sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Nossa família na Polônia


Dia destes fui apresentado ao site nasza-klasa... Uma versão polaca do orkut e facebook. Bastante interessante apesar de ser apenas no idioma polaco. Talvez seja um instrumento muito bom para encontrar familiares na Polônia. Eu mesmo já me fiz amigo (tal como no orkut e facebook) de 25 pessoas com meu sobrenome, entre centenas que estão cadastrados. 
Enviei recados a eles, que prontamente responderam ao convite de amizade. Agora envio recados aos demais me apresentando e dizendo que busco as origens do sobrenome e minha família. Espero ter algum sucesso.  O endereço é http://nasza-klasa.pl. 

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Eslováquia começa a usar Euro

O euro produzido na Eslováquia

Desde hoje, primeiro de janeiro de 2009, a vizinha Eslováquia faz parte dos 16 países da zona Euro. A Eslováquia é o primeiro país da Europa do Leste a adotar a moeda única européia. Sai na frente das vizinhas República Tcheca, Polônia e Hungria.
O câmbio está em 30,1260 coroas para cada 1 Euro. Nos dezesseis primeiros dias de janeiro deverão ainda conviver as duas moedas, coroa e euro. Porém no comércio, lojas, farmácias, supermercados só são aceitas moedas e notas de Euro. Até o final de 2009, a coroa poderá ser trocada nos bancos comerciais, depois disso só no Banco Central da Eslováquia.
Entre 19 de agosto e 15 de dezembro de 2008, O banco central produziu 500 milhões de moedas ou 2.405 toneladas em EURO de 2 €, 1 €, 50 centavos, 20 centavos, 10 centavos, 5 centavos, 2 centavos e 1 centavo de. A cada mês a produção é de 150 milhões destas moedas.
Na Polônia, seguem as discussões entre o Presidente Lech Kaczyński e o primeiro-ministro sobre a adoção do Euro. Tudo leva a crer, entretanto, que a Polônia só estará na zona Euro em 2012. Até lá o złoty (ouro) seguirá sendo a moeda polaca.

Decidido: Hanna Lis volta ao "Wiadomości"

Hanna Lis

Os novos diretores gerais da TVP - Telewizja Polska, Piotr Farfał e Tomasz Rudomino, respectivamente presidente e vice, deram entrevista ao vivo, ontem, na própria emissora estatal, pelo canal TVPinfo. Eles substituem a polêmica administração de Andrzej Urbański, Sławomir Siwki e Marcin Bochenki (os três eram indicados pelo partido PiS do presidente da República). Embora os três susbtituídos aleguem ilegalidade na posse de Farfał, a verdade é que a presidência dos novos diretores foi confirmada pelo Tribunal Nacional.
Além de oito diretores de setores que serão demitidos, ou transferidos para outras funções, a primeira decisão do novo presidente é de que a jornalista Hanna Lis voltará a conduzir o principal telejornal da emissora, o "Wiadomości", já nesta segunda-feira dia 5 de janeiro.
Ainda não se sabe, contudo, qual jornalista será o editor chefe, já que Krzysztof Rak,  que retirou Hanna do ar duas semanas atrás, entrou em férias. A dúvida se ele continua, ou não, se deve aos boatos dos corredores da emissora de que a ordem para tirar a bela Hanna do vídeo partiu do presidente substituído Urbański. Este por sua vez, teria sido forçado pelo partido PiS que não admitia a presença do casal Hanna e Tomasz Lis na condução do telejornal e no "talk-show" político do marido Tomasz.
A verdade é que do ponto de vista jornalístico, a mudança de poderes na principal emissora de televisão do país, pouco acrescentará a liberdade de expressão, pois os novos presidente e vice foram indicados pelos partidos LPR (Partido da Liga da Família Polaca) e Samoobrona (Partido da Autodefesa), dois partidos ainda mais à direita do que o conservador partido de extrema-direita do presidente Lech Kaczyński. Assim, ao que tudo indica a liberdade de expressão e jornalismo sem censura continuará com mordaças, apesar da independência de Hanna Lis em seus comentários.  A jornalista vinha aproveitando as "enrascadas" e gafes do presidente da República para destilar algumas verdades que o partido não gostou. Por isto teria sido afastada do vídeo.

