quinta-feira, 27 de maio de 2010

90 anos de relações diplomáticas Brasil Polônia


Em 27 de maio de 1920, o legado extraordinário e ministro plenipotenciário do Governo da República da Polônia (embaixador designado) Ksawery Orlowski entregava solenemente as cartas credenciais ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil, Epitácio Pessoa da Silva.
Para lembrar a data, o embaixador da Polônia no Brasil, Jacek Junosza Kisielewski, promoveu ontem, em Brasília um ato comemorativo aos 90 anos de estabelecimento das relações diplomáticas entre a Polônia e o Brasil. Presentes ao evento, na Embaixada da Polônia, estavam representantes dos três poderes constituídos do Brasil. Além de embaixadores e cônsules de outros países, entidades comerciais, industriais e culturais do Brasil, juntamente com uma missão polaca composta por parlamentares e empresários ligados às atividades marinheiras.
Com a ausência de última hora, do senhor Vice-Presidente do Brasil, José Alencar, por motivos de saúde, coube ao descendente de imigrantes polacos, o presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, desembargador Ricardo Lewandowski fazer discurso representando o Brasil.
O embaixador Kisielewski, em seu discurso de saudação, lembrou as palavras do primeiro embaixador polaco no Brasil, Conde Orlowski, em sua carta credencial ao Presidente Epitácio, dizendo, "Não esquecemos e não esqueceremos nunca que o Brasil pertenceu às grandes e nobres potências que puseram fim à enorme injustiça do século XIX, saudaram a situação no Leste da Europa, consagraram a ressurreição da Polônia e declararam sua independência. Deve-se estranhar, então, que na Polônia surgiu simpatia a tudo o que é brasileiro?".
Por sua vez, o presidente Lewandowski, lembrou de sua formatura de cadete na cavalaria do Exército Brasileiro, quando jovem brasileiro-nato, descendente de polacos, escolheu para seu paraninfo um herói da Polônia, na resistência aos alemães nazistas à sua Pátria e integrante das tropas aliadas no ataque libertador na Normandia (França), o general Zygmunt Szyszko-Bohusz.
Entre os representantes do Sul do Brasil, havia gente de Nova Prata, Porto Alegre, Chapecó, São Bento do Sul e Curitiba, como André Hamerski, José Sielicki, Marco Viliczinski, Geraldo Rybak, Rizio Wachowicz, Marcos Domakoski e Ulisses Iarochinski.
Na missão econômica polaca estiveram Rafal Baniak, subsecretário de Estado no Ministério da Economia, quatro deputados (representantes dos maiores partidos politicos) e 18 empresários, como a bela engenheira e proprietária da empresa Niwa, Agnieszka Niwa (na foto comigo).
A empresa Niwa atua nos setores produtivo, comercial e de prestação de serviços. Está localizada na cidade de Debica, trabalhando nos setores de instalações portuárias e indústrias cervejeiras. Presta ainda serviços para os setores de refino, petroquímico e alimentício, instalando equipamentos de aço inox.
Realizou mais de 150 investimentos no exterior em 28 países, entre eles, Rússia, Cuba, França. Noruega, Alemanha, Egito, Gana e Finlândia.

2 comentários:

Unknown disse...

Legal a matéria Ulisses, nunca poderemos esquecer o que este colossal país que é o Brasil fez pelos nossos e vai ainda fazer por nós Brasileiros natos e descendentes deste bravo povo o povo Polonês, as vezes fico sentido com o que Getulio Vargas fez com as Colônias de Imigrantes uma verdadeira destruição cultural mas vamos falar do futuro de coisas boas, ehehe eita tio Uli ta bemna foto heim hehehe!!!!

André disse...

Ulisses, a revista Polonicus Edição semestral Ano VI-VII – 1-2 2015/16, traz um relato da visita do Sr Ksawery Orlowski em 1920 onde ele menciona as suas percepções sobre o Brasil e faz menção as colônias polonesas e diz:

"Essas colônias serão conhecidas e descritas mais detalhadamente por ocasião
do registro dos cidadãos poloneses."

Você tem notícia se esse registro por parte do Sr Ksawery chegou a ser feito?