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Comemorações
Da Silésia a Podkarpacy
Brody é mais uma cidade polaca, que os desmandos do ditador soviético Józef Stalin colocou no território da República Soviética da Ucrânia.
Localizada na voivodia de Lwów, hoje oblast de Lviv, no vale do rio Styr, está a 90 km a Nordeste de Lwów. Em 2004, sua população era de 23.239 habitantes.
Brody foi fundada em 1084 e destruída pelo tártaro Batu Khan, em 1241. Desde 1441, Brody passou a ser propriedade de vários senhores feudais polacos, como Jan Sieniński e Kamieniecki.
Em 1546, foi elevada a categoria de cidade pela Lei de Magdeburg. A partir de então, passou a ser conhecida por Lubicz, denominação do brazão heráldico de Stanisław Żółkiewski. A partir de 1629, a cidade se tronou propriedade de outro magnata polaco, Stanisław Koniecpolski, que ordenou a construção do Castelo de Brody, entre 1630 e 1635.
Desde essa época, a cidade era moradia de polacos e rutenos (atuais ucranianos), sendo que um número significante da população era judia (cerca de 70%) e ainda armênios e gregos.
Em 1704, Brody foi comprada pelo magnata polaco Potocki. Trinta anos após, em 1734, Stanisław Potocki, foi atacado por tropas russas e o castelo de Brody foi completamente destruído. Potocki o reconstruiu em estilo Barroco.
Nova invasão ocorreu em 1772, desta vez pelo Império Austro-húngaro e Brody permaneceu assim até o final da primeira guerra mundial.
Segundo o censo Austro-Húngaro, Brody, chegou a ter no ano de 1900, 11.854 pessoas de origem judaica, de uma população total de 16.400 habitantes, ou seja, 72,1%.
A velha sinagoga representada pela ilustração acima de Wilhelm Leopolski foi destruída durante a guerra polaco-soviética de 1920, quando o Presidente Józef Pilsudski, da Polônia conseguiu rechaçar outra invasão russa. Depois desta guerra, Brody passou a fazer parte da Voivodia de Tarnopol.
Mas em setembro de 1939, Brody foi ocupada pelo exército vermelho russo. Entre 26 e 30 de junho de 1941, uma batalha entre alemães do Primeiro Batalhão Panzer e Quinto Batalhão Mecanizado Soviético destruiu muitos edifícios da cidade. Em dezembro de 1942, os alemães prenderam a população judaica dentro do gueto no interior da cidade. A maioria dos 9.000 judeus foi morta em outros campos de concentração, execuções em massa e trabalhos forçados. Durante a guerra fria e já em território da República Socialista Soviética da Ucrânia, Brody foi uma importante base do regimento da Força Aérea Soviética.
As polaquinhas brejeiras desfilavam por ruas como essas
atraindo olhares maliciosos da aristocracia falida de Curitiba.
Golpe 1 | 18/06/2009 19:13 |
Oito contra oitenta mil Oito contra 180 milhões | |
Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania. A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira e, neste caso em especial, ao baronato que controla os meios de comunicação do país. A sanha desregulamentadora que tem pontuado as manifestações dos ministros da mais alta corte do país consolida o cenário dos sonhos das empresas de mídia e ameaça as bases da própria democracia brasileira. Ao contrário do que querem fazer crer, a desregulamentação total das atividades de imprensa no Brasil não atende aos princípios da liberdade de expressão e de imprensa consignados na Constituição brasileira nem aos interesses da sociedade. A desregulamentação da profissão de jornalista é, na verdade, uma ameaça a esses princípios e, inequivocamente, uma ameaça a outras profissões regulamentadas que poderão passar pelo mesmo ataque, agora perpetrado contra os jornalistas. O voto do STF humilha a memória de gerações de jornalistas profissionais e, irresponsavelmente, revoga uma conquista social de mais de 40 anos. Em sua lamentável manifestação, Gilmar Mendes defende transferir exclusivamente aos patrões a condição de definir critérios de acesso à profissão. Desrespeitosamente, joga por terra a tradição ocidental que consolidou a formação de profissionais que prestam relevantes serviços sociais por meio de um curso superior. O presidente-relator e os demais magistrados, de modo geral, demonstraram não ter conhecimento suficiente para tomar decisão de tamanha repercussão social. Sem saber o que é o jornalismo, mais uma vez – como fizeram no julgamento da Lei de Imprensa – confundiram liberdade de expressão e de imprensa e direito de opinião com o exercício de uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), como entidade de representação máxima dos jornalistas brasileiros, esclarece que a decisão do STF eliminou a exigência do diploma para o acesso à profissão, mas que permanecem inalterados os demais dispositivos da regulamentação da profissão. Dessa forma, o registro profissional continua sendo condição de acesso à profissão e o Ministério do Trabalho e Emprego deve seguir registrando os jornalistas, diplomados ou não. Igualmente, a FENAJ esclarece que a profissão de jornalista está consolidada não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. No caso brasileiro, a categoria mantém suas conquistas históricas, como os pisos salariais, a jornada diferenciada de cinco horas e a criação dos cursos superiores de jornalismo. Em que pese o duro golpe na educação superior, os cursos de jornalismo vão seguir capacitando os futuros profissionais e, certamente, continuarão a ser a porta de entrada na profissão para a grande maioria dos jovens brasileiros que sonham em se tornar jornalistas. A FENAJ assume o compromisso público de seguir lutando em defesa da regulamentação da profissão e da qualificação do jornalismo. Assegura a todos os jornalistas em atuação no Brasil que tomará todas as medidas possíveis para rechaçar os ataques e iniciativas de desqualificar a profissão, impor a precarização das relações de trabalho e ampliar o arrocho salarial existente. Neste momento crítico, a FENAJ conclama toda a categoria a mobilizar-se em torno dos Sindicatos. Somente a nossa organização coletiva, dentro das entidades sindicais, pode fazer frente a ofensiva do patronato e seus aliados contra o jornalismo e os jornalistas. Também conclama os demais segmentos profissionais e toda a sociedade, em especial os estudantes de jornalismo, que intensifiquem o apoio e a participação na luta pela valorização da profissão de jornalista. Somos 80 mil jornalistas brasileiros. Milhares de profissionais que, somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o jornalismo. Para o bem do jornalismo e da democracia, vamos reagir a mais este golpe! Brasília, 18 de junho de 2009. Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ |