quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
O teatro de Wyspiański
Expansão do cinema na Polônia
A empresa líder do mercado polaco, Cinema City, investe 40 a 50 milhões de złotych em cinco novos multiplex para começar a construir em 2008 e concluir os dois em Zielona Góra e Bydgoszcz. Amante do cinema, o polaco paga em média 15 zl (12 reais) por uma sessão e apenas em uma rede de cinema multiplex comprou 9 milhões de entradas no ano que se encerrou.
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Ano Novo: A maior festa da Polônia
Mas o Ano Novo não foi comemorado apenas na praça central de Cracóvia, mas por todas as cidades do país, pois enquanto o Natal se celebra em família, no aconhego de casa, a Festa de São Silvestre se celebra nas ruas com todos os amigos e compatriotas.
Dziwisz: Acreditar na conquista da liberdade
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Festa São Silvestre de Cracóvia
A festa que está sendo chamada de "Sylwestrowa Moc Przebojów” (Silvestre de Forte Êxitos) tem como organizadores a Prefeitura da Cracóvia, Agência de Festivais, TV Polsat e uma dezena de copatrocinadores. Foram investidos neste reveillon na praça mais de 2,3 milhões de złotych, algo próximo a um mihão de dólares. A intenção da prefeitura de fazer uma festa nacional e trazer todos os polacos para a contagem regressiva de Cracóvia, obrigou-a a colocar mais de 1100 "out-door" tipo Citylight e 800 billboard em mais de 30 cidades da Polônia. Além da Polsat as redes de rádio FM de maior audiência do país, como RMF FM e RMF MAXXX, fazem chamadas durante todo as últimas semanas. Quem for ao espetáculo poderá comprar o CD com as músicas da „Sylwestrowa Moc Przebojów” que foi lançado na última quinta-feira pela editora „DZIENNIK Polska Europa Świat”. O CD custa 6.99 złotych. São dez as músicas do CD com SHAKIN’ STEVENS „Marie, Marie”, BAJM „O Tobie”, EDYTA GÓRNIAK „Anything”, JUSTYNA STECZKOWSKA „Oko za oko”, CZERWONE GITARY „Dozwolone od lat osiemnastu”, URSZULA „Konik na biegunach”, BUDKA SUFLERA „Mokre oczy”. Desde sexta-feira quem compra o jornal „Dziennik Polski” recebe um brinde especial da festa de São Silvestre de Cracóvia. Mais informações sobre o evento estão sendo atualizadas constantemente no site www.sylwester.krakow.pl.
No reveillon do ano passado a TV Polsat bateu recorde de audiência no horário com mais de 6 milhões de espectadores, o que para um país de 39 mihões de habitantes é muito expressivo, tendo em conta que neste dia todos estão festejando e não apenas sentados em frente a televisores. Não faltará socorro-médico em quatro postos instalados na praça, além de 5 ambulâncias. Mais de 807 seguranças foram contratados para auxiliar as polícias militar e municipal. O Rynek de Cracóvia é a maior praça medieval da Europa, mas como o espetáculo ocupará só a área Oeste da praça são esperados mais de 140 mil pessoas e mais de 7 milhões de espectadores pela televisão.
Outras cidades do país prometem superar estes números para serem consideradas a maior festa de São Silvestre da Polônia. Wrocław, Poznań, Gdańsk, Rzeszów, Katowice,Lublin e Varsóvia também investiram muito em dinheiro e artistas.
Nova lei para a TV pública polaca
É esperado também que o clube parlamentário das esquerdas e democratas -LiD apresente sua proposta de lei para este início de ano. Napieralski acredita que aliança de esquerda no parlamento não apóie a nova lei nova como está sendo sugerida pelo partido do governo Plataforma da Cidadania - PO.
