A manchete do jornal Dziennik Polski desta terça-feira, 29 de abril de 2008 é: Kraków dusi się w Korku - ou Cracóvia sufocada pelos engarrafamentos. A cidade virou um canteiro de obras e cada vez fica mais difícil circular de automóvel. Também os ônibus e tramwaj (bondes elétricos) sofrem com a construção de novas rotatórias, ruas, avenidas, mudanças de traçado e reforma viária. Tudo está sendo realizado com investimentos da União Européia.
terça-feira, 29 de abril de 2008
As 10 maiores empresas polacas
O jornal Rzeczpospolita pelo décimo ano consecutivo elege as 500 maiores empresas polacas. Entre as 10 primeiras do último ano, a empresa de distribuição de derivados de petróleo PKN Orlen com faturamento de mais de 64 bilhões złotych. Na segunda posição pelo sétimo ano consecutivo ficou Telekomunikacja Polska. Nas demais posições ficaram Polskie Sieci Elektroenergetyczne SA GK, Warszawa, PZU SA GK, Warszawa, Polskie Górnictwo Naftowe i Gazownictwo SA GK, Warszawa, Grupa Metro w Polsce, Warszawa, KGHM Polska Miedź SA GK, Lubin, Grupa Lotos SA GK, Gdańsk, Mittal Steel Poland SA, Katowice e na décima posição Fiat Auto Poland SA, Bielsko-Biała. da primeira a quinta posição não houve alteração entre as maiores empresas da Polônia. No que compete ao controle acionário das empresas sediadas na Polônia, rapidamente caiu o controle das empresas do país por polacos. Em 2002, entre as 500 maiores estavam 128 empresas 100% polacas. No último ano, apenas 81 empresas são polacas entre as 500.
Fotógrafas polacas 6
Foto de Weronika Łodzińska-Duda intitulada "pokoje panienskie", de 2007, presente na Exposição fotográfica, "Ela - Documentalista - As mulheres polacas fotógrafas do século 20", com o subtítulo "Kobiety nie są sentymentalne" (Mulheres não são sentimentais), que fica aberta até 18 de maio, em Varsóvia, na Galeria Zachęta.
Weronikaé formada em história da arte, gráfica pela cracoviana ASP e bolsista na Sorbone. Fotógrafa é também curadora da Galeria de Arte "Camelot”.
Weronikaé formada em história da arte, gráfica pela cracoviana ASP e bolsista na Sorbone. Fotógrafa é também curadora da Galeria de Arte "Camelot”.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
E o campeão perdeu
O Wisła Kraków chegou a Varsóvia com o status de campeão antecipado da atual temporada, mas bastou o jogo começar para que a arrogância do treinador de Cracóvia Maciej Skorża murchasse. A tarde foi do inimigo Legia Warszawa e o resultado de 2 x 1 ficou pouco para quem contava com o poder de fogo de Paweł Brożek, o artilheiro do campeonato. Seu gol solitário não impediu sua equipe de perder para o inimigo de Varsóvia. Nem mesmo a presença do brasileiro Jean Paulista, substituído nos minutos finais, conseguiu calibrar a pontaria de Brozęk. O brasileiro, apesar de ser o mais habilidoso e solidário jogador da equipe sofre perseguição de seu treinador Skorża. Este insiste em esnobar a qualidade do atacante brasileiro. Outro dia ainda mandou o brasileiro treinar com a equipe juvenil por excesso de qualidade. Ou seria medo de Jean brilhar no campo e assim ofuscar sua aura de astro de si mesmo? O brasileiro ficou mais no banco do que em campo neste campeonato. Sem ritmo de jogo e sendo colocado em campo sempre em posições diferentes Jean Paulista não foi o mesmo de temporadas anteriores. O Wisła tem uma pérola em seu plantel, mas o treinador não admite.
Jan Urban, treinador do Legia, nem quis saber destas pendengas e muito menos o atacante Maciej Rybus, que meteu dois gols na rede do campeão. Com o resultado, o Legia de Varsóvia ficou mais próximo do vice-campeonato e mais próximo da Copa da UEFA.
Quanto ao time de Cracóvia, o título impede seus dirigentes de ver o mal que é ter um treinador que se acha superstar e único responsável pelo título.
Antes da partida ele dizia que na Polônia não existe time para se defrontar com seu clube... "precisamos jogar com equipes de outros países, pois aqui não tem ninguém que possa nos vencer". Depois da derrota, ele saiu com essas "Não é comum perder. Ultimamente isto ocorreu somente ano passado. No primeiro tempo cometemos muitos erros, tanto enquanto equipe quanto individualmente. Depois, no começo do segundo tempo, houve desconcentração. Deveríamos controlar mais o jogo. Tivemos também o dissabor de um cartão vermelho e uma penalidade não marcada. Nos jogos anteriores a sorte sempre nos acompanhou. Hoje se voltou contra nós."
Quanto ao time de Cracóvia, o título impede seus dirigentes de ver o mal que é ter um treinador que se acha superstar e único responsável pelo título.
