sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

ESTOU AQUI E RI CHOREI RI

 
 
Luiza Kosowski, Guilherme Silveira, Cora Mora,
 Valentina Herszage, Fernanda Torres e Bárbara Luz 
 

Enquanto almoçava, assisti às indicações históricas de um filme brasileiro à mais consagrada premiação do mundo: o Oscar da Academia de Cinema de Hollywood. Pensei: “ainda não fui assistir. Tenho que ir!” Muito antes da realização deste filme do Salles, escrevi um poema com quase o mesmo título: “Ainda estou aqui”, de 2018, publicado no meu livro "SACI", no ano seguinte..

“Quanta gente já morreu
E eu ainda estou aqui
Quantos mais vão morrer
E eu ainda vou estar aqui
Que será que fizeram
Que será que fiz
Que todos se vão sem razão?
Que eu não sei
Para que sonhar
Fazer planos
Se tudo vai terminar
Se tudo vai acabar.
Que viemos fazer aqui?
É o que todos se perguntam.
Por que ninguém responde?
Pontos
Vírgulas
Interrogações
Exclamações.
Nada Importa
Se não há explicação
Para que entender
Para que saber
A partir deste vão
Se desfaz toda a magia
E não se refaz.
Bobagem da monarquia
Igualar-se a Deus.
Sem ter companhia
Para que ficar
Para que sustentar
Tanta mentira
Ah! Pare de sonhar
Volte a escrever.”
 
Os títulos do Walter e do Marcelo Rubens coincidem com o meu. Coincidências? Premonições? Confesso que não tomei conhecimento nem li o livro publicado em 2015. Assim, reforço outra das coincidências que passo a relatar.
 
E isso se deve apenas porque acompanho e vivo a história com os olhos abertos. Às vezes nem tanto como no caso do livro que deu origem ao filme. Além disso, minha mente não para de fazer conexões com a realidade e com o presente. Se a história fala de tempos passados, a notícia trata do agora. Sem compreender o que aconteceu, é impossível entender os fatos.
 
Divagações e conexões me atingiram em cheio. Terminado o almoço, peguei o celular para descobrir qual a sessão de cinema mais próxima, sem me importar com a distância até a sala escura. Demorei um pouco, mas encontrei uma sessão para dali a uma hora – às 15h, para ser mais preciso.
 
Deu tempo! Entrei na sala com 10 minutos de antecedência. Sentei-me na poltrona 16, na fila K. Sempre escolho um lugar no corredor, seja no cinema, no teatro, no ônibus, no trem ou no avião. É uma questão de segurança. Vai que há um incêndio, um acidente, uma colisão, ou, no caso de um voo, uma queda. No avião, nunca quero a poltrona da janela. Prefiro evitar incomodar as duas ou três pessoas ao lado quando precisar ir ao banheiro, caminhar pelo corredor, especialmente em voos longos, noturnos, transatlânticos.
 
Agora, além dos trailers, há comentaristas apresentando filmes na telona. Eu gosto de trailers. Gostava muito daquela época em que os cinemas eram obrigados a exibir curtas brasileiros antes dos filmes americanos (principalmente). Também adorava assistir ao Canal 100 e aos cine-jornais. Mas, sinceramente, apresentadores falando sobre próximas estreias não me agrada. "Influenciadores", agora, até na tela do cinema?
 
Finalmente começa a projeção do filme de Guilherme Silveira, Antonio Saboia, Selton Mello, Luana Nastas, Maitê Padilha, Bárbara Luz, Valentina Herszage, Olívia Torres, Luiza Kosowski, Maeve Jinkings, Marjorie Estiano, Humberto Carrão, Marcelo Varzea, Camila Márdila, Cora Mora, Caio Horowicz, Maria Manoella, Pri Helena, Charles Fricks, Carla Ribas, Helena Albergaria, Isadora Ruppert, Luiz Bertazzo, Lourinelsson Vladmir, Alan Rocha, Daniel Dantas, Thelmo Fernandes, Gabriela Carneiro da Cunha, Dan Stulbach, Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Murilo Hauser, Heitor Lorega, Marcelo Rubens Paiva, Warren Ellis, Maria Carlota Fernandes Bruno, Rodrigo Teixeira, Martine De Clermont-Tonnerre, Juliana Capelini, Renata Brandão, Luigi Rocchetti, Laura Zimmerman, Thierry de Clermont-Tonnerre, Lourenço Sant'Anna, Lili Nogueira, Daniela Thomas, Adrian Teijido, Amanda Gabriel, Letícia Naveira, Affonso Gonçalves, Marisa Amenta, Carlos Conti, Stéphane Thiébaut, Cláudio Peralta, Guilherme Terra, David Taghioff, Masha Magonova, VideoFilmes, RT Features, Mact Films, Arte France Cinéma, Conspiração, Globoplay e o diretor e produtor Valter Salles, neto do mineiro João Moreira Sales.

Sim! Fiz questão de colocar todas as pessoas envolvidas na realização deste fabuloso filme. A obra cinematográfica não é feita apenas pelos intérpretes protagonistas. É uma indústria cultural que emprega inúmeras profissões e, mais importante, gera uma renda significativamente maior do que a Bolsa de Valores e os bancos.

