quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O tempo em idioma polaco

Foto: Waldemar Czado

Polaco – (pronúncia) – Português

Czas – (tchas) - Tempo
Burza – (buja) - Tempestade
Błyskawica – (buiscavitssa) - Raio
Chmur – (rrrhmur) - Nuvem
Ciepło – (tchiepuo) - Calor
Deszcz - (dechtch) - Chuva
Godzina – (godjina) - Hora
Gorący – (gorontssi) - Quente
Jesień – (iechienh) - Outono
Lato – (lato) - Verão
Niebo – (niebo) - Céu
Powietrze – (povietje) - Ar
Słońce – (suonce) - Sol
Śnieg – (schnie) - Neve
Światło – (schviatuo) - Luz
Tęcza – (tentcha) - Arco-Íris
Wiatr – (wiatr) - Vento
Wiosna – (wiosna) - Primavera
Woda – (voda) - Água
Zima – (jima) - Inverno
Zimno – (jimno) - Frio

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Cresce produção de carros na Polônia

Foto: Jakub Ostałowski

A produção de automóveis na Polônia já alcanpu mais de 700 mil novos veículos desde o início do ano. O volume é 31% maior do que o ano passado. Segundo alguns especialistas do Instytut Samar, até o final do ano a produção de alcançar 1 milhão e cem mil automóveis. O que seria um record histórico.
O maior fabricante do setor é a Fiat Auto Poland. Até o final de agosto, a fábrica de Tych, na Silésia, produziu 297 mil novos veículos, ou 38,7% a mais do que no mesmo período de 2007. A Fiat instalada no país desde a década de 70, na cidade de Bielsko Biała, quando ainda se vivia o sistema comunista, é responsável por cerca de 48,6% da produção total do país.
Na segunda posição está a Opel Polska, do grupo General Motors, que este ano já fabricou 135 mil veículos, um aumento de 18,9% em relação ao ano passado, em que pese a marca ter sofrido uma queda dos 24,4% no volume de vendas do ano passado para mesmo período de 2008 com apenas 22,1% do mercado.
No terceiro posto está a FSO SA que cresceu 05% em relação ao ano passado e chegou aos 19,8% no final de agosto com uma produção de 121 mil autos. A fábrica de Poznań da Volkswagen deste o início do ano da fabricou 58 mil carros, ou 20,7% a mais do que no ano passado.

Producão de autos na Polônia
Fiat Auto Poland: 297 mil
Opel Polska: 135 mil
FSO SA: 121 mil

Família em idioma polaco

Polaco - (Pronúncia) - Português

Rodzina - (rodjina) - família
Prapradziadek - (prapradjiadek) - trisavô (tataravô)
Pradziadek - (pradjiadek) - bisavô
Prababcia - (prababtchia) - bisavó
Dziadek - (djiadek) - avô
Babcia - (babtchia) - avó
Ojciec - (oitchiets) - pai
Matka - (matca) - mãe
Brat - (brat) - irmão
Siostra - (chiostra) - irmã
Syn - (sin) - filho
Córka - (tssurca) - filha
Wnuk - (vnuk) - neto
Wnuczka - (vnutchca) - neta
Prawnuk - (pravnuk) - bisneto
Prawnuczka (pravnutchca) - bisneta
Wujek - (vuiek) - tio
Ciocia - (tchiotchia) - tia
Pradziadkowie - (pradjiadcovie)- bisavós
Dziadkowie - (djiadcovie) - avós
Rodzice - (rodjitsse) - pais
Rodzeństwo - (rodjenhstvo) irmãos
Dzieci - (djietchi) - filhos (crianças)
Wnuki - (vnuki) - netos
Prawnuki - (pravnuki) - bisnetos

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Os prêmios Nobel da Polônia

Alfred Nobel

Os prêmios Nobel talvez sejam as honrarias e reconhecimentos mais prestigiados do mundo. Instituído pelo químico e industrial sueco Alfred Nobel, inventor da dinamite, em seu testamento é concedido anualmente, desde 1901, pela Academia Real Sueca. No mesmo testamento, Nobel estabeleceu que a nacionalidade não seria levada em consideração para a atribuição do prêmio. Apesar disto, a conquista é estendida sim, à nacionalidade e à cidadania atual do premiado, sendo muitas vezes entendida como uma conquista do país, principalmente pelos Estados Unidos, já que muitos de seus premiados nasceram em outros países e originalmente possuem outras nacionalidades.
Cada premiado nas áreas de Física, Química, Literatura, Medicina e Paz recebem 10 milhões de coroas suecas (ao redor de um milhão de euros), uma medalha de ouro e um diploma. A Academia Real de Ciências da Suécia não escolhe sozinha os premiados. Esta distinção cabe, além dela, ao Karolinska Institut (Prêmio de Medicina) a uma comissão do parlamento norueguês (Prêmio da Paz).
O de Economia, criado em 1969, na verdade não existe, pois é uma premiação do Banco Central sueco e não da Fundação Nobel. Este prêmio, embora criado em memória de Nobel não pode ser considerado um Prêmio Nobel, pois não estava no testamento do inventor da dinamite.
Os prêmios são entregues pelo Rei da Suécia, em cerimônia, todo 10 de dezembro, em Estocolmo, enquanto, o Prêmio Nobel da Paz é entregue pelo Rei da Noruega, em Oslo, na mesma data.

Diploma do Prêmio Nobel da Paz concedido a Lech Wałęsa em 1983.

A Polônia até hoje já conquistou várias vezes o prêmio. A primeira vez coube a cientista nascida em Varsóvia, Maria Skolodowska, mais conhecida mundialmente pelo sobrenome do marido o também cientista Curie, como Madame Curie. Ela foi a primeira mulher a ser agraciada na história do Prêmio Nobel. E ela foi também a única a receber duas vezes a premiação. A primeira vez foi o Nobel de Física de 1903 pela descoberta do Rádio. A segunda vez foi o Nobel de Química, em 1911, pela descoberta do elemento químico Polônio, que ela deu o nome em homenagem a sua pátria, Polônia.