Antes da partida ele dizia que na Polônia não existe time para se defrontar com seu clube... "precisamos jogar com equipes de outros países, pois aqui não tem ninguém que possa nos vencer". Depois da derrota, ele saiu com essas "Não é comum perder. Ultimamente isto ocorreu somente ano passado. No primeiro tempo cometemos muitos erros, tanto enquanto equipe quanto individualmente. Depois, no começo do segundo tempo, houve desconcentração. Deveríamos controlar mais o jogo. Tivemos também o dissabor de um cartão vermelho e uma penalidade não marcada. Nos jogos anteriores a sorte sempre nos acompanhou. Hoje se voltou contra nós."
Na foto, Maciej Skorża, treinador do Wisła Kraków.
Soldados polacos temem atirar
STRACH STRZELAĆ - TEMEM ATIRAR.
A Síndrome de Nangar Khel. Soldados têm medo de partir em missão e o comandante do exército anuncia que jogará fora o uniforme, se o tribunal de Bielska julgar os soldados acusados de crimes de guerra em Nangar Khel. O Chefe do comando general Wójcik: -Será necessário dissolver o exército?
Oito de meses depois de tragédia, em Nangar Khel, no Afeganistão, onde a balas de um morteiro polaco matou oito civis, entre estes crianças, que o exército polaco está em crise. Tudo porque, os sete comandantes de Bielska, sentem-se apreensivos com a ameaça de julgamento por crimes de guerra. A acusação é do promotor público.
Oito de meses depois de tragédia, em Nangar Khel, no Afeganistão, onde a balas de um morteiro polaco matou oito civis, entre estes crianças, que o exército polaco está em crise. Tudo porque, os sete comandantes de Bielska, sentem-se apreensivos com a ameaça de julgamento por crimes de guerra. A acusação é do promotor público.
E agora é só esperar até ...
Torcida faz a festa e Coritiba vence o Atlético na 1ª partida da final (Gazeta do Povo)
Jogando no embalo da torcida, o Coritiba teve uma atuação acima da média neste domingo e venceu o Atlético por 2 a 0 na primeira partida da decisão do Campeonato Paranaense 2008. Com o resultado, o Alviverde leva para a Arena da Baixada (no próximo domingo, dia 4 de maio) a vantagem de conquistar o título Estadual mesmo se for derrotado por 1 a 0. Se perder por 2 gols de diferença, o jogo será decidido na prorrogação e pênaltis, caso necessário.
Jogando no embalo da torcida, o Coritiba teve uma atuação acima da média neste domingo e venceu o Atlético por 2 a 0 na primeira partida da decisão do Campeonato Paranaense 2008. Com o resultado, o Alviverde leva para a Arena da Baixada (no próximo domingo, dia 4 de maio) a vantagem de conquistar o título Estadual mesmo se for derrotado por 1 a 0. Se perder por 2 gols de diferença, o jogo será decidido na prorrogação e pênaltis, caso necessário.
domingo, 27 de abril de 2008
Esquentando para o título
As cores da bandeira do Estado do Paraná são verde e branco.... as cores do coração coxa-branca também. A simbiose de cores acalenta a saudade destas arquibancadas desde a longíncua Cracóvia. Hoje, no Alto de todas as Glórias, o Coritiba dá o primeiro grande passo para o título de 2008... ganhando bem hoje: acabou o campeonato...aí é só erguer a taça e vestir as faixas... Dá-lhe Coxa!
(In)tolerância nas ruas de Cracóvia
Foto: Tomasz Wiech / Agencja Gazeta
A Marcha da Tolerância atravessou o centro de Cracóvia, neste sábado. Os manifestantes se concentraram na Plac Matejki e marcharam em direção ao Rynek (praça central da cidade). Não faltaram intolerantes que das janelas das Kamiennice (prédios) jogassem nos manifestantes ovos, tomates e pedras. Antes da chegada da parada gay à praça central a polícia teve problemas para dispersar membros da "Młodzieży Wszechpolskiej", da NOP e falsos torcedores que esperavam para atacar os integrantes da Marcha da Tolerância. Seis pessoas foram detidas entre os mebros da NOP.
Entre os apoiadores da marcha estavam mães que disseram a reporteres que "Minha filha é lésbica", "radical revolução do Sexualismo", "o que duas mães não é uma", "dois pais não é um", "Racionais da liberdade não só sexual".
Por sua vez os contrários gritavam: "No Rynek cracoviano não virão nunca os gays". E incitavam turistas e outros que curtiam o céu azul e o sol brilhante nas mesas dos bares e restaurantes ao ar livre: "Quem não pula é homossexual", e pulavam alto para demonstrar suas contrariedades pela marcha. Finalmente com a ajuda da polícia a marcha com muitas bandeiras coloridas encerrou-se diante da estátua do poeta Adam Mickiewicz.
Entre os apoiadores da marcha estavam mães que disseram a reporteres que "Minha filha é lésbica", "radical revolução do Sexualismo", "o que duas mães não é uma", "dois pais não é um", "Racionais da liberdade não só sexual".