"Em nossa opinião, o PO quer assumir imediatamente os meios de comunicação públicos e substituir os membros nomeados pelo governo anterior do PiS" explicou Napieralski, acrescentando, no entanto, que não poderia revelar nenhum detalhe de sua proposta, por não estar concluída ainda. O secretário do partido do ex-Presidente Aleksander Kwaśniewski confirmou as especulações de que o atual presidente de seu partido Wojciech Olejniczak tenha estado conversando com presidente Jarosław Kaczyński do PiS sobre uma frente unida contra a política de mídia do PO.
domingo, 30 de dezembro de 2007
Tropas polacas no Oriente
No Afeganistão são outros 350 a 400 soldados além de vários helicópteros. Se Tusk vai conseguir da Casa Branca permissão para retornar é que se verá nos próximos meses, pois a promessa é de que até outubro de 2008 todos estarão em casa.
No Iraque, soldados polacos carregam caixão de companheiro morto até o avião para ser enterrado na Polônia
Pod Limbą em Kościelisko
Revista Polaca em Porto Alegre
O número 1 pode ser "baixado" em arquivo PDF através do site do Centro em http://www.cekaw.org.
sábado, 29 de dezembro de 2007
Busca das origens: passos
Mesmo acreditando que as informações existentes
A BUSCA
Na situação em que muitos descendentes de polacos se encontram, estava eu há uns 10 anos atrás. Não sabia nem como era a grafia correta de meu sobrenome em idioma polaco (Iarochinski - Jarosiński). Pensava que minha família no Brasil, com este sobrenome se resumia a nove pessoas. Pois não é que depois de dois anos de pesquisa descobri, que meus bisavós, que chegaram ao Brasil em 1911, com dois filhos e duas filhas, produziram ao longo das décadas um número de mais de 244 descendentes? Claro que nem todos com o mesmo sobrenome, mas ainda assim tios, primos e irmãos. Mas tarde descobri que além de Monte Alegre (Tibagi-atual Telêmaco Borba, no Paraná) e Castro (cidade dos Iarochinski no Brasil), havia mais pessoas com meu sobrenome
Imprescindível
Para que o círculo das buscas se complete é imprescindível saber:
1 - Nome e sobrenome do ancestral, o nome e sobrenome dos pais deste ancestral...e isto tudo
3 - Em seguida a localidade da Paróquia e conseqüente município (gmina) na Polônia.
Para chegar a estes dados, primeiro é ir aos cartórios das cidades (no Brasil) onde se assentaram inicialmente estes ancestrais. Na maioria das vezes, os sobrenomes já foram alterados e o local de nascimento está apenas como: natural da Polônia. Mas esta busca é importante para se conhecer todos os registrados (certidões de nascimento, óbito, casamento, compra e venda de imóveis, declarações etc.) com o sobrenome e variações.
4 - Depois é buscar nas lápides dos cemitérios a data de nascimento (o ano é mais importante). Pois certidões de óbitos não trazem a data de nascimento, como tampouco as de casamento brasileiras. Com base nestas pesquisas é possível chegar mais ou menos ao ano de desembarque no Brasil.
5 - Ai só resta ir pessoalmente ao segundo andar do Arquivo Nacional no Rio de Janeiro, buscar pela lista dos navios, lista dos passageiros destes navios, lista dos hóspedes da Ilha das Flores (este é o melhor) e comprovar aí a grafia dos nomes e pessoas da família que chegaram juntas. Infelizmente nestas listas não estão citadas as cidades de origem e muitos foram registrados como alemães, russos e austríacos e não como polacos. (Isto devido aos 127 anos de ocupação que a Polônia sofreu de seus vizinhos).