Maria Skolodowska Curie



Dois anos depois, em 1905, o Nobel de Literatura foi para o escritor da célebre novela “Quo Vadis”, popularizada no cinema por Hollywood em película, o que levou e ainda leva muita gente a pensar que o autor desta novela é latino, italiano ou estadunidense. O primeiro polaco a receber o Nobel de Literatura nasceu na pequena vila rural de Wola Okrzejska, na região Leste da Polônia, como Henryk Adam Aleksander Pius Sienkiewicz.


Henryk Sienkiewicz


Com a volta da Polônia no panorama nos Estados mundiais, em 1918, muitos comentavam que os três Nobel conquistados foram mais políticos do que meritórios, pois havia uma campanha mundial para que a grande nação polaca reconquistasse sua liberdade e voltasse a figurar no mapa mundial. Mas a verdade é que a força desta nação e de seu idioma voltaria a sensibilizar o colegiado norueguês que indica os premiados e assim em 1924, Władysław Reymont, nascido em Kobiele Wielki, com seu romance “Chłopi”, ou “Camponês” daria o segundo Nobel de literatura aos polacos pela segunda vez.


Władysław Reymont


Muitas décadas passariam, outra guerra mundial aniquilaria muito da Polônia, seguido de um período de fechamento ao exterior com o sistema comunista até que em 1980, o polaco nascido na cidade de Setejnial, quando esta ainda fazia parte do território polaco e não tinha sido dada ainda a Lituânia por Józef Stalin para ser a capital desta nação amiga, o agora cidadão Norte-americano e professor da Universidade de Berkeley na Califórnia Czesław Miłosz ser agraciado pelos seus poemas em idioma polaco com o Nobel de Literatura de 1980.



Czesław Miłosz



O comunismo opressor estava com seus dias contados já naquela década, e o eletricista dos estaleiros de Gdańsk, Lech Wałęsa seria homenageado mundialmente com o Nobel da Paz em 1983, por sua luta contra o comunismo soviético, sistema que cairia seis anos depois em toda a União Soviética. O líder do sindicato Solidariedade chegaria ao posto de primeiro Presidente da República, pós-comunismo.




Lech Wałęsa






Com a liberdade restabelecida mais uma vez nas terras polacas, seria a vez que uma segunda mulher receberia a premiação sueco-norueguesa, em 1996. A cracoviana Wisława Szymborska, daria o quarto Prêmio Nobel de Literatura para este idioma que não é nem o mais falado nem o mais difícil entre as gramáticas modernas, que é o idioma Polaco. Os poemas de Szymborska conquistaram o coração da academia sueca depois, muito depois, de serem reconhecidos em todo o mundo. Mas antes tarde do que nunca. Dos 8 prêmios Nobel da Polônia, três foram conquistados por duas mulheres.





Wisława Szymborska




Além destes 7 prêmios dadcos a polacos católicos, a Polônia possui outros tantos, dados principalmente a polacos de origem judaica que no momento da premiação possuíam cidadania estadunidense e outras. O exemplo, mais conhecido é o de Isaac Bashevis Singer, nascido em Leoncin, na Polônia e ganhador do Nobel de Literatura de 1978. Vivendo desde 1935, em território Norte-americano, ele está na galeria dos Estados Unidos e de Israel como ganhador deste prêmio sueco-norueguês. Também Miłosz está na galeria Norte-americana.





Isaac Singer

domingo, 14 de setembro de 2008

Animais em idioma polaco

Polaco - (pronúncia) - Português


Zwierzęta (sviejenta) - Animais
Gęś (guench) - Ganso
Lew (lév) - Leão
Kaszka (cachsca) - Pata
Kot (cót) - Gato
Koń (cónh) - Cavalo
Krowa (cróva) - Vaca
Kura (cúra) - Galinha
Mysz (mich) - Rato
Orzeł (ójéu) - Águia
Pies (piés) - Cachorro
Słoń (ssuohn) - Elefante
Świnia (schvinia) - Porco
Wróbel (vrúbel) - Pardal

sábado, 13 de setembro de 2008

É antipolaco o "Ano 1612"? Nonsens!

Foto: ITI CINEMA
O filme de Władimir Chotinienki derrubou os polacos há mais de um a o quando foi lançado em Moscou. Agora "Ano 1612" está desde ontem, sexta-feira, nas telas dos cinemas da Polônia e segundo a imprensa polaca é um filme desnecessário, pois cada fotograma transmite um sentimento antipolaco nunca visto antes na "sétima arte".
Os que já assistiram na estréia dizem que a "superprodução russa, com forte apoio do Kremlin, está mais próxima da fantasia do que da realidade histórica. A impressão que fica é a que se trata de um desfile de marionetes. O filme sugere que a posição anti-russa foi influenciada pelo Papa de Roma".

Ano 1612, produção: Rússia 2007, diretor: Władimir Chotinienko, estrelado por: Piotr Kisłow, Artur Smoljaninow, Michał Żebrowski, Wioletta Dawidowska, distribuidor: ITI Cinema.

Julgamento Jaruzelski repercute

Foto: Wojciech Grzędziński

O processo do general Wojciech Jaruzelski efetivamente é uma "nova inquisição", promovida por iniciativa dos irmãos Kaczyński - repercutiu o jornal italiano "Corriere della Sera" em sua edição de ontem. O jornal entrevistou Sergio Romano, ex- embaixador da Itália em Moscou. Para o diplomata o processo é um erro, "Jaruzelski impediu um movimento e teve a visão própria de que a repressão era o melhor para o seu país naquele momento difícil".