Por sua vez os contrários gritavam: "No Rynek cracoviano não virão nunca os gays". E incitavam turistas e outros que curtiam o céu azul e o sol brilhante nas mesas dos bares e restaurantes ao ar livre: "Quem não pula é homossexual", e pulavam alto para demonstrar suas contrariedades pela marcha. Finalmente com a ajuda da polícia a marcha com muitas bandeiras coloridas encerrou-se diante da estátua do poeta Adam Mickiewicz.
Fotógrafas polacas 5
Foto de Maria Kietlinska "Po majowym deszczu", (depois das chuvas de maio), de 1935, presente na Exposição fotográfica, "Ela - Documentalista - As mulheres polacas fotógrafas do século 20", com o subtítulo "Kobiety nie są sentymentalne" (Mulheres não são sentimentais), que fica aberta até 18 de maio, em Varsóvia, na Galeria Zachęta.
sábado, 26 de abril de 2008
Palácios dos Jarosiński
Aqui num quadro exposto no Museu Nacional em Cracóvia (III-r.a. 3044 - teka Podole) se pode ver o panorama visto desde o rio Bug do Palácio Jarosiński (anteriormente Kalityński) junto a igreja dominicana de São Miguel (com duas torres) e de uma igreja Ortodoxa (com uma torre e uma cúpula), em Tywrów (local com propriedades da famíia Jarosiński). No quadro se pode ler a data de 4 de setembro e a inscrição: Tywrów. Jarosiński, Koczubej. Tywrów G. Podolska. A denominação Tywrów tem origem na tribo eslava que vivia nas margens do rio Bug (atualmente em territorio ucraniano). A propriedade pertenceu anteriormente a família Kaletyński com o porta-estandarte Bracławski que também pertenceu a família Jarosiński.
Igreja paroquial Espírito Santo e Palácio Jarosiński em Dzygówka, na voivoda polaca de Bracław, delta do Rio Bug, no atual território da Ucrânia. Incrições: Data Dzygówka 11 de janeiro. Stanisław Jarosiński - Stanisław Jaroszyński; Podole Dzygówka, mansão e igreja paroquial. Exposto no Muzeum Narodowe, Kraków. III-r.a. 2962. (Teka Podole).
A família Jarosiński também possuía propriedades nas localidades de Babin e Jaroszewice (atual voivoda de Lublin), em kotostowice (atualmente na Ucrânia), em Łucki, em Jaroszyń, em Miastkówka, Kuna, Dzwonichy, Kliszczów, Gryzyniec, Dzwonich, Kliszczów, Kublicz, Balabanówka, Jabłonowice, Skibin, Antopol, Krzyżopol, Wapniarka e em outras localidades dos atuais territórios da Polônia, Ucrânia e Lituânia.
As duas aquarelas são obra do pintor Napoleon Orda, natural de Worocewicze k. Pińska em 1807 e falecido em Varsóvia em 1883.
A família Jarosiński também possuía propriedades nas localidades de Babin e Jaroszewice (atual voivoda de Lublin), em kotostowice (atualmente na Ucrânia), em Łucki, em Jaroszyń, em Miastkówka, Kuna, Dzwonichy, Kliszczów, Gryzyniec, Dzwonich, Kliszczów, Kublicz, Balabanówka, Jabłonowice, Skibin, Antopol, Krzyżopol, Wapniarka e em outras localidades dos atuais territórios da Polônia, Ucrânia e Lituânia.
As duas aquarelas são obra do pintor Napoleon Orda, natural de Worocewicze k. Pińska em 1807 e falecido em Varsóvia em 1883.
Novo nome para os campos da morte
O Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO decidiu aceitar o pedido do governo polaco e mudou o nome do campo de concentração "Auschwitz-Birkenau" localizado a 65 km de Cracóvia, na Polônia. De acordo com a proposta apresentada pelo governo da polaco, a denominação oficial do campo paasa a ser “Auschwitz-Birkenau - Campo de concentração e extermínio da Alemanha nazista (1940-1945)”.
O campo foi o maior criado pelos alemães durante a II Guerra Mundial e é o único inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. A proposta e conseqüente mudança de nome foi uma reação contra a freqüência cada vez maior dos meios de comunicação mundial de publicar, anunciar e/ou sugerir aberta ou subliminarmente que os campos hitleristas foram “campos polacos de extermínio”.
Ratificado pela UNESCO, o novo nome apresentar de forma inequívoca a verdade histórica sobre o real caráter do campo e quem foram os criadores, mantenedores e executores, ou seja, o regime nazista da Alemanha.
O novo nome também tem função educativa para as novas gerações, principalmente no exterior e mesmo, para os estudantes de segundo grau de Israel, que todo mês de abril realizam escursões para a Polônia para visitarem os campos de concentração. Quando chegam aqui se perguntam: Mas como, o campo de Auschwitz-Birkenau fica na Polônia? Então foram os polacos que mataram nossos ancestrais? Tanto isto é verdade, que ano passado aconteceu em Tel Aviv um encontro mundial para discutir a questão.
