Cerca de 100 mil pessoas protestam hoje no Sudoeste da Polônia. A manifestação contou com a participação de mineiros, trabalhadores do transporte e de centros de saúde.
Nas voivodias (estados) do sudoeste do país, durante algumas horas, foi suspenso o serviço de transporte ferroviário, centenas de escolas cancelaram as aulas, os hospitais quase paralisaram o atendimento.
Os manifestantes pedem mais segurança no trabalho, aumentos de pensões e proteção do governo em minas de carvão. As manifestações que duraram quatro horas na região de Silésia foram comandadas pelo sindicato Solidariedade.
Eles exigem incentivos fiscais para as empresas durante o tempo de inatividade, uma indenização às empresas afetadas pelas obrigações da Polônia de controlar as emissões para a atmosfera, bem como rejeitam a reforma da educação e saúde que prevê a redução do financiamento estatal de escolas e hospitais.
Os manifestantes pediram ao governo do primeiro-ministro, Donald Tusk, para melhorar o código trabalhista com a finalidade de dar às companhias mais flexibilidade nas horas de trabalho em momentos de crise, e reestruturar o sistema de saúde debilitado e ineficiente.
Os membros do sindicato realizaram ações de apoio em Katowice, Gdansk e algumas outras cidades da Polônia.
O ministro da Economia, Janusz Piechocinski, afirmou que o governo conversou com os sindicatos, que haviam pressionado por demandas "inaceitáveis", que onerariam o orçamento do Estado já apertado.
A região da Silésia foi a mais próspera da Polônia durante o período comunista, mas tem sido afetada desde 1990 pelo fechamento de muitas minas e siderúrgicas.
Se as autoridades não aceitarem o diálogo, os sindicatos ameaçam exigir a renúncia do governo.
As informações são da Associated Press e da Radio Voz da Rússia.
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