QUEM É HANNA


Hanna Lis, cujo sobrenome de solteira é Kedaj, é filha de dois jornalistas Aleksandr e Waldemara e nasceu em 13 de maio de 1970, em Augustów. Por sua vez, a mãe dela é filha de Stanisław Stampf'l, também jornalista e escritor.
Hanna morou alguns anos na Itália, já que seu pai era correspondente do jornal Życia Warszawy, em Roma. Ela começou sua carreira na TVP, onde entre outros programas apresentou o telejornal "Teleexpress". Em 2002, transferiu-se com um bom salário para a televisão privada TV4 (do grupo Polsat), onde apresentou outro telejornal, o "Dziennik".
Em 2004, ela foi transferida para o canal principal do grupo a TV Polsat. Ali foi âncora do telejornal "Wydarzenia". Fez algumas aparições como correspondente da CNN norte-americana, neste período. 
No tempo que viveu na Itália, chegou a representar a Polônia no 20º Festival da Canção Infantil "Zecchino d'Oro", de 1977. No ano seguinte, ela se apresentou com Piccolo Coro dell' Antoniano no Vaticano e cantou algumas canções para o Papa João Paulo II.
Casou-se com Tomasz Lis, um popular jornalista, que faz dublê de galã em suas aparições televisivas. Em 2002, ela fez uma aparição como atriz no filme "Rób swoje ryzyko jest twoje". É formada pela Universidade de Varsóvia, em Filologia Italiana e conquistou o prêmio jornalístico  "Wiktor 1996", na categoria "Descoberta do Ano". 

Houve gueto em Cracóvia?

Portões de entrada do gueto de Płaszów, em Cracóvia

Cracóvia antes de 1918 estava sob jugo do Império Austríaco por 123 anos. Neste período fez parte da província austríaca da Galícia. Muitos eram os judeus residindo na cidade, especialmente no bairro do Kazimierz. Em 1939, estes judeus alcançavam o número de 68.482, quase um quarto de uma população total de aproximadamente 250.000 habitantes. Em 6 de  setembro de 1939, Cracóvia foi capturada pelas tropas alemãs.  
A perseguição aos judeus começou imediatamente e se intensificou logo depois dos alemães terem declarado Cracóvia capital do Generalgouvernement, a área da Polônia que a Alemanha não anexou diretamente a suas províncias orientais. Os alemães ordenaram o fechamento das sinagogas e do "Judenrat". O primeiro presidente da "Judenrat" era Marek Biberstein, conhecido professor judeu ativista social.  O SS-Oberscharführer Paul Siebert, apontado como membro da "Judenrat", disse que todas as ordens alemãs deveriam ser cumpridas com absoluta obediência e com precisão. Uma das primeiras ordens da SS foi recolher utensilhos e peças de valor das sinagogas e entregar-las todas aos alemães. Em 1940, foi organizada pelos alemães um polícia judaica, e foi designado como chefe Symche Spira, o qual antes da guerra tinha sido carpinteiro e judeu ortodoxo. Embora não falasse fluentemente polaco ou alemão, ele se tornou o melhor colaborador da SS e da Gestapo.  Em novembro de 1939, todos os judeus de 12 anos e acima desta idade tiveram que usar uniformes e a estrela de David. Segundo dados da "Judenrat" foram vendidas 53.828 "Estrelas de David" para serem usadas pelos judeus com mais de 12 anos de idade. 
Na cidade, o castelo de Wawel se transformou na residência do advogado nazista Hans Frank, que tinha sido indicado como governador geral da Polônia. Montelupich se transformou em uma prisão das polícias de segurança alemãs. Em 1942, o campo de Płaszów (ou Plachóvia) foi estabelecido no sul da cidade como um campo de trabalhos forçados para os judeus de Cracóvia. Em 1944, Plachóvia se transformou também num campo de concentração. O gueto cobria uma área de 20 hectares, e incluía 15 ruas e 320 edificações com 3.167 cômodos. Em maio 1940, os alemães iniciaram a desocupação do Kazimierz e a transferência dos judeus de Cracóvia para o campo vizinho, do outro lado do rio Vístula.  


Judeus sendo transferidos através da ponte de ferro sobre o rio Vistula, na rua Starowiślna.