O campo foi o maior criado pelos alemães durante a II Guerra Mundial e é o único inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. A proposta e conseqüente mudança de nome foi uma reação contra a freqüência cada vez maior dos meios de comunicação mundial de publicar, anunciar e/ou sugerir aberta ou subliminarmente que os campos hitleristas foram “campos polacos de extermínio”.
Ratificado pela UNESCO, o novo nome apresentar de forma inequívoca a verdade histórica sobre o real caráter do campo e quem foram os criadores, mantenedores e executores, ou seja, o regime nazista da Alemanha.
O novo nome também tem função educativa para as novas gerações, principalmente no exterior e mesmo, para os estudantes de segundo grau de Israel, que todo mês de abril realizam escursões para a Polônia para visitarem os campos de concentração. Quando chegam aqui se perguntam: Mas como, o campo de Auschwitz-Birkenau fica na Polônia? Então foram os polacos que mataram nossos ancestrais? Tanto isto é verdade, que ano passado aconteceu em Tel Aviv um encontro mundial para discutir a questão.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Wisła Kraków: Campeão antecipado!!!
Minhas viagens pelo território da Polônia em busca de documentos para brasileiros descendentes de polacos tem causado interrupção no blog...nem todos os dias tenho acesso a Internet. Assim acabei não noticiando ainda que o campeão da temporada 2007/2008 do campeonato polaco de futebol é o centenário clube de Cracóvia, o Wisła Kraków (vissúa crácuf) dos brasileiros Cleber e Jean Paulista. Com semanas de antecedência o clube de Cracóvia venceu com folga sobre o segundo colocado, que ainda não foi definido já que três equipes podem chegar ao título de vice-campeão, entre eles o inimigo natural Legia de Varsóvia. Nesta sexta-feira os dois jogos, mas o clube de Cracóvia, apesar do título antecipado, não quer a companhia do inimigo, por isso deve fazer de tudo para ganhar a partida, mesmo na casa do inimigo.
Também não pude reproduzir aqui a intensa discussão ocorrida no início da semana no congresso nacional da Polônia sobre a cidadania concedida ao jogador brasileiro do Legia Warszawa, Roger Guerreiro. Unânimes os deputados criticaram duramente o presidente da República ao ceder à pressão da Federação de Futebol e em menos de 3 semanas conceder a regalia a um relés jogador estrangeiro. Comentários de deputados foram reproduzidos pelas emissoras de rádio, tais como: "polacos que vivem atualmente na Bielorrússia, Ucrânia, Moldávia e Cazaquistão passam por um demorado processo para provar que ou nasceram na Polônia, ou descendem de polacos. O próprio presidente Kaczyński demora dois anos para decidir dar uma resposta aos pedidos e agora um jogador de futebol recebe em 2 semanas aquilo que por direito deveria ser dado a um descendente."
Outro mais exaltado propõe reverter a decisão presidencial ou caçar a cidadania concedida ao brasileiro Roger: "Não é possível aceitar algo assim. Se este jogador não for convocado para jogar na Euro 2008, ou se for muito mal, a solução é tirar esta cidadania dele, já que foi só um arranjo. Será que não temos um jogador polaco para defender nossa seleção?
Também não pude reproduzir aqui a intensa discussão ocorrida no início da semana no congresso nacional da Polônia sobre a cidadania concedida ao jogador brasileiro do Legia Warszawa, Roger Guerreiro. Unânimes os deputados criticaram duramente o presidente da República ao ceder à pressão da Federação de Futebol e em menos de 3 semanas conceder a regalia a um relés jogador estrangeiro. Comentários de deputados foram reproduzidos pelas emissoras de rádio, tais como: "polacos que vivem atualmente na Bielorrússia, Ucrânia, Moldávia e Cazaquistão passam por um demorado processo para provar que ou nasceram na Polônia, ou descendem de polacos. O próprio presidente Kaczyński demora dois anos para decidir dar uma resposta aos pedidos e agora um jogador de futebol recebe em 2 semanas aquilo que por direito deveria ser dado a um descendente."
Outro mais exaltado propõe reverter a decisão presidencial ou caçar a cidadania concedida ao brasileiro Roger: "Não é possível aceitar algo assim. Se este jogador não for convocado para jogar na Euro 2008, ou se for muito mal, a solução é tirar esta cidadania dele, já que foi só um arranjo. Será que não temos um jogador polaco para defender nossa seleção?
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Será que pula?
A bela foto da lua cracoviana é do amigo curitibano da Vila Guaíra, pastor da segunda Igreja Batista de Cracóvia, José Luiz Kaniak (este já tem cidadania polaca também com méritos e justiça). è primavera de lua cheia na cidade de todos os turistas do mundo. Para a foto vale tantas palavras, mas a legenda, do próprio Kaniak diz tudo: "ops, será que pula?
Pior para os negócios da Polônia
A principal manchete do jornal Rzeczpospolita desta segunda-feira, 21 de abril de 2008 é: Pat na política exterior. Contestação entre presidente e MZS pode causar, que para agências serão levados diplomatas com grau abaixo de embaixador - Isto pode ser ruim para os negócios do país. Alertam interlocutores „Rz".
E abaixo da foto principal do Papa Bento XVI: Papa reza em intenção do 11 de setembro.