Segundo Romano, em 1981 a União Soviética ficou irritada com a movimentação dos trabalhadores polacos. A intenção dos russos era intervir na Polônia, como já havia feito na então Tchecoslovaquia e na Hungria. "O Solidarność, naturalmente, não tinha nenhuma simpatia pelo general. Mas 10 anos depois, quando a Polônia já era uma democracia, houve um reconhecimento de que o Jaruzelski havia se comportado com honra naqueles episódios." E Romano segue escrevendo que "sem vinganças e com respeito" a Polônia vinha seguindo até que aparecem os gêmeos Kaczyński que em seus estilos, forma de conduzir a política e falta de sentido cultural para analisar uma tragédia "promovem uma nova inquisição nos século 21 e instalam um estado de guerra doméstica, a qual o país já havia decidido dar por encerrada".
Alguns jornais polacos saíram as bancas hoje dando repercussão ao que escreveu a imprensa internacional sobre o julgamento do General que impôs a Lei Marcial em 13 de dezembro de 1981. Para alguns, ele foi o herói que impediu a invasão soviética, para outros ele retardou a democracia polaca em quase 10 anos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Começa julgamento de Jaruzelski

Os generais comunistas Jaruzelski e Kiszczak

Um tribunal em Varsóvia abriu processo contra o General Jaruzelski e dois outros por ter sido o responsável pela decretação da Lei Marcial na Polônia em 1981. O julgamento por ter imposto a lei marcial em 13 de dezembro de 1981 começou nesta manhã no Tribunal da capital polaca.  
Os principais acusados no processo são o antigo Primeiro-Secretário do Partido dos Trabalhadores Unidos Polacos(PZPR), General Wojciech Jaruzelski, o antigo Ministro do Interior Czesław Kiszczak e o antigo Primeiro-Secretário do PZPR, Stanisław Kania. Eles são acusados de estabelecer o Conselho Militar da Salvação Nacional (WRON) que agiu como um governo ditatorial na administração da República Popular da Polônia durante a Lei Marcial, considerada hoje como uma organização criminal.  
A primeira parte dos trabalhos do tribunal foi a leitura da acusação pela promotoria que representa o Instituto da Memória Nacional (IPN), estabelecido para investigar e documentar suas descobertas sobre crimes nazistas e comunistas cometidos na Polônia. 
O Tribunal decidiu começar a audiência apesar da ausência do General Kiszczak que não compareceu devido a sua saúde debilitada.
A juíza Ewa Jethon informou que Kiszczak apresentou um atestado médico da Universidade de Medicina e de um cardiologista que lhe concedeu licença antes do julgamento no tribunal.
De acordo com a defesa, os acusados não são culpados dos crimes alegados, tinham agido “por razões de alta gravidade, resultado da ameaça de invasão soviética” nos tempos turbulentos de greves do Sindicato Solidariedade pelo país.

Corpo humano em idioma polaco

Bíceps (bíceps) - Bíceps
Biodra (biodra) - Quadril
Broda (broda) - Queixo
Broda (broda) - Barba
Brzuch (bjurrhh) - Barriga
Brwi (Brvi) - Sombrancelha
Ciało (tchiauo) - Corpo
Czoło (tchouo) - Testa
Dłon (duon) - Palma da mão
Głowa (guova) - Cabeça
Jęzik (ienzik) - Língua
Łokieć (uokietss) - Cotovelo
Łydka (uidka) - Barriga da perna
Kark (cark) - Nuca
Kobieca (cobietssa) - Seios
Kobieta (cobieta) - Mulher
Kolano (colano) - Joelho
Kręgosłup (crengossuup) - Coluna vertebral
Krocze (crotche) - Virilha
Noga (noga) - Perna
Nos (nos) - Nariz
Pas (pás) - Cintura
Palce (paltsse) - Dedos
Palec (Paletss) - Dedo
Pazkonieć (pasconietss) - Unha
Pępek (penpek) - Umbigo
Piersi (pierchi) - Peito
Pięta (pienta) - Calcanhar
Policzek (polichek) - Bochecha
Plecy (pletssi) - Costas
Płuco (puutsso) - Pulmão
Pośladk (pochladk) - Nádega
Przedramie (pjedramie) - Ante-braço
Ramię (ramien) - Ombro
Ręka (renka) - Mão
Oko (oco) - Olho
Oczy (otchi) - Olhos
Serce (serce) - Coração
Stopa (stopa) - Pé
Szyja (chiia) - Pescoço
Tułów (tuuuf) - Tronco
Twarz (tvaj) - Rosto
Ucho (urro) - Orelha
Udo (udo) - Coxa
Usta (usta) - Boca
Uszy (uchi) - Orelhas
Warga (varga) - Lábio
Włosy (vuoci) - Cabelo
Ząb (zomb) - Dente

P.S.  A maioria das palavras em polaco são paroxítonas, ou seja, a síbala forte de pronúncia  é a penúltima... as proparoxítonas em sua maioria são palavras de origem latina como gramatyka. Assim a pronúncia do sobrenome do corredor de Fórmula 1 é: cuBItssa. E as vogais são sempre abertas, assim é: pálétss (dedo) e não pálêtss (no caso aqui a sílaba forte é pá). 

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Polônia adotará Euro em 3 anos


A manchete principal do jornal Rzeczpospolita desta quinta-feira, 11 de setembro de 2008 diz: "Premier: euro za trzy lata", ou seja, "Primeiro-ministro: euro daqui a três anos". Os economistas reagiram a declaração do chefe-de-governo afirmando que ela é tremendamente otimista.

Na outra manchete, a empresa polaca PKN Orlen encabeça a lista das 500 maiores empresas das Europas Central e do Leste.  O ranking contempla companhias de 18 países e entre as 500 maiores, 176 são polacas. A Orlen atua na distribuição de combustíveis e recentemente adquiriu o controle de uma refinaria de petróleo em Możejki.  Para Wojciech Heydel, presidente do grupo PKN Orlen, a liderança deve ser motivo de orgulho não só para a empresa, mas para toda a Polônia. Pois nos países vizinhos estão empresas vigorosas. 

