segunda-feira, 22 de abril de 2024

Novos prefeitos eleitos em segundo turno na Polônia

 
Neste domingo, 21 de abril, ocorreu o segundo turno nas eleições municipais, na Polônia. Os resultados oficiais apontam os seguintes vencedores. Os novos prefeitos de Cracóvia, Toruń, Olsztyn, Kielce, Gdynia e Zielona Góra estão entre as cidades com 100.000 habitantes.
 
Bielsko-Biała:
Jarosław Klimaszewski - 63,93%.
Konrad Łoś - 36,07%.
 
Częstochowa:
Krzysztof Matyjaszczyk – 57,76%
Monika Pohorecka – 42,24%.
 
Elbląg:
Michał Missan – 57,9%
Andrzej Śliwka — 42,0%
 
Gdynia:
Aleksandra Kosiorek - 62,49%
Tadeusz Szemiot - 37,51%
 
Gliwice:
Katarzyna Kuczyńska-Budka – 50,5%
Mariusz Śpiewok – 49,4%
 
Gorzów Wielkopolski:
Jacek Wójcicki — 61,2%
Piotr Wilczewski — 38,77%
 
Kielce:
Agata Wojda – 56,54%
Marcin Stępniewski – 43,46%
 
Koszalin: 
Tomasz Sobieraj — 51,01%
Piotr Jedliński — 48,99%
 
Kraków:
Aleksander Miszalski – 51,04%
Łukasz Gibała – 48,96%
 
Olsztyn:
Robert Szewczyk – 53,45%
Czesław Małkowski – 46,55%
 
Poznań:
Jacek Jaśkowiak – 70,67%
Zbigniew Czerwiński – 29,33%
 
Radom:
Radosław Witkowski – 54,58%
Artur Standowicz – 45,42%
 
Ruda Śląska:
Michał Pierończyk – 70,45%
Marek Wesoły – 29,55%
 
Rybnik:
Piotr Kuczera – 53,79%
Andrzej Sączek – 46,21%
 
Rzeszów:
Konrad Fijołek – 54,9%
Waldemar Szumny – 45,1%
 
Tarnów:
Jakub Kwaśny – 56,15%
Henryk Łabędź – 43,85%
 
Toruń:
Paweł Gulewski – 65%
Michał Zaleski – 35 %
 
Tychy:
Maciej Gramatyka – 58,64%
Sławomir Wróbel – 41,36%
 
Włocławek:
Krzysztof Kukucki – 56,28%
Marek Wojtkowski – 43,72%
 
Wrocław:
Jacek Sutryk – 68,29%
Izabela Bodnar – 31,71%
 
Zabrze:
Agnieszka Rupniewska – 57,85%
Małgorzata Mańka-Szulik – 42,15%
 
Zielona Góra:
Marcin Pabierowski – 57,46%
Janusz Kubicki – 42,54%
 
Sobre o resultados das eleições municipais o ex-presidente da República Aleksander Kwaśniewski afirmou que "o sinal que vem destas eleições é que ainda existe um voto de confiança na coligação governante, embora não seja incondicional. A Coligação Cívica até aumentou sua participação, mas se olharmos com precisão, estes resultados não diferem fundamentalmente dos resultados das eleições parlamentares".
 
Ainda, segundo Kwaśniewski, "a esquerda precisa de uma reflexão profunda. Está faltando alguma coisa. O resultado é frustrante"
 
O resultado mais esperado deste segundo turno é pela prefeitura de Cracóvia, pois um ciclo muito longo se encerra. Depois de 22 anos, o professor doutor habilitado da Universidade Iaguielônica,  Jacek Majchrowski encerrou seu mandato.
 
 Venceu por um mínimo percentual o candidato da Coligação comandada pelo primeiro-ministro Donald Tusk, que também era o candidato de Majchrowski, o Aleksander Miszalski com 51,04% dos votos contra Łukasz Gibała que fez 48,96%
 
O deputado do Partido da Plataforma Cívica Aleksander Miszalski eleito prefeito de Cracóvia

Antes do primeiro turno, ele foi apoiado por toda a Coalização Cívica e pelo Partido da Nova Esquerda, bem como por Stanisław Mazur, o líder da Associação Cracóvia Melhor, que renunciou à sua candidatura poucos dias antes da votação. Antes do segundo turno, PSL e Polska 2050 também declararam seu apoio a Miszalski.
 
o novo prefeito Aleksander Miszalski (nascido em 1980, em Cracóvia) é o presidente do PO - Partido da Plataforma Cívica na voivodia da Małopolska (Pequena Polônia). Antes de se tornar deputado, foi vereador distrital e vereador eleito pela comissão eleitoral de Jacek Majchrowski.
 
Suas prioridades incluem melhorar a situação financeira da cidade. Ele possui mestrado em três áreas: economia e relações internacionais na Universidade de Economia, turismo e recreação na Academia de Educação Física e sociologia na Universidade Iaguielônica. Este ano defendeu seu doutorado em turismo na Universidade de Economia de Cracóvia.
 
Durante 20 anos, até anunciar sua candidatura à prefeitura da cidade, ele foi um empresário que atuava no setor de turismo. Miszalski substituirá Jacek Majchrowski, prefeito de Cracóvia, que estava no cargo desde 2002. Majchrowski não concorreu à reeleição. Ele explicou a decisão, entre outros: idade dele. Ele tem 77 anos.
 