Começo a rir na cena em que, no aniversário de Veroca, o pai a convida para dançar ao som de um samba na voz de Juca Chaves, enquanto todos os jovens ali queriam ouvir Beatles. E então vem o primeiro choro, ainda contido, quando a personagem da brasileira – a polaca de origem judaica Valentina Herszage (o dígrafo "sz" é característico do idioma polaco) – se despede rumo a Londres.

Na cena em que Rubens Paiva troca de roupa, põe terno e gravata para sair (para nunca mais voltar), segundo os agentes para prestar depoimento, uma nova emoção. Dei-me conta que o sobrenome Paiva é de vários primos e primas do Sul de Minas Gerais. Uma das seis irmãs de meu avô materno de nome Edolgina, conhecida entre nós como tia Dorja, casou-se com um Paiva. Ela teve vários filhos e agora estão espalhados pelas cidades de São Sebastião da Bela Vista, São Gonçalo do Sapucaí, Careaçu, Pouso Alegre e Silvianópolis no sul de Minas. Tem ainda descendentes da Tia Dorja em Alagoas, Recife e em Nova Laranjeiras no Paraná. Coincidência ou parentesco com as filhas e filho do Rubens. Deu um nó na garganta ao pensar que os Paiva do filme são meus parentes.  

A simplicidade do filme e a textura da imagem evocam memórias da época da ditadura militar, quando tudo era gravado em película – seja para o cinema, seja para a televisão, que utilizava fitas de vídeo. Ah, e os discos? Eram todos de vinil.

Mais um choro me escapou quando o agente da ditadura exibe uma capa de LP (long play) estampada com o rosto de Caetano Veloso, cabeludo e barbudo. E quando Veroca começa a gravar tudo com a inesquecível câmera Super8, outro choro veio, desta vez carregado de recordações. Ou talvez fosse uma conexão direta com meu primeiro filme, "Telefonada", um misto de documentário e animação que roteirizei e dirigi sob a supervisão de Hugo Mengarelli, para concorrer ao Festival Internacional de Cinema Super8 da Escola Técnica Federal do Paraná de 1977.

A essas alturas, eu já havia perdido a conta de quantas vezes a história mostrada na tela me levou às lágrimas – de emoção, de raiva, de recordações pessoais. Lembrei-me das manifestações estudantis e do dia em que fui salvo, de expulsão da escola pelo diretor-geral, Ivo Mezzadri, junto com outros dois amigos - Rene Gomes Scholz e Ronaldo Itiberê da Cunha - a acusação do vice-diretor de ensino era de que estávamos fazendo política partidária durante as eleições do diretório estudantil, ao distribuir, na saída do auditório, panfletos de uma chapa contrária àquela que havia feito proselitismo dentro do auditório.

É verdade que havia poucas pessoas assistindo ao filme, na sessão das 15 horas, a maioria delas sentadas nas poltronas ao meu redor. A mais próxima, sentada três poltronas à minha direita, era uma mulher que não parava de olhar mensagens no celular (mais uma coincidência). Não faço ideia do que ela estava fazendo ali com a companheira. Enquanto eu me desmanchava em lágrimas e soluços, ela agia como se estivesse na sala de casa, assistindo ao Jornal Nacional e conferindo mensagens na telinha do celular.

Não foi surpresa quando as duas decidiram sair antes do filme terminar. Elas se levantaram, passaram por mim e, num gesto de gentileza, levantei-me para facilitar a saída. Foram embora e não voltaram.

As semanas de Eunice naquelas salas de interrogatório, riscando a contagem dos dias na parede, trouxeram uma nova onda de lágrimas e soluços. E pensar que ainda há quem apoie a ditadura, defenda o fechamento do Supremo Tribunal Federal e tenha promovido a maior arruaça e quebradeira nos três palácios dos poderes republicanos no dia 8 de janeiro.

A insistência de Eunice em sorrir para as fotografias e o diálogo com o fotógrafo da Rolleiflex e o repórter me fez rir novamente. Eita, mulher porreta! Mas o riso logo se transformou, mais uma vez, em choro. Primeiro, porque lembrei-me do meu tio materno, Celso Honorato, que fez todas as minhas fotografias de infância com uma Rolleiflex, fotos em 9x6 cm. E então desabei a chorar, pois o nome da minha mãe também era Eunice. Ela morreu em 2012.
 
 
Ulisses 10 anos, Eunice 33 anos, Cícero 8 anos

Viúva com dois filhos pequenos, após o covarde assassinato de meu pai, Cassemiro (filho de polacos), pelo vizinho (de origem rutena-ucraniana), aos 23 anos. Se Eunice Paiva até hoje não resgatou o corpo de seu marido, Eunice Pereira Iarochinski jamais viu o assassino do pai de seus filhos ser encontrado, detido, julgado e condenado à pena máxima de 30 anos de reclusão, conforme o Código Penal de 1941. Eunice Iarochinski morreu sem saber se o assassino de seu marido e filhos ainda está vivo e se morto onde está enterrado para todo sempre.
 