E abaixo da foto principal do Papa Bento XVI: Papa reza em intenção do 11 de setembro.
Atletiba no Paranaense
Sim, meu coração coxa-branca continua batendo a milhas áereas de distância do outro lado das estepes européias. E reproduzindo parágrafo do comentário de um ex-colega de redação de jornal, o atleticano Augusto Mafuz saúdo as finais do campeonato paranaense com os dois maiores clubes do Paraná: O romantismo está de volta. Durante duas semanas viveremos de Atletiba. O Atletiba, ainda, é uma razão de vida. Por isso, é uma das poucas coisas que nos resta no futebol.
domingo, 20 de abril de 2008
Guerreiro já tem passaporte
Andei viajando muito nas últimas três semanas. Fui em busca de certidões de polacos nascidos há mais de um século nos confins da Polônia. Assim em alguns dias deixei de publicar informações neste blog, bem como algumas notícias da Polônia acabei não anotando.
Mas aproveito para fazer o registro, mesmo que tardio de que o Presidente Lech Kaczyński, que leva até dois anos para confirmar ou não a cidadania de um legítimo descedente de polaco, em menos de dois meses, assinou a decisão de conceder ao brasileiro (sabe-se se lá de que descendência) Roger Guerreiro, a cidadania polaca. Não só assinou como fez questão de posar com o "gajo paulista" com camisas da seleção polaca (já com o nome do brasileiro nas costas) para fotos ao lado do jogador do Legia Warszawa.
Realmente é triste para aqueles que amam a Polônia e que a duras penas aprenderam o segundo mais difícil idioma do mundo, que cantam em prosa e verso o orgulho que sentem pela terra dos seus avôs receber uma notícia desta.
Todas as exigências que devem ser cumpridas por quem ostenta un sobrenome terminado em nski... Os formulários que têm que preencher, as taxas, as buscas de documentos... para no fim ouvir de funcionários deste governo que o ancestral nasceu quando a Polônia estava ocupada por nações estrangeiras e portanto, não tem direito a cidadania, a passaporte, a carteira de identidade e que pode sim entrar na Polônia, mas só para os regulamentares três meses de turista. Morar em terras polacas ostentando o nski não é para estes descendentes de pobres polacos que oprimidos não tiveram outra alternativa do que emigrar para sobreviver.
Alguns pensam que casando com uma polaca, ou um polaco vão conseguir a tal cidadania que vai lhes permitir trabalhar em paz na Inglaterra. Mas nem estes conseguem a cidadania.
Contudo, para o lateral-esquerdo Roger, ex-Corinthians, nada disto deve fazer a menor diferença. Ele nem deve nem ter preenchido formulários em idioma polaco (mesmo porque ele só sabe falar dobra e pilka), mas mesmo assim, já ganhou a cidadania polaca e segundo os mais exaltados corintianos ele pode vir a ser destaque na próxima Eurocopa.
O jogador de qualidade mediana, que nunca entrou em nenhuma das listas dos melhores da semana do campeonato polaco caiu nas graças do treinador holandês da seleção polaca, disse estar feliz da vida com a certidão de cidadão na mão. O Presidente Lech Kaczyński depois de entregar o "diploma de cidadão", posou para fotos e desejou boa sorte e sucesso para o brasileiro.
Roger para quem não se lembra "queimou-se" no Timão numa partida contra o River Plate, no Morumbi, válida pela Libertadores em 2003. O técnico era Geninho, que no decorrer do jogo, gritou para o lateral que marcava o enjoado DAlessandro. "Pega, pega, pega". Roger não teve dúvidas: meteu o pé no meio do argentino e foi expulso de campo. Depois disso foi foi parar no Flamengo, sagrando-se campeão carioca.
Acabou, sem saber porque, na fria Polônia, onde outros brasileiros se destacavam a cada rodada no campeonato. Bons jogadores como Andradina, Cleber, Jean Paulista e Edson (que já estava jogando no Legia). Edson, sim é um ótimo jogador, mas que infelizmente não foi observado pelo holandês que classificou a Polônia pela primeira vez para uma final de Eurocopa. Com status de herói, o holandês Benhakker agora pode tudo, inclusive conseguir que um obscuro jogador brasileiro ganhe rapidamente o que muitos outros brasileiros sonham anos conseguir: serem chamados de polacos, não só porque possuem sobrenome herdados de bisavôs imigrantes da Polônia, mas porque poderiam viver sem problemas burocráticos de controle de passaporte na terra que botou no mundo tantos avôs e bisavôs Kazimierz, Bolesław, Piotr, Tomasz, Wiktoria, Jan, Adam, Agnieszka, Karol, Katarzyna, que acabaram nas florestas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Mas como disse um funcionário do governo da Polônia: "Cidadania não é questão de sangue, cabelos loiros, olhos azuis, mas apenas um procedimento administrativo, que implica em pagar impostos e dar algo em troca para o Estado". Neste caso, vestir a camisa da seleção de futebol da Polônia no campeonato de seleções da Europa 2008, na Áustria e Suíça.