Em 15 de agosto, quase todos já haviam sido retirados de Cracóvia, bem como das localidades ao redor da cidade. Membros da "Judenrat" tentaram impedir as transferências forçadas. Marek Biberstein, e diversos outros membros da "Judenrat" e até alguns oficiais alemães que não concordavam com as medidas foram presos. Biberstein foi aprisionado em Cracóvia e depois em Tarnów até 1942. Um advogado de Cracóvia, Dr. Artur Rosenzweig, tentou se tornar o novo líder da da "Judenrat". Rosenzweig era uma pessoa modesta e recusou-se a colaborar com a SS. Marek Biberstein foi morto em Placchóvia em 1944.
Em março de 1941, quase todos os judeus já estavam em Plachóvia. Apenas 15.000 permaneceram em Cracóvia. Ainda no começo de março de 1941, os alemães resolveram fazer um gueto, ali perto no bairro do Podgórze. Os alemães concentraram assim os judeus que haviam permanecido em Cracóvia neste gueto criado na outra margem do Vístula. Ao redor de 20.000 judeus foram confinados neste gueto do Podgórze. Apesar de cercado por cercas de arame, barricadas e muro, os bondes elétricos continuaram atravessando o bairro, porém ser fazer nenhuma parada dentro da área do gueto. Os alemães criaram fábricas dentro do gueto, entre elas a Optima e Madritsch, onde judeus eram usados como mão-de-obra escrava. Centenas de judeus também foram empregados em fábricas e outros serviços fora do gueto, mas sempre tinham que retornam para dormir amontoados.
Em março de 1942, os alemães prenderam aproximadamente 50 intelectuais no gueto e os enviou para o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, distante 64 km. Na segundo semestre de 1942, os alemães retiraram cerca de 13.000 pessoas do gueto. Durante estas transferências, a Plac Zgody e a fábrica Optima foram os pontos principais de retirada.
A maioria dos transferidos foram enviados pra o campo de extermínio de Belzec, no sudeste da Polônia, a algumas dezenas de quilômetros de Rzeszów (ou Jechóvia em português). Outros tantos foram enviados para Auschwitz. Centenas de pessoas foram executadas durante estas transferências pelos motivos mais torpes.
Em março de 1943, os alemães destruíram o gueto de Cracóvia. Mais de 2.000 pessoas foram transladadas para Auschwitz-Birkenau e imediatamente assassinadas. O resto da população do gueto foi transferida para bem mais perto, ali mesmo no campo de Plachóvia. Uma unidade especiais, conhecidas como Unidades 10051 desenterrou corpos putrefatos para queimá-los e dispersar as cinzas. O trabalho das unidades 10051 durou quase dois anos e envolveu a exumação de mais de dois milhões de corpos. Em Plachóvia, em janeiro de 1945, uma Unidade 10051 exumou 9.000 corpos de 11 sepulturas coletivas.
Existiu um movimento de resistência judeu dentro de Plachóvia, já a partir do momento em que o gueto foi estabelecido.

O campo de Płaszów (Plachóvia)

Operações clandestinas tentaram dar suporte para a educação e o bem-estar das crianças. Em outubro de 1942, entretanto, a Organização Judaica de Luta (Zydowska Organizacja Bojowa - ZOB), organização clandestina independente da ZOB de Varsóvia, preparou-se para lutar contra os alemães. A ZOB, contudo, decidiu não lutar nos confins limitados do gueto, mas usar o gueto como base para atacar alvos na cidade de Cracóvia. O mais importante ataque da ZOB ocorreu no centro de Cracóvia, no Café Cyganeria, que era frequentado por oficiais alemães. Os rebeldes do gueto também tentaram reunir grupos ativos de rebeldes da região de Cracóvia. Em confrontos sucessivos com os alemães, os rebeldes do gueto sofreram muitas perdas. No outono de 1944, os remanescentes da resistência fugiram da Polônia, atravessando a Eslováquia e indo para a Hungria, aonde se juntaram aos grupos de resistência judaica em Budapeste. Cracóvia permaneceu como sede administrativa do Generalgouvernement até os alemães evacuarem a cidade em janeiro de 1945.
As condições de vida neste campo foram terríveis. O comandante da SS no acampamento Amon Goeth fazia de tudo para tornar a vida dos prisioneiros um inferno. Um prisioneiro de Plachóvia podia se considerar uma pessoa de sorte se sobrevivesse ali mais de quatro semanas. Sim, pois apesar de difícil sempre existia uma mínima possibilidade de escapar com vida do campo, sonho este alimentado por todos. Após a liberação, o comandante Amon Goeth foi preso por oficiais polacos, sentenciado à morte e enforcado. Em 18 de janeiro de 1945 as Forças Armadas Soviéticas libertaram Cracóvia, pondo fim ao terror que dominou corações e mentes por cinco anos. 