Onde está a prisão perpétua para esse vizinho?
Para os agentes obscuros, torturadores e generais da ditadura militar?
O Código Cível precisa ser reformulado e aumentar as penas. Trinta Anos é pouco para quem comete estes crimes hediondos.
 
Desta vez, o choro foi difícil de conter.
 
Mesmo assim, permaneci até o fim da exibição, ainda sentado, quando as luzes se acenderam e dificultaram ler todos os créditos finais. Mas li todos em sinal de respeito aos fazedores de arte e cultura, que merecem sempre serem aplaudidos e reverenciados. Parecia que eu queria ficar ali, preso àquela história real, comovente, dura – uma história que está sendo mostrada ao mundo para lembrar que ditaduras representam o pior do ser humano.
 
Como é difícil, recordando os versos do meu poema:
"Para que ficar
Para que sustentar
Tanta mentira?" 
 
Não foi fácil sair da sala iluminada.
 
Não só o filme é o melhor de todos os tempos do Brasil, não só o produtor e diretor nos enchem de orgulho com seus temas cada vez mais realistas e pungentes, mas, finalmente, como não se emocionar e se orgulhar das interpretações de Selton Mello (que merecia ter sido indicado a melhor ator coadjuvante), de Fernanda Torres, dessas meninas atrizes Cora Mora, Luiza Kosowski, Bárbara Luz, Valentina Herszage e do menino ator Guilherme Silveira?

Em quase 100 anos de premiação, só duas atrizes estrangeiras que não atuavam em filmes de idioma inglês conquistaram o feito: Sophia Loren, pelo italiano Duas Mulheres (1960), e Marion Cotillard, pelo francês Piaf – Um Hino ao Amor (2007).

É o ano da terceira mulher estrangeira com certeza!

Prevejo nova onda de choro para o dia da premiação de melhor atriz, melhor filme estrangeiro e melhor filme de 2025. Será de frustração, dor, por aquilo que poderia ter sido e não foi. Ou será de alegria, emoção, orgulho patriótico. Aquele orgulho que respeita a bandeira nacional como um dos quatro símbolos da República Brasileira e não aquele que anda desfilando com ela na cintura, nos ombros, no biquíni, daquele que destrói um relógio que Dom João VI trouxe ao Rio de Janeiro em 1808. 

O relógio foi restaurado e colocado de novo em seu lugar

Contido o choro, saí da sala já iluminada. A figura que me veio ao pensamento foi a do meu avô Honorato Pereira da Silva, que me contava histórias, sentado no alpendre de seu sítio no Imbauzinho, na Estrada de Telêmaco Borba para Ortigueira, no interior do Paraná.

Numa dessas histórias ele contou o porquê acabou migrando para o Paraná. João Moreira Salles, o patriarca nasceu em Cambuí, não muito distante da cidade natal de meu avô Honorato e de todos meus ancestrais.  João desde cedo trabalhou na Casa Ideal, de secos e molhados. Depois de passar alguns anos em São Paulo voltou para casa por causa da morte do pai José Amâncio de Salles, a mãe é que era Moreira, Ana. Em 1911 casou-se com Lucrécia Vilhena de Alcântara – filha de Saturnino Vilhena de Alcântara, fazendeiro em Pouso Alegre.

Meu avô contou que João acabou ficando amigo do meu bisavô José Pereira da Silva, que havia se mudado em 1912 de São Sebastião da Bela Vista para Botelhos, onde era proprietário da Fazenda Conceição. Como João Moreira Salles abriu um Armazém e uma Casa Bancária em Botelhos os dois acabaram se conhecendo e estabelecendo uma amizade duradoura.

Hélio, Lucrécia, Walter, o menino José Carlos, João Moreira Salles e Elza, em Poços de Caldas 1924.

Amizade que teria começado quando João Moreira Salles, de Poços de Caldas, tornou-se sócio da Casa Bancária de Botelhos, cidade a 30 km de Poços.

Em 1940 aconteceu a fusão entre o Banco Machadense (de Machado, outra cidade vizinha, a Casa Bancária de Botelhos e a Casa Bancária Moreira Salles. Nascia assim, o Banco Moreira Salles, com João como principal acionista e presidente do Conselho de Administração. Banco que se tornaria Unibanco pela reunião destas casas bancárias.

Devido a essa amizade nascida antes, mas solidificada nos anos quarenta, meu avô Honorato, que naquela época morava em Casa Branca - SP e possuía a Fazenda do Piçarrão e um casarão na frente da Estação Ferroviária, recebeu convite para o novo empreendimento do Moreira Salles no Noroeste do Paraná.

Era 1949, com a instabilidade do preço do Café, Moreira Salles decidiu se aventurar em outros negócios do que somente Casa Bancária e compra e venda de café nas regiões do Sul de Minas e de Mococa - SP. Isso foi feito através da Companhia Exportadora e Importadora União. A colonizadora adquiriu cerca de 370 mil hectares nos municípios de Goio-Erê e Campo Mourão. A sede da empresa é hoje uma fazenda no município de Moreira Salles.