P.S. Será que se o novo polaco de "carteirinha" der vexame vai ter cassada a cidadania que o Presidente da República Polaca lhe deu com sorrisos?
Mas aproveito para fazer o registro, mesmo que tardio de que o Presidente Lech Kaczyński, que leva até dois anos para confirmar ou não a cidadania de um legítimo descedente de polaco, em menos de dois meses, assinou a decisão de conceder ao brasileiro (sabe-se se lá de que descendência) Roger Guerreiro, a cidadania polaca. Não só assinou como fez questão de posar com o "gajo paulista" com camisas da seleção polaca (já com o nome do brasileiro nas costas) para fotos ao lado do jogador do Legia Warszawa.
Realmente é triste para aqueles que amam a Polônia e que a duras penas aprenderam o segundo mais difícil idioma do mundo, que cantam em prosa e verso o orgulho que sentem pela terra dos seus avôs receber uma notícia desta.
Todas as exigências que devem ser cumpridas por quem ostenta un sobrenome terminado em nski... Os formulários que têm que preencher, as taxas, as buscas de documentos... para no fim ouvir de funcionários deste governo que o ancestral nasceu quando a Polônia estava ocupada por nações estrangeiras e portanto, não tem direito a cidadania, a passaporte, a carteira de identidade e que pode sim entrar na Polônia, mas só para os regulamentares três meses de turista. Morar em terras polacas ostentando o nski não é para estes descendentes de pobres polacos que oprimidos não tiveram outra alternativa do que emigrar para sobreviver.
Alguns pensam que casando com uma polaca, ou um polaco vão conseguir a tal cidadania que vai lhes permitir trabalhar em paz na Inglaterra. Mas nem estes conseguem a cidadania.
Contudo, para o lateral-esquerdo Roger, ex-Corinthians, nada disto deve fazer a menor diferença. Ele nem deve nem ter preenchido formulários em idioma polaco (mesmo porque ele só sabe falar dobra e pilka), mas mesmo assim, já ganhou a cidadania polaca e segundo os mais exaltados corintianos ele pode vir a ser destaque na próxima Eurocopa.
O jogador de qualidade mediana, que nunca entrou em nenhuma das listas dos melhores da semana do campeonato polaco caiu nas graças do treinador holandês da seleção polaca, disse estar feliz da vida com a certidão de cidadão na mão. O Presidente Lech Kaczyński depois de entregar o "diploma de cidadão", posou para fotos e desejou boa sorte e sucesso para o brasileiro.
Roger para quem não se lembra "queimou-se" no Timão numa partida contra o River Plate, no Morumbi, válida pela Libertadores em 2003. O técnico era Geninho, que no decorrer do jogo, gritou para o lateral que marcava o enjoado DAlessandro. "Pega, pega, pega". Roger não teve dúvidas: meteu o pé no meio do argentino e foi expulso de campo. Depois disso foi foi parar no Flamengo, sagrando-se campeão carioca.
Acabou, sem saber porque, na fria Polônia, onde outros brasileiros se destacavam a cada rodada no campeonato. Bons jogadores como Andradina, Cleber, Jean Paulista e Edson (que já estava jogando no Legia). Edson, sim é um ótimo jogador, mas que infelizmente não foi observado pelo holandês que classificou a Polônia pela primeira vez para uma final de Eurocopa. Com status de herói, o holandês Benhakker agora pode tudo, inclusive conseguir que um obscuro jogador brasileiro ganhe rapidamente o que muitos outros brasileiros sonham anos conseguir: serem chamados de polacos, não só porque possuem sobrenome herdados de bisavôs imigrantes da Polônia, mas porque poderiam viver sem problemas burocráticos de controle de passaporte na terra que botou no mundo tantos avôs e bisavôs Kazimierz, Bolesław, Piotr, Tomasz, Wiktoria, Jan, Adam, Agnieszka, Karol, Katarzyna, que acabaram nas florestas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Mas como disse um funcionário do governo da Polônia: "Cidadania não é questão de sangue, cabelos loiros, olhos azuis, mas apenas um procedimento administrativo, que implica em pagar impostos e dar algo em troca para o Estado". Neste caso, vestir a camisa da seleção de futebol da Polônia no campeonato de seleções da Europa 2008, na Áustria e Suíça.
P.S. Será que se o novo polaco de "carteirinha" der vexame vai ter cassada a cidadania que o Presidente da República Polaca lhe deu com sorrisos?
sábado, 19 de abril de 2008
Ali so restam as memórias
Nestas minhas caminhadas em busca de documentos para brasileiros descendentes de polacos, além das paróquias e cartórias também dou passeios por cemitérios. Procuro identificar se existe tumba do sobrenome buscado. Esta placa da foto está num monumento no cemitério de Kamień Pomorski, na voivoda (comparado a um Estado na divisão geográfica da Polônia) Zachodniopomorski, região da milenar Pomerânia polaca. Até 1945 esta cidade estava ocupada pela Alemanha com o nome de Cammin Pommern, ou em português, Pedra Pomerana.