Kuba ante o tribunal

Foto: TVN

Kuba Wojewódzki, apresentador do programa de entrevistas na TV, "Kuba Wojewódzki Show" vai responder a processo em tribunal por ter destruído automóvel de uma pessoa que o provocou numa rua de Varsóvia. O incidente ocorreu na Ulica (ulitssa - rua) Ludnej. Kuba Wojewódzki foi destratado de forma grosseira por um homem quando caminhava na rua. Em seguida, Kuba, não teve dúvidas em destruir o carro do provocador.  Segundo a própria "estrela" na televisão privada TVN, o promotor encarregado do caso vai livrar sua cara, sugerindo ao juiz uma pena alternativa, como ajuda social. Segundo a promotoria, a reação de Kuba, foi típica de integrante de grupos de "holligans", ou seja, destruição de patrimônio alheio para liberar instintos. o advogado Roman Giertych, diz que seu cliente não pode ser tratado como qualquer um, pois é uma estrela da televisão, que por seu estilo polêmico desperta emoções fortes, mas que nem por isto pode ser contido nas ruas por descontentes de forma agressiva.  A "reação de Kuba foi de alguém que foi agredido.  A próxima seção do tribunal será no dia 22 de setembro.
O polêmico jornalista que aterroriza seus entrevistados como uma mistura de Jô Soares e os piores "talk shows" Norte-americanos é também músico, percursionista, publicitário e cômico.  Nos anos 80 ele fez parte de um grupo "punk" que fez relativo sucesso no panorama musical polaco. Depois foi diretor musical do Festival de Rock de Jarocin - o mais baladado entre os jovens da Europa Central, algumas vezes comparado exageradamente com o mítico Woodstock americano.
Com seu estilo excêntrico logo estava apresentando programas para jovens da TV Polsat. Logo em seguida foi para a TVP 1 e TVP2. O sucesso na TV levou-o às telas do cinema. Desde o ano de 2000, ele já trabalhou em sete filmes. Amado e cortejado por uns, ele simplesmente é odiado por boa parte dos telespectadores polacos. Estes devem estar comemorando esta situação judicial pela qual está passando o polêmico apresentador de TV.

Cores em idioma polaco

Kolory - (pronúncia) - Cores

Amarantowy - (amarantóvi) - Roxo
Beżowy - (bejóvi) - Bege
Biały - (biáui) - Branco
Czarny - (tchárni) - Preto
Szary - (chári) - cinza
Siwy - (chívi) - grisalho
Czerwony (tchervóni) - Vermelho
Indygo - (índigo) - Azul anil
Niebieski - (niebiésqui) - Azul
Zielony - (jielóni) - Verde
Żółty - (júuti) - Amarelo
Złot - (zuót) - ouro
Śrebro - (Chrébro) - prata
Wioleta - (violeta) - violeta

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Estréia do filme russo "1612" na Polônia


Dez meses após o lançamento em Moscou, estréia nos cinemas da Polônia, "Ano 1612", o filme russo resposta ao Katyn de Wajda. Dirigido pelo russo Władimir Chotinienki, o filme mostra a crueldade dos exércitos polacos sobre a população russa no ano de 1612. O popular ator polaco de telenovelas, Michał Żebrowski é o astro da "carnificina polaca" produzida com apoio do próprio Kremlin. Nos últimos meses, alguns setores na Rússia chegaram ao cúmulo de negar a norte dos 40 mil soldados polacos, na localidade de Katyn, durante a segunda guerra mundial. Alguns disseram que mais uma alucinação polaca. Seja como for o pai do cineasta polaco Andrzej Wajda, um daqueles 40 mil oficiais polacos, não voltou para casa, depois daquela viagem para Moscou, interrompida nas florestas de Katyn.

Fim da linha para Beenhakker

Treinador Leo Beenhakker: Foto: Rzeczpospolita
O treinador holandês do selecionado polaco de futebol recebeu medalha do Presidente da República por classificar, em primeiro lugar, a Polônia nas eliminatórias da última Eurocopa 2008. Mas foi só isso, ou seja, deu uma classificação inédita para o país de Lato no campeonato europeu de futebol. Mas o que se viu no torneio foi lastimável. Dos três jogos, os polacos empataram um e perderam dois. O jogador mais comentado foi o cidadão de última hora o mediano brasileiro Roger Guerreiro.
Muitos esperaram que seria o fim da carreira do holandês na seleção polaca. Mas que nada, ele continuou impassível no cargo, ou melhor, continua não oferecendo nada para a melhoria da seleção nas eliminatórias da Copa do Mundo 2010, na África do Sul. Com um futebol, feio, pobre, sem criatividade, a Polônia empata até com a seleção amadora de San Marino. Leo Beenhakker ao ser criticado e cobrado pelos torcedores responde com ironia: "Não faltam arrogantes no país que afirmam que deveríamos vencer a tudo e a todos os pequenos países."
Mais adiante, quando perguntado se ele anda muito nervoso nas últimas semanas com a cobrança de todos, ele responde que da mesma forma que "Piechniczek, Wójcik, Engel, Boniek, Janas" ocuparam o cargo de selecionador por não mais que dois anos, ele também está sendo pressionado de forma injusta. Ele afirma que nos últimos 20 anos, o futebol polaco não evoluiu, período álias, que coincide com o capitalismo no país. Em outras palavras, para justificar a permanência no cargo onde não acrescentou nada até agora, o holandês de forma arrogante não insulta a memória e as queixas justas da torcida polaca.
Já está na hora da Federação Polaca de Futebol dar a vez a alguém realmente competente no comando da seleção e que definitivamente o futebol dos clubes polacos se profissionalize. Sai ano entra ano e a decepção nas Copas UEFA e dos Campeões é cada vez maior... Só dão vexame!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O monstro disse: tinha direito sobre ela

Na principal manchete do jornal Gazeta Wyborcza, o mostro da região dos bosques polacos: "Mówil: mam do niej prawo", ou, "Disse: tenho direito sobre ela."

A notícia que escandalizou a Polônia ontem, correu o mundo, chegando inclusive ao jornal Bom Dia Brasil da TV Globo. Um polaco de 45 anos de idade por mais de seis anos prendeu e violou a própria filha na pequena vila rural de Grodzisk próximo a cidade Siemiatycz na região dos grandes bosques do Nordeste da Polônia. A filha atualmente com 21 anos teve duas crianças como fruto do incesto paterno. As duas crianças foram dadas em adoção.

A jovem de nome Alicja conversou com o jornal Gazeta Wyborcza.