 

Mapa das Cidades do Moreira da Silva, Paiva e Pereira da Silva

Meu avô Honorato ficou quase cinco meses gerenciando a Companhia no local. Sozinho, a esposa, os 9 filhos, 4 cunhados ficaram em Casa Branca. Ser empregado não era para ele. Já tinha se separado da família do seu pai Zeca por ser ele a administrar a Fazenda Conceição em Botelhos, enquanto os dois irmãos e seis irmãs só passeavam e se divertiam. Uma das irmãs, Edolgina voltou lá para São Sebastião e se casou com o antigo namorado de sobrenome Paiva, o Sebastião, com quem teve vários filhos.

Meu avô recebeu sua parte na futura herança em dinheiro e em seguida comprou a Fazenda Morro das Bicas, no município vizinho de Cabo Verde. Infelizmente Honorato foi acometido de uma doença. Os médicos não sabiam como tratar. Depois de 8 meses prostrado na cama, foram aparecendo curandeiros que a medida que faziam seus trabalhos, o estado de saúde foi melhorando. O último curandeiro - um preto velho - disse que não era doença, mas sim, um feitiço muito forte. Honorato iria levantar da cama e mudar de Estado. Mas por cinco gerações seus descendentes seriam pobres e ele perderia todas suas posses.

Recuperado vendeu a fazenda em Cabo Verde e se mudou para Caconde, no Estado de São Paulo, distante 30 km de Botelhos. Nesta cidade não encontrou nenhuma fazenda que lhe agradasse. Mais uma vez, por interferência e sugestão de João Moreira Salles, comprou a Fazenda Piçarrão, em Casa Branca.

Mas péssimas colheitas de café, doenças no gado, a situação em 1948 era grave. Eram 10 filhos, três cunhadas e um cunhado vivendo às suas custas.

Mas a estada na companhia de Moreira Salles serviu para Honorato tomar a decisão de vir para o Paraná. Encontrou uma grande fazenda em Santo Antônio da Platina, Norte Pioneiro do Paraná. Passados alguns meses trabalhando na fazenda começou a receber visitantes que diziam ter comprado a mesma fazenda.

O vendedor ainda não havia passado a escritura das terras para o nome do meu avô. O sétimo visitante apareceu com a escritura em mãos e exigiu que meu avô desocupasse a fazenda. Sem casa, sem fazenda e sem dinheiro que lhe pudesse e devesse ser devolvido, minha avó Maria, pode confirmar os presságios do terceiro curandeiro.

Sem rumos a serem seguidos, indeciso se voltava para Botelhos, se permanecia ali onde se encontrava há 3 anos. Soube da existência do grande empreendimento dos Irmãos Lafer-Klabin, na Fazenda Monte Alegre, no município de Tibagi. Colocou a mudança e a família no caminhão chevrolet que tinha importado dos Estados Unidos quando da venda das propriedades em Casa Branca e seguiu para a Harmonia, sede da Fábrica de Papel e Celulose Klabin.

Honorato virou funcionário da fábrica, assim como os tios, tias e minha mãe encontram emprego em alguma função na Klabin. Ah! Se Honorato não tivesse aceitado o convite de João Moreira Salles, minha mãe Eunice não teria conhecido o filho Cassemiro (Kazimierz em polaco) de um casal de imigrantes polacos Bolesław (motorista de caminhão da Klabin) e de Paulina (costureira que fazia os jalecos dos médicos e enfermeiras do hospital local) e eu e meu irmão Cícero não teríamos nascido e eu não estaria escrevendo este longo texto causado totalmente pela exibição do filme de um Salles sobre um Paiva. Ambos de origem mineira como a minha família materna e quem sabe parentes.

Não!

Definitivamente esta não é uma crítica cinematográfica sobre o filme "Ainda Estou Aqui", é mais um relato das histórias paralelas da minha família materna com a de Rubens Paiva, e de Moreira Salles que também tinham e tem suas origens no sul de Minas Gerais. Conexões e coincidências que muito, provavelmente, foram despertadas pela continua emoção, derramar de lágrimas e soluços durante a projeção do filme de Walter Moreira Salles.

Texto: Ulisses iarochinski

 

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Significados e tradução de sobrenomes polacos

Nazwisko = Sobrenome
 

Estes sobrenomes são comuns, existentes ao longo de vários séculos, alguns já extintos na Polônia, como por exemplo da minha avó paterna Paulina Hazelski (sobrenome de solteira).

Os dados foram retirados de coleções genealógicas privadas, de Addresssbuch Landkreis Oppeln (livro de endereços de Opole) 1926, das certidões de batismo da vila de Stare Siołkowice. Vila rural de onde saíram as famílias polacas que chegaram na Colônia Pilarzinho em Curitiba, em 30 de setembro de 1871.

Podemos classificá-los de acordo com diferentes tipologias, tais como:

– Originados de nomes próprios como: Urbano
– Nomes patronímicos, criados a partir dos nomes dos pais como: Urbanek
– Nomes a partir de sobrenomes derivados, que expressam profissões das pessoas
– De produtos alimentícios
– De fenômenos naturais
– Das estações e dias da semana
– De nomes de plantas
– De nomes de animais
– De partes do corpo
– De sobrenomes compostos
– De sobrenomes da competição
– De sobrenomes de função
–  De diminutivos de sobrenomes e nomes
– Sobrenomes relacionados com origem étnica ou local de residência.

