quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Repercussões da "Banda Polaca"

A "Banda Polaca" de Dante Mendonça anda seguindo os passos de"Saga dos Polacos". Enquanto lancei meu livro em 27 cidades brasileiras durante dois anos, Dante já fez alguns em menos de um mês. E já tem agendado o próximo: será na Festa do Pierogi, em Araucária-PR nos próximos dias. No último lançamento, no Beto Batata Café, em Curitiba, quem levou pra casa um exemplar foi o filho de polaco, Jaime Lerner, aliás um dos inpiradores do livro de Dante. Sobre lançamentos de livros, descobri que o melhor método de venda e promoção de um livro é aquele em que o próprio autor vende e autografa. Não fosse isso, o "Saga dos Polacos" estaria empoeirando em algum depósito de livraria. Assim, faz 7 anos que ele vem vendendo regularmente (Graças aos Polacos e simpatizantes!!!!). Ele serviu também de apoio para esta excelente obra de Dante Mendonça, pois foi através do meu livro, que Dante tomou conhecimento da minha existência. Com certeza, a "Banda Polaca - Humor do imigrante no Brasil Meridional" a continuar com essa repercussão venderá ainda durante muitos anos. Dia desses, a "Banda Polaca" recebeu dois elogios bastante significativos e por conta de meu prefácio acabei até sendo citado. Foi o que fez o professor de direito e advogado Rogério Distefano. Em seu Maxblog, ele disse que o "...décimo-oitavo lançamento da Banda Polaca, desse Silvio Caldas de Nova Trento. Livro bom de capa a capa, edição bonita, texto excelente, e um prefácio de professor de Direito – quase do tamanho daquele do autor. Mas pode, o Ulisses Iarochinski, polaco assumido, é um cobra. O CD da Bunda Polaca compro quando Izidório Duppa incluir o professor José Luiz da Veiga Mercer, catedrático em lingüística e polaquística, imitando a queixa de assédio sexual de Iaroslava contra Stacho." http://www.maxblog.adv.br/default/
Já Deonisio da Silva, escritor, professor universitário e crítico de literatura, em sua coluna "De Dalton Trevisan à banda polaca", distribuida para jornais e sites da Internet, comentou inclusive sobre "polaco/polonês", tema de minha tese de mestrado em Cultura Internacional, pela Universidade Jagielloński, de Cracóvia: "E, por coincidência, na mesma semana em que tão pouco os leitores encontraram sobre a reiterada presença do Paraná no Prêmio Portugal Telecom, o jornalista e cartunista Dante Mendonça lançava A Banda Polaca (Novo Século, 148 páginas, R$ 33). Ilustrado por Márcia Széliga, o livro é uma primorosa coletânea de causos marcados com um tipo de humor quase privativo deste imigrante europeu do Brasil meridional. O sociólogo Octávio Ianni resumiu em triste síntese a vida sofrida que os polacos levaram por muito tempo, quase escravizados por imigrantes já estabelecidos, como os alemães e os italianos. A frase cunhada por Ianni é de uma clarividência rara na sociologia tropical: "o polaco é o negro do Paraná". Também o cineasta Sylvio Back dedicou ao tema um belo documentário: Vida e Sangue de Polaco. O livro levanta, entre tantas questões, uma pequenina e muito curiosa. Por que dizemos "polonês" e não "polaco"? Eis algumas pistas simples de duas línguas neolatinas, como o português: em espanhol é "polaco", em italiano é "polacco". "Polaco" chegou antes à língua portuguesa. O primeiro registro escrito é de 1562. "Polonês" chegou quase um século depois, em 1656. Provavelmente foi a carga pejorativa sobre "polaco", especialmente sobre "polaca", que fez com que o português trocasse "polaco" por "polonês". Com efeito, "polaca" não denominou com preconceito étnico evidente apenas as prostitutas de várias nacionalidades, mas também a Constituição do Brasil promulgada no dia 10 de novembro de 1937. Como se vê, são detalhes que revelam, por vias sutis e transversas, que há mistérios medonhos em tantas ocultações, sejam de vivos, sejam de cadáveres de autores de quem crítica e historiografia literária exigiram como condição sine qua non para os reconhecerem nada menos do que o atestado de óbito!"
P.S. Na foto: a jornalista Mai Nascimento (responsável pela revisão metódica do texto) o autor Dante Mendonça (cartunista, jornalista e escritor) e o arquiteto Jaime Lerner (ex-prefeito, ex-governador e presidente da Associação Mundial de Arquitetos) com o "Banda Polaca" na mão. Foto de Lina Faria.

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