Alicja. Foto: Agnieszka Sadowska / AG

Alicja: - Isto começou, quando eu tinha 14 anos.

A mãe Teresa B.: - Alertei meu marido que isto não era correto, logo que nossa filha reclamou pela primeira vez. Ele dormia com ela, a tocava onde não se pode. E como eu quisesse com ele conversar, então meu marido falava: "Tenho direitos sobre ela! Era como se ela fosse uma coisa dele. Eu dizia e aquilo nunca mudava. Ele não se importava com a dor de ninguém. Depois me dei conta que ao redor das 21 a 22 horas ele ia para o quarto dela. Nada podia ouvir porque ele colocava música para tocar. Dizia que tinha direito de relaxar. Isto ocorria duas vezes na semana. Eu enquanto isto assistia televisão

Gazeta: - A senhora via que sua filha lutava contra?

Teresa B.: - Comecei a pensar que algo de errado estava realmente ocorrendo porque ele começou a presenteá-la com presentes caros. Não queria acreditar... queria que fossemos uma família para o bem de Janka (irmão de Alicja de 11 anos).

Alicja: - Quando um estranho apareceu e viu que eu estava grávida, ele disse: " Não sei, de onde isto é. Como tentatavam me ajudar eu dizia que o pai era desconhecido. Tanto o primeiro como o segundo bêbe foram deixados no hospital. Não quero falar sobre isto. Já foi.

Teresa B.: - Falou que como a luz nasce diariamente, perdermos estas vidas. Pensava que eramos bobas, que ninguém nos acreditaria. E a polícia da Polônia poderia fazer ainda pior. Bem agora ele tem este pior. Fomos na Polícia, porque...

Alicja: - Ultimamente trabalhou na Bélgica e me levou na marra para lá. Mas consegui fugir dia 11 de julho. Dormi na casa do meu namorado em outra cidade. Na noite de domingo para segunda-feira (uma semana atrás) fizemos lá um churrasco com minha mãe. Mas meu pai me buscou, observou em Krzaków. A noite fiquei numa casa de Siekiera Meu namorado dormiu na poltrona e eu na cama comecei então a vestir-me, pois estava de pijama. Então ele chegou com dois homens. Seu irmão esperou no carro atrás do bosque. Queria me levar para Rzewuszek na casa da vovó e lá prendeu-me. Mas fugi. Então com mamãe decidimos que era preciso ir a Polícia. Interessante como agora sinto, que ele está na prisão em Hajnówce. Sempre fugi dele, mas ele chegava e dizia para mim: "Eu estou na montanha. Que morra naqquele inferno".

Gazeta: Porque vocês nunca fugiram?

Teresa B.: - E para onde poderíamos ir. Minha família morreu, sou filha única. Aqui vive desde os dois anos de idade. Não conheço ninguém aqui. Parentes me abandonaram sim, uma vez desamparada por eles isto era para sempre.

Gazeta: Como ele a tratava?

Teresa B.: - Péssimo. As vezes dormia comigo algum tempo. Eu ficava no sótão. A filha ele tratava como esposa. Fiquei com cíumes, porque afinal fui jogada fora. Fiz de tudo para ser feliz. Quando mudamos para perto de Wrocław em Pasikurowice, ele foi muito bom para nós. Nunca dei conta que alguma coisa com ele estava errado. 21 anos moramos lá. O filho e a filha nasceram lá.

Gazeta: Bebia?

Teresa B.: - Não, apenas durante algum feriado. Todas as coisas fez para nós. Era um homem normal.

Krzysztof B. no momento em que era preso pela polícia. Foto: agencia AG

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Doda brilha em Londres


Na renomada sala de concertos londrina Wembley Arena terminou o grande festival de rock-in-roll polaco neste fim de semana. Vários grupos e artistas polacos agitaram as noites com música lenta, romântica, baladas e o melhor do rock. De todos que se apresentaram Doda foi a que levantou a platéia de forma delirante. Não que Bajm, Lady Pank, Kayah, Wilki i Natalia, Kukulska e Kayah não tenham encatado. Mas a provocante loiraça arrancou suspiros de desejos represos.

O evento foi patrocinado pelo banco polaco PKO BP, além da agência. STX Jamboree Music. Segundo os organizadores cerca de dez mil estudantes, entre os mais de 100 mil espectadores assistiram os shows, em sua maioria trabalhadores polacos que vivem na Grã-Bretanha.

Preços mais altos em 2009

A principal manchete do jornal Rzeczpospolita desta segunda-feira, 08 de setembro de 2008, diz: "W 2009 znów bendzie dorzej", ou seja, "Em 2009 de novo mais caro".

sábado, 6 de setembro de 2008

Wałęsa recebe a Estrela do Milênio da Lituânia


Lech Wałęsa foi agraciado com Estrela do Milênio da Lituânia, honraria que recebeu das mãos do Ministro das Relações Exteriores, Petras Vaitiekūnas , do país vizinho.
O ex-presidente da República e lendário líder do Sindicato Solidariedade afirmou na ocasião que considera uma honra que quer dividir com todos os polacos. "Nossa experiência na luta contra o comunismo testemunha para a Polônia está melhor preparada para construir uma nova Europa e a ordem global do que o Ocidente. As políticas ocidentais estão guiadas por considerações econômicas, mas a experiência dos polacos é muito maior. E esta experiência pode nos ajudar no processo de criação da nova Europa e da própria globalização".
Por sua vez o ministro lituano P.Vaitiekūnas disse que, "Estou muito honrado de confer ir a Estrela do Milênio da Lituânia ao ex-Presidente Lech Wałęsa. A Lituânia agradece a ele e a Polônia por tornar-nos parceiros estratégicos. Nós devemos inscrever o nome do Presidente Wałęsa entre os nomes e títulos que são importantes e proeminentes na história de nossas duas nações: Vytautas O Grande, Jogaila, Adomas Mickevičius, Tadas Kosciuška, Solidarność e Sąjūdis (Movimento Reformador da Lituânia)."
A "estrela lituana" foi criada ano passado para comemorar os mil anos do Estado da Lituânia. A honraria é concedida a lituanos e estrangeiros que de alguma forma meritosa promovem o nome da nação lituana.