P.S. Respondendo a pergunta do título. Sim, houve!. Pois se antes, Plachóvia, Podgórze e Cracóvia fossem cidades diferentes, a verdade é que hoje as duas primeiras são bairros de Cracóvia. E de certa forma já o eram antes, apenas é que ficavam no outro lado do rio Vístula. E outra coisa é que o texto aqui, foi baseado em alguns outros, inclusive de publicações do United States Holocaust Memorial Museum.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ortografia: agora é pra valer!!!!

O brasileiro Assis e o português Queiroz teriam dificuldade para seguir as novas regras.

Este blog desde seu início, em 23 de julho de 2007, defende a reforma ortográfica e mais do que reforma, defende a unificação da língua portuguesa nos 8 países que a adotam como idioma oficial.
Está nos arquivos deste blog, toda a reforma, item por item... Basta pesquisar no arquivo ao lado (A partir do dia 15 de agosto de 2007). E por que esta defesa? Porque já não é mais possível continuar discutindo aqui na Polônia, com estudantes polacos, ou portugueses eventuais destas paragens, se "kielbasa", perdão - linguiça tem trema no U, ou não. Se é correto falar assim ou assado. Se é preferível usar o sotaque de Lisboa, ou o de Curitiba.
Creio, que os portugueses serão os mais resistentes as mudanças, pelo menos aqui em Cracóvia, polacos com sotaque português e estudantes e professores vindos de Portugal, torcem o nariz para o nosso modo brasileiro de escrever e falar.
É claro que ainda deixarei escapar erros aqui e ali. Mas a promessa de seguir as novas regras está feita e aprovada.
Como resumo desta nova forma de escrever o português repito aqui, neste espaço, o que já está nos arquivos.
As mudanças mais significativas alteram a acentuação de algumas palavras, extingue o uso do trema e sistematiza a utilização do hífen. No Brasil, as alterações atingem aproximadamente 0,5% das palavras. Nos demais países, o percentual é de 1,6%. Entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, já ratificaram o acordo Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. O Presidente Lula fez isto meses atrás.
Começando pelo uso do trema, já mencionado acima, ele desaparece de vez no Brasil. Palavras como "lingüiça" e "tranqüilo" passarão a ser grafadas sem o sinal gráfico sobre a letra "u". A exceção fica por conta de nomes estrangeiros, como "Müller". Seguindo o exemplo de Portugal, paroxítonas com ditongos abertos "ei" e "oi" —como "idéia", "heróico" e "assembléia"— deixam de levar o acento agudo. O mesmo ocorre com o "i" e o "u" precedidos de ditongos abertos, como em "feiúra". Deixa de existir o acento circunflexo em paroxítonas com duplos "e" ou "o", em formas verbais como "vôo", "dêem" e "vêem". Os portugueses não tiveram mudanças na forma como acentuam as palavras, mas na forma que escrevem algumas delas. As chamadas consoantes mudas, que não são pronunciadas na fala, serão abolidas da escrita. É o exemplo de palavras como "objecto" e "adopção", nas quais as letras "c" e "p" não são pronunciadas. (Até que enfim! Difícil será os portugueses escreverem apenas fato e não facto para diferenciar de fato - sabe que não sei mais o que é paletó e o que é notícia?)
O alfabeto passa a ter 26 letras, com a inclusão de "k", "y" e "w". A utilização dessas letras permanece restrita a palavras de origem estrangeira e seus derivados, como "kafka" e "kafkiano".
Infelizmente a unificação ainda não será total. Como privilegiou mais critérios fonéticos (pronúncia) em lugar de etimológicos (origem), para algumas palavras será permitida a dupla grafia. Isso ocorre principalmente em paroxítonas cuja entonação entre brasileiros e portugueses é diferente, com inflexão mais aberta ou fechada. Enquanto no Brasil, as palavras são acentuadas com o acento circunflexo, em Portugal, utiliza-se o acento agudo. Ambas as grafias serão aceitas, como em "fenômeno" ou "fenómeno", "tênis" e "ténis".  Polônia no Brasil continuará com "chapeuzinho", enquanto os portugueses continuarão falando o O aberto e colocando um "grampinho" no segundo O. A regra valerá ainda para algumas oxítonas. Palavras como "caratê" e "crochê" também poderão ser escritas "caraté" e "croché". O hífen também ganha nova utilização. O objetivo (e não objectivo) das mudanças é simplificar a utilização do sinal gráfico, cujas regras estão entre as mais complexas da norma ortográfica. O sinal será abolido em palavras compostas em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento também começa com outra vogal, como em aeroespacial (aero + espacial) e extraescolar (extra + escolar). Já quando o primeiro elemento finalizar com uma vogal igual à do segundo elemento, o hífen deverá ser utilizado, como nas palavras "micro-ondas" e "anti-inflamatório". Essa regra acaba modificando a grafia dessas palavras no Brasil, onde essas palavras eram escritas unidas, pois a regra de utilização do hífen era determinada pelo prefixo. A partir da reforma, nos casos em que a primeira palavra terminar em vogal e a segunda começar por "r" ou "s", essas letras deverão ser duplicadas, como na conjunção "anti" + "semita": "antissemita". A exceção é quando o primeiro elemento terminar e "r" e o segundo elemento começar com a mesma letra. Nesse casso, a palavra deverá ser grafada com hífen, como em "hiper-requintado" e "inter-racial".
Bem, nos demais países as alterações serão maiores, esperemos que eles mudem também.

