Foto: Sergei Chuxavkov- AP
Milhões de moradores na Ucrânia poderão de uma hora para outra assinar seu pedido no Dia para ser Russo e assim receber a cidadania russa.
Os políticos ucranianos alertam que a ação promovida por Moscou é uma agressão a nação ucraniana e pode diminuir em 8 milhões a população de seu país. A novela da cidadania russa espera apenas pela assinatura da lei pelo Presidente da Rússia, Dmitrij Miedwiediew, segundo a qual qualquer um que resida há cinco anos em território russo poderá requerer a cidadania deste país. Os candidatos não precisa saber falar corretamente o idioma russo e tampouco possuírem ancestrais russos. É suficiente apenas que sejam soviáticos, ou seja, que tenham nascido no território da Rússia durante a existência União Soviética.
Nesta situação encontram-se nada menos do que 8 milhões de ucranianos, segundo o prof. Władimir Korniłow do Instituto WNP de Kiev. Ele se preocupa pois foram pessoas com cidadania russa na Osetia do Sul, na Geórgia, que provocaram a recente invasão do exército russo na vizinha Geórgia. "Amanhã, a Rússia sob pretexto de proteger estes ucranianos com cidadania russa pode invadir a Criméia, alegando que a população desta região ucraniana tem maioria russa entre sua população. ", raciocina o professor de Kiev.
Ele se pergunta, o que acontecerá quando estes ucranianos com passaporte russo protestarem pela separação da Criméia e anexação a Rússia? Todos ainda se lembram das palavras recentes de Władimir Putin, em Bucareste para George W. Bush quando se manifestou dizendo: "O que é a Ucrânia? Parte de seu território é a Europa do Leste, uma parte que significa, que faz parte de nosso mundo".
O presidente ucraniano Wiktor Juszczenko está igualmente preocupado, que a integridade territorial de seu país possa estar ameaçado. Uma elite ucraniana que vive na região Leste do país está mais próxima da cultura e do idioma russo do que da própria nação ucraniana.
Atualmente moldavianos que possuem passaporte russo podem visitar tranquilamente seus parentes na Rússia e isto está muito próximo de acontecer com os ucranianos.
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