Sobrenomes

ADAMIEC – derivado do nome Adam – Ter Adão.

BABAC – da baba – mulher, avó

BALDY – do nome germânico Baldwin - corajoso, ousado.

BARCIK – derivado do nome Bartłomiej, ou talvez do polaco antigo barczyć - rugir, berrar, então também um Bartolomeuzinho.

BARTOSEK – chamado Bartłomiej – diminutivo do diminutivo bartolomeuzinho.

BARTYLA – derivado do nome Bartłomiej – Bartolomeu, no diminutivo Bartolomeuzinho.

BASTEK – diminutivo Sebastião – Sebastiãozinho, Tiãozinho (1748)

BAUCZ – provavelmente a partir do bauen alemão construtor de edifício

BIAŁAS – derivado de biel –homem com cabelos brancos.

BIALUCHA – de biały – diminutivo de branco, branquinho.

BIENIARA – derivado do nome Benedito.

BIELECKI – derivado de biel – diminutivo de branco, branquinho

BIENIEK – do nome Benedito – Diminutivo Beneditinho.

BIENIUSA – derivado do nome Benedito.

BISGIEL – de birzgieł espécies de aves, em italiano o pássaro uccello.

BLACHA – de chapa metálica, chapa fina de metal (1537); von Blacha, nobre da Silésia.

BALCER – Baltazar

BONK – de bąk – moscardo (mosca grande)

BORONOWSKI – a partir do nome local Boronów (de Częstochowa, Brasão da cidade (1628) – boronosense.

BOROŚ – de Borosie antigos habitantes da atual Floresta de Borów Stobrawski; homem da floresta (por D. Simonides); outras grafias: Borosch, Borosch (1743)

BRYKSY – do nome do Santo Brykcjusz, origem celta – do santo francês, o bispo Brykius

BRZEZICEK – derivado de Brzoza – diminutivo Vidoeirozinho.

BRZOZA – espécie de árvore chamada de Vidoeiro (também bétula)

BRZOZOWSKI – derivado de Brzoza – Vidoeirense, natural de Vidoeiro.

BUCHTA – de buchta – tipo de massa de fermento, um grande pedaço de pão (1507)

BULIK – de bula – caroço, tumor.

BURIAN – de bura – briga, homem de temperamento intempestuoso.

BURSY – de bursa – bolsa,

BZDOK – derivado de bździć – peidar, falar bobagem, balbuciar tonterias.

CEBULA – a planta vegetal Cebola.

CHRIST – derivado do nome Krzysztof - Casimiro

CYRYS – do nome Cyril – Cirilo, o padre grego que inventou o alfabeto cirílico.

CZECH –homem com origem na República Tcheca (1440)

CZOK – de czokać acariciar, beijar.

DANISZ – de nome Daniel, está no diminutivo Danielzinho

DAWID – do nome David

DEHNO – a partir do alemão Dein, do nome próprio Dagenhart – Guerreiro forte

DENDERA – do antigo idioma polaco dunder – diabo.

DLUGI – um homem alto;

DOŚKA – derivado do nome próprio Dominik – Dominiquezinho, no diminutivo

DRAS – de drasować – drapejar, fazer dobras no vestido para ficar ondulado.

DRATWA – de drastwa - fio de sapateiro, linha de costura.

DREŚNAK – de drasować - drapejar – debulhar com um mangual; Dresnak do século XVIII

DUBIEL – de polaco antigo dubiel – tolo, espécies de peixes (1424)

DUDZIK – de duda – instrumento musical, péssimo músico, diminutivo

DZIUBA – Bicada (de bico).

FABISZ – derivado do nome Fabian - Fabianozinho

FAUTSCH – derivado do nome de Faustyn - Faustino

FIECH –– bovino

FIECEK – derivado do nome Wincenty - Vicentezinho

FILA – derivado do nome Felipe – diminutivo Felipizinho.

FILIP – Felipe

FRACH – derivado do nome Franciszek - Francisco (1748)

FRONIA – derivado do nome Franciszek - Francisquinhozinho

FUNFARA – de fanfarra

FUSSY – de polaco antigo – pedante

GABRIEL – de Gabriel

GACKA – de gac – bastão

GAJDA – aquele que crê em contos de fadas.

GALUS – do nome do cronista Gallus da Polônia

GALUSKA – do nome Gallus conhecido desde o século XII; o diminutivo Galuzinho

GAMROT - de gamrat – camarada.

GANDYRA – de ganso.

GBUR – de gbur – do camponês (1387)

GBURCZYK – derivado da palavra gbur – camponesinho.

GIEMZA – de giemza – da cabra, couro feito de cabra

GIEROK – derivado do nome Hieronim - Jeronimozinho

GIZA – de giża perna traseira de porco, carvalho.

GLADKI – de liso, mesmo, arranjado.

GLASDER – de origem alemã: Glaeser – vidro

GŁOWANIA – da cabeça

GMERA – de gmerać – alavanca, aquele que está procurando, o tolo.

