de julho de 2007

Sinagoga Judaica

Não sempre, mas algumas vezes, acompanho brasileiros, descendentes de pessoas que nasceram no território da Polônia, em busca de suas origens. Foi o que aconteceu no último fim-de-semana. Como anfitrião, motorista, guia, intérprete e divulgador levei dois gaúchos até o Sudeste da Polônia. O lugarejo nem no mapa do aparelho de GPS constava e a pronúncia do nome do lugar dita pelos dois descendentes de polacos judeus só atrapalhava. Mas enfim depois de 5 horas de viagem chegamos a Łaszczów (a primeira letra não é L, mas sim UÊL, que se pronuncia como U, SZ tem som de ch e CZÓW tem som de Tchuf). A pequena cidade, até começar a segunda guerra mundial, tinha um percentual de 95% da população como sendo de origem judaica. Basta dizer que a quase totalidade destes judeus polacos foram obrigados a caminhar a pé 36 km para morrerem no campo de concentração de Belzec. Os que ficaram acabaram mortos estupidamente nas ruas, ou casas, em execuções sumárias pelos soldados alemães de Hitler. Até o cemitério judaico foi destruído. Anos atrás, a prefeitura da cidade, reergueu o cemitério e em meio aos escombros encontrou algumas lápides, que foram levantadas no mesmo local onde foram encontradas. Hoje o cemitério é um panteão e monumento aos habitantes de origem judaica da cidade.



Não sobrou nenhum polaco de origem judaica para contar a história da cidade. Mas suas casas e ruinas ainda existem. É o caso da sinagoga, que segundo o pai do prefeito atual, foi destruída, não pelos alemães, mas pelos guerrilheiros ucranianos, que atacaram a cidade, após a saída dos nazistas. A sinagoga ainda não foi restaurada, pois a municipalidade da pequena cidade não tem orçamento suficiente para tal.

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