Alguns dados sobre a Lituânia, que a partir do século 14 formou com a Polônia uma união que tornou as duas nações o maior Estado do Renascimento.

Localização do país: Na costa oriental do Mar Báltico. Em 1989 o Instituto Geográfico Nacional da França estabeleceu o centro geográfico de Europa a 24 km a Noroeste de Vilnius. Faz fronteira com a Polônia pelo Sul e Sudoeste.
Área: 65,300 km 2.
Clima: Maritimo/continental. Em julho a temperatura média é de +23°C e em janeiro de -4.9°C.
Fuso horário: GMT + 2 horas. Quando for 12:00 da tarde em Vilnius, será 11:00 da manhã em Estocolmo e Cracóvia, 10:00 da manhã em Londres e 05:00 da manhã em Nova Iorque.
Capital: Vilnius.
Tipo de governo: República parlamentarista.
População: 3,403,300.
Maiores cidades e população: Vilnius 541,800; Kaunas 360,600; Klaipe.da 187,000; Šiauliai 129,900; Paneve.žys 115,300.
Composição étnica: Lituano 83.5%, polaco 6.7%, russo 6.3%, Bielorusso 1.2%, outros 2.3%. Pessoas de 115 origens étnicas diferentes vivem na Lituânia.
Religiões: Predominantemente o católico romano. Outras confissões incluem os luteranos, russos Ortodoxos, Evangélicos, Reformadores Evangélicos, judeus, muçulmanos de Sunni, Karaims,.
Moeda corrente nacional: O litas (Lt). A taxa de câmbio atual é 3.4528 Lt = 1 EUR.
Feriados nacionais: 16 de fevereiro –Dia de Independência(1918), 11 de março–Restauração de Independência (1990), 6 de julho–Coroação de Mindaugas, o Rei de Lituânia (1253).

Grafia de sobrenomes polacos aportuguesados

Brasão do clã Janina transformado em brasão Jarosiński
pela colocação no escudo das três faixas horizontais e a flecha na vertical

Com a crescente busca de suas origens muitos brasileiros de ascendência polaca se debatem para descobrir como seria a grafia correta de seus sobrenomes, mudados que foram por funcionários portuários, hospedarias de imigrantes e cartórios ao longo de mais de 100 anos.

Não foi fácil descobrir como era meu próprio sobrenome iarochinski. Numa primeira tentativa, um ex-vice cônsul da Polônia, em Curitiba, sugeriu jaroszyński, já que, segundo ele, a grafia em idioma polaco representa a pronúncia da escrita em português.

Depois de muito pesquisar foi possível chegar à grafia correta jarosiński, isto porque J em polaco tem som I e o encontro de SI tem som CHI. A silaba SZY por sua vez está mais para CHÊ, visto que o Y em idioma polaco tem um pronúncia entre o E e o I. E, por isso, o sobrenome Jaroszewski guarde relação com Jaroszyński.

Tempos depois encontrei, na mesma cidade, onde nasceu a irmã mais nova de meu avô na Polônia, na cidade de Łuków, uma família Jarosiński, com um dos integrantes grafando Jaroszyński.

Jarosiński
IAROCHINSKI, ou JAROCHINSKI, portanto, provém da grafia original polaca JAROSIŃSKI e/ou JAROSZYŃSKI, ou ainda JAROCIŃSKI, JAROCZYŃSKI e em sua origem proto-eslava JAROSZ.

Devido às ocupações estrangeiras por 123 anos do território da Polônia, funcionários e autoridades ocupantes russas, austríacas e prussas (atuais alemães) transgrediram e alteraram um grande número de nomes e sobrenomes polacos.

No caso da ocupação russa houve alteração também devido à transliteração do alfabeto cirílico usado pela Rússia e o alfabeto latino usado pela Polônia.

Assim, uma mesma família devido a essa transliteração de alfabetos, passou a ter duas ou mais grafias. Os parentes do Ocidente continuaram a escrever Jarosiński, mas os do Oriente (onde era mais comum o alfabeto cirílico dos russos, rutenos e bielorrussos) passaram a grafar Jaroszyński.

Segundo o Centro de Pesquisas Históricas de Londres, instituição inglesa dedicada à pesquisa e estudo da história dos sobrenomes europeus, o nome de família Jarosiński é classificado como sendo de origem habitacional.

Nomes habitacionais são aqueles nomes de família derivados de uma localidade ou lugar de residência e berço da família, ou ainda, originário do nome de uma cidade ou vila onde nasceu o primeiro elemento familiar.

Algumas vezes, os nomes habitacionais referem-se às casas, que são distinguidas por um sinal, ou placa gravada e que é colocada sobre a porta de entrada da residência.

No caso de JarosińskiJaroszýnski, este nome, do antigo idioma polaco é derivado de Jarosław - Jaro: jovem, robusto / sław: glória. Além disso, Jar é traduzido para português como: ravina.

Acrescido do sufixo ński, que por sua vez se refere a uma daquelas casas que estavam localizadas próximas do castelo de Jarosław. Ou seja, Jarosiński - Jaroszýnski pode ser também traduzido como "aquela pessoa famosa por seu entusiasmo e força, sua disposição violenta", ou "aquele que mora perto do Jovem robusto cheio de glória", ou ainda por "vegetarianense".

Sim, porque o ński é também o correspondente em português ao ense, de paranaense (pessoa que nasce no Paraná). Aliás essa é a correspondência mais usada na Polônia atualmente. Por exemplo, o jornal da cidade de Leszno se chama Gazeta Leszczyńska, ou seja, jornal lesznense (se fosse possível acrescentar à palavra polaca Leszno o ense.

Dessa forma, pode-se dizer também que Jarosiński - Jaroszyński é aquele que nasce em Jarosin, ou Jarocin, que aliás é a pequena cidade 26 mil habitantes, na voivodia da Wielkopolska (Grande Polônia) famoso pelo seu festival de Rock-in-roll, que acontece há quase 40 anos na Polônia e é considarado um dos primeiros festivais de rock e punk nos países do bloco comunista.