GOGOL – do antigo polaco gogoł – espécie de pato selvagem, (1427)

GOJOWCZIK – da goić de curar, de tratar, no diminutivo.

GOLA – od golić – corte, barbear.

GOLENIA – de goleń – canela, osso da perna (1494)

GOLUSDA – de goły: diminutivo de desnudo, nuzinho

GONSIOR – de gąsior – gansos machos

GORDALA – derivado do nome de Gordan ou de Garda – orgulhoso

GREGULEC – derivado do nome Grzegorz - Gregoriozinho

GROMOTKA – bando – pequena concentração de pessoas

GRUCHAŁA – od gruchać arrulhar, voz de pássaro

GRZONA – calor, aquecido

GRZONKA – calor, aquecido no diminutivo

HALAMA – de halama – um homem desajeitado; (1690)

HUDY – de chudy alguém magro, magro

HUNTSCHA – do nome pessoal alemão Hunn – de Huno, diminutivo Hunozinho

HYLA – derivado de chylić się - inclinado

JAGNESCOK – derivado do nome Agnes, Agnieszka – de Inês

JAKUBEK – derivado do nome Jakub – diminutivo de Jacó – Jacózinho

JAMBOR – Derivado do nome próprio Ambrósio

JANKE – derivado do nome Jan – diminutivo de João – Joãozinho

JASIK – derivado do nome Jan – diminutivo de João – Joãozinho e também Jasiek

JELEN – Cervo

JENDRO – derivado do nome Andrzej – André.

JENDROSSEK – derivado do nome Andrzej – André, diminutivo Andrezinho

JENDRUSCH – derivado do nome Andrzej – André, diminutivo Andrezinho

JĘDZIEWSKI derivado do nome Andrzej - Andresense

JOŃCZYK – derivado do nome Jan - Joãozinho

JONIEŃĆ – derivado do nome Jan - Joãozinho

KAŁUŻA – de poça – pequeno reservatório de água, poça d’água.

KAMLA – derivado de kamień pedra (1743)

KAMPA – do acampamento alemão Kamp – pente, pente de tecelão

KANIA – da Kania – ave predatória do gênero falcão; (1399)

KANIUT – de Kania – ave predatória do gênero falcão; alguém pertencente a vila de Kaniów; Diminutivo.

KANSZCZYK – do nome pessoal alemão Kans; talvez do polaco kania – de muito com diminutivo muitinho

KASELLA – do nome Kasia – Catarinazinha (XVIII)

KASPRZIK – derivado do nome Kacper - Gasparzinho.

KASZURA – derivado do diminutivo Kasia, Katarzyna – Catarinazinha.

KILIAN – derivado do nome celta Kilian - Chiliana em italiano

KIWUS – de Kiwać –cambaleado, dobrado

KLEINERT – de origem alemã Kleiner – diminuir, coisas pequenas

KLENK – parte da arado; de ajoelhar-se, ajoelhar-se

KLIMEK – de Klemens; diminutico de Clemente (1385)

KLIMIONT – derivado do nome Klemens, diminutivo de Clemente, Clementezinho.

KLIŚ – derivado do nome Klemens, diminutivo de Clemente, Clementezinho. (1572)

KNOSALA – perseguido, apressar.

KOBIENIA – do antigo idioma polaco – de mulher

KOCIOK –gato pequeno, gatinho

KOKOT – galo, galinha

KOŁODZIEJ – de kołodziej – rodas de carpinteiro, homem fabricante de rodas de madeira.

KOMOR – mosquito

KONDZIELA – od kądziel – roca, dispositivo de fiação. (Século 19)

KONIECZNY – od koniec de fim - homem que vive no final da vila (Popiels XVIII)

KOPKA – de kopać – de escavar, homem associado à mineração; (1307)

KOROL – derivado do nome Karol - Carlos

KOSZYK – od koszyk, – Cesta

KOŚNY – de kosa, kosi - foice

KOZIOŁ – cabra, bode.

KRECIK – diminutivo do nome de Kret; Outra grafia: Kretzik - verruguinha

KRET – verruga

KRETSCHMER – do palavra alemã Kretschmar dono de estalagem, mascate

KUBIS – derivado do nome Jakub - do Jacó

KUC – de kaszleć – tosse, homem que tosse

KUCZERA – do antigo polaco kuczer - carroceiro, motorista

KUKA – de kukać, fazedor do ruído, ku ku

KULIG – de kulik – pássaro pernalta; (1370)

KUPCZYK – derivado de Kupić - de comprar – diminutivo compradorzinho

KUPIEC – derivado de Kupić - comprar, comerciante; (1382)

KUPILAS – derivado de Kupić - comprar, o homem que comprou a floresta.

KURDA – do polaco antigo Kord – uma espada curta, ou de Kordas corda com a qual os monges se amarravam

KUPKA – de escavar, homem associado à mineração; (1399)

KURPIERZ – do idioma polaco antigo kurp – fazedor de tamancos de madeira da Tilia

KUTYMA – de kutać – para embrulhar, abraçar

KWOSEK – de kwas ácido, azedo no diminutivo azedinho.

LAKSY – derivado do nome de Aleksy (século XIII) abreviação de Alexandre.

