terça-feira, 17 de maio de 2022

Solidariedade Cracoviana

Refugiadas ucranianas e seus filhos fazem fila no JCC — Centro Comunitário Judaico de Cracóvia esperando pacientemente sua vez para receberem comida, medicamentos, roupas, sapatos, material de higiene pessoal, brinquedos... Tudo gratuito.
O Centro Judaico dá ajuda a todos os refugiados e o faz através de doações dos cracovianos, organizações humanitárias do mundo todo.

Nestas imagens do fotógrafo polaco premiadíssimo Chuck Fishman (4 medalhas de prestígio da World Press Photo Foundation entre outras premiações mundo à fora) está o dia a dia das ucranianas em Cracóvia, na Polônia.

Que desejar ajudar de qualquer parte do mundo pode fazê-lo através deste link: https:www.friendsofjcckrakow.org/ukraine









O JCC - Centro Comunitário Judaico de Cracóvia está localizado na ulica (rua) Miodowa, nº 24, no bairro do Kazimierz, próximo do centro da cidade.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Homenagem da Câmara de Curitiba

A manhã desta quarta-feira, 4 de maio de 2022 foi de muita felicidade para mim. Isto porque, a Câmara Municipal de Curitiba, prestou uma homenagem ao amor que dedico à Polônia e a etnia polaca do Brasil. Recebi um troféu e um diploma, onde se pode ler:


"A Câmara Municipal de Curitiba, Capital do Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais, em conformidade com o Decreto Legislativo nº 08/2020 de 17 de dezembro de 2020, outorga ao Senhor ULISSES IAROCHINSKI o Prêmio "Cultura e Divulgação de Curitiba", pelo destaque alcançado em sua área de atuação por iniciativa do Vereador Tito Zeglin. Palácio Rio Branco, em 29 de março de 2021. Assinado pelo Vereador Tito Zeglin - propositor e pelo presidente da Câmara Vereador Tico Kuzma."


Muito deste prêmio e diploma é por divulgar Curitiba como a terceira maior concentração da etnia polaca no Mundo. Há mais de 35 anos, seja como jornalista, como ator, como poeta, cineasta e escritor coloco os polacos curitibanos descendentes do maior fluxo imigratório do Estado do Paraná na ponta da língua, da caneta, do teclado, seja em reportagens históricas e culturais em jornais, revistas, rádios, televisões e mais recentemente em livros, poemas, declamações, vídeos, blogs, redes sociais, documentários tudo o que aprendo, leio, vejo, rumino e dissemino aos quatro cantos e ventos de forma individual e solitária, sem apoio de entidades, órgãos e autoridades daqui e de lá, pelo simples desejo de fazer conhecer a todos os que vivem neste Brasil de todas as raças e etnias, que os imigrantes da Polônia e seus descendentes também são responsáveis pelo desenvolvimento do país e da nação brasileira.

Vereador Tito Zeglin faz a entrega do troféu e diploma "Cultura e divulgação de Curitiba"

Um amigo artista, Gláucio Karas (Isidorio Duppa) criou a frase "Semo polaco não semo fraco" e a colocou em peças teatrais, livros, paródias musicais e eu a uso como resposta sempre quando me dizem: "Eita! lá vem o fanático pela Polônia. Para o Iarochinski tudo é polaco, tudo é Polônia".

Quando lancei meu primeiro livro de divulgação da cultura polaca, o "Saga dos Polacos - a Polônia e seus emigrantes no Brasil", a TVP-Telewizja Polska, a mais importante e de maior audiência da Polônia, enviou uma equipe a Curitiba para fazer um programa especial sobre o lançamento do meu livro. No final do programa eu disse emocionado para a câmera: "Moje Serca bije po polsku" (meu coração bate em polaco).


Hoje, na Câmara Municipal de Curitiba, uma outra equipe da TVP da Polônia esteve cobrindo a homenagem que recebi. Fui mais uma vez entrevistado e ao final repeti quase a mesma frase: "Jestem brazylijczykiem y też polakiem, teras mam obywatelstwo Polski oraz Moje Serca bije po polsku" (sou brasileiro e também polaco, agora tenho cidadania polaca e meu coração bate em polaco).

Bardzo dziękuje polaco Zeglin, dziękuje polaco Kusma.

"Jestem bardzo, ale bardzo jestem naprawdę szczęśliwy. Bardzo się cieszę za hołd i dziękuję za uznanie dla mojej pracy." ( Sou muito, mas muito estou, de verdade, feliz. Estou muito feliz pela homenagem e agradecido pelo vosso reconhecimento ao meu trabalho)

Foto com os vereadores Tito Zeglin, Indiara Barbosa e Herivelton Oliveira.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

DIAS DA POLACADA NO PARANÁ

"Todo dia é dia de polaco" parafraseando os versos de Jorge Ben cantados por Baby Consuelo.
Pelo menos no Paraná, onde se concentra a maior etnia polaca da América Latina é.... Hoje, 2 de maio, e amanhã, 3 de maio, os polacos do Paraná comemoram datas importantes de sua história. 2 de maio é o dia da bandeira da Polônia e do Polaco do Paraná.