6 - Também, no mesmo andar do edíficio, existem armários de aço com arquivos das seções da Polícia Federal do Paraná e Rio Grande do Sul. Estão ordenados pelas iniciais de sobrenomes e de cidades. São arquivos que guardam fichas dos imigrantes que compareceram as delegacias de Polícia na década de 40. Todos os estrangeiros eram obrigados por uma lei de Getúlio Vargas a comparecerem na polícia naquela época. Assim e apenas neste arquivo (tanto do Brasil como da Polônia) é possível saber de que localidade eram procedentes estes imigrantes. (Muitas vezes os passaportes familiares que foram "extraviados", na verdade, encontram-se nas pastas destes arquivos). Ao fim destas buscas se está de posse dos dados necessários para buscar nas paróquias da Polônia, os assentamentos de batismo destes ancestrais.
7 - Com base nestes assentamentos (muitas vezes em idioma russo, alemão ou latim) é possível se fazer a transcrição nos cartórios para se obter a segunda via dos atestados de nascimento, óbito e casamento destes polacos.
Seguindo estes passou cheguei até onde nasceram meu avô, irmãos e bisavó. Numa outra cidade, encontrei a certidão de nascimento de meu bisavô. Foi emocionante!!! Tenho as certidões de nascimento e de casamento dos bisavós. E é desta forma que tenho encontrado documentos aqui na Polônia de outros brasileiros descendentes de polacos que contratam meus serviços de busca. Na maioria das vezes tenho sucesso.
Esquiando mesmo ao anoitecer
Natal nas montanhas
E nos jardins das casas de troncos, as miniaturas e bonecos também de madeira.
Foto: Ulisses Iarochinski
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Aniversário no Natal
Solidariedade
Pode parecer pouco se comparado com outros blogs encorados em grandes jornais brasileiros e polacos, mas é um número de leitores impressionante para um blog que fala em português sobre o dia-a-dia da Polônia, das suas tradições, da sua história, de suas curiosidades, das suas belezas e principalmente da alma de um povo que nunca se deixou abater e se inscreve na história da humanidade como uma das grandes nações do mundo. Um legado de perserverança, de amor e de solidariedade. Que é isto que um de seus filhos, mais conhecidos em todo o planeta, propagou em mais de 27 anos de papado. Esta foi a última mensagem de João Paulo II, antes de morrer: “À humanidade, que em ocasiões parece como perdida e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo, o Senhor oferece como dom seu amor que perdoa, reconcilia e volta a abrir o espírito à esperança... O amor converte os corações e dá a paz. Quanta necessidade tem o mundo de compreender e acolher a Divina Misericórdia!" Estas palavras do pontífice polaco estavam no texto escrito para ser lido no marco da oração mariana pascal do “Regina Caeli”.
Melhores relações com vizinhos
Kaczyński: um natal calmo, mas feliz
domingo, 23 de dezembro de 2007
Sonho de inverno
Uma ceia a 91 m de profundidade
Céu azul branco no chão
sábado, 22 de dezembro de 2007
Fronteiras serradas
A abertura das fronteiras terrestres em mais nove países da União Européia, ocorrida a zero hora desta sexta-feira continua a ser comemorado na Europa. Os jornais dos 24 países integrantes trazem em suas primeiras páginas o principal evento organizado para comemorar a Europa sem portas. A cerimônia foi presidida pelos dois principais dirigentes da União Européia, neste momento, que coincidentemente são portugueses. Como presidente de turno da União Européia, o atual primeiro-ministro português José Sócrates, junto ao presidente da Comissão Européia, o ex-primeiro-ministro de Portugal José Durão Barroso, ambos de Portugal, estiveram ontem em Zittau, pequena cidade entre as três fronteiras entre Alemanha, Polônia e República Tcheca.
José Sócrates sublinhou que viver num continente como a Europa significa ter "uma liberdade livre". Já a anfitriã, chanceler alemã, Angela Merkel, disse que "esta é uma liberdade de intercâmbio com os outros e, para os mais velhos, é uma alegria ver que os novos conhecem uma realidade europeia que eles não conheceram". A líder alemã, oriunda da antiga Alemanha comunista, estava também com suas palavras fazendo referência aos anos em que a Europa esteve dividida pelo Muro de Berlim. Já o presidente da Comissão Européia, Durão Barroso, assinalou que a Europa não deve ser vista "como uma construção apenas para os diplomatas mas também para os cidadãos".