LAZIK – do łazić – andarilho.

LAZINKA – de wathe move-se lentamente, campo cultivado na floresta foi excretado

LECYBYŁ – arreio de cavalo

LEDWOLORZde ledwo, ledwy de mal, apenas, logo que – pessoa mau caráter

LESIK – do polaco antigo bosque, floresta, no diminutivo bosquezinho.

LISOWSKI – de Lis raposa, com wski agregado fica – raposense, de raposa.

LOCWI – de Łowczy - caçador

LUBDA – de Lubić – de gostar

LUDENIA – derivado do nome Ludwik - Luiz

LUKA – derivado do nome Łukasz - Lucas

LUKASCZYK – derivado do nome Łukasz – no diminutivo Luquinho

LYGA – do antigo idioma polaco ligać - ter medo, cavar, deitar-se

ŁYSOŃ – derivado de łysy calvo, careca – sem pêlos

MACIEJ – derivado do nome Maciej, Matias.

MACIOSZEK – derivado do nome Maciej, filho de Maciej (1438) no diminutivo Matiazinho.

MAINKA – de maić, maj – nome do mês, maio no diminutivo maiozinho.

MAŁEK – diminutivo Mały de (1204) Pequenininho

MARSOLEK – derivado de Marszałek – na Idade Média, gerente da corte real, presidente do Senado. No diminutivo presidentinho do senado.

MARYNIK – derivado no nome pessoal Maryna (século XV) Marinazinha

MEHL – de Mehl de origem alemã – farinha

MILEK – derivado de miły - amável, gentil, no diminutivo amavelzinho

MIŚ—derivado de niedźwiedź – Urso

MŁYNEK – moinho, moedor, (1370) no diminutivo moinhozinho

MOCZKO – de Moc, Mocny – Forte, fortinho

MORCINEK – derivado do nome Marcin (século XIII), Martinho.

MOSIEK – derivado do nome Moisés, no diminutivo Moiseizinho

MRUCZEK – de mruk – um homem ingrato, de ronronar fala pouco claro, (1408)

NALEWAJA – de derramado

NANIK – talvez do antigo idioma polaco nan – pai ou mãe no diminutivo paizinho

NIEDBALA – de nie dbać – Desleixado, não cuidadoso

NIEDWOLORZ – de nie + dowrak – não é um cortesão

NIEDWOROK – de nie + dworak – não cortesão (não é da corte, não é da nobreza)

NIEDŹWIEDŹ – Urso

NIESTROY–mal-vestido

NIKISZ – derivado do nome Nicolau ou Nicodemos.

NIMPSZ – do alemão medieval – Nome.

NIWA – papel, campo, (1629)

NOGOSEK – perna, pelo diminutivo perninha

NOWACZEK – de novo, “algo recém-chegado, filhinho de Nowak”

NOWAK – de novo recém-chegado (1335)

OWCORZ – pastor de ovelhas.

PALUSSEK – de palić– dedo pequeno, filho de Palucha

PAMPUCH – derivado de pączek (sonho em português do Brasil), panqueca.

PAWOLEK – derivado do nome Paweł – Paulo

PIECHOTA – peregrino ou soldado da infantaria no exército (1385)

PIEGZA – de pieg, espécies de aves, (1317)

PIEKNY – de piękny belo, agradável, bonito.

PIEKORZ – de fogão homem que faz fogão

PIENTOK – da parte de trás do pé.

PIERZINA – de penas.

PIETEREK – do nome Piotr, diminutivo de Pedro, pequenino Pedro (1514)

PIETREK – do nome Piotr (século XV), Pedrinho.

PIETRON – do nome Piotr, Pedro em português

PIETRZIK – do nome Piotr, Pedro

PODLEISKA – do nome de Podleski – um homem que vive próximo da floresta.

POGRZEBA - de enterrar - para enterrar, cair, ser enterrado, coveiro.

POLLOK – também Polak - homem nascido Polônia.

PRODLIK – corruptela do Prudlo– vendedor

PRODLO – da frente – vender, retirar dinheiro.

PROKOP – do nome Procópio.

PROKOT – do nome Prokop, de Prok – dispositivo para atirar pedras

PRZIBYLA – de chegada, recém-chegado.

PSIORZ – de cão, homem cuidando do cão.

PSYK – da psique – sibila.

PSYKALA – sibila, o homem que sibila

PURKOT – de peido -  azedo, pescar, deixar ir, soltar os gases, do purkot – o fedor.

PYKA – de pykać um pássaro tentilhão (chupim, pardal-castanheiro)

PYLA – de poeira – pó, poeira. Outra grafia: Pylla - ganso pequeno

REK – do antigo polaco rek – câncer, marisco.

RESEL – talvez do alemão medieval – forte

RODZIS – de família

ROSA – de orvalho – umidade da manhã

RUDEK – de vermelho – cor de cabelo, ruivinho

RYCHLIK – do polaco antigo – cedo, que vem logo, do rychle tcheco – rapidamente (1436)

SLENSOK – de Ślązak, residente da Silésia.