Festival de 2015
Uma das primeiras referências deste nome, ou de uma de suas variantes documentadas, fala de Marcin Jaroszkowski, que esteve envolvido na eleição da Jan III, contudo, pesquisas em curso, indicam que este nome pode ter sido documentado bem antes.

Outras referências, incluem Fedor Jaroszýnski, em 1773, na região à Leste da cidade de Kiew, na atual Ucrânia. Assim como, o sobrenome Jaurski foi proprietário de terras em Mińsk (atual capital da Bielorrússia), durante o século dezoito.

De acordo com o sistema de clãs polacos, famílias nobres recentes recebiam brasões antigos não mais usados, neste caso os Jarosiński - Jaroszýnski receberam os brazões do clã Janina, bem como uma centena de outras famílias polacas, que acabaram por constituir um pequeno nome dentro de um grupo maior no contexto do sistema.

A grande imigração européia dos séculos XVII,XVIII,XIX e XX introduziu muitos nomes da Europa Central e Oriental nas Américas. Pesquisas indicam que talvez a primeira variação deste nome tenha chegado aos Estados Unidos, em 1872. Franz e Joseph Jaräzeski chegaram neste ano a Baltimore. Mas é claro que este nome pode ter chegado às Américas bem antes disso.

Muitos dos sobrenomes de descendentes polacos grafados em português com a terminação CHINSKI são grafadas em polaco como SIŃSKI ou SZÝNSKI. Na verdade chinski é a pronúncia em polaco de siński e a terminação szyński (que soa como chenski). Exemplo: Lechinski, Copruchinski e etc.

Cabe aqui, outra explicação toponímica para o sobrenoem Iarochinski - Jarochinski, Iarocrinski - Iarozinski, Iarocinski.

A palavra JAROSZ usada como sobrenome também é da língua proto-polaca, ou seja do antigo idioma polaco, que tem como significado equivalente ao nome Hieronin, que em português é Jerônimo.  Outro significado de Jarosz é o equivalente a Vegetariano.

Abaixo estão alguns sobrenomes bastante comuns no Sul do Brasil e que com certeza foram alterados pela pronúncia de seus portadores.

Muitos dos imigrantes eram analfabetos e como o passaporte com que entrou no Brasil era familiar e da potência invasora (Rússia, Áustria, Prússia-Alemanha) das terras da Polônia, naquele período, ele não tinha como demonstrar a verdadeira grafia de seu sobrenome ao cartorário que estava registrando seu filho.

Português - Polaco

Augrileski - Jagielski
Balzick - Barcik
Bozeg - Bożeg
Celisroski, Setenareski - Cetnarsk
Cesolak - Cieślak
Chapieski - Czapiewski
Cleina, Clein - Klejna, Klein
Copruchinski - Koprósiński
Colman - Kolman
Crisanowski - Krzyżanowski
Cuibes - Kobis
Cusma - Kuzma
Delung - Dyląg
Dipuce - Depka
Dombrosqui - Dąbrowski
Drabiski - Drabik
Dusk - Duski
Duchka - Duszka
Escipta - Szczypta
Esmalok - Smolarz
Esmolareque - Śmoralecki
Falage - Falarz
Felippe - Filip
Filla - Fila
Gavilaqui - Gawlak 
Gelinski - Zieliński, Żeliński
Gelinski - Zeleński
Gosit - Goszyc
Greboge - Gryboś
Gregoreki - Grzegorzewski
Guerra - Giera
Hagelski - Hazelski
Hubreski - Kuberski
Jagienski - Jasieński
Jedosseski - Jodłowski
Juker - Jeż
Iavorki - Jaworski
Iarocrinski, Iarochinski, Jarozinski, Iaruchinsqui - Jaroszyński, Jarosiński
Kaiykl - Halicki
Kalucky - Haluch
Kolovski - Kołowski
Kleina, Klein - Klejna, Kleina  (alguns pronunciam erroneamente como klain, pensando tratar-se de sobrenome alemão, mas é polaco mesmo!)
Klimeck - Klimek
Kosezek - Toczek
Krobos - Kobis
Kusimann - Kuźma
Kusebeck - Kasubek, Kazubek
Lechinski, Liszewski, Lizeski - Leszyński, Lesiński
Lepinski - Lipieńska
Lisanoski - Krzyżanowski
Lobasniska - Lubaśnicka
Loklissirez - Zaklikiewicz
Machuca - Maczuga
Manica - Manika
Mali - Mały
Malicheski - Maliszewski
Marcinak - Marciniak
Maschiosh - Maciosz
Mazuga - Maczuga
Micos - Mikoć 
Muchinski - Musiński
Mulchinski - Muszyński
Nikel - Nikiel
Nogosegue - Nogosek
Olinski - Oleiński, Oliński
Papucha - Pampuch
Piakasch - Piekarz
Piecas - Piekaś
Pirquel - Pirkiel
Pihhoh - Pioch
Purchat - Purkot
Raduloski - Radłowski
Ragelski - Hazelski
Rendoki - Rendak
Sari -  Szary
Schidzig - Śledż
Schilichting - Szlichta
Schota - Słota
Soaki - Wszołek
Szalton - Szołtun
Schueda - Szweda
Tozek - Toczek
Urbano - Urban
Vakoniz - Wachowicz -
Vainga, Walenga, Valenga - Wałęga
Valessa - Wałęsa
Valesko - Walesko
Wosoc - Wąsącz
Zark - Jarek
Zieman, Tyman - Cymań