DIA ESTADUAL DO POLACO
Comemorado no Estado do Paraná, conforme Lei Nº 14381 de 30 de abril de 2004, autoria do Deputado Neivo Beraldin.

Casa de imigrantes polacos em São Mateus do Sul - PR

Os polacos trouxeram para o Paraná costumes, religiosidade, a casa de tábuas com sarrafos, lambrequins e cerca de ripa; o pierogi (pastéis cozidos), o bigos (sopa de repolho com carnes), o sernik (torta de ricota), chleb (broa) o gołąbki (charuto com folha de repolho ou couve), faworki (cueca virada), piwo domowe (cerveja caseira), zupa (sopa) de kapusta (repolho), ogórek (pepino), ziemniak (batata), grzyb (cogumelos); kapusta kwaśna (repolho azedo) e ogórek kwaśny (pepino azedo).

Trouxe a cultura representada por João Zako, Paulo Leminski e família Morozowicz;

Estátua do Semeador de João Zako, na praça Eufrazio Corrêa, em Curitiba

Na educação trouxe os dois fundadores da primeira universidade do país, Szymon Kossobudzki e Juliusz Szymanski, e na escola primária Zdzislau Zawadzki e Hieronim Durski.

Trouxe e formou descendentes engenheiros, advogados, médicos, cientistas, intelectuais, sacerdotes, atrizes, atores, bailarinos e poetas;

Trouxe também os revolucionários da agricultura com a carroça de roda de raios e puxada à cavalos, o arado e os criadores das primeiras cooperativas agrícolas do Brasil.

Carroção com toldo dos imigrantes polacos de Araucária - PR

Cabe a esta etnia a fundação da oftalmologia paranaense, a implantação da entomologia, geologia, silvicultura, ornitologia, cirurgia e valiosíssimas pesquisas nestas áreas, entre diversas outras contribuições.

DIA E SEMANA DA COLÔNIA POLACA
Comemorados em Curitiba, conforme Lei Municipal nº 11.785, de 01 de junho de 2006, de autoria do vereador Tito Zeglin, sancionada pelo prefeito Carlos Alberto Richa.

A semana da Colônia Polaca é comemorada anualmente na semana que coincida com o dia 2 de maio e passa a fazer parte do calendário escolar e das atividades culturais e turíticas do Município de Curitiba.

LEI ORDINÁRIA No 11.553 de 25 de outubro de 2005 publicada no DOM de 27/10/2005 "Institui o dia 2 de maio como o Dia Municipal da Imigração Polaca.", em Curitiba.


DIA MUNDIAL DOS DESCENDENTES
E DOS POLACOS NO ESTRANGEIRO
O governo da Polônia também comemora esta data de 2 de maio, em homenagem a todos que têm sangue polaco correndo em suas veias em todos os países do mundo, pela vigésima vez.

As descendentes de imigrantes polacos de Contenda-PR, Isabele Wojcik e Julianny Wojcik Haluc


DIA DA BANDEIRA DA POLÔNIA
A bandeira da Polônia foi criada oficialmente, em 8 de novembro de 1831, durante a Revolta de Novembro, quando Sejm (o primeiro parlamento republicano, criado em 1569, do mundo) decidiu que as cores nacionais da Polônia seriam o branco e vermelho.


A 1 de agosto de 1919, o Sejm da Polônia independente criou a bandeira da Polônia na sua forma atual. 

Desde 2004, no dia 2 de maio é celebrado, na Polônia, o Dia da Bandeira.

DIA DA CONSTITUIÇÃO

A primeira Constituição da Europa e a segunda do mundo foi outorgada em, 3 de maio de 1791, quando o general polaco Tadeusz Kościuszko, o herói de dois mundos, Polônia e Estados Unidos (ele comandou tropas na guerra da independência das 13 colônias americanas) e levou para a República da Polônia (a única da Europa de então) cópia da Constituição americana.


Fato que enfureceu as maiores monarquias (russa, austríaca e prussa-alemã) da época, que 4 anos depois invadiram a República da Polônia por 123 anos.

POLACOS NA GUERRA DO CONTESTADO
Os recém-assentados polacos nas colônias de Canoinhas, Lucena, União da Vitória e Cruz Machado foram envolvidos no mais sangrento episódio da história do Paraná - A Guerra do Contestado - onde os paranaenses lutaram contra o exército brasileiro para defender suas terras do norte-americano Percival Farquhar.

Na foto, é visível a cara do colono polaco, no trem que levou posseiros, indíos e imigrantes da zona do conflito para Ponta Grossa.


texto: Ulisses iarochinski