Pois com excessão de 4 tumbas, todas as demais são de pessoas mortas após 1948. Apesar do cemitério ter séculos, todos aqueles alemães-prussos que foram ali enterrados, não podem ser cultuados a não ser nesta pedra monumento. Todas as tumbas de antes de 1945 foram destruídas pelo exército russo em seus embates contra os alemães-nazistas, na segunda guerra mundial. Isto significa que todos aqueles brasileiros descendentes daqueles alemães ou prussos que viviam nesta parte da Polônia de mil anos não podem render homenagens nas tumbas de seus ancestrais. Em homenagem aos restos mortais daqueles que não estão mais ali, colocaram esta placa que nos idiomas alemão e polaco diz: Todos somos crianças do Senhor Deus... Aqui restam as memórias de nossos mortos.
Pois com excessão de 4 tumbas, todas as demais são de pessoas mortas após 1948. Apesar do cemitério ter séculos, todos aqueles alemães-prussos que foram ali enterrados, não podem ser cultuados a não ser nesta pedra monumento. Todas as tumbas de antes de 1945 foram destruídas pelo exército russo em seus embates contra os alemães-nazistas, na segunda guerra mundial. Isto significa que todos aqueles brasileiros descendentes daqueles alemães ou prussos que viviam nesta parte da Polônia de mil anos não podem render homenagens nas tumbas de seus ancestrais. Em homenagem aos restos mortais daqueles que não estão mais ali, colocaram esta placa que nos idiomas alemão e polaco diz: Todos somos crianças do Senhor Deus... Aqui restam as memórias de nossos mortos.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
O coração do Papa na Polônia?
"Esta brutalidade é profanação. Brutalidade? - sim!". A pergunta e a resposta é de um jornalista do "Corriere della Sera", que assim qualifica intenção de guardar o coração de João Paulo II, na Catedral de Wawel, em Cracóvia.
No artigo intitulado "Não deixem ninguém tocar em Karol", o jornalista italiano Pietro Calabrese sublinha, que melhor seria, que corpo inteiro do papa polaco seja transportado para Cracóvia e não apenas o coração. Calabrese escreve, que a intenção dos polacos soa a horror. Como ele pode averiguar, houve um pedido da Igreja polaca no sentido de guardar o coração do papa, em seu país natal, o que para ele seria apenas uma atração pagã. Calabrese mais adiante escreve que nem um filme de horror pode ser mais cruel. "Eu preferiria que o corpo do papa Wojtyła permaneça intato, não dividido (...) sem profanação" - escreve o jornalista italiano.
Segundo sua opinião, seria melhor que Bento XVI decidisse de forma concludente, que para o bem dos polacos fervorosamente católicos, o corpo do papa mais querido em sua época fique intato. "Queria saber, se aquele Karol Wojtyła voltasse à sua Pátria, seria cumprimentado com todas as honras na capela dos reis?". Pergunta-se o jornalista italiano para concluir que ainda "tenho esperança, que ninguém tocará em Karol".
No artigo intitulado "Não deixem ninguém tocar em Karol", o jornalista italiano Pietro Calabrese sublinha, que melhor seria, que corpo inteiro do papa polaco seja transportado para Cracóvia e não apenas o coração. Calabrese escreve, que a intenção dos polacos soa a horror. Como ele pode averiguar, houve um pedido da Igreja polaca no sentido de guardar o coração do papa, em seu país natal, o que para ele seria apenas uma atração pagã. Calabrese mais adiante escreve que nem um filme de horror pode ser mais cruel. "Eu preferiria que o corpo do papa Wojtyła permaneça intato, não dividido (...) sem profanação" - escreve o jornalista italiano.
Segundo sua opinião, seria melhor que Bento XVI decidisse de forma concludente, que para o bem dos polacos fervorosamente católicos, o corpo do papa mais querido em sua época fique intato. "Queria saber, se aquele Karol Wojtyła voltasse à sua Pátria, seria cumprimentado com todas as honras na capela dos reis?". Pergunta-se o jornalista italiano para concluir que ainda "tenho esperança, que ninguém tocará em Karol".
Buscador na Pomerânia - 1
O “buscador de origens” em que me transformei nos últimos meses nesta minha estada polaca levou-me nesta semana que passou ao ponto mais distante de Cracóvia dentro do território da Polônia. Tomei o trem de Cracóvia a Świnoujście. Foram mais de 13 horas com paradas a cada meia hora para entrada de passageiros Katowice, Gliwice, Wrocław, Poznań, Choszczno, Szczecin e muitas outras estações ao longo do percurso. Mas o pior não era o trem parar. Era a troca dos controladores de bilhete. Quando começava a dormir sentado naquela poltrona desconfortável de espaldar alto, a porta da cabine era aberta abruptamente, a luz forte acesa e um novo controlador a pedir o bilhete da passagem que meia hora atrás um outro controlador já havia solicitado. Por essas e outras é que a viagem foi extremamente cansativa. Embarquei as 21h48min horas e desembarquei em Szczecin às 09 horas. Meu primeiro destino estava ainda a 2 horas e meia de viagem de ônibus dali. Tampouco no ônibus foi possível dormir. Mas cheguei a Kamień Pomorski. Finalmente!
