Jerzy Milewski morreu de câncer no sistema digestivo, no último dia 23 de junho, em Curitiba, aos 70 anos de idade.
Ele nasceu em Varsóvia em 1946. Milewski deixa a viúva, um casal de filhos e quatro netos.
Considerado um dos mais importantes violinistas do Brasil, que o acolheu como cidadão polaco e depois lhe concedeu a naturalização brasileira.
O violinista polaco veio morar no Brasil, fixando residência no bairro da Urca, Rio de Janeiro, depois de conhecer na Polônia, a pianista catarinense Aleida Schweiter, em 1968, quando ela era uma bolsista na Academia de Música de Varsóvia. Jerzy (pronuncia-se iéji) se casou com a brasileira e passou a morar no Brasil a partir de 1971.
NA POLÔNIA
Já aos seis anos Milewski era considerado um prodígio em Varsóvia, onde fez seus estudos na Academia de Música, o que o tornou dono de uma técnica brilhante, uma sonoridade dourada e um talento invejável.
Seu repertório era muito grande.
Executou todos os grandes compositores da literatura do instrumento. Era exímio em todos os estilos, inclusive o jazz. Após seus estudos na Polônia, apresentou-se em vários teatros da Europa, Ásia e Américas, o que lhe valeu o reconhecimento do governo polaco, com a outorga da medalha Henry Wieniawski.
NO BRASIL
Na sua discografia, ele tem 26 CDs gravados no Brasil, como a Obra Completa para Violino e Orquestra de Bach, As Quatro Estações, de Vivaldi, Jerzy Milewski e Luís Eça Ensemble, Tocando Brasil, Alma Cigana, Lupi Instrumental e Ecos e Reflexos.
Gravou vários CD’s onde interpretou músicas de artistas conhecidos como Djavan e Milton Nascimento.
No Brasil fez uma importante carreira como violinista clássico, solista e sobretudo com o Duo Milewski, que era formado há mais de três décadas com sua mulher, a pianista Aleida Schweiter.
Durante quatro anos, de 1973 a 1977, foi spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira.
Seu humor era refinado, muito inteligente.