2009: continuidade das amizades

O jornal Rzeczpospolita, um dos mais tradicionais da Polônia, encerra o ano com desejos a seus leitores de um próximo ano novo de 2009 com: 365 dias de amor, 4 estações do ano com bondade, 12 meses de paz, 52 semanas de trabalho, e continuidade da amizade com os redatores do jornal"

2009: Tamanho tem significado

Na última edição do ano de 2008, o jornal Gazeta Wyborcza traz em sua primeira página a sua principal manchete com "Ano novo, mais altos salários".
E faz seus maiores desejos de "Amor em vez de casos, artes maiores em vez de baratas artimanhas, vida em paz - não quartinhos, políticas maiores em vez de pequenos politiqueiros,  jornais em vez de jornalzinhos. Tamanho tem significado." 

Polônia pede cessar fogo


A Polônia pediu o imediato cessar-fogo e o retorno do processo de paz na Faixa de Gaza.
O ministro das relações exteriores da Polônia, Radosław Sikorski participa de uma reunião de emergência em Paris, com outros ministros de relações exteriores da União Européia. O único assunto da reunião é o conflito entre o governo de Israel e o Hamas - grupo radical Palestino. Enquanto estes não param de disparar foguetes, tendo matado 4 cidadãos isralenses, os indefesos palestinos já contabilizam 360 vítimas. Elas estão entre as cerca de 1,5 milhão de palestinos que vivem no enclave de pouco mais de 360 quilômetros quadrados.
A Polônia tem sempre o maior cuidado nas relações com Israel. Grande parte do grupo que governou a história recente deste país, são judeus que nasceram na Polônia. Por outro lado, cresce o número de judeus no mundo querendo a cidadania polaca, pois seus antepassados nasceram na Polônia.
A posição do governo polaco é de não está alinhamento com as políticas de Israel sobre o assunto Palestina, pois assim como os demais países do mundo, deseja uma Palestina independente e com auto-determinação.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Polônia tem baixo abandono escolar