A cidade fica na voivoda Zachodniopomorski (Pomerânia Oeste) nas margens da baia Kamieński, a 5 km do Mar Báltico e a 58 km da Fronteira com a Alemanha. A baia faz parte do estuário do Rio Dziwna que permite ligação direta da cidade com o Mar Báltico.
Kamień tem uma área de 208,2 km quadrados com uma população de aproximadamente 15.000 (10.000 dentro dos limites da cidade) pessoas. Está a 57 km do porto marítimo de Świnoujście e a 50 km do aeroporto de Goleniów.
O nome da cidade deriva de uma pedra enorme nas águas da Baía de Kamień, que fica próximo a Ilha de Chrząszczewska, ao Norte da baia. É chamada de Pedra de Thr, ou Pedra do Rei e possui 20 m em circunferência, com 3 m de altura acima do nível da água. A enorme pedra teria sido transportada para o local há aproximadamente 10 mil anos por uma geleira do Pleistoceno e ainda existente na Escandinávia atualmente. O nome também está associado a um evento que teria ocorrido em 1121. O rei polaco Bolesław Krzywousty (bolessuaf kjivousti) teria dado as boas-vindas a uma frota de navios Pomeranos, justamente naquela enorme pedra. Kamień Pomorski, ao longo dos séculos foi ocupada pelos Reino da Polônia e pelas invasões dos cruzados teutônicos.Nestes períodos de ocupação prusso-germânica seu nome sempre era alterado para o alemão Cammin Pommern e assim foi conhecida até o final da Segunda Guerra Mundial em 1945. Atualmente Kamień Pomorski é sede de Powiat e de Gmina, divisões administrativas que corresponderiam ao município e ao distrito na estrutura brasileira. Portanto, possui dois administradores locais, o Starosta que chefia o Powiat e o burmistrze (burmistje), que é governante da Gmina. Fazem parte ainda do Powiat, as Gmina de Wolin, Międzyzdroje, Dziwnów, Golczewo, além de várias vilas rurais como Lubin, Miechowo, Górki, Koplino e outras.
Uma das edificações mais antigas é a catedral. Construída em 1175 pelo príncipe polaco Kazimierz I. De sede de bispado da Igreja Católica apostólica Romana passaria durante as ocupações teutônicas, prussas e alemãs a Igreja Evangélica Protestante. Assim como outras igrejas existentes no município que até 1945 eram evangélicas e hoje em sua totalidade são católicas.
P.S. O relato por terras da Pomerânia e as buscas realizadas lá prosseguem... aguardem nos próximos dias...
A cidade fica na voivoda Zachodniopomorski (Pomerânia Oeste) nas margens da baia Kamieński, a 5 km do Mar Báltico e a 58 km da Fronteira com a Alemanha. A baia faz parte do estuário do Rio Dziwna que permite ligação direta da cidade com o Mar Báltico.
Kamień tem uma área de 208,2 km quadrados com uma população de aproximadamente 15.000 (10.000 dentro dos limites da cidade) pessoas. Está a 57 km do porto marítimo de Świnoujście e a 50 km do aeroporto de Goleniów.
O nome da cidade deriva de uma pedra enorme nas águas da Baía de Kamień, que fica próximo a Ilha de Chrząszczewska, ao Norte da baia. É chamada de Pedra de Thr, ou Pedra do Rei e possui 20 m em circunferência, com 3 m de altura acima do nível da água. A enorme pedra teria sido transportada para o local há aproximadamente 10 mil anos por uma geleira do Pleistoceno e ainda existente na Escandinávia atualmente. O nome também está associado a um evento que teria ocorrido em 1121. O rei polaco Bolesław Krzywousty (bolessuaf kjivousti) teria dado as boas-vindas a uma frota de navios Pomeranos, justamente naquela enorme pedra. Kamień Pomorski, ao longo dos séculos foi ocupada pelos Reino da Polônia e pelas invasões dos cruzados teutônicos.Nestes períodos de ocupação prusso-germânica seu nome sempre era alterado para o alemão Cammin Pommern e assim foi conhecida até o final da Segunda Guerra Mundial em 1945. Atualmente Kamień Pomorski é sede de Powiat e de Gmina, divisões administrativas que corresponderiam ao município e ao distrito na estrutura brasileira. Portanto, possui dois administradores locais, o Starosta que chefia o Powiat e o burmistrze (burmistje), que é governante da Gmina. Fazem parte ainda do Powiat, as Gmina de Wolin, Międzyzdroje, Dziwnów, Golczewo, além de várias vilas rurais como Lubin, Miechowo, Górki, Koplino e outras.
Uma das edificações mais antigas é a catedral. Construída em 1175 pelo príncipe polaco Kazimierz I. De sede de bispado da Igreja Católica apostólica Romana passaria durante as ocupações teutônicas, prussas e alemãs a Igreja Evangélica Protestante. Assim como outras igrejas existentes no município que até 1945 eram evangélicas e hoje em sua totalidade são católicas.
P.S. O relato por terras da Pomerânia e as buscas realizadas lá prosseguem... aguardem nos próximos dias...
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