NOMES POLACOS

Português - Polaco
Alberto = Albert
Adalberto = Wojciech (pronuncia-se: voitchiéhrrr)
Agnes = Agnieszka (Inês, em português) (pronuncia-se: agniéchca)
Agath = Agata (Águeda, em português)
Ana = Anna
André, Andreas = Andrzej (pronuncia-se: andjiei)
Antonio = Antoni
Bárbara = Barbara
Batista = Baptysta
Bertha = Berta
Blauziere, Brás, Braz = Błażej (pronuncia-se: buájei)
Boleslau = Bolesław
Bruno = Brunon
Carlos = Karol
Carolina = Karolina
Catharina = Katarzyna (pronuncia-se: catajena)
Casimiro, Cassemiro = Kazimierz
Christina = Krystyna
Christof = Krzysztof (pronuncia-se: kjêchtóf)
Dorothea = Dorota
Deodoro = Bogdan
Elisabeth = Elżbieta (pronuncia-se: Eljibiéta)
Eduvig, Eduvige, Edvirges = Jadwiga (pronuncia-se: iadviga)
Estefano = Stefan
Estanislau = Stanisław
Eva = Ewa
Franz, Francisco = Franciszek (pronuncia-se: frantchichék)
Francisca = Franciszka (pronuncia-se: frantchichca)
Gaspar = Kacper (pronuncia-se: cátsper)
Guilherme = Wilhelm
Gregor, Gregório = Grzegorz (pronuncia-se: gjegój)
Hisbertha = Gisberta (pronuncia-se guisberta)
Ignatz, Inácio = Jgnacy (pronuncia-se: ignacê)
Jacob, Jacó = Jakub (pronuncia-se: iácub)
Joan, Johan, Juhan, João = Jan (pronuncia-se: ian)
Josef, José = Józef (pronuncia-se: iuséf)
Josepha, Joséfa = Józefa (pronuncia-se: iuséfa)
Josephina = Józefina (pronuncia-se: iuzéfina)
Julio = Juliusz
Juliana = Julianna
Ladislau = Władysław
Leopoldo = Leopold
Lourenço = Wawrzyniec
Maria = Maria
Margarida = Małgorzata (pronuncia-se: maugójata)
Martino = Marcin (pronuncia-se: martchin)
Miguel = Michał (pronuncia-se: mirráu)
Nicolau = Mikołaj (pronuncia-se: micóuai)
Paul, Paulo, Paolo = Paweł (pronuncia-se: páveu)
Paulina = Paulina
Peter, Piutr, Pietro, Pedro = Piotr (pronuncia-se: piótr)
Roberto = Robert
Rockus, Roque = Roch (pronuncia-se: Róhrrr)
Romão - Roman
Rozália = Rozalia
Simon, Simão = Szymon (pronuncia-se: chêmon)
Sophia = Zofia
Stephan = Stefan (Estefano, em português)
Susana = Suzanna
Tecla = Tekla
Tomás = Tomasz
Tadeu = Tadeusz
Valdomiro = Włodzimierz
Valentim = Walenty
Venâncio = Wenancjusz
Venceslau = Wacław
Victorino, Vitor, Vitório = Wiktorio
Victoria = Wiktoria
Vicente = Wincenty
Zacarias = Zachariasz
Zaqueu = Zacheusz

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Curitiba: Mil anos de Judeus na Polônia


Cônsul Dorota Joanna Barrys. Foto: Ulisses Iarochinski

Foi aberta, na noite desta quinta-feira, 04 de setembro, no saguão de entrada da Biblioteca Pública do Paraná, a exposição "Mil anos de Judeus na Polônia".  Promoção do Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba, a exposição foi organizada pelo Instituto Adam Mickiewicz de Varsóvia e vai estar aberta até 18 de setembro. Depois deve percorrer outras cidades brasileiras.
Em muitos anos foi a primeira vez que se viu num mesmo evento patrocinado pelo Consulado da Polônia, reunidas as comunidades polacas de credos católico apostólico romano e judaico. Lado a lado estavam os senhores Edward Kondera (polaco católico) e Maurício Schulman (descendente de origem polaco-judaica) entre dezenas de outros.

Inicialmente a cônsul Geral Dorota Joanna Barys saudou o público para em seguida convidar para ver as dezenas de cartazes contando a história do povo judeu em terras da Polônia. Barys lembrou as palavras do consultor da mostra Piotr M.A. Cywiński constantes na revista da exposição onde ele diz: "Mil anos de união e divisões. Mil anos de diálogo e conflitos, favores e sofrimento, desenvolvimento e crise, autonomia e dependência, felicidade compartilhada e crueldade, até o Shoah."

Prof. Manoel Knopfholz. Foto: Ulisses Iarochinski

Em seguida, foi a vez do representante da comunidade judaica de Curitiba, Prof. Manoel Knopfholz, discursar para os presentes.  Ele lembrou das origens comuns na cultura, na culinária, nos costumes e da contribuição dos polacos judeus para a humanidade através de vários expoentes como ganhadores de prêmios Nobel e cientistas renomados, além dos horrores do holocausto perpetrados por inimigos comuns como os alemães-nazistas e os russos-stalinistas.

Para Bogdan Bernarczyk-Słoński, responsável pela concepção da mostra, "Pagar tributo aos que não estão mais aqui é revivê-los em nossa memória, junto com as suas alegrias e tristezas, suas vitórias e derrotas, suas grandezas e fraquezas. É também a descoberta da herança que nos deixaram. É finalmente, uma maneira de chamá-los pelos nomes."

Mais adiante Bernarczyk-Słoński relembra que "O holocausto, a tragédia monstruosa do povo judeu, que exterminou quase 3,1 milhão de judeus polacos, borrou por muito tempo a memória dos 1000 anos da sua história e cultura inscrita em nosso passado e inseparavelmente ligada a nossa identidade cultural. Ao procurar a sua identidade e ouvir com atenção as vozes da memória coletiva, os polacos contemporâneos compreendem com pavor e tristeza a ausência dos Judeus, os nossos irmãos." 

Foto: Ulisses Iarochinski

A exposição no Brasil conta ainda com o apoio de Ephraim Teitelbaum, da Federação Israelita do Rio Grande do Sul e tradução do texto polaco de Hanna Węgrzynek e Katarzyna Wieczorek, para o português de Alina Prałat.

Foto: Ulisses Iarochinski

P.S. Que esta exposição possa de alguma forma estreitar os laços de uma comunidade brasileira com origens iguais na Polônia, mas mutilados por agressões de outros povos.