Interessante é acompanhar a cobertura de jornais portugueses nestes eventos que vem se repetindo na Europa. Sempre há um comentário, ou uma expressão a lembrar que Portugal fica na Europa e que o idioma de Portugal parece ser propriedade apenas dos portugueses. Como neste parágrafo adiante, onde o enviado especial do jornal Diário de Notícias de Lisboa, faz questão de frizar que o tcheco fala português com sotaque brasileiro:
"É bom ter fronteiras abertas, mas tenho medo", confessa Magdalena Dzialoszynski, tradutora de 27 anos que, apesar de polaca, vive na localidade alemã de Zittau. Zdenek Grmela, estudante checo de 25 anos, que fala português com sotaque do Brasil, diz, porém, que estes receios são maiores entre os alemães. "Este dia é mais um símbolo, mas passar a fronteira será mais fácil, o turismo vai melhorar".
São frases como estas que permitem entender o porquê Portugal insiste em postergar o acordo ortográfico dos países integrantes da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Ao que tudo indica os portugueses não aceitam o modo de falar dos brasileiros, angolanos, moçambicanos, caboverdianos e os outros 3 países lusófonos.
Receio do sotaque brasileiro
As universidades polacas parecem atentas a esta questão. Algo mudou desde que a Polônia entrou para a União Européia. Uma delas é o ensino do português. Não é de hoje que as universidades da Polônia oferecem cursos de idioma português. A proximidade com o Brasil, em função da forte imigração polaca ocorrida nos séculos 19 e 20 para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além das telenovelas brasileiras, transpareceu sempre na escolha dos professores para ensinar o idioma falado no Brasil. Desde primeiro de maio de 2004, data da entrada da Polônia na União Européia, os professores que falavam com sotaque brasileiro foram sendo progressivamente substituidos por jovens universitários portugueses. As universidades polacas estão trocando professores brasileiros por estudantes portugueses nas aulas de idioma português. E foi assim que o prof. Evandro Ouriques da UFRJ- Universidade Federal do Rio de Janeiro se deparou com o sotaque do Alentejo na platéia da Universidade Jagiellonski de Cracóvia, nesta semana, quando esteve fazendo palestra para estudantes polacos de idioma português. Além da importância do tema, o que se percebeu foi uma dissintonia no ar, com muitos não entendendo palavras ditas pelo professor brasileiro. O "ruído" na comunicação foi em parte causado pelo sotaque brasileiro. Sotaque que era comum 4 anos atrás, mas que hoje é apenas uma lembrança. As polacas agora falam "cantadinho" e "chiando" Brasile com L e E no final. Ouriques, um doutor em comunicação e linguagem, não entrou na questão, mas sintomaticamente começou sua palestra dizendo que era muito bom ser entendido num idioma que é falado por mais de 200 milhões de pessoas, sendo 183 milhões apenas no Brasil.
Não passa despercebida esta idiossincrasia portuguesa na Polônia, país que oferece bolsas para estudantes e professores brasileiros descendentes de polacos aprenderem polaco e por outro lado contrata estudantes portugueses para ensinar os polacos a falar português com sotaque do Alentejo, como a agradar os habitantes das magens do Tejo.
Portas semi-abertas
A Polônia, ao mesmo tempo que se integra a Europa, fecha suas fronteiras a Leste. O trecho mais longo de fronteira da União Européia fica justamente na Polônia. São 1.176 quilômetros de fronteira terrestre. Uma linha divisória que será vigiada por 10.000 funcionários, com ajuda de 1.300 veículos destinados a patrulhar imigrantes vindos da Bielorrússia e da Ucrânia. Desde o fim do sistema comunista, a fronteira oriental de Polônia é o passagem para imigrantes da ex-URSS e de países asiáticos, como China, Bangladesh e Paquistão.