SCHLICHTING – do alemão medieval, sliht – em linha reta, lisa

SCHOLZ – grafia em polaco Szolc - chefe da vila

SDZUJ – do nome eslavo Zdziuj - espécie de peixe.

SIEKIERKA – de machado – pequeno machado.

SIWEK – de cinza – cor do cabelo, um homem com cabelos grisalhos (1415)

SKÓRA – de couro ou pele – rápido, disposto a fazer algo. Outra grafia: Skora (1370)

SKROBOCZ – de raspagem – arranhões, escrita feia, arranhar, de restos – patinação

SKROCH – de garupa – migalha

SKRZYPIEC – de guarda florestal –de violino – o som do rangido

SLUGA – da fechadura, caracol – vara, não convidado no casamento

SMOLKA – de alcatrão – subproduto da destilação a seco de madeira, de alcatrão – sujo

SMYK – do idioma polaco antigo Smyk – Cinza, Músico (1386)

SPRY – de sprys – apoio da árvore para a fortificação de paredes, para apoiar o barco.

SOBEK – do nome Sebastião

SOBIECH – de Sobek – Sebastião

SOBOTA – de sábado – dia da semana

SOJKA – de soja– pássaro da família dos corvos (1389)

SOLGA – de sal, salzinho

SOLORZ – de homem de comércio de sal

SONSALA – de origem no nome francês, alemã Sans - Sem preocupação

SOPA – de sopać – soluço

SOSNA – pinho

SOŚNIK – pinheirinho

SOWADA – de zawada – obstáculo

SPISLA – de spisać się - fazer o bem, alistado no exército

SPYRA – de gmerać - busca, remexer

STAMPKA – um dispositivo para esmagar, abate ou uma armadilha de urso

STANIK – do diminutivo do nome Stanisław, ou Stanek - Estanislauzinho

STELLMACH – de do alemão stelmach –  artesão que faz peças de madeira para carrinhos

STENCEL – do nome alemão Stenzel,  do nome Stanisław - Estanislau

STILLER – do alemão da idade média quieto – acalme-se

STOCHMIOT – de stochmal – pó de farinha no moinho

STONDZIK –  de se estar em pé no diminutivo

SUCHLA – de suchnąć - seco, estéril (1405)

SUSA – de sus – salto em distância ou  derivado do nome Zuzanna (Suzana)

SYGULLA – de sygać – arremessador

SYLLASila

SYMA – do nome Simão

SYMALLA – do nome de Szymon, coloquialmente Syma, outra ortografia: Szyma’a

SYNOWSKI – de filho

SZEJCA – do Scheitz alemão, e isto do xeque lússiano – sapateiro, outra ortografia: Scheitza,

SZEMICZEK – do nome Szymon – Simão, diminutivo Simaozinho

SZMECHTA – acariciar

SZWAGIEREK – de cunhado, irmão da esposa ou marido (1705)

SZWEDA – do sueco – provavelmente um apelido dado às crianças nascidas após a inundação sueca (criança de trinta anos.

SZYMAINDA – do nome Szymon – de Simão

ŚMIEJA – rir, homem alegre

ŚWIEC – sapateiro

TOMA – do nome Tomasz - Tomás

TOMALA – do nome Tomasz – derivado de Tomás

TORKA – do abrunheiro, ameixa selavagem

TRETEL – marchando como um homem da cidade de Tirol do Sul (Áustria), do início do século XIX.

UNRUH – da Unruh alemã – ansiedade

URBAN – derivado do nome próprio Urbano

URBIK – Diminutivo de Urbano, Urbanozinho.

WAINDOK – diminutivo de vara, varinha

WAKAN – de wakować - ser livre, vagar.

WALA – derivado do nome Walentyn - Valentim

WALDYRA – do alemão wald – floresta, outra grafia: Waldera

WALECKO – do nome Walentyn – diminutivo Valentininho

WARKOCZ – trança – cabelo trançado, de tranças

WARZECHA – concha, colher de pau grande

WEBER – a partir da palavra alemã Weber – tecelão

WIECZOREK – de wiechór – diminutivo noitinha

WIENCH – guincho

WIERZGALA – de wierzgać – dar coice.

WITTEK – de witać saudar, cumprimentando alguém na reunião.

WODARZ – de włodać governar, exercer o poder, ser o dono de algo

WOJCIK – derivado do nome Wojciech – diminutivo de Adalberto, Adalbertozinho

WOJTASEK – derivado do nome Wojciech – diminutivo de Adalbertozinho

WOLIK – da wola – vontade, isenção do dever do proprietário da terra

WOŚ - derivado do nome Wojciech – máximo diminutivo de Adalberto. Outra grafia germanizada pelo invasor: Wosch

WOŻNY – Zelador.

WRÓBEL – nome do passarinho pardal

ZIEŃCZYK – de zięć – diminutivo de genro.

ZIMOLONG – de zimoląg (p’assaro martin-pescador) – homem que sente muito frio.

ZOSIK – diminutivo de Sofia - Sofiazinha

ZOŚKA – diminutivo de Sofia – Sofiazinha

ZOSIA - diminutivo de Sofia - Sofiazinha

 

Autor: Piotr Wiśny
Tradução polaco/português: Ulisses iarochinski

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