Estátua do estudante na Universidade de Varsóvia

De acordo com um relatório da União Européia, sobre Educação até 2010, República Checa, Polônia e Eslováquia, são os países com menores índices de abandono escolar, todos com taxas abaixo dos 10 por cento. Portugal, por sua vez, é um dos países europeus com os piores resultados de abandono escolar e onde menos alunos completam o ensino médio. O documento revela que Portugal e Malta são os piores países no que se refere ao abandono escolar, com taxas de 36,3 por cento e 37,6 por cento, respectivamente, em 2007.
Também na conclusão do ensino médio Portugal e Malta são os países com menos resultados, numa lista em que os melhores são, de novo, República Checa, Polônia, Eslováquia e Eslovênia. Segundo o relatório, só 53,4 por cento da população portuguesa entre os 20 e os 24 anos completou o secundário. 
O relatório destaca também os baixos resultados obtidos nos índices relacionados com as competências de leitura (no Brasil denominado analfabetismo funcional) no conjunto da UE. O desempenho dos países analisados no que se refere à jovens de 15 anos deveria diminuir para níveis de cerca de 20 por cento, mas a tendência na UE tem sido de desempenho cada vez pior, passando de 21,3 por cento em 2000 para 24,1 por cento em 2006. O melhor desempenho neste quesito é o da Finlândia, com apenas 4,8 por cento de alunos com competência baixa para ler e entender, a Irlanda (12,1 por cento), a Estônia (13,6 por cento) e o pior desempenho foi obtido pela Romênia (53,5 por cento) e Bulgária (51,1 por cento). Malta e Chipre não participaram da avaliação.
Em termos globais, o relatório aponta que nove países excederam os índices desejados — Finlândia, Dinamarca, Suécia, Reino Unido, Irlanda, Polônia, Eslovênia, Noruega e Islândia — enquanto que França, Holanda e Bélgica estão com desempenho abaixo da média e pararam de crescer. 
Em comparação com 2000, há mais três milhões de estudantes no ensino superior e mais um milhão de formados por ano. Sessenta por cento da população na faixa etária de cinco e a 29 anos estão em escolas ou universidades, uma média comparável à norte-americana e 18 por cento superior à do Japão. Há ainda mais 13 milhões de trabalhadores na UE com educação superior do que em 2000 e cerca de 108 milhões de pessoas, cerca de um terço da força de trabalho, continua a ter baixa realização escolar. 
Entre os pontos a serem desenvolvidos, o relatório realça ainda que um em cada sete jovens na UE entre os 18-24 anos (seis milhões) só tem o ensino obrigatório ou menos, uma em cada sete crianças com quatro anos não está envolvida num plano de educação e desigualdades de gênero: os rapazes têm mais necessidades de educação especial e menos competência para a leitura e as moças continuam com piores resultados em matemática e são menos em número em ciências e tecnologia. 
P.S. Baseado em texto de Marsílio Aguiar, escrito em português de Portugal e publicado no Jornal da Madeira. A notícia foi indicada pelo leitor do blog, Augusto.

DADOS SOBRE ESTUDANTES E ESCOLAS NA POLÔNIA

- Em 1979 eram 500.000 estudantes nas escolas.
- Em 1988 eram apenas 300.000
Os dados mais recentes informam que no ano acadêmico 2004/2005 o número de estudantes na Polônia era de 1.926.100, dos quais 923.100 eram estudantes em escolas diurnas de segunda à sábado, 66.000 noturno, e 913.500 em regime especial de fim-de-semana, além 23.500 estudantes que estudam individualmente e só prestam exames finais.

Nas universidades estão 554.900 estudantes
nas escolas superiores técnicas 340.200 estudantes
nas escolas superiores agrícolas estavam 107.600 estudantes
nas escolas superiores de economia 387.900 estudantes
nas escolas superiores de pedagogia 133.800 estudantes
nas faculdades de medicina 44.500 estudantes
nas escolas superiores de estudos do mar 12.100 estudantes
nas faculdades de educação física 27.000 estudantes
nas escolas superiores artísticas 15.100 estudantes
nas escolas superiores de tecnologia 10.400 estudantes
nas escolas superiores profissionais 207.100 estudantes
nas escolas superiores do departamento de defesa nacional 11.500 estudantes
nas escolas superiores de assuntos de interior e administração 1.800 estudantes
universidades privadas 72.200 estudantes

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Doda romântica


Doda ou Dorota Rabczewska-Majdan em momento romântico.

Biografia de Roman Polański

Foto: Rafał Guz

Lançado na Polônia, a biografia não-autorizada sobre o cineasta polaco Roman Polański. O livro escrito por Christopher Sandford transforma o mestre do cinema em lenda. o inglês é responsável também pelas biografias de Mick Jagger, Eric Clapton, David Bowie, Keith Richards, Paul McCartney, Kurt Cobain, Bruce Springsteen, Sting e Steve McQueen, entre outros.
O livro com a biografia de Polański, com 470 páginas foi escrito originalmente em inglês e traduzido nesta edição para o polaco.
Quem leu diz que o livro apresenta fatos reveladores na vida do cineasta. "O maravilhoso homem atrás da cortina de ferro" é um dos comentários que perpassam as páginas do inglês Sandford sobre o menino judeu, que nasceu em Varsóvia, e se tornou cidadão (passaporte) americano e francês, mas que sempre foi um polaco por essência.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Cracóvia: Céu azul em dia de neve

Foto: Ulisses Iarochinski
Um avião qualquer resolveu dar um toque na decoração natalina de Cracóvia, quando o sol por alguns momentos ficou azul acima da igreja Mariacka (de Santa Maria) no centro da cidade.