Nas eleições, Majchrowski recomendou a candidatura do seu vice, Andrzej Kulig, mas este não chegou ao segundo turno. Nas duas últimas eleições em 2014 e 2018, Majchrowski (concorrendo em seu próprio comitê eleitoral) venceu no segundo turno os candidatos do PiS: Marek Lasota (58,77% a 41,23% dos votos) e Małgorzata Wassermann (61,94% a 38,06% dos votos). votos)
 
E é Donald Tusk que afirmou: “PiS simplesmente desapareceu”. O PiS - Partido Direito e Justiça, do líder Jaroław Kaczyński, que governou o país desde 2015, não poder ser considerado, apesar das palavras do atual primeiro-ministro que desapareceu. A população polaca continua dividida entre os católicos de extrema-direita e os católicos de centro-esquerda.
 
Pois nestas eleições locais é difícil dizer quem ganhou e quem perdeu. Mas Tusk está convicto que “os resultados são muito significativos para mim. O dia 15 de outubro teve um significado profundo. Continuo a acreditar que este processo será muito exigente".
 
O Primeiro-Ministro acredita que "há um mito que se espalha hoje de que existem alguns redutos do partido, de que existem redutos do PiS. Em cada voivodia e em cada vila, pode-se esperar uma surpresa quando há candidatos interessantes. Há apenas três dias, alguém poderia ter dito que Zakopane é um reduto do PiS. Estas eleições locais mostraram que a Polônia está em todo o lado".
 
 Texto: Ulisses iarochinski (com fontes de jornais e Comissão eleitoral)
 
 
 

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Coalização do primeiro-ministro Tusk vence as eleições municipais na Polônia

Primeiro-ministro Donald Tusk vitorioso nas eleições regionais e municipais

 
 A coalizão pró-europeia da Polônia que está no governo saiu vitoriosa nas eleições locais deste domingo (7).
 
Mas ainda assim, o partido de extrema-direita Direito e Justiça (PiS), que governou nos últimos 8 anos foi o partido mais mais votado, individualmente, com 33,7%, segundo o instituto Ipsos.
 
A Coalizão Cívica de centro-esquerda do atual primeiro-ministro Donald Tusk obteve 31,9%, o que lhe dá a maioria junto com seus aliados da Terceira Via (democratas-cristãos, 13,5%) e a Nova Esquerda (6,8%).
 
Outro partido de extrema-direita, o Confederação recebeu 7,5%. Com isso, Tusk comemorou outra vitória da aliança pró-europeia após as eleições gerais de 15 de outubro passado, que o devolveram ao poder.
 
"O 15 de outubro se repetiu em abril", declarou. Os eleitores na Polônia, país membro da União Europeia e da Otan com 38 milhões de habitantes, foram às urnas neste domingo que passou para eleger prefeitos, vereadores e governos das 16 voivodias.
 
A Coalizão Cívica alcançou vitórias claras nas prefeituras da capital Varsóvia e da cidade portuária de Gdansk, seus dois principais bastiões. Rafal Trzaskowski, um aliado de Tusk que foi reeleito como prefeito de Varsóvia, afirmou que os resultados marcam "um novo passo no caminho para garantir que os populistas representados pelo PiS nunca voltem ao poder".
 
Em Łuków, cidade a 18 km de Wojcieszków, onde nasceram minha bisavó Anna Ognik-Filip e

meu avô Bolesław Jarosiński, meu amigo Sławomir Smolak foi eleito conselheiro (equivalente a vereador). Anos atrás, ele me auxiliou a encontrar a família Jarosiński/Jaroszyński em Łuków e a localizar Wojcieszków, como uma das terras das minhas origens paternas.
 
A outra é a cidade de Dobre, na voivodia da Mazóvia, onde nasceu meu bisavô Piotr Jackowski Jarosiński. Em Łuków também é a terra do meu primo e ex-embaixador da Polônia no Brasil, Jacek Hinz (sua mãe é Jarosiński).



Em Cracóvia depois de mais de 20 anos de vitórias consecutivas do prof. dr. hab Jacek Majchrowski, a cidade terá um novo prefeito. As eleições foram vencidas por Aleksander Miszalski da Coalização Cívica de Donald Tusk do Partido da Plataforma Cívica com os votos de 37,21% dos eleitores.
Jacek Majchrowski

Isto é uma surpresa porque nenhuma sondagem tinha indicado anteriormente que Miszalski poderia vencer no primeiro turno. O segundo lugar ficou com Łukasz Gibała (KWW Łukasz Gibała - Cracóvia para residentes) com 26,79%
 
A Polônia está cada vez mais alinhada com a União Europeia e com a OTAN após essas eleições. E mais distante da Rússia e Putin. Contudo, pode-se dizer que a Igreja Católica Romana ainda é bastante poderosa, muito dos votos de direita são, justamente, orientações políticas do Padre Tadeusz Rydzyk. Ele é um padre católico romano da Congressão dos Redentoristas, fundador e diretor da emissora conservadora Radio Maryja e também fundador da Universidade de Cultura Social e de Mídia da cidade de Toruń, que forma jornalistas conservadores e de direita.